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VALORES DE REFERÊNCIA PARA LEUCÓCITOS – CONTAGEM DIFERENCIAL

utilizados na avaliação de adultos: enfoque ambulatorial

VALORES DE REFERÊNCIA PARA LEUCÓCITOS – CONTAGEM DIFERENCIAL

Neutrófilos segmentados Neutrofilia: valores >7700 Neutropenia: valores < 1620 45 a 70% 1620 a 7700/mm3 de sangue Neutrófilos bastões 0 a 5 % Eosinófilos Eosinofilia: valores > 770 1 a 7% 36 a 770/mm3 de sangue Basófilos Basofilia: valores > 330 0 a 3% 20 a 330/mm3 de sangue Linfócitos Linfocitose: valores > 5500 Linfopenia: valores < 1500 Linfopenia grave: valores <720

20 a 50% 720 a 5500/mm3 de sangue Monócitos Monocitose: valores > 1320 2 a 12% 1320/mm3 de sangue

• Hemocultura (cultura de sangue periférico)

Exame útil para o diagnóstico de infecções em que ocorrem bacteremias (passagem de bactérias pela corrente sanguínea), como na endocardite, febre tifóide, leptospirose, brucelose, infecção urinária ou pulmonar, feridas cirúrgicas ou qualquer febre de origem desconhecida ou indeterminada.

O sangue deve ser colhido com cuidados especiais para evitar contaminações com a flora bacteriana da pele. A hemocultura é um exame de rotina em ambiente hospitalar.

- Valor de referência: bactéria AUSENTE, não houve crescimento bacteriano após sete

• Coagulograma

É utilizado para diagnóstico de distúrbios da coagulação sanguínea, avalia função hepática, usado também como exame pré-operatório e acompanhamento de terapia com anticoagulantes.

- Tempo de sangramento: trata-se do tempo que decorre entre a criação do ferimento,

por pequena incisão, e a parada do sangramento. Exame complementar no diagnóstico de coagulopatias.

- Valor de referência: 1 a 3 minutos.

- Valores elevados: alteração na atividade das plaquetas (doença de Von Willebrand),

distúrbios plaquetários, doenças mieloproliferativas, uremia, uso de drogas, como AAS, aspirina e antiinflamatórios não-esteróides.

- Tempo de coagulação: é o período que o sangue colhido gasta para coagular-se

completamente. Permite a avaliação da via intrínseca da coagulação, entretanto, apresenta pouca sensibilidade.

- Valor de referência: 5 a 11 minutos.

- Valores elevados: deficiências severas de qualquer um dos fatores da coagulação; nos

casos de deficiência de fibrinogênio; no uso de doses elevadas de heparina; na presença de anticoagulantes naturais e em qualquer caso com tendências hemorrágicas.

• Prova do laço, prova da fragilidade capilar, prova do torniquete, prova de Rumpel Leede ou prova da resistência capilar

Consistem em provocar estase venosa por 5 minutos no braço do paciente, verificando ou não o aparecimento de petéquias, o que indica a fragilidade dos vasos capilares.

- Indicação: avaliação da fragilidade capilar, trombocitopenia, tromboastenia,

hipovitaminose C.

- Valor de referência: negativo

- Retração do coágulo: após a coagulação completa do sangue, o coágulo começa a se

retrair, descolando-se gradualmente da parede do tubo e separando-se nitidamente do soro.

- Valor de referência: 40 a 60%.

- Valores elevados: relacionados às mesmas doenças em que ocorre elevação do tempo

de sangramento.

• Tempo de Atividade da Protombina (TAP)

É o método de escolha para avaliar a via extrínseca da coagulação sanguínea. A tromboplastina extrínseca e os fatores de coagulação VII, V e X agem sobre a protombina transformando-a em trombina.

- Valor de referência: TAP – 11 a 14 segundos / de 70% a 100% de atividade de protombina. - Valores elevados: deficiência de vitamina K (na dieta, por destruição de bactérias

intestinais, por absorção intestinal prejudicada), utilização inadequada de vitamina K, sangue com hematócrito elevado, hiperlipidemia grave, hipoprotrombinemia, anticoagulantes circulantes, ausência de fibrinogênio, deficiência dos fatores de coagulação V, VII, X e II.

• Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA)

Avalia alterações no mecanismo de coagulação sanguínea pela via intrínseca.

- Indicações: nos casos em que há tendência à hemorragia; antes de intervenções

cirúrgicas e no controle da terapêutica com anticoagulantes à base de heparina. - Valor de referência: 24,3 a 38 segundos / acima de 10 segundos do plasma controle. • Fibrinogênio

Proteína produzida pelo fígado e transformada em fibrina pela ação da trombina. Sua dosagem é útil na pesquisa e no acompanhamento das síndromes inflamatórias, na exploração da coagulação ou estudo de síndromes hemorrágicas.

- Valor de referência: 150 a 350 mg/dL.

- Valores elevados: gravidez e período menstrual, infecções (é uma das proteínas de fase

aguda), hepatopatias leves, idade (aumenta com a idade), pós-hemorragias agudas, após irradiações por raios-X, síndrome nefrótica, pós-infarto agudo do miocárdio, tabagismo e obesidade, HAS, diabetes.

- Valores diminuídos: insuficiência hepática, desnutrição, queimaduras graves, após

grandes hemorragias, febre tifóide, leucemia, tumores malignos, câncer de próstata e estômago, em grandes cirurgias torácicas e abdominais, uso de drogas como: L-asparaginase, ácido valpróico.

• Contagem de plaquetas

As plaquetas são formadas na medula óssea pela fragmentação do citoplasma de megacariócitos. Seu tempo médio de vida é de nove dias. Participam da hemostasia: adesão plaquetária por ocasião de uma brecha vascular, liberam fatores de coagulação (PF3 e 4, fator XIII, ativador de plasminogênio etc), retração do coágulo, redução da permeabilidade vascular e certa proteção do endotélio.

- Valor de referência: 150 a 350 x 103/μL.

- Valores elevados: doenças mieloproliferativas, recuperação de infecção aguda, anemia

hemolítica, pós-operatório (principalmente esplenectomia), hemorragia aguda, deficiência de ferro, doenças inflamatórias crônicas, resposta a exercícios ou stress, tratamento e deficiência de B12, osteoporose, abstinência de álcool.

- Valores diminuídos: anemia aplásica, leucemias, neoplasias metastáticas,

trombocitopoiese inefetiva, trombocitopenias congênitas, destruição aumentada das plaquetas (causas imunológicas, doenças auto-imunes, doenças infecciosas), doença de Von Willebrand, após quimioterapia.

Quando não se consegue chegar a um diagnóstico pelos exames de rotina para coagulação, existem avaliações de outros fatores da coagulação como, por exemplo, dosagem do fator V, VII, X, VIII (globulina anti-hemofílica), fator IX, etc.

1.5 Perfil urinário

Indicado no diagnóstico de infecções do trato urinário, presença de cálculos renais, auxilia no diagnóstico da insuficiência renal e é também no exame de urina que se pode fazer o diagnóstico de carcinoma da bexiga.

a) EAS ou urina I

Nesse exame pode ser feita a avaliação do pH da urina, da presença de leucócitos, hemácias, bactérias, cilindros, cristais, através da observação microscópica, que podem dar indicações sobre infecções, infestações, neoplasias do trato geniturinário, nefropatias, nefrolitíase, hepatopatias.

Quadro 5. Componentes analisados no exame de urina de rotina