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ensinar fatos sobre problemas ambientais e deixar que seus estudantes elaborem suas próprias ideias sobre se querem ou não cuidar do meio ambiente.

A maioria dos principais problemas ambientais enfrentados pela humanidade é tão urgente que temos muito pouco tempo para salvar o planeta. Educadores ambientais deveriam usar quaisquer métodos para persuadir seus estudantes a cuidarem do meio ambiente.

Educação para a sustentabilidade diz respeito tanto à justiça e a paz como a conservação do meio ambiente. Assim, é essencial que se dê particular ênfase às questões sociais.

A pessoas não começarão a cuidar de seu ambiente antes que tenham experenciado, de forma direta, aspectos desse ambiente, Por isso, é importante que educadores ofereçam experiências, de formas mais amplas possíveis para seus estudantes, colocando-os frente a diferentes topos de ambiente.

Educadores ambientais deveriam ensinar através do exemplo. O modo de vida dos próprios educadores deverá servir de modelo para os estudantes saberem como devem cuidar do meio ambiente.

Existem tantas e tão diferentes visões sobre o significado da educação para a sustentabilidade, que ultimamente educadores ambientais devem, individualmente elaborar suas próprias ideias e ensiná-las da maneira que acharem melhor.

Os estudantes não podem começar a compreender problemas ambientais complexos antes de compreenderem a Ciência básica envolvida. Assim, educadores devem enfatizar esse aspecto em seu ensino.

Escolas de Educação Básica e Faculdades não são os melhores locais para as pessoas receberem a educação para a sustentabilidade. É melhor que ela ocorra de modo mais informal, nas famílias ou grupos de jovens fora da escola ou da faculdade, ou como parte das atividades de lazer.

Educação para a sustentabilidade está mais relacionada à educação para o consumidor do que para a compreensão dos fatos sobre o meio ambiente. Saber como podem ser usuários responsáveis e consumidores de bens e serviços na sociedade pode surtir maior efeito para o cidadão comum.

ANEXO 6

Tendências da EA – ADAPTADAS DE FERNANDES 2002 Tradicional

Preocupação com as questões restritas ao ambiente natural, como extinção dos recursos naturais, degradação ambiental. Visão antropocêntrica em relação ao meio ambiente. Relação homem X natureza utilitarista e preservacionista. Postura conservadora diante dos problemas ambientais. EA como disciplina. Resolução de problemas Utilização de forma racional do MA levando em conta aspectos de desenvolvimento sustentável e gestão ambiental. Os problemas ambientais são trabalhados de forma superficial, não levando em conta todos os aspectos envolvidos nos mesmos. EA como disciplina. . Integradora Entendimento mais global da questão ambiental. Relações dinâmicas entre aspectos naturais sociais e culturais. EA como processo de formação de valores, ideias e posturas. Ecossistemas como redes, ser humano como parte do planeta. EA como projeto conscientizador. Atividades interdisciplinares. Transformação social Enfoque sócio-político e ambiental. EA como processo de intervenção. Educação Ambiental se relaciona a tudo, mas não pode ser considerada como única e exclusiva solução para os problemas ambientais. Desterritorialização da EA. Empoderamento das populações. Metodologias participativas. Reflexão sobre os processos históricos e sociais de transformação do meio natural e construído.

ANEXO 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE BIOLOGIA

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Nome:__________________________________________________ Matrícula:________ Disciplina: Educação Ambiental Data:____________ Valor: 15,0 pontos Profª. Responsável:

Atividade: Construção de um texto fazendo uma reflexão sobre a ideia de Desenvolvimento Sustentável, suas implicações históricas e relação com outros conceitos como o de Ecodesenvolvimento, Sustentabilidade e Sociedades Sustentáveis a partir das leituras dos textos e dos filmes. Comentar ao final qual deve ser a postura do educador ambiental diante das imprecisões, dos riscos políticos, da incorporação do componente ambiental no sistema de preços.

Ao abordar os pontos solicitados na atividade a partir do texto de referência (Layrargues), inserir momentos do (s) filme (s) que auxiliam sua reflexão.

______________________________________________________________________ Bibliografia

LAYRARGUES, P. P. Meio Ambiente e Desenvolvimento. In: A cortina de fumaça: o discurso empresarial verde. Annablume, 1998.

Filmografia

Powaqqatsi. Direção Godfrey Reggio, 1998. Koyaanisqatsi. Direção Godfrey Reggio, 1983.

ANEXO 8

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE BIOLOGIA

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Disciplina: Educação Ambiental

ATIVIDADE: Reuniões de cúpula sobre meio ambiente.

OBJETIVO: conhecer o estilo (temas, frequentadores, resultados/conclusões) das reuniões internacionais e nacionais sobre meio ambiente promovidas pela ONU; perceber/verificar (tentativa) a interferência ou não dessas reuniões na educação ambiental.

1. Exibição de trechos da edição de dois programas do Repórter Eco sobre a “Rio + 10 – Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável”;

2. Discussão de temas exibidos e a forma como a televisão (Repórter Eco) noticiou tal reunião;

3. Buscar na Internet informações sobre reuniões no Brasil e na América Latina e Caribe que tratem sobre educação ambiental:

a. VI Fórum de educação ambiental no Brasil (Rio de Janeiro/2009)

b. V Congresso Ibero Americano de Educação Ambiental (abril de 2006 em Joinvile);

c. Agenda 21; d. Outros.

4. Fazer anotações sobre documentos, declarações, cartas construídas nessas reuniões. Observar discussões atuais e marcos históricos.

5. Referências

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. A questão ambiental e a emergência de um campo de ação político-pedagogica. Meio Ambiente e Sociedade. São Paulo: Cortez, 2002. GONZÁLEZ GAUDIANO, Edgar. Educación ambiental: trayectorias, rasgos y escenarios. México: editora Plaza y Valdés, 2007.

ANEXO 9

ECO, UMBERTO. O segundo diário mínimo. Rio de Janeiro: Record, 1993.

Se vocês ainda não estão fartos de atualidades, esta história aconteceu em Nova York há pouco tempo.

Central Park, jardim zoológico. Alguns meninos brincam perto do fosso dos ursos- polares. Um deles desafia os demais a tomarem um banho no fosso, nadando em volta dos ursos. Para obrigar os amigos a mergulhar, esconde suas roupas. Os meninos entram na água, bracejam em torno de um urso plácido e sonolento, provocam o animal e este acaba se aborrecendo: estica uma pata e devora, ou melhor, esfrangalha dois dos meninos, espalhando pedaços deles pela água. Acorre a polícia, vem até o prefeito, todos discutem se o urso deve ser sacrificado, reconhece-se que a culpa não foi dele e vários artigos são escritos a respeito do episódio. Por acaso, os meninos tinham nomes espanhóis: eram porto-riquenhos, talvez de cor, talvez chegados há pouco, mas de qualquer maneira afeitos às bravatas, como acontece com todos os rapazes que se reúnem em bandos nos bairros pobres. Interpretações variadas, em sua maioria severas. É um tanto difundida a reação cínica, pelo menos de boca em boca: seleção natural, se eram estúpidos a Ponto de resolverem nadar perto de um urso, bem que mereceram. Eu nem mesmo aos cinco anos teria mergulhado naquele fosso. Interpretação social: bolsões de pobreza, educação escassa, infelizmente os subproletários também o são na imprudência, na temeridade. Mas que escassez de educação, pergunto Eu, se até mesmo o menino mais pobre pode ver televisão e ler os livros escolares, onde os ursos devoram homens e são mortos por caçadores?

Neste Ponto, me perguntei se os meninos não teriam entrado no fosso justamente porque veem televisão e vão à escola. É provável que aqueles meninos tenham sido vítimas da nossa má consciência, da forma como é interpretada pela escola e pelos meios de comunicação de massa.

Os seres humanos sempre foram desapiedados com os animais, e quando se deram conta de sua própria maldade decidiram começar, se não a amá-los todos (porque continuam a comê-los com a maior tranquilidade), pelo menos a falar bem deles. Se pensarmos ainda que tanto os meios de comunicação como a escola e os órgãos públicos têm muito a ser perdoados, por tudo que já fizeram contra os homens, iremos ver que se torna no fim das contas compensador, Psicológica e eticamente, insistir na bondade dos animais. Deixam-se morrer as crianças do Terceiro Mundo, mas os meninos do Primeiro são incentivados a respeitar não apenas as libélulas e os coelhinhos, mas também as baleias, os crocodilos e as serpentes.

Note-se que, em si mesma, esta ação educativa é correta. O que é excessivo é a técnica persuasiva escolhida para tanto: a fim de tornar os animais dignos da sobrevivência, eles são humanizados e infantilizados. Ninguém diz que têm direito à sobrevivência apesar de serem, de acordo com seus costumes, selvagens e carnívoros. Torna-se os animais respeitáveis apresentando-os como seres amáveis, engraçados, bonachões, benévolos, sábios e prudentes. Ninguém é mais imprudente que um lemingue (espécie de roedor), mais preguiçoso que um gato, mais babão que um cachorro no calor, mais fedorento que um leitão, mais histérico que um cavalo, mais venenoso que uma víbora, menos fantasioso do que uma formiga ou menos musicalmente criativo do que um rouxinol. Simplesmente cabe a nós amarmos - e se não for possível, pelos menos respeitarmos - esses e outros animais pelo que eles são. As lendas antigas exageravam ao falar do lobo mau, as de hoje exageram com os lobos bons. Salvar as baleias não é necessário porque elas sejam boas, mas porque fazem parte do meio natural e

contribuem para o equilíbrio ecológico. No entanto, nossos filhos são educados à base de baleias falantes, lobos que se inscrevem na ordem terceira dos franciscanos e, sobretudo, Teddy Bears, ursinhos de pelúcia que não acabam mais.

A publicidade, os desenhos animados, os livros ilustrados estão cheios de ursos boníssimos, cumpridores das leis, carinhosos e protetores. É um verdadeiro insulto para um urso ouvir dizer que tem direito à vida porque é grande e gordo, engraçado e boa-praça. Desconfio, portanto, que os pobres meninos do Central Park tenham morrido não por falta, mas por excesso de educação. São vítimas de nossa consciência infeliz.

Para fazê-los esquecer o quanto os homens são maus, insistiram demais em explicar- lhes que os ursos são bons. Em lugar de lhes contar, de maneira leal, como são os homens e como são os ursos.