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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.5. PROTÓTIPO

A fase de prototipação foi dividida em duas etapas, a confecção da coleira e a confecção do dispositivo. As duas ocorreram de forma simultânea de modo que foi possível fazer testes de composição, tamanho e proporção durante o processo.

3.5.1 Coleira

Como citado anteriormente as coleiras de cachorro podem ser feitas de diversos materiais e os mais comuns são: couro, couro sintético, nylon e até mesmo silicone. A escolha do material para o animal vai de acordo com a preferência do dono e até mesmo do animal. Depois de feito esse estudo e análise de coleiras a confecção do protótipo se direcionou para o nylon como material. A escolha do nylon se deu pelo fato de ser um material de fácil acesso, manuseio e também de ótima popularização com os consumidores. O nylon é uma fibra têxtil sintetizada em laboratório, faz parte da classe dos polímeros. Atualmente, a fibra nylon possui uma vasta utilização. As propriedades do nylon são explicadas pelo seu procedimento de

obtenção: para que a fibra se torne elástica e resistente, precisa ser fundida em altas temperaturas, ou seja, em ponto de fusão elevado, o que não é problema para a longa cadeia do nylon. Um tecido feito com nylon significa que é um tecido elástico, leve e resistente. Possui durabilidade, é de fácil lavagem e não necessita passar a ferro, é macio, liso e suave, possui baixa absorção de umidade, pode ser tingido com uma diversidade de cores, pode ter muito ou pouco brilho, etc. (SOUZA 2015)

Foram adquiridos alguns exemplares de fita de nylon, com diferentes cores, espessuras, larguras e tramas da fibra (Figura 71). Para o protótipo foi escolhido uma fita de nylon de 30 mm de largura, 03 mm de espessura e com uma trama muito resistente. O padrão estampado nas faces da fita mostra mais uma possibilidade para o projeto, criar diversas estampas por meio da impressão de estampas na fita de nylon.

Figura 71: Fitas de Nylon Fonte: Autoria Própria (2015)

Juntamente com o nylon foi adquirida uma fita reflexiva de 20 mm de largura. A fita entrou no projeto como uma proposta de solução para a visualização do

cachorro quando escuro. No início, a ideia era de colocar na coleira fitas de led, mas depois de feito um levantamento sobre esse material, notou-se que o consumo de bateria seria grande, o que tornaria o produto menos duradouro (Figura 72).

Figura 72: Estudo de Aplicação da Fita Reflexiva Fonte: Autoria Própria (2015)

Como citado nas pesquisas preliminares, as coleiras podem conter diversos tiposde sistemas de fechos. Os mais comuns são a fivela e o fecho de engate. É possível encontrar o fecho por engate tanto em plástico como em metal. Para o protótipo foi buscado no mercado local o fecho de plástico que fosse tão resistente a fim de ser utilizado como fecho de coleira para cachorro. Foram adquiridos cinco modelos (Figura 73). O escolhido foi o intermediário quanto ao tamanho. Esse fecho mostrou-se muito mais rígido que os demais e também possui um espaço para personalização em sua face frontal (Figura 74).

Figura 73: Fechos

Fonte: Autoria Própria (2015)

Figura 74: Fecho Final Fonte: Autoria Própria (2015)

Ao todo para a confecção da coleira foram necessários os seguintes materiais: um fecho de engate rápido no material plástico, uma peça de regulagem, um anel de metal para engate de guias e tira de fita reflexiva (Figura 75).

Figura 75: Materiais para a Coleira Fonte: Autoria Própria (2015)

A coleira foi finalizada, com suas costuras e personalização do fecho, elaboradas em empresas terceirizadas de costura e de brindes (Figura 76).

Figura 76: Protótipo Coleira Fonte: Autoria Própria (2015)

3.5.2 Dispositivo

Para a prototipação do dispositivo foram pesquisados alguns possíveis materiais, entre eles a resina, o poliuretano expandido e por fim algum polímero. Os processos referentes a esses materiais são respectivamente, peça por molde, modelagem e impressão 3D. O processo escolhido foi a impressão 3D. Esse processo foi escolhido por estar disponível na Universidade e também por chegar a um resultado bem próximo ao que o produto final deve ser. A impressão 3D, tecnologia também conhecida como técnica de fabricação aditiva - Fused Deposition Modeling (FDM) funciona com a adição de camadas sobrepostas. O mecanismo da impressora é relativamente simples. O injetor de material aquece e puxa uma espécie de filamento plástico que fica enrolado em uma bobina, como se fosse um rolo de barbante. Conforme o mecanismo derrete o material, ele o injeta em uma base, movimentando-se nos eixos X e Y para criar as camadas. Assim que uma camada fica pronta, a base desce alguns milímetros e o mecanismo procede com a criação da próxima camada até que o objeto fique pronto (Figura 77). (KARASINSKI, 2013)

Figura 77: Impressão 3D Fonte: Tecmundo (2014)

Primeiramente, o modelo criado em software digital foi convertido em STL que é um formato computacional que gera o modelo 3D em um sólido único aceito pela impressora. As impressões das peças foram realizadas separadamente, levando duas horas e sete minutos para serem finalizadas (Figura 78).

Figura 78: Prototipagem – Impressão 3D Fonte: Autoria Própria (2015)

O modelo gerado é coberto de rebarbas de plástico provenientes da impressão. O processo seguinte foi o acabamento em que foi retirado o material em excesso, e depois colocado em um recipiente com acetona pura para a uniformização da superfície (Figura 79).

Figura 79: Produto gerado em Impressão 3D Fonte: Autoria Própria (2015)

A etapa seguinte foi a aplicação de itens para a finalização do protótipo. Para a câmera do dispositivo foi utilizado uma microcâmera de celular. No lugar do led, foi utilizado um plástico verde simbólico. A face frontal foi personalizada com corte e gravação a laser no material ABS (Figura 80). Mais um item que oferece personalização ao dispositivo é o da gravação do nome do animal. Dessa maneira as pessoas que ainda não estão envolvidas no sistema, e não possuem o aplicativo, têm como visualizar as informações do animal e o registro geral animal.

Figura 80: Acabamentos para protótipo Fonte: Autoria Própria (2015)

O resultado foi um protótipo com todos os elementos necessários para a representação das funções que o produto pode realizar (Figura 81).

Figura 81: Protótipo Dispositivo Fonte: Autoria Própria (2015)

3.6 NAMING

A identidade visual é o que singulariza visualmente um dado objeto; é o que diferencia dos demais por seus elementos visuais. A manifestação desta identidade pode ser mais fraca ou mais forte, no senso comum, qualquer coisa que possa ser identificada visualmente possui uma identidade visual.

Outra parte fundamental do projeto é a elaboração da marca e seu sistema de identidade visual. Essa fase ocorreu simultaneamente com a elaboração das alternativas do produto, pois o objetivo era criar um produto que representasse muito bem a marca. Peon (2003) diz que profissionalmente identidade visual é aquele componente de singularização que é formado por um sistema planejado e integrado por elementos visuais de aplicação coordenada. A geração de alternativas da marca partiu do pressuposto de obter um símbolo que representasse o sistema como um todo, assim como as funções principais que ele exerce. De acordo com Frascara (2000), o trabalho de design requer planejamento de estratégia comunicacional, de visualização e de produção. Já Fuentes (2006) apresenta os tópicos análise da necessidade e pesquisa como ponto de partida para o projeto gráfico, sendo seguido da concepção, concretização, controle, avaliação e crítica.

3.6.1 Concepção

Desde o início do projeto foram-se descobrindo as características do público- alvo. Para a elaboração da marca levou-se em consideração os objetivos de comunicação, as implicações ético-morais e as codificações culturais. E para isso também foi necessário levar em consideração as informações aprendidas desde o início da pesquisa. Como mostrado anteriormente, o público do projeto é direcionado a valorizar o lado emocional com seu animal. O briefing elaborado indica que a marca deve mostrar para pessoas que possuem cães que eles só têm a se

beneficiar ao aderir ao sistema. Tanto o sistema, o produto e o aplicativo representam um estilo de vida e uma causa abraçada. A marca deve representar facilmente os objetivos e funções principais que o produto pode executar. Não deve deixar de lado o lado tecnológico em que está envolvido, mas também não pode parecer uma ferramenta de difícil utilização. Transparecer afeto bem como segurança são características importantes. E por fim, deve ser de fácil memorização. Após o levantamento básico dos conceitos que devem estar envolvidos na marca, foi feita a pesquisa de concorrentes locais, a análise de semelhantes. Como esse tipo de produto ainda não possui um fabricante nacional, a pesquisa foi redirecionada para concorrentes internacionais. Fuentes (2006) comenta que a elaboração de design nasce dentro de um parâmetro referencial. Para a análise dos concorrentes foram selecionadas três marcas para estudo. Ao fazer a análise foi possível identificar alguns padrões de construções da marca para o tipo de produto e para o estilo de público. Todas elas utilizaram a construção de uma logomarca que é a associação de letras e imagens. Os símbolos foram direcionados para o seu público-alvo, como se pode observar na utilização da imagem de um cão e de uma pata de cão. Todas as marcas utilizadas se apropriam de tipografias geométricas, que são as tipografias sem serifas e construídas a partir de formas geométricas. As cores são distintas entre si, utilizando cores fortes juntamente com a cor preta ou cinza. Já para a composição, as três marcas analisadas estão construídas em uma linha horizontal, composta de símbolo seguido de tipografia com subtítulo alocado na parte inferior do nome principal (Figura 82).

Figura 82: Análise de Referências Internacionais Fonte: Autoria Própria (2015)

A partir do levantamento foi feito um painel semântico com o maior número de referências visuais de marcas, símbolos, fotografias para escolha do público (Figura 83). Dessa maneira é possível visualizar aspectos e padrões como cores, formas, tipografia, cenários e símbolos. Nota-se a constante utilização das cores amarela, laranja e preta, assim como a utilização de tipografias sem serifa. Quanto à composição, o colorido se mostra de uma maneira mais inconstante, adequando-se a cada uma das linhagens propostas.

Figura 83: Referências Visuais

Fonte: Autoria Própria, imagens retiradas da internet (2015)

Feito o levantamento dos concorrentes e a análise de referências, foram elaborados estudos para a criação da marca do projeto, a princípio ainda sem se preocupar com cores, tipografias e peso de cada uma delas. A geração de alternativas da marca obteve diversos resultados, como logotipos, monogramas e símbolos. Ao todo foram elaborados 50 opções de marca, e 25 nomes (Figura 84).

Figura 84: Geração de Marcas Fonte: Autoria Própria (2015)

Após a geração inicial, foi feita a seleção de seis marcas que mais representavam o projeto. A primeira escolha foi feita sem grandes análises, apenas uma seleção básica para dar continuidade ao projeto. As seis marcas selecionadas foram redesenhadas no software para apresentação para o público (Figura 85).

Figura 85: Primeiro Refinamento Fonte: Autoria Própria (2015)

Para a escolha das três marcas mais fortes, as seis escolhidas foram apresentadas para 30 pessoas, sendo elas o próprio público-alvo, colegas de curso e professores da área gráfica. Escolhidas as três mais votadas, foi utilizada de uma matriz de avaliação para a escolha da melhor delas. Peon (2006,p74) explica que a utilização da matriz de avaliação visa oferecer um método controlável das variáveis embutidas no processo da escolha da marca. Dessa maneira os parâmetros subjetivos não dificultam o processo. Com a utilização da matriz é possível permitir uma decisão embasada nos requisitos e restrições que caracterizam a situação do projeto e também promove argumentos consistentes e objetivos para a defesa do projeto. A matriz de avaliação é constituída de uma lista de critérios para a avaliação das alternativas (Figura 86).

Figura 86: Matriz de Avaliação Fonte: Autoria Própria (2015)

Realizada a matriz de avaliação foi selecionada a melhor alternativa, a DOG.tag. Em seguida foram feitos estudos e ajustes da marca com a finalidade de dar o acabamento e aprimoramento necessário. Nessa etapa estudos de tipografia, formas, posições e cores foram testadas.

Primeiramente foi feito o ajuste da tipografia. Foi observado que na primeira versão criada da marca houve uma confusão da letra G do DOG, com a letra C. Para isso foi acrescentado uma haste com a finalidade de dar mais características da letra G. A letra T também foi alterada, sua haste estava muito baixa, então ela foi colocada mais para cima da altura x6 (Figura 87).

6 Altura X: De acordo com Lupton (2013) altura x é a altura do corpo principal da letra minúscula (ou a altura de

Figura 87: Refinamento da Tipografia Fonte: Autoria Própria (2015)

Depois de feita uma pré-seleção do focinho, foi feito um segundo estudo com mais variedade de estilos. Os estudos foram realizados para ter a certeza de escolher um focinho que representasse bem o cachorro, e não se confundisse com o de outros animais (Figura 88).

Figura 88: Refinamento do focinho Fonte: Autoria Própria (2015)

O próximo item a ser testado foi o das orelhas (Figura 89). A ideia inicial era que a marca tivesse apenas uma orelha caída sobre a cara do cachorro no lado superior esquerdo. Porém, foi observado que algumas pessoas não identificavam rapidamente a representação. Para isso foi testada a orelha apenas no lado esquerdo e também orelhas dos dois lados. Ao fazer os testes foi possível perceber que utilizando as duas orelhas, ficaria mais fácil a identificação do cachorro.

Figura 89: Refinamento da Orelha Fonte: Autoria Própria (2015)

Para finalizar foram feitos os estudos de redução, posição e cores (Figura 90).

Figura 90: Análise de Referências Internacionais Fonte: Autoria Própria (2015)

A marca final escolhida foi DOG.tag, com um simpático cachorrinho, composto com o símbolo da conectividade WiFi. A tipografia escolhida foi uma geométrica, sem serifa. A cor principal da marca é o branco, pois nos meios em que será utilizada ela assim se aplica, porém podem ser usadas diversas cores chapadas, dessa maneira a marca se ajusta conforme a utilização dela. Ao usar as orelhas e deixar mais fácil a representação do cachorro, a marca foi facilmente identificada pelo público, e ao utilizar o símbolo do WiFi, mostra a sua função de conectividade com o produto. Abaixo segue a marca em aplicações do slogan da marca (Figuras 91, 92 e 93).

Figura 91: Aplicação Marca Final Fonte: Autoria Própria (2015)

Figura 92: Slogan Marca 1 Fonte: Autoria Própria (2015)

Figura 93: Slogan Marca 2 Fonte: Autoria Própria (2015)

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