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FONTE DE ÔMEGA – 3 FONTE DE ÔMEGA – 6 FONTE DE ÔMEGA

CIONAL AMBULATORIAL DO ADULTO

FONTE DE ÔMEGA – 3 FONTE DE ÔMEGA – 6 FONTE DE ÔMEGA

Semente de linhaça Soja, canola

Peixes de água fria: Salmão, sardinha, cavala, arenque, bacalhau, anchova,

especialmente no cérebro, fígado e vísceras desses animais.

Óleos vegetais: soja, cártamo, milho e canola. Nozes e sementes

oleaginosas em geral, como noz, castanha-do-brasil, castanha de caju, amêndoa, avelã etc. Azeite de oliva Óleo de canola Oleaginosas (castanhas, amêndoas e nozes) Azeitona Abacate

Fonte: SANTOS R. D. et al., 2013.

O precursor do ômega 3 é o alfalinolênico. No homem ele sofre o processo de alongamento e desidrogenação da cadeia, podendo transformar-se nos ácidos eicosapentanoico (EPA) e decosaexaeconoico (DHA). Os ácidos eicosapentanoico (EPA) e decosaexaeconoico (DHA) estão presentes em peixes de águas muito frias e profundas, como salmão, sardinha, cavala, arenque. Quando ingeridos em maior quantidade, podem diminuir os níveis de triglicérides

O coco e o óleo de coco (Coco nucifera) são importantes fontes naturais de gorduras

saturadas, especialmente de ácido láurico (C12:0). Com relação à dislipidemia, sabe-se que gorduras saturadas ricas em ácido láurico resultam em perfil lipídico mais favorável do que uma gordura sólida rica em ácidos graxos trans. Em relação aos demais tipos de gorduras saturadas, especialmente ácido mirístico e palmítico, o ácido láurico apresenta maior poder em elevar LDL-C, bem como HDL-C. Contudo, esse efeito parece não ser a causa do aumento da prevalência de DCV de acordo com estudos realizados na Ásia, onde o óleo de coco representa até 80% da gordura consumida em algumas regiões (SANTOS et al., 2013).

No Brasil, um ensaio clínico mostrou redução da relação LDL: HDL, aumento do HDL-C e redução do perímetro abdominal no grupo que utilizou óleo de coco. Apesar desses dados apontando os benefícios do óleo de coco no HDL, outros estudos comprovam o efeito hipercolesterolêmico do coco e seus subprodutos, como o recente estudo com cobaias que comparou óleo de coco com azeite de oliva e óleo de girassol. O grupo tratado com óleo de coco apresentou aumento significativo da fração não HDL e triglicérides. Com isso são necessários mais estudos para aprovar os reais benefícios e malefícios do óleo de coco nas dislipidemias. Não somente esse óleo, como também o azeite de dendê e a gordura de porco (SANTOS et al., 2013).

Entre os vários efeitos dos monoinsaturados aponta-se a diminuição do colesterol total e do LDL – c, antitrombótico e inibição da agregação plaquetária. Estudos têm apresentado as propriedades de dois alimentos vegetais que apresentam a gordura saturada: o óleo de coco e o azeite de dendê.

O ovo é um alimento versátil, de baixo preço e importante fonte de muitos nutrientes,

como folato, riboflavina, selênio, colina e vitaminas A, D, E, K e B12, além de sais minerais (ferro, fósforo, cálcio, magnésio, sódio, potássio, cloro, iodo, manganês, enxofre, cobre e zinco), proteína de alta qualidade e lipídeo, que tornam biodisponíveis importantes nutrientes, como luteína e zeaxantina, associadas com a prevenção da degeneração macular, além de fonte de gorduras saturadas e colesterol. Importante ressaltar que os lipídeos, minerais e vitaminas estão presentes quase que integramente na gema; a clara é constituída especialmente pelas proteínas (SANTOS et al., 2013).

Um ovo contém de 50 a 250 mg de colesterol, dependendo do tamanho. As recomendações atuaisrestringem a ingestão de ovo e limitam o consumo de colesterol em até 300 mg ao dia. Entretanto essa recomendação tem sido revista e novas pesquisas indicam que a ingestão de um ovo ao dia pode ser aceitável se outros alimentos ricos em colesterol forem limitados na dieta. A grande quantidade de nutrientes (DHA, proteínas e vitaminas) pode contribuir para controlar a colesterolemia. Isso pode ser uma das razões das diferentes respostas do ovo à colesterolemia. Outra possível razão seria o alto consumo de gordura saturada e colesterol por certas populações e o ovo pouco acrescentaria como risco para doença cardiovascular (SANTOS et al., 2013).

De acordo com Santos et al. (2013), se um indivíduo responsivo ingerir dois ovos por dia, pode exceder a recomendação do American Heart Association (AHA), ultrapassando o limite superior de consumo em 126 mg, que pode sugerir que o mesmo pode ter um aumento de 0,05- 0,07 mmol/L no colesterol total plasmático. Há populações que podem se beneficiar do decréscimo de ingestão de colesterol dietético, como aquelas com diabetes, que podem apresentar anormalidades no mecanismo para o transporte de colesterol. Contudo é preciso cautela no modo de preparo do ovo; quando frito ou mexido, há adição de gorduras, o que aumenta as calorias e, dependendo do tipo de gordura, eleva o colesterol.

Quadro 2. Alimentos ricos em ácidos graxos trans na dieta. Margarina Sorvete Pipoca de micro-ondas Batata frita Biscoitos recheados

Molhos prontos para salada Maionese

Cremes para sobremesas (Chantilly) Óleos

4. Terapia nutricional nas hipertrigliceridemias

Os triglicerídeos são adquiridos pela alimentação ou produzidos pelo organismo a partir da esterificação do glicerol com três moléculas de ácidos graxos no fígado ou no tecido adiposo. Exercem principalmente papel energético, entre outras funções. Quando os níveis de triglicérides alcançarem valores > 150 mg/dl, medidas terapêuticas deverão ser tomadas.

Em todas as frações de colesterol deve-se estudar a causa etiológica (se é primária ou secundária) e os fatores desencadeadores. Redução do álcool ao mínimo possível; cessação do tabagismo; análise do uso de medicamentos; redução de peso; controle de níveis de glicose, principalmente no diabetes descompensado; controle de hipertensão arterial são algumas mudanças a serem analisadas. A intervenção dietoterápica e atividade física orientada pelo profissional específico são os passos iniciais no tratamento e prevenção das hiperlipidemias e hipertrigliceridemias.

Para o controle dos níveis plasmáticos de colesterol, é recomendada dieta rica em fibras, consumo de poli-insaturados e monoinsaturados, além de vitaminas antioxidantes, como vitamina E, vitamina C e selênio para atuar na oxidação das LDL. A dieta deve ser individualizada, respeitando sempre que possível o estilo de vida e os hábitos alimentares de cada paciente. A Tabela 2 traz as recomendações dietéticas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2017) para tratamento de dislipidemias.

De acordo com o estudo realizado por Piper e colaboradores (2012), a dieta DASH

prioriza o consumo de frutas, verduras, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixe, aves e nozes, ao mesmo tempo em que incentiva o menor consumo de carne vermelha, doces e açúcares. Seu consumo resulta em aumento na ingestão de potássio, magnésio, cálcio e fibras. Estudos têm demostrado que essa dieta traz resultados positivos à saúde e contribui para a redução da hipertensão arterial, além de outras doenças, como as cardiovasculares (DCV).

Tabela 2. Recomendações dietéticas para o tratamento das dislipidemias.