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APÊNDICES CAPÍTULO

TABELA 1 DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS DE ANÁLISE DO BANCO DE INFORMAÇÕES

2. FONTES DE PESQUISA

Com relação às referências de pesquisa, foram utilizadas ape- nas fontes secundárias, sendo relevante observar que referidos dados e informações foram verificados, por triangulação, com outras fontes secundárias.2 Foram consultados relatórios, artigos e outros materiais

de conteúdo de diversas entidades, institutos, consultorias e centros de estudo internacionais em que o regime jurídico tributário de doações a OSCs tenha sido analisado. Algumas referências representaram fontes de informações mais utilizadas por esta pesquisa:

i. Legal and Fiscal Profile, European Foundation Centre (EFC)3 – rela-

tórios elaborados por especialistas locais em diversos países, cujas análises foram disponibilizadas com informações específicas acerca de aspectos da sociedade civil, em especial o regime tributário de do- ações a OSCs. Por se tratar de entidade com foco de atuação no con- tinente europeu, grande parte do material identificado relaciona-se a essa região, sendo importante notar que todos os relatórios da EFC foram publicados entre 2014 e 2015;

ii. Worldwide Estate and Inheritance Tax Guide 2017, EY4 – relatório anual

publicado pela empresa de consultoria EY em que 37 países tiveram o seu regime jurídico tributário de sucessões, transferências e doações anali- sado de forma sintética, com dados de alíquotas, contribuintes, exceções e outros tributos eventualmente incidentes sobre essas operações. Ape- sar da completude de informações sobre o regime jurídico geral desses países, não foram identificados dados relevantes sobre o tema da presen- te pesquisa. Por isso, esse relatório foi utilizado para confirmar informa- ções do regime jurídico geral das doações em cada país;

As diversas fontes secundárias foram utilizadas de forma a triangular as informações inseridas no banco, conferindo maior se- gurança aos achados. Isso porque os dados e informações indicados nos estudos e relatórios se complementam para fins da pesquisa, na medida em que cada fonte apresenta informações pontuais específicas sobre determinados aspectos do regime jurídico tributário de doações e eventuais regimes diferenciados a OSCs.

Inclusive, convém indicar que por se tratar de estudo explo- ratório, quando o dado sobre determinado país não estava completo iii. United States International Grantmaking Country Reports5, The Coun-

cil of Foundations, The International Center for Not-for-Profit Law e outros organismos e entidades para análise do regime jurídico aplicá- vel do ponto de vista de investidores sociais norte-americanos – esses relatórios foram elaborados considerando-se a hipótese de doações e transações internacionais com cada país. Em alguns países, existe in- formação específica sobre eventual tributação sobre doações a OSCs. No entanto, em parte dos relatórios essa informação não foi identifica- da. Todos os relatórios foram atualizados em 2017;

iv. International Tax Highlights 2017, Deloitte6 – relatórios com dados gerais

acerca da tributação de cada país. Embora bastante sintéticos, os relatórios foram úteis para verificar informações gerais sobre tributação de doações; v. Rules to Give By: A Global Philantrophy Legal Environment Index, 2013,

Charities Aid Foundation (CAF)7 – relatório que mapeia o cenário da

filantropia em cada um dos 193 países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Foram analisados, entre outros pontos do estudo, aspectos tributários relacionados a endowments, motivo pelo qual o referido relatório também foi aqui utilizado como fonte de veri- ficação geral de informações inseridas no banco de informações; vi. Country Survey, 2017, International Bureau of Fiscal Documentation

(IBFD)8 – relatórios produzidos pelo IBFD com informações acerca do

regime tributário em diversos países. Esses relatórios foram utiliza- dos por esta pesquisa como fontes de confirmação dos dados identifi- cados nos relatórios da EFC.

na referência utilizada e não pôde ser confirmado ou complementado em outra fonte secundária, a informação não foi inserida no banco de informações, garantindo, assim, maior segurança e consistência nas in- formações apresentadas adiante.

3. AMOSTRAGEM

Foram selecionados apenas países em relação aos quais havia informações disponíveis, o que pode acarretar distorções em análises comparativas globais. Visando mitigar esse risco, de maneira comple- mentar ao levantamento realizado, optou-se pelo levantamento adicio- nal de informações sobre alguns grupos, contextualizando a análise por regiões geográficas, como a América do Sul, ou grupos econômicos, por exemplo, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvi- mento Econômico) e o BRICS.

É importante ressaltar ainda que a indexação de informações de países que não possuem tributo específico sobre doações é significativamente mais simples, visto que depende de menos informações, se comparada a países que possuem tributos sobre doações e disciplinam regimes tributários diferenciados para OSC. Nesse sentido, embora tenha sido constatada a existência de tributo sobre doações em certos países, não foi possível organizar com segurança informações sobre eventuais regimes tributários diferenciados para OSC. Esses países não foram incorporados ao banco de informações, evitando-se o risco de imprecisões.

Também é de se observar que a composição geográfica da amostragem está concentrada no continente europeu, o que pode ser explicado pela disponibilidade de informações para esses países e a fal- ta de informações para outros casos.

3.1 ANÁLISE SEGREGADA DE INFORMAÇÕES

Para análise segregada de informações, foram selecionados três grupos distintos, considerando-se aspectos como localização ge- ográfica, contexto socioeconômico, semelhanças com o Brasil e dispo-

nibilidade de informações, entendidos como relevantes para a análise comparada do levantamento.

Os grupos selecionados para a análise segregada de informa- ções são: