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Capítulo 2 Fundamentação Teórica

2.5 Fatores do Desempenho no Trabalho

O desempenho humano depende de uma complexidade de fatores que atuam interagindo entre si de maneira extremamente dinâmica. Numa situação na qual os objetivos e metas foram devidamente explicitados, a tarefa foi desenhada e redesenhada sob medida para a pessoa. Se ela está motivada para executá-la e atingir os objetivos e metas propostos, certamente desenvolverá um determinado esforço individual proporcional à sua motivação.

Esse esforço pessoal é eficaz na medida em que a pessoa possua as habilidades adequadas para a execução da tarefa, aliado ao fato de as condições ambientais não lhe provocarem restrições ou limitações. Assim, o desempenho é conseqüência do estado motivacional e do esforço individual para realizar uma tarefa e atingir os objetivos.

Tavares (2000) revela que os resultados percebidos pela pessoa - seja em termos de alcançar os objetivos organizacionais ou individuais ou em termos de recompensas recebidas pela empresa - provocam um determinado grau de satisfação pessoal. Atualmente acredita-se que esse grau de satisfação - grande ou pequeno ou nulo - realimentará positiva ou negativamente a motivação do funcionário para um novo desempenho. Ou simplesmente não mais o motivará.

2.5.1 Motivação

A motivação no comportamento humano é compreendida como algo que faz uma pessoa perseguir um determinado objetivo, durante um certo tempo, que pode ser curto ou

longo, e que pode ser explicado somente pelos seus conhecimentos, experiências e habilidades.

Desse modo, a motivação não pode ser medida indiretamente, por exemplo, pelas quantidades adicionais de peças produzidas por um trabalhador motivado (Iida, 1990). Uma maneira de “medir” a motivação do trabalhador está na sua produção. Concorda-se com Iida (1990, 291) quando afirma que: “Um trabalhador motivado produz mais e melhor. Sofre menos os efeitos da monotonia e da fadiga. Não precisa de supervisão, pois procura, por si mesmo, resolver os problemas para alcançar os objetivos”. Portanto, percebe-se porque a motivação é considerada por muitos estudiosos da área de recursos humanos, como sendo um dos grandes segredos de qualquer organização que busca a melhoria e o aumento de produtividade.

Segundo Silva (1994, 111), “numa visão sintética e abrangente, pode-se dizer que existem duas forças extremas que mobilizam o homem para a ação: a eliminação do desconforto e a busca do conforto, ou, superação de crises e a criação do futuro do seu sonho”. Surge então a ginástica laboral como uma das possibilidades de alcançar o conforto nas suas atividades no trabalho.

2.5.2. Fadiga

A fadiga, motivação e monotonia são três aspectos muito importantes que devem interessar a todos aqueles que realizam análise e projeto de trabalho humano. A monotonia e a fadiga estão presentes em todos os trabalhos e, se não podem ser totalmente eliminados, podem ser controlados e substituídas por ambientes mais interessantes e motivadores.”(Iida, 1990, 273). Assim, a ginástica laboral tende a cumprir um papel fundamental para que sejam alcançados tais aspectos num ambiente de trabalho.

A fadiga é um estado que todos conhecemos na rotina diária: a capacidade de produção diminuída e uma perda de motivação para qualquer atividade. Grandjean (1998, 135) reconhece basicamente a fadiga muscular e generalizada: “A primeira é um acontecimento agudo, doloroso, que o trabalhador sente em sua musculatura sobrecarregada de forma localizada e a segunda é uma reação difusa. Que é acompanhada de uma indolência e falta de motivação para qualquer atividade”.

Para Iida (1990), existem muitas diferenças individuais que influem no aparecimento da fadiga, desde diferenças de biótipo e o treinamento, até fatores psicológicos como a personalidade e a autoconfiança.

A fadiga muscular torna-se mais fácil de ser medida, pois ocorre uma diminuição do rendimento do músculo após uma determinada exigência (força). Portanto, quando o consumo de energia supera a capacidades de reposição da energia, acontece uma perturbação do desequilíbrio dos processos metabólicos, que se manifesta por uma diminuição da capacidade de produção do músculo.(Grandjean, 1998) Com isso, esclarece que o cansaço da musculatura pode levar a diminuição na coordenação dos movimentos , e o risco mais elevados de falhas e acidentes no trabalho e domésticos.

2.5.3 Estresse

As dificuldades de lidar com as pressões do dia-a-dia como problemas financeiros, problemas familiares, violência urbana, problemas no trânsito, mau relacionamento com colegas de trabalho ou chefes possibilitam o aparecimento do estresse.

Segundo Michal (apud Martins, 2000, 9) “o estresse é a resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo que procura adaptar-se e ajustar-se às pressões internas e externas”.

Percebe-se na atualidade que o estresse está sendo um aspecto natural da própria vida em decorrência das atribuições que cada trabalhador tem para realizar no seu dia a dia, diante de uma sociedade com tanta competitividade. As pessoas estão constantemente expostas a estímulos do ambiente tanto externos como internos. Vivenciando sentimentos relativos ao medo, dor, alegria, excitação e frustração.

As reações são desencadeadas de acordo com o estímulo ou agentes estressores, que segundo Johnson (apud Martins, 2000,32) podem ser físicos (como temperaturas extremas, infecções, lesões ou cirurgias), emocionais (como o medo, raiva, ansiedade ou frustração) ou a combinação de ambos (dor, exercício físico, etc). Assim, verifica-se que tanto o trabalhador que tem muita ou pouca atribuição no seu trabalho está sujeito ao estresse.

Como prevenção ao estresse é fundamental que o trabalhador repense sobre o seu estilo de vida, com uma alimentação mais saudável e em períodos regulares, evitando o exagero dos doces, frituras e bebidas alcoólicas, diminuindo ou evitando o fumo e

mantendo principalmente atividades físicas regulares, permitindo na sua vida, também, atividades de descontração e lazer.

2.6 Estilo de Vida

No âmbito da rotina diária de trabalho do homem moderno, oferecer segurança e saúde ao trabalhador como uma das principais metas de uma empresa torna-se uma prioridade. Isso significa, atualmente, um reconhecimento por parte dos empresários, dos direitos conquistados pela classe trabalhadora para um estilo de vida saudável, levando para toda instituição um ambiente acolhedor favorável a uma melhor produtividade no trabalho. 2.6.1 Alcoolismo

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o alcoólico é um bebedor excessivo, cuja dependência em relação ao álcool é acompanhada de perturbações mentais, de problemas com a saúde física, na relação com os outros e no seu comportamento social e econômico.

A ingestão contínua do álcool desgasta o organismo ao mesmo tempo em que altera a saúde da mente. Surgem, então, sintomas que comprometem a disposição para o trabalho e o viver com bem-estar. Dentre os efeitos e sobre o comportamento provocado pela ingestão do álcool destacam-se: 1.O fato de o alcoolismo levar uma pessoa a fazer coisas que não faria se não estivesse sob efeito do álcool, como dirigir em velocidade perigosa ou realizar atos atrevidos; 2.causar perda de memória, dificuldade de concentração e problemas em outras funções intelectuais; e, 3. Resultar geralmente em uma atenção especial à saúde do indivíduo e numa diminuição da produtividade no trabalho, além de ser responsável pela dificuldade de relacionamento com empregados e colegas de trabalho;

As empresas sofrem grande prejuízo com trabalhadores que ingerem grande quantidade de álcool, uma vez que estes costumam faltar ao trabalho, principalmente na segunda feira, para curar a intoxicação do final de semana. São mais lentos na execução das tarefas e, também, mais introvertidos, prejudicando assim a produção diária de trabalho.

Partindo dessa realidade, algumas empresas vêm investindo em programas de reabilitação, pois em cada um dólar investido no programa, há um retorno de sete dólares sob a forma de aumento da produtividade com a redução do absenteísmo, redução de despesas médicas e o marketing com a imagem da empresa Militão (2001).

Portanto, as repercussões do consumo de álcool e suas conseqüências na vida familiar e no trabalho merecem atenção especial, devido aos graves prejuízos que acarretam para a empresa e para o empregado.

2.6.2 Tabagismo

Estima-se que, no Brasil, a cada ano, oitenta mil pessoas morram precocemente devido ao tabagismo, número que vem aumentado ano a ano. Noutras palavras, cerca de dez brasileiros morrem a cada hora por causa do cigarro (Ministério da Saúde, 2002).

As doenças associadas ao uso do cigarro (câncer, doenças coronarianas, doenças cérebro-vasculares, etc), revelam a abrangência dos efeitos nocivos do uso do fumo (Ministério da Saúde, 2001).

Em seus estudos Pereira (2003), revela que aproximadamente 30% dos adultos são fumantes e consomem mais de 7 trilhões de cigarros/ano. O mesmo alega que, a alta porcentagem de fumantes se deve em parte:

x Ao poder de viciar da nicotina,

x A pouca orientação dos jovens quanto aos riscos do tabaco; x A falta de aplicação das leis anti-fumo

x As mentiras divulgadas pela mídia e, x A grande facilidade para comprar cigarros;

Assim, verifica-se que o Brasil é 6º mercado e um dos maiores exportadores de tabaco do mundo. Realidade esta que o Ministério da Saúde em parceria com outras organizações não - governamentais tenta combater através de campanhas educativas. 2.6.3.Lazer e recreação

Longen (2003), em recente estudo, verificou que a relação entre a necessidade do homem em buscar prazer no ambiente de trabalho e a tentativa de amenizar a sobrecarga fisiológica sofrida, criou tendência e influenciou à prática da ginástica laboral.

A recreação e o lazer como uma proposta alternativa para os setores produtivos de maior desgaste físico e mental de uma empresa buscam suporte no combate à monotonia das tarefas repetidas e rotineiras. Segundo Grando (apud Longen, 2003,68) “a finalidade

básica das atividades recreativas no trabalho é satisfazer as necessidades e desejos no tempo livre, considerando a individualidade de todos os participantes”. Assim se observa que muitas empresas lançaram esforços no sentido de determinar as necessidades e desejos dos trabalhadores.

Segundo Cutrera (apud Longen, 2003, 67) o “desenvolvimento espontâneo e agradável do ser humano em seu tempo disponível, tendendo à satisfação de necessidades psíco-espirituais, incidentes no descanso, no entretenimento, na expressão, na interação e na produção criativa definem o sentido de recreação”. Portanto, a recreação e o lazer podem estar presentes no programa de ginástica laboral, não só quebrando a monotonia e o estresse no trabalho, como também facilitando o relacionamento interpessoal dos trabalhadores. 2.6.4 Alimentação

Uma alimentação balanceada, equilibrada, deve ser, segundo Nahas (2001), variada para garantir a ingestão dos principais nutrientes tais como as vitaminas, proteínas, carboidratos, gorduras, riboflavina, niacina, tiamina, cálcio e ferro. Cada um desses componentes tem um papel fundamental que leva ao organismo reagir de forma eficiente para cada atividades realizada na sua vida cotidiana.

Sabe-se na literatura que, para cada tipo de atividade laboral realizada, o trabalhador deve ter uma alimentação condizente com o seu desgaste energético. Ou seja, cada categoria funcional tem necessidade para uma distribuição calórica na suas refeições. Segundo Grandjean (1998,178)reforça que:

“Para a composição qualitativa da categoria, trabalhadores em atividade sentada e para a grande maioria das profissões femininas vale o seguinte desafio; limitação de quantidade em função de mais alta qualidade. Em outras palavras, redução de calorias com a simultânea elevação de vitaminas, sais minerais e elementos traço”. O homem, independentemente da sua ocupação, geralmente ingere tanto alimento quanto precisa de energia. Tal fato é regulado pela sensação de fome, o que traduz um equilíbrio entre a necessidade de alimentar-se e o gasto de energia. Porém, percebe-se no trabalhador que exerce suas atividades no trabalho sentado uma certa perturbação neste processo, ou seja, a ingestão de alimento passa a ser maior do que o seu desgaste energético, o que pode ocasionar o excesso de peso (Grandjean, 1998).

Na categoria dos trabalhadores que exercem uma maior atividade física, existe a necessidade de uma alimentação mais rica em energia, porém pouco volumoso. Por esta razão, os trabalhadores desta categoria preferem uma alimentação rica em proteína e em gordura (Grandjean, 1998). Portanto para esta categoria funcional é recomendável uma alimentação mais rica em energia onde haja o consumo de forma balanceada de carne, ovos, leite, manteiga, queijo e pão escuro (centeio).

Chagas (2003) afirma que: a alimentação adequada contribui para a melhora do desempenho funcional, para o aumento da produtividade e a conseqüente redução de absenteísmo. Tal afirmação se verifica nos resultados preliminares do estudo que o Seconci – SP vem desenvolvendo nas empresas, que tem como objetivo traçar um diagnóstico do estado nutricional dos trabalhadores do setor da construção para então propor cardápios balanceados.

A ingestão de uma alimentação inadequada pode ocasionar a obesidade, hipertensão, anemia e níveis altos de colesterol e triglicérides, gerando despesas com saúde para o empregador e levando ao baixo rendimento do trabalhador. Daí o crescente investimento em programas de saúde e higiene ocupacional nestas últimas décadas.por empresas de diferentes ramos de atuação de mercado.

2.6.5. Atividade Física

De acordo com Barlow (1992, 26) et al, não é surpresa que uma espécie da nossa evolução histórica necessitasse de uma certa quantidade de atividades físicas para manter uma boa saúde e alto nível de funcionalidade. Filósofos e físicos da antigüidade reconheciam a importância da atividade física para a saúde, mas somente recentemente os médicos cientistas conduziram estudos controlados para documentar e descrever essa relação.

A atividade física moderada regular é considerada por especialistas da área médica como umas das maneiras mais simples de melhorar e manter a saúde. Barlow (1992,26)et al a define como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso. Uma simples caminhada, uma limpeza de casa, ou uma dança, todos produzem movimentos onde há gasto de energia, porém existe um aspecto importante na atividade física, é a sua sistematização ou seja, para manter uma saúde ideal torna-se necessário que esta atividade seja diária.

De acordo com estudos realizados por pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (2002), sobre os fatores de risco sugerem que a inatividade, ou estilo de vida sedentário é uma das dez principais causas mundiais de morte e incapacidade. Revelam ainda que mais de dois milhões de mortes por ano são atribuíveis à inatividade física. Mundialmente as estatísticas mostram que entre 60% e 85% de adultos simplesmente não são ativos o bastante para beneficiar a própria saúde.

Apesar de inúmeras campanhas sobre a importância da atividade física como promoção de saúde, por parte do governo e da iniciativa privada, percebe-se ainda que os estilos de vida sedentários aumentam todas as causas de mortalidade, dobram o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, e obesidade, e substancialmente aumentam o risco de câncer de cólon, pressão alta (hipertensão), osteoporose (principalmente nas mulheres), depressão e ansiedade (OMS, 2002).

Para aproveitar as vantagens da atividade física, torna-se suficiente aumentar o grau de integração de vida diária à atividade física, combatendo o sedentarismo e seus riscos para a vida humana. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2002), e Martins (2000), relatam que a atividade física oferece benefícios na aparência, no trabalho, na saúde, e, no dia-a-dia, nos aspectos psicológicos do ser humano, como descrito a seguir: x Na aparência pode-se:

- Melhorar o visual e a postura;

- Os músculos ficam mais eficientes e com melhor tônus; - Combate o excesso de peso e o acúmulo de gordura corpórea. x No trabalho, observa-se:

- Aumento da produtividade; - Menor propensão às doenças;

- Melhor índice de freqüência no trabalho; x Na saúde, verifica-se:

- Aumento da qualidade e a expectativa de vida; - Melhoria do sistema imunológico;

x No dia-a-dia, percebe-se:

- Maior disposição para as tarefas cotidianas;

- O coração trabalha de forma mais segura e eficiente; x Nos aspectos psicológicos:

- Ameniza o estresse; - Diminui a ansiedade; - Diminui a depressão;

- Desenvolve a consciência corporal; - Combate às tensões emocionais; - Reforça a auto-estima;

- Melhora a capacidade de concentração no trabalho;

Assim, concorda-se com Porto (2003) quando este recomenda que todo ser humano deve manter a preocupação de promover e manter a saúde, sendo ressaltada para a população mundial que, cada vez mais, é necessária à rotina diária a prática de exercícios físicos regulares para combater os efeitos nocivos da vida sedentária.

2.6.6. Sedentarismo

Na maior parte do mundo, as doenças não transmissíveis se tornaram as principais causas de morbi-mortalidade. Isto se deve em parte, à rápida transformação dos estilos de vida, com diminuição da atividade física, mudança no padrão alimentar e aumento do consumo do tabaco (Especial Veja, 2001).

De acordo com os dados da Secretaria de Saúde de Minas como resultado do “Programa Agita Minas” (2001), “o estilo de vida é responsável por mais de 50% do risco total para que o indivíduo desenvolva doenças crônicas”. Para o coordenador do programa o sedentarismo está presente em cerca de 70% da população brasileira – mais do que o tabagismo com 37,9%, hipertensão com 22,3%, obesidade com 18% e alcoolismo com 7,7%. Desta forma o estilo de vida é responsável por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte pó derrame cerebral, que constituem, hoje, as principais causas de morte no país. (Revista Saúde Pública, 1990).

Conforme o depoimento do médico do “Programa Agita Minas”, se verifica que: “A atividade física para a saúde incluem a redução por doenças cardiovasculares; redução de risco de desenvolver a diabetes, hipertensão e câncer de cólon e mama; melhoria do nível de saúde mental; ossos e articulações mais saudáveis; melhoria do funcionamento corporal, controle de peso corporal e correlações favoráveis com a redução do tabagismo e abuso de álcool e drogas” (Pereira, 1990).

Portanto, vale ressaltar que a ginástica laboral que oferece níveis leve e moderado de exercício físico pode contribuir para a melhoria do estado geral da saúde do trabalhador, principalmente se praticada de maneira habitual no seu dia-a-dia.

2.6.7. Saúde

Para a Organização Mundial da Saúde, o estado de completo bem estar físico, mental, social e espiritual é o que define a saúde. A promoção da saúde e prevenção de doenças são metas que na atualidade as empresas de diferentes ramos de atuação vêm buscando desenvolvendo os seus programas de qualidade de vida.

Segundo Barrier (apud Martins, 2000, 26) as pequenas empresas podem influenciar seus empregados a realizarem mais atividade física com baixo custo e alta eficácia atentando para alguns fatos:

- proporcionar aos funcionários descontos em academias de ginástica; estimular a criação de grupos para realizarem caminhadas ou passeios ciclísticos, ou, ainda, outras atividades físicas domésticas que possam influenciar na saúde;

- oferecer prêmios para os funcionários que aumentarem seu nível de atividade física através de dinheiro, de materiais esportivos, etc;

Os estudos de Fielding e Knight (1992,187) apontam, no que se refere às pequenas empresas, que a relação custo-benefício de programas de promoção da saúde de trabalhadores também compensam.

Considera-se então que a saúde também é uma qualidade de vida, condição ou estado de bem estar que apresenta um componente biológico e um comportamental, que são alterados de acordo com o relacionamento indivíduo X meio. Portanto, proporcionar um ambiente saudável que esteja favorável ao bom desempenho do trabalhador passa a ser uma

constante nos programas de promoção da saúde que atualmente as empresas promovem em sua estrutura organizacional.

2.6.8 Sono

A falta de sono ou a insônia pode ser considerada como uma alteração da qualidade e da quantidade de sono que faz com que a pessoa durma menos, prejudicando assim, as sua atividades diurnas. Existe uma estimativa de que 25% dos adultos sofrem algum período de insônia ao longo de um ano e, dessas pessoas 5% vivem estes problemas de forma crônicos.

Segundo Rizzo, 40% da população brasileira tem algum tipo de distúrbio ligado ao sono. O autor enfatiza que “a qualidade do sono está ligada diretamente à qualidade de vida no trabalho” (1998, 8). Entretanto, estudos indicam que se o individuo alterar algumas atitudes diárias, a qualidade e quantidade do sono pode melhorar. Esses estudos recomendam:

x Não consumir substâncias estimulantes como café, coca-cola, chá-mate, chá preto, após as 18h, nem consumir bebidas alcoólicas;

x Procurar fazer refeições leves no jantar;

x Procurar não praticar exercícios físicos à noite, pois eles têm um efeito excitante. No entanto, exercitar-se regularmente durante o dia geralmente ajuda a dormir melhor à noite;

x Procurar manter um mesmo horário de dormir e acordar; x . Deitar-se apenas quando sentir sono;

Cada pessoa tem uma necessidade de sono, ou seja, a quantidade do sono pode ser determinada pelo ritmo biológico de cada indivíduo. O ser humano necessita de períodos adequados de repouso para realizar suas atividades físicas e mentais do dia-a-dia, com disposição e bem-estar. Concorda –se com Alvarez (2002), que mostrou em seus estudos

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