• Nenhum resultado encontrado

Capítulo 1: A declaração de independência da análise do comportamento

1.2 Explicação do comportamento

Partindo do princípio de que a análise do comportamento e as neurociências possuem objetos de estudo distintos, o passo seguinte de Skinner (1938/1996b, pp. 418-419; 1959/1961e, pp. 253-254) foi argumentar que uma ciência do comportamento livre das neurociências seria possível. Nas palavras do autor (1938/1966b):

The science of neurology achieved a degree of experimental rigor long before a science of behavior could do so. Its subject matter was chiefly 'physical' (in a somewhat naive sense) while the data of behavior were evanescent; it could adopt the methods and concepts of its relatives in the biological sciences; and it could more easily confine itself to isolated parts of its subject matter. But the historical

14 Discutiremos no capítulo 4 quais seriam, de acordo com Skinner, os objetivos específicos das neurociências,

incluindo-se uma análise das questões a serem respondidas pela área (i.e., os “porquês” e o “como” do comportamento).

49 advantage has not been conserved. It is now possible to apply scientific techniques to the behavior of a representative organism in such a way that behavior appears to be as lawful as the nervous system. I know of no experimental material, for example, concerning the central nervous system which consists of smoother or more easily reproducible curves than are illustrated in many of the figures of this book. Accordingly, if we are to avoid historical influences in arriving at a modern verdict, we must discount the priority of the science of neurology; and in recognizing that the two sciences are of, let us say, equal validity, we may no longer subscribe to a point of view which regards a chaos of behavior as reducible to order through appeal to an internal ordered system (pp. 418-419).

As neurociências desfrutam de uma vantagem. A história das pesquisas neurofisiológicas remonta a uma época em que a própria Psicologia confundia-se com a Filosofia, não existindo enquanto área científica autônoma (cf. Finger, 1994, 2000; Kantor, 1963). É natural que, por conta desse fato, o rigor científico e metodológico das neurociências tenha se estabelecido antes. Soma-se, então, a concepção de comportamento como um mero efeito do que ocorre dentro do organismo, um fenômeno efêmero que, tomado em si mesmo, parece caótico, e assim temos a lógica argumentativa que Skinner pretende desfazer. Conforme vimos anteriormente, o comportamento não é um mero efeito do que ocorre dentro do organismo, mas um objeto de estudo em si mesmo. O suposto caráter caótico se desvanece quando o estudamos a partir dos métodos e técnicas da análise do comportamento. Nessa passagem Skinner faz, por assim dizer, uma propaganda da ciência que ele está ajudando a desenvolver. Os vários dados experimentais que compõem o seu livro seriam provas irrefutáveis de que a análise do comportamento chegou a um grau de rigor científico e metodológico páreo ao das neurociências. Em suma, uma ciência do comportamento independente seria possível.

Além disso, as tentativas de explicação do comportamento a partir de dados neurofisiológicos são problemáticas por conta das limitações tanto factuais quanto metodológicas da área (Skinner, 1938/1966b, p. 4; 1946, p. 169; 1954, p. 302; 1969c, p. 25; 1974, p. 213-214; 1975b, p. 42; 1984b, p. 949; 1987, p. 784; 1988, pp. 120-121). As neurociências ainda não chegaram a um modelo explicativo completo do funcionamento

50 cerebral. É evidente que isso não é, em si, um problema. Afinal, estamos lidando aqui com duas áreas de pesquisa em construção – e haveria, de fato, alguma ciência propriamente completa? – a análise do comportamento e as neurociências. O problema estaria em explicar o comportamento a partir de eventos sobre os quais pouco se sabe. É esse o argumento de Skinner (1946): “The abundance of 'wrong' theories about behavior is due to the practice of keeping an eye on the nervous system. An unwarranted specificity is thus introduced, and this frequently proves to be in error because our present knowledge of the nervous system is deficient” (p. 169). Ou seja, uma teoria do comportamento pode se revelar errada justamente por ter sido fundamentada por uma teoria neurofisiológica incorreta. E as chances de que isso possa ocorrer são significativas, já que o conhecimento que possuímos acerca do funcionamento do cérebro é incompleto.

Poderíamos arguir que esse seria um argumento datado de Skinner, já que muitos avanços ocorreram no campo das neurociências desde 1946. Entretanto, o autor (1988) apresenta posição semelhante no final da década de 1980:

I readily agree that the appeal to neurology is at the moment pretty much an article of faith. I do not have any way of observing the nervous system or its action, but I have reasonable ‘confidence’ […] that we shall eventually know much of what we need to know about the underlying ‘explanation’ of behavior (pp. 120-121).

É interessante notar que mesmo assumindo a incompletude das neurociências e o risco de invocá-las para explicar o comportamento, Skinner parece sugerir que essa situação é temporária, a ser resolvida pelo desenvolvimento da ciência – trata-se, portanto, de uma questão empírica.

Em adição ao argumento da incompletude, Skinner (1938/1966b, p 425; 1956/1961g, p. 212-213) também afirma que as neurociências não fornecem explicações mais simples do comportamento. A seguinte passagem é esclarecedora:

51 The clinical practice of looking into the organism is carried over in the widespread belief that neurological facts somehow illuminate behavior. If my statement of the relation of these two fields is essentially correct, the belief is ill-founded. It obviously springs from the ancient view of behavior as chaotic [...]. The same statement of the relation between neurology and behavior will serve to dismiss the claim that neurology offers a simpler description of behavioral facts. This view is again reminiscent of the belief that simplicity is not to be sought for in behavior itself (Skinner, 1938/199b, p. 425).

A “simplicidade” aqui advém da tese de que o comportamento seria um fenômeno caótico a ser explicado pelas neurociências. Em síntese, se o comportamento for um efeito evanescente, de suposto aspecto desordenado, do que ocorre dentro do organismo, então é coerente presumir que uma explicação mais “simples” seria fornecida pelas neurociências, campo de estudo de fenômenos neurais supostamente mais ordenados. Entretanto, conforme vimos anteriormente, a análise do comportamento, com o seu rigor científico e metodológico, e ocupando-se do estudo do comportamento em si mesmo, revelou o aspecto ordenado do fenômeno sem precisar recorrer às neurociências em busca de ordem e simplicidade (Skinner, 1938/1966b).

Paralelo ao argumento da incompletude das neurociências, há o posicionamento crítico de Skinner (1953/1965, pp. 28-29, 33-34; 1974, pp. 10-11, 213-214) acerca da possibilidade de prever e controlar o comportamento a partir da manipulação de eventos neurofisiológicos. Sobre o tema, escreve o autor (1953/1965):

Eventually a science of the nervous system based upon direct observation rather than inference will describe the neural states and events which immediately precede instances of behavior. We shall know the precise neurological conditions which immediately precede, say, the response, ‘No, thank you.’ These events in turn will be found to be preceded by other neurological events, and these in turn by others. This series will lead us back to events outside the nervous system and, eventually, outside the organism. […] we shall consider external events of this sort in some detail. We shall then be better able to evaluate the place of neurological explanations of behavior. However, we may note here that we do not have and may never have this sort of neurological information at the moment it is needed in order to predict a specific instance of behavior. It is even more unlikely that we shall be able to alter the nervous system directly in order to set up the antecedent conditions of a particular instance. The causes to be sought in the nervous system are,

52 therefore, of limited usefulness in the prediction and control of specific behavior (pp. 28-29, itálico adicionado).

Talvez um dia uma hipotética neurofisiologia completa seja capaz de nos dizer quais são os exatos eventos neurofisiológicos que precedem e que ocorrem durante uma ação do organismo; talvez um dia ela seja capaz de fornecer subsídios para o controle do comportamento – não precisaríamos manipular variáveis ambientais, bastando apenas rearranjar a configuração neurofisiológica do organismo para criar novas classes comportamentais em seu repertório. Trata-se, evidentemente, de uma visão caricata, com teor de ficção-científica, das neurociências do futuro. O argumento de Skinner sugere, porém, a simples hipótese de que é possível atingir grau superior de previsão e controle do comportamento através da análise do comportamento. Mas essa condição pode mudar; o desenvolvimento das neurociências pode possibilitar o aumento do grau de controle e previsão do comportamento pela manipulação dos eventos neurofisiológicos.

Até o momento foram apresentados quatro argumentos acerca das explicações neurocientíficas que contribuem para a independência da análise do comportamento: uma ciência do comportamento que forneça explicações rigorosas sobre o fenômeno é possível; as neurociências são incompletas e tal fato pode prejudicar as explicações sobre o comportamento que nelas se fundamentam; as neurociências não fornecem explicações mais “simples”; e haveria limitações em prever e controlar o comportamento pela manipulação de eventos neurofisiológicos. O primeiro deles apenas abre caminho para a consolidação de uma ciência do comportamento sem imposições neurocientíficas. O argumento da “simplicidade” decorre da visão errônea de que o comportamento, se tomado em si mesmo, seria um fenômeno caótico. Finalmente, há os argumentos da incompletude das neurociências e da possibilidade e relevância de utilizá-las na previsão e controle do comportamento. Estes são sensíveis ao status das neurociências na época em que Skinner defendeu-os. Trata-se de uma

53 área de pesquisa em formação, incompleta, mas tal situação pode mudar e, de fato, muda a cada ano (Albright et al., 2000).

O ponto é que esses argumentos de Skinner não impedem em princípio que as neurociências possam ser admitidas como as reais responsáveis pela explicação do comportamento. Poder-se-ia assumir, por exemplo, que a análise do comportamento é um mero substituto temporário – algo para ser feito enquanto não dispomos da completude das neurociências15. Tão logo providos de todos os dados possíveis acerca do funcionamento do cérebro, poderíamos delinear teorias sobre o comportamento sem o perigo de errar por conta da incompletude das neurociências. Munidos de conhecimento completo dos eventos neurofisiológicos poderíamos prever e controlar o comportamento apenas manipulando o cérebro do organismo, técnica que Skinner (1953/1965) afirmou ser até preferível à comportamental: “Independent information about the second link would obviously permit us to predict the third without recourse to the first. It would be a preferred type of variable because it would be non-historic; the first link may lie in the past history of the organism, but the second is a current condition” (p. 34, itálico adicionado)

É nesse contexto que se faz valer outro conjunto de argumentos apresentados por Skinner que justificam a independência da análise do comportamento. São teses que apontam para supostos problemas inerentes às explicações neurocientíficas do comportamento e que, por isso, independem de seu desenvolvimento. O primeiro deles é o de que as neurociências seriam incapazes de explicar a origem do comportamento (Skinner, 1957, p. 459; 1959/1961e, p. 253; 1971b, p. 14; 1983a, pp. 278-279; 1988, p. 204, 245, 434; 1989e, p. 18; 1989f, p. 11; 1990a, p. 1206; 1990b, p. 104; 1993, pp. 3-4). Nas palavras de Skinner (1989e): “No account

15 Esse exemplo nos remete ao problema do reducionismo. Se um dia obtivermos conhecimento completo dos

mecanismos neurofisiológicos, o conhecimento produzido pela análise do comportamento seria reduzido às explicações neurofisiológicas? Discutiremos o problema do reducionismo em outro momento.

54 of what is happening inside the human body, no matter how complete, will explain the origins of human behavior. What happens inside the body is not a beginning” (p. 18).

Para Skinner, este é um limite inerente às neurociências que, mesmo numa situação hipotética de completude, não seria capaz de explicar a origem do comportamento. Isso porque sendo “…a structure that obeys the laws of physics and chemistry, the brain is not a promising candidate for creator [of behavior]” (Skinner, 1990b, p. 104). Ao que parece, na perspectiva skinneriana, eventos neurofisiológicos seriam efeitos de causas ambientais e essa relação seria estritamente mecanicista, no sentido de obedecer às leis da Física e Química16. Por outro lado, o processo de seleção pelas consequências, responsável pela novidade e origem do comportamento (Skinner, 1981, 1988), não se confundiria com tal concepção mecanicista. Skinner (1990a) é incisivo sobre esse ponto:

The two sciences observe very different causal principles. The body-cum-brain obeys the laws of physics and chemistry. It has no freedom and makes no choices. No other vision of ‘man a machine’ (in this case a biochemical machine) has ever been so well supported. […] [But] the more we know about the body-cum-brain as a biochemical machine, the less interesting it becomes in its bearing on behavior. If there is freedom, it is to be found in the randomness of variations. If new forms of behavior are created they are created by selection (p. 1208).

Assim, por mais que venhamos a conhecer, num futuro hipotético, tudo o que há para saber sobre os mecanismos neurofisiológicos, esse conhecimento não nos possibilitará explicar a origem do comportamento. A gênese do comportamento é uma questão endereçada às ciências da variação e seleção (Skinner, 1989e, p. 18; 1993, pp. 3-4).

No entanto, a impossibilidade de explicar a origem do comportamento não seria o único limite inerente às neurociências. Skinner (1933, p. 20; 1953/1965, p. 35; 1969c, p. 60; 1975b, pp. 42-43; 1988, p. 184; 1989b, p. 130) dá um passo além e sustenta que elas não são sequer necessárias e/ou relevantes nas explicações comportamentais:

16 O problema do mecanicismo será um dos temas centrais deste trabalho. O discutiremos no capítulo sobre os

55 We can analyze a given instance of behavior in its relation to the current setting and to antecedent events in the history of the species and of the individual. Thus, we do not need an explicit account of the anatomy and physiology of genetic endowment in order to describe the behavior, or the behavioral processes, characteristic of a species, or to speculate about the contingencies of survival under which they might have evolved, as the ethologists have convincingly demonstrated. Nor do we need to consider anatomy and physiology in order to see how the behavior of the individual is changed by his exposure to contingencies of reinforcement during his life-time and how as a result he behaves in a given way on a given occasion. I must confess to a predilection here for my own specialty, the experimental analysis of behavior, which is a quite explicit investigation of the effects upon individual organisms of extremely complex and subtle contingencies of reinforcement (Skinner, 1975b, pp. 42-43, itálico adicionado).

Esse ponto nos remonta a duas características da filosofia da ciência behaviorista radical: (1) a explicação científica consiste na descrição de relações funcionais entre eventos (Skinner, 1931/1961c, 1938/1966b, 1947/1961a, 1953/1965, 1966c); (2) o parâmetro de explicação é a capacidade de previsão e controle do fenômeno estudado (1938/1966b, 1953/1965)17. Conforme visto anteriormente, a análise do comportamento estuda as relações funcionais entre os eventos 1, 3 e 4 da cadeia causal descrita na seção 1.118: os eventos ambientais antecedentes (1) e consequentes (4) e as ações do organismo (3). O conhecimento produzido por essa análise possibilita ao cientista do comportamento prever e controlar o seu objeto de estudo com acurácia razoável. Dessa forma, as modificações neurofisiológicas que ocorrem dentro do organismo (evento 2) não são relevantes para a previsão e controle do comportamento:

The objection to inner states is not that they do not exist, but that they are not relevant in a functional analysis. We cannot account for the behavior of any system while staying wholly inside it; eventually we must turn to forces operating upon the organism from without. Unless there is a weak spot in our causal chain so that the second link is not lawfully determined by the first, or the third by the second, then the first and third links must be lawfully related. If we must always go back beyond the second link for prediction and control, we may avoid many tiresome and

17 Estas duas características da filosofia da ciência behaviorista radical serão analisadas adiante em comparação à

concepção de explicação das neurociências.

18 Em diversas partes do texto serão feitas referências a outras seções do trabalho. Quando isso ocorrer,

colocaremos entre parênteses, em notas de rodapé ou no próprio texto contínuo referências do tipo “seção X.X”. O objetivo é auxiliar o leitor na localização dos temas tratados ao longo do trabalho.

56 exhausting digressions by examining the third link as a function of the first. Valid information about the second link may throw light upon this relationship but can in no way alter it (Skinner, 1953/1965, p. 35, itálico adicionado).

Aqui Skinner aplica a regra lógica da transitividade (Salmon, 1984/1993) às relações causais: se um evento A causa um evento B, e o evento B causa C, então A causa C (cf. Barba, 2003). Posto na linguagem da cadeia causal de Skinner: se contingências ambientais (evento A) causam certas modificações na configuração neurofisiológica do organismo (evento B) e tais modificações neurofisiológicas resultam em um dado padrão comportamental (evento C), então, assumindo que haja uma relação ordenada entre os eventos dessa cadeia, as contingências ambientais são, em última instância, as responsáveis pelo padrão comportamental. Dessa forma, soma-se à impossibilidade de previsão e controle do comportamento apenas a partir dos eventos neurofisiológicos a constatação de que, na verdade, não precisamos nos atentar para tais eventos, mesmo se os conhecermos por completo: os elos da cadeia causal estudados pela análise do comportamento seriam suficientes. Resumindo com Skinner (1969c): “We can predict and control behavior without knowing how our dependent and independent variables are connected” (p. 60).

Porém, a possibilidade de se explicar o comportamento apenas a partir das relações funcionais entre os eventos estudados pela análise do comportamento não implica que tal explicação seja completa, pois não é, e Skinner (1989b) tinha ciência disso: “We can predict and control behavior without knowing anything about what is happening inside. A complete account will nevertheless require the joint action of both sciences, each with its own instruments and methods” (p. 130). Em resumo, se se pretende apenas analisar as relações funcionais entre eventos ambientais antecedentes e consequentes e as ações do organismo – atividade que produz conhecimento que torna possível prever e controlar o objeto de estudo –, então as neurociências não são necessárias para explicar o comportamento; isto é, a não ser

57 que estejamos interessados em entender todos os eventos que tornam o fenômeno possível. Nesse caso, só uma síntese entre as áreas poderá dar a resposta (Skinner, 1989b, 1989e).

É pertinente ressaltar outro argumento de Skinner que é complementar ao da necessidade e relevância de se utilizar as neurociências para prever e controlar o comportamento: os eventos neurofisiológicos correlatos às relações comportamentais (i.e., o evento 2 da cadeia causal) são de difícil acesso e essa dificuldade pode tornar impossível a previsão e o controle do comportamento por meio de sua manipulação. Em suas palavras:

Physiology and, particularly with respect to behavior, neurology, have of course made great progress. Electrical and chemical properties of many neural activities are now directly observed and measured. The nervous system is, however, much less accessible than behavior and environment, and the difference takes its toll. We know some of the processes which affect large blocks of behavior—sensory, motor, motivational, and emotional—but we are still far short of knowing precisely what is happening when, say, a child learns to drink from a cup, to call an object by its name, or to find the right piece of a jigsaw puzzle, as we are still far short of making changes in the nervous system as a result of which a child will do these things. It is possible that we shall never directly observe what is happening in the nervous system at the time a response occurs, because something like the Heisenberg principle may apply: any means of observing neural mediation of behavior may disturb the behavior (Skinner, 1974, pp. 213-214).

Nessa passagem Skinner declara que, embora tenham ocorrido avanços nas neurociências que possibilitaram a delimitação de certos processos neurofisiológicos que afetam o comportamento, ainda não seria possível saber exatamente o que ocorre dentro do organismo quando este apresenta um comportamento específico. Não se trata, contudo,