• Nenhum resultado encontrado

Capítulo 4 Resultados e Discussões da Pesquisa de Campo

4.2 Análise Descritiva

4.2.1 Perfil dos Entrevistados

Este item apresenta-se as oito variáveis que formaram o perfil do participante da pesquisa. O setor de trabalho, horas diárias trabalhadas, tempo de, tempo de participação no programa, faixa etária, hábito de fumar, escolaridade e o gênero.

x Setor de trabalho

Dos funcionários participantes da pesquisa 57% atuam em setores administrativos e 43%em setores operacionais, como mostra a figura 4.1.

Para o Ministério da Saúde (2001), o trabalho operacional de uma organização do trabalho se expressa em movimentos repetitivos, posições incômodas e o esforço, o que também, contribuem para o aparecimento de doenças, entre elas as Lesões por Esforço Repetitivo ou os Distúrbios Relacionados ao Trabalho. Na empresa estudada não foi evidenciado grande índice de LER/DORT, a ginástica laboral foi implantada com o objetivo de prevenir tais doenças. A empresa consta no seu quadro geral de 352 sendo 116 funcionários administrativos e 236 funcionários operacionais. A população pesquisada pode ser considerada referência para esta empresa no que diz respeito a existência da LER/DORT.

57%

43%

Administrativo Operacional

x Horas diárias de trabalho

Em relação à quantidade de horas trabalhadas diariamente, se verifica que a maior parte dos funcionários envolvidos na pesquisa, isto é, 67% apresenta um regime de oito horas diárias com intervalo de almoço. Grandjean (1998), revela que esta jornada de trabalho (oito horas diárias) torna-se favorável para uma distribuição adequada das atividades laborais e conseqüentemente no relativo aumento de produtividade.

Nesta pesquisa apresentou também que os funcionários que têm uma jornada de trabalho de apenas quatro horas semanais, são os estagiários, de menor idade que a empresa contrata para serviço de apoio e, que pela lei trabalhista não podem exceder tal jornada de trabalho. Este resultado representa para a empresa uma situação satisfatória para o desempenho dos funcionários, pois não foi observado excesso de horas trabalhadas, o que sugere dizer que os funcionários desenvolvem as suas atividades em um ritmo adequado de trabalho, possibilitando assim em melhor desempenho.

4%

18%

2%

67%

6% 4%

Quatro Seis Sete Oito Nove Dez

Figura 4.2. Distribuição das horas diárias trabalhadas

x Tempo de serviço

Em relação ao tempo de serviço no mesmo setor de trabalho, se observa uma variedade numa escala de tempo entre um a mais de vinte anos de trabalho. O que se verifica uma maior concentração de funcionários acima de dez anos de empresa na mesma função, totalizando 45% dos participantes da pesquisa. Isto demonstra que a empresa conta com um quadro de pessoal estável.

16% 17% 17%

6%

21% 23%

Menos de 1 De 1 a 2 De 2 a 5 De 5 a 10 De 10 a 20 Mais de 20

Figura 4.3. Distribuição dos funcionários por tempo de serviço na função

x Tempo de participação no programa

Em relação ao tempo de participação no programa de ginástica laboral, se verifica que 48% dos participantes da pesquisa que responderam o questionário ingressaram no programa desde o seu início, o que demonstra que o programa está mantendo uma boa participação dos funcionários atingindo os objetivos propostos. Portanto, considera-se que as aulas de ginástica laboral vêm atendendo as expectativas dos funcionários como mostra a figura 4.4. E, sendo assim, possível analisar mais profundamente os resultados alcançados pelo programa de ginástica laboral, isto é observar-se se existe uma relação custo/beneficio uma vez que a maioria dos funcionários (80%) participam a mais de 6 meses do programa.

21%

31%

48%

Menos de 6 meses De 6 meses a 1 ano Mais de 1 ano

Figura 4.4 Distribuição do funcionários por tempo de participação no programa

x Faixa etária

Dos participantes da pesquisa, observa uma maior concentração na faixa entre 40 a 45 anos de idade isto é 33% dos respondentes encontra-se numa faixa de idade onde naturalmente o corpo já necessita de cuidados especiais, considerando a quantidade de hormônio produzido pelo corpo, em especial o da mulher. A literatura revela que nesta faixa de idade o trabalhador fica mais propenso a adquirirem doenças ocupacionais por diferentes fatores, desde o estresse provocado pelo agito do dia-a-dia.

18% 12% 6% 15% 33% 12% 5% De 20 a 24 De 25 a 29 De 30 a 34 De 35 a 39 De 40 a 45 De 45 a 49 Mais de 50

x Freqüência quanto ao tabagismo

No Brasil 40% da população acima de 15 anos são fumantes; o fumo causa entre 80 e 100 mil mortes por ano e incapacita outras 100 mil pessoas para o trabalho (Ministério da Saúde, 1998). Com relação ao tabagismo (figura 4.6), pôde-se observar no presente estudo que a maioria (83%) dos funcionários nunca fumou, 15% já pararam de fumar e 6% são fumantes. O que pode ser considerado um número baixo se comparado com a referência de fumantes no país. Este é um resultado satisfatório uma vez que pessoas fumantes estão mais propensas as doenças cardiovasculares respiratória (Blair et al, 1992)

83%

15%

3% 2% 1%

Nunca Fumava, mas parou 1 carteira/semana 2 a 3 carteiras /semana

1 carteira/dia

Figura 4. 6. Distribuição dos participantes fumantes

x Escolaridade

Quanto à escolaridade os participantes da pesquisa apresentaram um resultado considerado satisfatório, se comparada com o padrão educacional do estado do Rio Grande do Norte. Portanto, se verifica que 54,5% da população dos entrevistados tem o 2º grau, 29,3% tem o terceiro grau e 7,2% são pós-graduados, dados que não corroboram com os dados do IBGE (2002), onde a maioria (66%) da população do Rio Grande do Norte possui o ensino fundamental, 12,4% o ensino médio (2º grau) e, 2,7% apresentam a pós- graduação. E, 4% apenas concluíram o primeiro grau (ensino fundamental), estes últimos, porém, tem idade compatível com a série cursada, são os estagiários.

9,0% 54,5% 29,3% 7,2% 66,0% 12,4% 2,7% 0,4%

Fundamental 2º grau Superior Pós-graduação Pesquisa IBGE

Figura 4.7. Distribuição comparativo por nível de escolaridade

x Gênero

Participaram deste estudo 169 funcionários de ambos os sexos de uma empresa de energia elétrica, sendo 61% homens e 39% mulheres, como mostra a figura 4.8.

Este resultado apresentado na empresa não é diferente de outras empresas, principalmente se considerar a inserção da mulher no mercado de trabalho.

Na literatura nacional, fatores como aumento do nível de escolaridade, os métodos anticoncepcionais e o aumento da renda familiar são apontados como favoráveis para a inserção da mulher no trabalho (Lira, 2000). Como se verifica nesta pesquisa ainda apresenta em número inferior em relação aos homens. Porém, este fato pode ser atribuído ao tipo de atividade exercida pelos funcionários operacionais – eletricistas, que ainda não foi ocupado pelo sexo feminino.

6 1 %

3 9 %

M as c u lin o F em in in o

Figura 4.8. Distribuição da população segundo gênero

Documentos relacionados