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CAPÍTULO 3 – PROGRAMAS DE RELAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E

3.2 FINANCIAMENTO DOS PROGRAMAS

A ACC teve como principal fonte de recursos, ao longo dos anos, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que, antes, era uma superintendência (CADCT/SEPLANTEC). Nos anos de 2004 e 2005, houve problemas que impediram a continuidade do financiamento pela Fapesb e estão em curso negociações para a diversificação de fontes de financiamento. O Programa recebe aportes eventuais de recursos do Fundo de Extensão e recursos orçamentários da UFBA, além da remuneração dos professores75, sendo que alguns projetos recebem apoio direto de organizações comunitárias e de prefeituras no interior do estado.

O Bansol tem como principal fonte de recursos a premiação que recebeu do Prêmio Fenead. A organização criou a taxa de retribuição solidária, que corresponde a um percentual pago ao Bansol por seus membros envolvidos em projetos remunerados em outras organizações por intermédio da associação, de acordo com sua condição financeira e do seu nível de remuneração.

O FCCV teve como principal financiador, ao longo dos anos de sua atuação, a Fundação Kellogg para a América Latina e Caribe. Além disso, há vários projetos e atividades realizadas no âmbito do Fórum, contando com financiadores diversos, tanto públicos quanto privados. Algumas organizações contribuem cedendo horas de profissionais para atuar em atividades junto ao Fórum.

A ITCP/UFRJ contou, em sua constituição, com bolsas de estudo e recursos da Finep, Fundação Banco do Brasil, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Prefeitura do Rio de Janeiro. Ao longo do tempo, a Incubadora tem contado com diversos financiadores, entre eles: UFRJ, Prefeitura do Rio de Janeiro (recursos do BID), Governo do Estado do Rio de Janeiro, Finep, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional Metalúrgica (CNM), Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e Organização Intereclesiástica Holandesa para a Cooperação Internacional (Icco).

O Prêmio Fenead contou com financiadores e apoiadores diversos ao longo do tempo, de diferentes tipos de organizações (empresas, governos, universidades, organizações da sociedade civil) tanto nacional quanto regionalmente, de diferentes portes e setores de atividade. Destaca-se o fato de ser uma organização gerida por estudantes e que conseguiu captar e gerir recursos em volume significativo. O financiador que se mantém

desde o início do Prêmio é a Fundação Kellogg para a América Latina e o Caribe. Entre os demais financiadores, estão: Fundação Educar DPaschoal, Fundação Ford, Banco Itaú, Fundação Itaú, Instituto C&A, Fundação Maurício Sirotski Sobrinho, Fundação Orsa etc.

O PDGS teve seu projeto original financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e pela Finep, por meio do Fundo Verde-Amarelo, além de bolsas concedidas pelo CNPq. Além desses financiadores, as atividades realizadas no âmbito do PDGS, entre 2001 e 2004, contaram com financiamento das organizações: Fundação Kellogg, Petrobras, Fapesb, Secretaria de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais do Estado da Bahia (Secomp) e Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de Salvador – BA76.

O Programa GPC teve como financiador, desde seu início, a Fundação Ford. A partir de 1997, a BNDES passou a financiar algumas atividades. Os financiadores do Projeto Práticas Públicas e Pobreza são: Fundação Ford, Fundação William e Flora Hewllett e Banco Mundial (no início do projeto). Já a Escola Livre de Desenvolvimento Solidário é, atualmente, financiada pela Fundação William e Flora Hewllett e Fundação Avina. O Projeto Conexão Local é financiado pela EAESP/FGV.

A Universidade Solidária, ao longo de seus anos de atuação, tem contado com o financiamento de diversas empresas. Entre as mais permanentes, estão: Petrobras, Banco Real-ABN Amro Bank e Sulamerica Aetna. Outros financiadores importantes, entre os múltiplos financiadores públicos e privados, são: CAPES, CNPq e Fundação Ford. Atualmente, a organização tem buscado novos caminhos para a captação de recursos, como o Fundo de Investimento Financeiro (FIF) UniSol Mercatto e o Mídia Kit UniSol.

A análise das fontes de financiamento dos programas revela sua capacidade de articulação de diversos recursos, oriundos de diferentes tipos de organizações. Entre os financiadores e apoiadores, há pequenas e grandes organizações, públicas e privadas, de atuação em âmbito regional, nacional e internacional. Em alguns casos, a relação com os financiadores e apoiadores não se resume ao repasse de recursos financeiros, sendo disponibilizados outros tipos de recursos (materiais, humanos, capacidade técnica e política). Há situações nas quais os parceiros envolvem-se em práticas dos programas, como planejamento e avaliação. Nesses casos, a tendência é de que haja maior articulação de saberes entre os parceiros. A diversidade de fontes, que por um lado pode representar maior independência dos programas e potencial de articulação com parceiros, ao mesmo

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Para o professor, cada ACC é considerada como disciplina de 68 horas.

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O quadro de financiadores e as atividades financiadas por cada um deles podem ser vistos no Apêndice F desta tese.

tempo exige mais tempo de dedicação aos processos de captação, gestão e relações com os parceiros.

Todos os programas, sediados em universidades ou não77, juridicamente independentes das universidades ou não78, aproveitam recursos disponíveis no âmbito das universidades, desde instalações, bibliotecas, computadores, até, e, sobretudo, professores, funcionários e estudantes com vontade de envolverem-se em iniciativas como essas.

O trabalho de captação e de gestão dos recursos financeiros é considerado uma dificuldade importante por alguns dos gestores dos programas, por serem processos trabalhosos e que consomem muito tempo. A instabilidade de financiamento é um fator relevante na determinação do ritmo das atividades de alguns dos programas, fazendo com que seja variável de um período para outro, dependendo da disponibilidade dos recursos. Nenhum dos programas possui recursos orçamentários garantidos por períodos longos, ou seja, não possuem sua continuidade assegurada, o que contribui para que se constituam como estruturas institucionais efêmeras. A instabilidade gera tensão, por um lado, e flexibilidade, criatividade, capacidade de adaptação e necessidade de mudança de rumos ao longo dos processos, por outro.