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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.4 FASE DE GERAÇÃO

Após a primeira fase do processo de design, e depois de feita a análise do problema, inicia-se a fase de geração de alternativas. Segundo Baxter (2005, p. 1), a inovação é um ingrediente vital para o sucesso dos negócios e gera uma competição entre as empresas de forma acirrada porque essas procuram introduzir continuamente novos produtos para que não percam parte do seu mercado. Portanto, o desenvolvimento de novos produtos é encarado como uma atitude importante, porém arriscada. Para o sucesso de uma inovação é necessário que se faça um estabelecimento de metas, em que se deve verificar se o produto irá satisfazer os objetivos propostos, se será bem aceito pelo consumidor e se possuirá um custo acessível. (BAXTER, 2005)

Nessa etapa de geração de alternativas utilizou-se do processo criativo, pensado em alternativas possíveis para a execução do projeto. A geração de alternativa do dispositivo partiu da premissa de obter um produto pequeno, porém que comportasse todas as funções elementares discutidas desde o início do projeto (Figura 63).

Figura 63: Referências Visuais

Fonte: Autoria Própria, imagens retiradas da internet (2015)

O início deste projeto pode ser resumido como uma busca por ideias que tivessem algum tipo de suporte tecnológico, porém que fossem capazes de resistir a todas as atividades caninas, como por exemplo, contato com a água, sujeiras, e até mesmo contato com pedras, concreto, etc. Visualizando esse cenário o dispositivo deveria ser de um material que não tivesse fácil aderência a sujeiras e que fosse resistente a contato com materiais rígidos. Tal fase foi realizada juntamente com a escolha da marca, pois o objetivo era de fazer com que o dispositivo assumisse a forma da marca (Figura 64).

Figura 64: Geração de Alternativas Fonte: Autoria Própria (2015)

3.4.1 Alternativas de Solução

Das alternativas geradas inicialmente foram selecionadas três opções para a confecção de modelos, com a finalidade de testar tamanhos, proporções e utilização. Os modelos foram confeccionados com o P.U. (poliuretano) por sua facilidade de manuseio e modelagem. Todas as alternativas geradas foram elaboradas com base nas dimensões dos componentes eletrônicos embarcados.

A primeira alternativa teve inspiração de uma pata de cachorro. A ideia era de que o dispositivo possuísse formas orgânicas e voluptuosas. Porém, depois de feito um estudo do modelo, analisando a aplicação dos componentes eletrônicos no interior do produto, e a forma de produção, a alternativa foi deixada para trás. Motivos como o fato de o modelo possuir estrias profundas que facilmente acumulariam sujeiras, dificuldade no acoplamento dos componentes eletrônicos no interior da peça, e também por possuir uma forma muito arredondada, assim seria preciso que o produto tivesse dimensões maiores do que as previstas para comportar os componentes necessários para realizar os requisitos. Outros itens como, de que maneira seriam colocadas as entradas para cartão de memória ou entrada USB foram itens decisórios para o descarte dessa opção (Figura 65).

Figura 65: Alternativa 01 Fonte: Autoria Própria (2015)

A segunda alternativa foi elaborada a partir de um retângulo com cantos arredondados, onde em suas laterais estaria a entrada para a bateria, o cartão de memória e USB. Apesar de a forma suprir as necessidades, o tipo de encaixe na coleira após análise era muito fraco, o dispositivo cairia facilmente do engate. Outro problema levantado foi de que por se tratar de duas peças distintas, acabou tornando o produto como um todo, muito alto, o que poderia incomodar o animal, não atendendo um dos requisitos (Figura 66).

Figura 66: Alternativa 02 Fonte: Autoria Própria (2015)

A terceira alternativa, a mais simples na elaboração de forma, foi um quadrado com cantos arredondados. Por ser uma forma com laterais retas facilitaria a fixação dos componentes no seu interior. Nas laterais estariam situadas as caixas de som e entradas para bateria e USB. Esse último modelo gerado, foi o que mais se acomodou ao cachorro, e pode-se perceber que não só a o visual, como também o conforto do animal estava garantido (Figura 67).

Figura 67: Geração de Alternativas Fonte: Autoria Própria (2015)

3.4.2 Modelos

Depois de feita a primeira geração de alternativa, foi escolhida para dar continuidade aos estudos do projeto a alternativa três, por viabilidade de execução e também por se encaixar mais adequadamente ao projeto. Primeiramente foram feitos estudos de opções de fixação na coleira. A fixação é uma das partes mais importante no produto, pois é a fixação que vai garantir que o dispositivo continue atado à coleira. Dessa forma, a maneira como o dispositivo ficasse preso deveria ser muito resistente, para aguentar as mais variadas atividades dos cães (como se coçar, rolar em pisos rígidos e também as brincadeiras com outros animais). Feitos os estudos, foi escolhida a opção de fazer uma fivela espessa e bem próxima do dispositivo para garantir uma melhor fixação.

Dando continuidade foram realizados estudos de tamanhos do dispositivo. Ele não poderia ser muito grande para não atrapalhar o conforto do animal, mas também deveria ter dimensões capazes de encaixar os componentes eletrônicos necessários. De início foi feito um dispositivo de 6x6x2,5 centímetros, mas ao fazer o teste de utilização, até mesmo em um cão grande, o dispositivo pareceu robusto de mais. Posteriormente o tamanho foi readequado para 5x5x2 centímetros, o tamanho já melhorou significamente, mas ainda seria possível reduzir, foi então que foi definido o tamanho de 4,5x4,5x1,5 centímetros. Tais medidas ainda não estavam sendo somadas às medidas do sistema de fixação, que seria confeccionado separadamente (Figura 68).

Figura 68: Geração de Alternativas Fonte: Autoria Própria (2015)

3.4.3 Modelagem 3D

A fase de modelagem 3D do dispositivo em software ocorreu simultaneamente com a finalização da marca. No caso, a marca escolhida era o mesmo quadrado, porém foram adicionadoas orelhas de cachorro, com o objetivo de que ficar mais fácil para o público a identificação de uma cara de cachorro. O dispositivo nessa nova forma foi diretamente modelado em software, pulando a fase

de modelagem manual, pois não houve alteração de medidas, apenas foram acrescentados dois elementos nas laterais do dispositivo.

A modelagem 3D foi feita do software tridimensional Catia, que é usado para projetar, simular e analisar produtos. O dispositivo foi modelado em duas peças diferentes: o corpo, modelado oco onde dentro estariam dispostos, os componentes eletrônicos e uma tampa traseira, com a fivela de fixação à coleira (Figura 69).

Figura 69: Modelagem 3D Fonte: Autoria Própria (2015)

Na face frontal estão posicionados dois orifícios (encaixes). Um para a câmera – nos olhos - e um para a lâmpada de led – no focinho. Na parte superior, há o encaixe do sistema de cartão de memória e GSM. Na parte inferior, há o local para encaixe do sistema de USB, para carregamento e para descarregar dados. E, finalmente, nas duas orelhas laterais há o sistema de som para eventuais chamada (Figura 70).

Figura 70: Modelagem 3D Disposição Fonte: Autoria Própria (2015)

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