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Falas cenas e cenários e o Grupo Escolar Otaviano Basílio Heráclio do Rêgo

ASPECTOS GERAIS SOBRE LIMOEIRO E OUTRAS FALAS

2.3. Falas cenas e cenários e o Grupo Escolar Otaviano Basílio Heráclio do Rêgo

Maria Helena:ex-professora e ex-diretora

Em entrevista com a professora Josefa, o seu filho Ismael, que foi aluno do grupo escolar teve uma pequena participação. E, em uma das suas falas, ele mencionou que havia sido aluno de duas professoras lá no grupo, e uma delas foi Maria Helena.

Eu perguntei a ele onde ela essa professora morava, e ele logo disse que ela morava perto do grupo escolar. Disse ainda que o marido dela tinha um armazém de construção e explicou como chegar ao local. Quando a entrevista terminou, fui à procura da próxima pessoa a ser entrevistada.

Helena e se ela estava, ou ele. A funcionária disse que ele estava, mas a esposa não e acrescentou que a professora havia saido com a filha. Então, pedir o número do telefone do armazém, e a funcionária me deu o da filha, alegando que a professora não ficava no armazém.

Pedi à funcionária para chamar o marido da professora, o cumprimentei-o falei do motivo da minha visita e perguntei pela sua esposa. Ele disse que ela havia acabado de sair com sua filha. Então, perguntei qual o dia em que eu poderia voltar para falar com ela. Ele respondeu que qualquer dia, me mostrando qual era sua casa. Agradeci-lhe e disse que eu iria ligar para ela e marcar um dia. Então, prontamente liguei para ela, falei sobre a pesquisa e marcamos a entrevista, que foi feita na sala da sua casa.

Segundo a professora Maria Helena, o grupo chamava-se Otaviano Basílio Heráclio do Rêgo em sua homenagem. O grupo era composto por quatro salas, e uma delas era utilizada para guardar a merenda. O ensino oferecido era o de 1ª a 4ª série. Não tinha atividade esportiva nem educação física, mas tinha festas comemorativas. A faixa etária dos alunos variava entre 7 a 14 anos. A vestimenta dos alunos era saia azul para as meninas e blusa com o escudo branco. O grupo funcionava com três turmas de manhã e quatro turmas à tarde, sendo 1ª e 2ª série, de manhã e 3ª e 4ª séries à tarde. O conteúdo trabalhado era as quatros operações, leitura, escrita, ditado, redação e conhecimento sobre o Município.

O grupo escolar foi criado pela necessidade de se ter uma escola na comunidade devido à construção da Cohab. Ele foi de grande importância para a comunidade, pois só havia escola no centro da cidade, e com o grupo os pais ficavam seguros por ser perto da suas casas. O grupo, localizado no bairro do Juá, beneficiou também as comunidades da Cohab, Ladeira Vermelha e Ribeiro Fundo. A Cohab foi inaugurada em 1965. A professora Maria Helena disse que foi trabalhar no grupo por indicação do secretário de Educação da época.

Sônia Pereira:ex-diretora do Grupo Escolar entre 1974 a 1978

Fui informada que Sônia tinha sido diretora do grupo por intermédio de Maria Helena, que foi diretora do grupo, tendo sido substituída por Sônia, que por sua vez

foi indicada pela professora Josefa a primeira mestra do grupo escolar.

Maria Helena disse que Sônia tinha agência de viagens no centro da cidade e explicou como chegar lá. Então, logo que acabou a sua entrevista, prontamente peguei uma moto taxi e fui à agência. Ao chegar no local, perguntei se aquela agência era de Sônia Pereira, e a pessoa que estava lá respondeu que sim. Então identifiquei-me e disse qual era o motivo da minha visita. A pessoa que me atendeu disse que Sônia estava viajando com um pessoal pela agência e iria demorar para voltar. Revelou que ela sempre viaja acompanhando o pessoal em excursão realizada pela agência.

Perguntei, então, se ela poderia me dar o número do telefone de Sônia, sendo prontamente atendida. No dia seguinte, telefonei para ela, me identifiquei e falei sobre a pesquisa. Perguntei se ela poderia participar, concedendo uma entrevista, com o que concordou e de imediato disse para eu ligar depois para agendar, pois estava viajando. Acrescentou que era muito difícil encontrà-la em Limoeiro devido às viagens que faz, mas pediu que eu ligasse novamente depois para ela ver uma data em que estivesse disponível.

Passados alguns dias, voltei a ligar, e ela continuava viajando. Perguntei quando ela estaria de em Limoeiro e quando eu poderia ir lá para fazer a entrevista. Ela me informou a data da sua chegada, mas disse que eu deveria ligar antes de ir, pois ela poderia ter algum compromisso.

Posteriormente, marcamos a data da entrevista, porém quando cheguei lá Sônia não estava. Sua secretaria disse que ela estava resolvendo uns problemas e gentilmente ligou para Sônia e avisou que eu estava lá.

Depois de esperar por algum tempo, Sônia chegou e disse: “Quase que você não me encontra aqui, porque hoje pensei em ir ao Recife, mas deixei para ir amanhã”.

Eu falei: “Graças a Deus, a senhora desistiu de ir”.

A entrevista foi feita lá mesmo, na agência, por esse ser o seu local de trabalho. Em um determinado momento da entrevista, tive de parar, a pedido de Sônia, por causa de um cliente amigo que chegou e começou a falar com ela.

Segundo Sônia, o grupo escolar é chamado de Otaviano Basílio Heráclio do Rêgo porque Otaviano colaborou muito com a educação do Município. Otaviano era um empresário fazendeiro. O grupo escolar foi criado para atender às necessidades da comunidade devido ao seu crescimento, pois a Cohab havia sido inaugurada e tinha o bairro mutirão. A escola beneficiava os aluno do Juá, da Cohab, de Ladeira Vermelha, de sítios e de Feira Nova.

A inauguração oficial do grupo foi em 1975, na sua gestão. No grupo havia atividade esportiva. E os alunos do grupo, participaram dos jogos escolares, promovido pelo núcleo de supervisão pedagógica, o atual GERE. Havia festascomemorativas. A vestimenta dos alunos era calça azul para os meninos, e saia azul para as meninas e blusinha branca para ambos.

A forma como as professoras trabalhavam não era 100% tradicional, pois os alunos participavam de trabalhos em grupo. Eram as chamadas vivências. O grupo era composto por 4 ou 5 salas, cantina, diretoria, sala de professor e secretaria, na mesma sala, e banheiro dos professores e dos alunos. Funcionava em três horários manhã, tarde e noite.

Eram oferecidos cursos da alfabetização até a 4ª série e o Mobral e a faixa etária dos alunos variava entre 6 e 11 anos, além dos da noite, que eram maiores. O regimento, as normas e o regulamento da escola eram elaborados pela Secretaria de Educação. Eram feitos cartazes contendo os direitos e deveres do aluno, como horário de chegada.

Silvina Cristiano:ex-estudante do Grupo Escolar

A entrevista com Silvina se deu de forma inusitada. Eu fui a Limoeiro para entrevistar o seu irmão, que conheci por intermédio de Dona Rita, que me levou à sua casa. Falei-lhe com sobre o estudo e perguntei se ele poderia dar entrevista. Ele concordou e disse que a sua esposa havia também estudado no grupo escolar. Então, indaguei quando poderia ser, e ele disse que poderia ser qualquer dia, porque ele trabalhava em casa.

Diante desse fato, não marquei nenhum dia. Fui a Limoeiro várias vezes para entrevistar outros pessoas, visitar a Secretaria de Educação e, em uma dessas idas, resolvi dar uma passada na casa do irmão de Silvina. Perguntei, então, se ele

poderia dar entrevista naquele momento, mas sua resposta foi que estava ocupado, porém acrescentou que a irmã dele estudou também no grupo e poderia dar a entrevista.

Eu disse que, se ela aceitasse, gostaria de entrevistá-la. Então, ele de imediato ligou para ela e a convidou para dar entrevista no seu lugar. Ela disse que iria sair, mas ele disse que seria rápido e me deu o telefone para eu falar com ela. Falei o que havia ocorrido e que a entrevista seria rápida. Ela estava meio apreensiva, perguntou como seria, eu expliquei e aí ela aceitou.

Com poucos minutos, ela chegou à casa do seu irmão, que havia colocado duas cadeiras para eu e minha filha sentarmos na frente da sua casa. Então quando ela chegou me apresentei, falei sobre a pesquisa e fiz a entrevista ali mesmo na calçada.

Segundo Silvina, o nome de Otaviano Basílio Heráclio do Rêgo foi dado ao grupo escolar em homenagem a Otaviano, que era um empresário, fazendeiro. Segundo afirmou, o grupo era composto por quatro salas e as aulas eram ministradas em três expedientes: manhã, tarde e noite. À noite, funcionava o Mobral. O Ensino oferecido era o de 1ª a 4ª séries e o Mobral.

A faixa etária dos alunos variava bastante. As crianças só entravam na sala de aula com sete anos, mas havia muitos alunos fora da faixa, principalmente os dos sítios. A escola foi criada para suprir a necessidade da comunidade, que estava crescendo, começando pela Vila da Cohab e depois o bairro do Mutirão, pois não havia nenhuma escola por perto, a não ser no centro de Limoeiro. O grupo beneficiou os alunos que moravam na Cohab, em Ribeiro Fundo e em sítios.

No grupo, não havia educação física nem atividade esportiva, havia festas comemorativas. As vestimentas dos alunos era saia para as meninas e short para os meninos.

O material usado em sala de aula era caderno, cartilha e caderno de caligrafia. A forma de os professores trabalharem era muito diferente da atual. Eles colocavam uma letra no quadro, davam o som e passavam atividade, sem participação dos alunos, que não faziam nenhum questionamento. Os professores mandavam estudar em casa palavras da cartilha, para serem lidas na sala de aula, e

faziam ditado com as elas.

Romildo Cipriano Silva: ex-estudante do Grupo Escolar

Quando entrei no Mestrado, relatei a meus irmãos e também os informei sobre o objeto da pesquisa. Quando eles souberam que era sobre o grupo escolar acharam interessante, pois a maioria deles estudou lá.

Em conversa com os que estudaram no grupo percebi que eles guardavam muitas lembranças dos momentos vividos, principalmente Romildo, que falou sobre uma cartilha usada pelas professoras em sala de aula. Essa informação foi de grande importância, me ajudou a elaborar duas perguntas para a pesquisa.

Diante disso, convidei Romildo para ser um dos entrevistados e ele de imediato aceitou. Pelo fato de ser meu irmão, perguntei ao orientador se seria possível ele ser uns dos meus informantes, explicando-lhe que Romildo se lembrava de muitas situações vividas no grupo, o que iria contribuir muito para o trabalho. E quanto, ao fato de eu ter relação afetiva com o entrevistado, isso não afetaria o estudo, pois eu já tivera oportunidade de ler trabalho em que um dos informantes era mãe da pesquisadora (FIGUEIROA, 2012).

A autora justifica a participação da mãe baseada em Bosi (2010) e diz que segundo ela, o observador deverá ter uma aproximação direta com os sujeitos que fazem parte da pesquisa. Diante disso, o orientador concordou com a participação de Romildo como um dos atores a serem entrevistados.

Pelo fato de sempre estar em contato com Romildo, retardei a entrevista, vez que a minha preocupação era fazê-la logo com os sujeitos que moravam em Llimoeiro.

A entrevista foi num domingo, pois ele trabalha em Suape e só está em casa no final de semana. Lembrei que ele ainda não havia sido entrevistado e lhe telefonei no sábado avisando que no seguinte iria à sua casa para fazer a entrevista. Ele então, disse: Vem e almoça comigo; eu vou comprar os ingredientes para você fazer uma lasanha para o almoço.

Ao chegar à sua casa, prontamente fui preparar a lasanha. Depois do almoço ficamos conversando, e ele disse que teria que dar uma saidinha, mas que depois

teria que ir para o ensaio do coral da igreja que ele congrega, porém voltaria logo. Quando retornou, devido o barulho dos meus sobrinhos e do meu filho, que também estava lá, sua esposa sugeriu que a entrevista fosse feita no quarto dos meninos. Fomos para lá, mas antes de dá inicio sua filha, que tem problemas de audição devido a uma meningite, perguntou o que a gente estava fazendo no seu quarto, e meu irmão explicou: “A sua tia vai arrancar meu dente.” Ela, assustada, saiu do quarto e então começamos o trabalho.

A entrevista, igualmente às demais foi semiestrutura. Por meio das suas informações, obtive mais dados sobre o grupo escolar e confirmei outras que já haviam sido relatadas.

Das as informações dadas, faço aqui um resumo da sua fala.

Segundo Romildo, foi dado o nome Otaviano Basílio Heráclio do Rêgo ao grupo escolar em homenagem ao senhor de engenho, coronel, fazendeiro e empresário de mesmo nome. O grupo era composto por seis salas e funcionava em três expedientes: manhã, tarde e noite. À noite eram ministradas aulas do Mobral. O ensino oferecido era de 1ª a 4ª série e Mobral.

A diretora da época em que ele estudou era Sônia. A faixa etária dos alunos variava de 16, 17 e 18, e os menores de 8 a 9 anos. A vestimenta dos alunos era calça e também short para os meninos e saia para as meninas. Tinha festas comemorativas, e numa das festa junina ele foi o noivo da quadrilha. O material didático usado pelas professoras em sala de aula era a cartilha do abc, livro, giz, quadro, apagador e tabuada.

As atividades trabalhadas em sala de aula eram ditado, questionário e chamada oral. Lembra que algumas professoras eram bem rudes, davam puxão de cabelo, tapas e reguadas nos alunos. O grupo escolar foi construído para dar suporte àquelas pessoas que moravam na Vila da Cohab e nas redondezas próximas.

Adauto Heráclio Duarte: ex-prefeito de Limoeiro entre 1963 a 1968 em seu primeiro mandato

conversa com a funcionária Solange sobre o grupo disse-lhe que gostaria de entrevistar o ex-prefeito Adauto e perguntei como eu entraria em contato para agendar uma entrevista. Ela, então, informou que eu teria de ir à casa dele e dissesse que foi Solange, da Secretaria de Educação, que falou para eu procurá-lo. E explicou como chegar à sua residência, dizendo que eu pegasse uma mototáxi e falasse que queria ir para a casa do ex-prefeito Adauto.

Depois de me despedir de Solange, voltei para o Recife e, no caminho, fiquei pensando como iria chegar de repente na casa de alguém que nem me conhecia. Mas, mesmo apreensiva, resolvi dias depois voltar a Limoeiro e fazer uma visita ao ex-prefeito.

Ao chegar a Limoeiro peguei uma mototáxi e disse que queria ir à casa do ex- prefeito Adauto. Ao chegar no locaL, o motoqueiro falou: “A casa é essa aí”. Apertei no interfone, e alguém perguntou quem era. Eu falei meu nome e que vim a mando de Solange, da Secretaria de Educação, e que gostaria de falar com o ex-prefeito Adauto.

Um dos seus empregados abriu o portão e foi chamá-lo. Quando o ex- prefeito se aproximou, cumprimentei-o e me apresentei, dizendo que estava fazendo uma pesquisa sobre o Grupo Escolar Otaviano Basílio e, em conversa com Solange, ela disse para vir aqui procurá-lo.

De imediato, perguntei se poderia me conceder uma entrevista e quando, e ele me pediu para entrar e me levou até o terraço da sua casa. Mandou que me sentasse e quando eu estava em conversa com ele chega sua esposa e sua cuidadora.

O ex-prefeito revelou que não tinha muitas lembranças daquela época, mas eu lhe disse que iria fazer umas perguntas. Pedi que ele não se preocupasse e que se não soubesse responder não teria nenhum problema. Então, para minha surpresa apesar de estar preparada, ele aceitou fazer naquele momento, ali mesmo no terraço.

O ex-prefeito disse que o grupo escolar se chamava Otaviano Basílio Heráclio do Rêgo em homenagem a seu avô, um agricultor e criador que morava em Vertentes. Sendo ele o prefeito da época em que o grupo escolar foi construído,

resolveu homenagear seu avô, que ele nem chegou a conhecer por ter morrido, aos 21 anos, de problemas cardíacos.

Foi o ex-prefeito Adauto que doou o terreno para construir a Vila da Cohab e, percebendo a necessidade de uma escola na comunidade, construiu o grupo escolar. E foi em 1969, na gestão do ex-prefeito José Antônio Correa de Paula, que o grupo começou a funcionar.

O grupo escolar que estar localizado entre os bairros do Juá e Ladeira Vermelha, foi de grande importância para a Vila da Cohab, porque antes dele só havia escola no centro da cidade.

Maria Isabel:ex-diretora

Numa das minhas visitas à agência de Sônia Pereira, ela me adiantou que conhecia uma professora chamada Isabel, que havia sido diretora do grupo. Perguntei-lhe, então, como poderia entrar em contato com ela. Sônia disse que tinha o número de seu telefone e prontamente ligou para ela e falou sobre a minha pesquisa. Logo depois, ela me passou o telefone para eu falar com a professora.

Apresentei-me e comentei sobre a pesquisa. Em seguida, perguntei se ela poderia me conceder uma entrevista com o que concordou. Marcamos o dia e horário, e ela me explicou como chegar à sua casa. No dia marcado, fui à casa dela e quando bati palmas, saio uma mulher. Cumprimentei-a e perguntei se a casa era da professora Isabel, e ela respondeu que sim e que a professora era sua mãe.

Falei, também do motivo da minha visita, e ela disse que a mãe dela teve que levar a máquina de lavar roupa para o conserto, em Carpina, mas achava que ela havia esquecido que tinha marcado comigo. Pediu para eu entrar, pois iria ligar para a sua mãe e avisar que eu estava lá, além de perguntar a que horas voltaria. Então, ligou para ela, e a professora disse que só iria chegar mais ou menos às 14 horas. Quando ela me falou, eu disse não teria nenhum problema e às 14 horas estaria de volta. Agradeci a sua filha e fui à Secretaria de Educação, depois almocei e, na hora marcada, voltei à casa da professora.

Quando retornei, sua filha me mandou entrar e sentar em umas das cadeiras que haviam no terraço, pois iria chamar sua mãe. Depois de poucos minutos, a

professora veio a meu encontro, e prontamente eu a cumprimento e dei início à entrevista.

Sobre o nome do grupo escolar, a ex-diretora disse que foi em homenagem a Otaviano Basílio, que era pai de Otaviano Heráclio Duarte, que era fazendeiro e industrial. O grupo funcionava de 7 às 10 e pouca e tinha um horário intermediário até às 14 e pouca. À noite, uma ou duas turmas. Tinha quatro salas, e o ensino oferecido era o de 1ª a 4ª série, e a faixa etária dos alunos variava a partir de 7 anos até adulto.

Isabel confirmou outras falas, como, por exemplo, que o grupo foi construído por causa da Cohab, pois era necessário que se construísse uma escola para atender àquela clientela. No grupo não havia atividade artística ou esportiva, só festas comemorativas. Sua criação beneficiou alunos dos bairros do Juá, Ladeira Vermelha, Cumbi, Areias e Ribeiro Fundo.

O grupo tinha grande importância, porque por meio dele muitas estudantes deixaram de atravessar o rio para poder ir à escola. Ela foi ser diretora porque seu pai era amigo de Adauto, e ele conseguiu o cargo para ela.

Diva Gomes da Silva: ex-diretora e ex-professora

Durante a entrevista com a professora Josefa, seu filho Ismael, que foi aluno do grupo escolar, disse que a professora Diva e a professora Maria Helena haviam sido suas professoras. Então, perguntei onde elas moravam, e ele respondeu que Maria Helena morava próximo à Cohab e seu marido tinha um armazém na avenida junto à sua casa. Quanto à professora Diva ele disse não saber onde morava.

Antes da entrevista com a professora Maria Helena, comentei com ela sobre professora Diva, perguntando se sabia onde ela morava. Respondeu-me que era no bairro do Juá, e que quando eu chegasse lá, dissesse que ela tem um filho que mora também no bairro; com isso, as pessoas iriam me dizer qual era a sua casa.

Logo ao termino da entrevista com a professora Maria Helena, fui ao Juá. Quando cheguei lá, perguntei a dois moradores que estavam consertando um carro se eles conheciam a professora Diva que trabalhou no Grupo Escolar Otaviano. Eles disseram que não a conheciam, mas disseram que eu perguntasse a um morador,