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VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS

PRECURSOR VEGETAL PRÓ-VITAMINA VITAMINAS ATIVAS

4. Funções Fisiológicas

O calcitriol (D2) promove a absorção intestinal de cálcio pela

estimulação da síntese de proteínas transportadoras de cálcio no pólo ciliar das células da mucosa intestinal. A fosfatase alcalina, cuja síntese é também induzida pelo calcitriol, pode, igualmente, estar envolvida nesse processo.

A vitamina D estimula o transporte ativo de fosfatos no intestino. Em conjunto com o paratormônio, atua na mobilização do cálcio dos ossos e aumenta a reabsorção tubular renal de cálcio e de fósforo.

Por regular o metabolismo do cálcio e do fósforo, a vitamina D é importante para o crescimento ósseo infantil, para a manutenção da saúde

dos ossos e dentes na idade adulta, para o equilíbrio das funções neurológicas e cardíacas, e para a coagulação sangüínea.

Como a vitamina D é produzida em um órgão (pele), é liberada no sangue para controlar o metabolismo de outro tecido (ósseo), guarda relações de feedback com um hormônio (paratormônio), e é quimicamente derivada do colesterol; modernamente, é considerada um hormônio e não uma vitamina.

No final de 1997, a vitamina D foi apontada como uma das mais importantes substâncias capazes de estimular a produção de fatores de

crescimento neuronal, especialmente o NGF (Nerve Growth Factor).

Esses fatores teriam fundamental importância na manutenção da saúde do sistema nervoso, particularmente no que se refere à memória. Acredita-se que sua deficiência tenha envolvimento na gênese da doença de Alzheimer.

5. Deficiência

A vitamina D pode estar deficiente nos idosos, uma vez que, nesse grupo, sua produção na pele fica diminuída, sua digestão e absorção baixam, e as funções hepáticas reduzem. Outras causas de deficiência são as doenças gastrintestinais, como a retocolite ulcerativa e a doença de Crõhn, as carências alimentares e até o uso continuado de protetores solares.

Como a deficiência de vitamina D leva à má absorção de cálcio, suas manifestações clínicas estão relacionadas com a deficiência desse mineral. OSTEOMALÁCIA

A absorção de cálcio, estando diminuída, leva a uma desmineralização

óssea, que se caracteriza por amolecimento e deformidades nessas

estruturas. Os sintomas incluem dor tipo reumática, fraqueza muscular, surdez por subdesenvolvimento dos ossículos dos ouvidos e descalcificação dos dentes.

A diminuição da absorção de fósforo leva a uma hipofosfatemia. RAQUITISMO

É a hipovitaminose D em crianças, provocando alterações no

Decorre da falta de exposição da pele ao sol, de deficiências alimentares (menos freqüente) e da má absorção (diarréia).

Os sintomas incluem: sudorese profusa, agitação, movimento constante da cabeça durante o sono, pouco desenvolvimento muscular.

Embora a deficiência de vitamina D não seja a causa específica da OSTEOPOROSE, encontra-se intimamente relacionada com sua etiologia e tratamento.

6. Toxicidade

A vitamina D é considerada a vitamina potencialmente mais tóxica. Doses diárias de 1.000 a 1.500 UI em adultos e de mais de 600 UI em crianças podem deflagrar o quadro de hipervitaminose, com conseqüências graves. A doença caracteriza-se por uma hipercalcemia com calcificação excessiva dos ossos e calcificação de partes moles, em especial dos pulmões e dos rins (incluindo litíase renal).

Outros sintomas incluem: cefaléia, fraqueza, náuseas, vômitos, constipação, poliúria e polidipsia.

Acredita-se que exposições prolongadas ao sol, em especial de pessoas ainda não bronzeadas, possam aumentar a produção de vitamina D na pele e provocar uma hipervitaminose aguda.

7. Possíveis usos

Naturalmente, o uso mais específico da vitamina D ocorre nos casos de hipovitaminose com osteomalácia ou raquitismo.

Na maioria das vezes, o uso de vitamina D serve para prevenirem-se patologias ligadas às alterações da calcificação dos ossos e dos dentes. Além disso, podemos citar várias patologias em que a vitamina D é usada com sucesso:

 OSTEOPOROSE - sendo fundamental na absorção do cálcio, a deficiência de vitamina D é uma das principais causas dessa pato- logia. Pacientes osteoporóticos podem exibir deficiência na con- versão de 25(OH)D3 em 1,25(OH2) D3;

 FRATURAS - a vitamina D garante o metabolismo normal do cál- cio necessário à formação do calo ósseo;

 PSORÍASE - o calcitriol regula o crescimento e a diferenciação dos queratinócitos. Uso oral e tópico;

 HIPERTENSÃO ARTERIAL - está estatisticamente ligada à defi- ciência de vitamina D;

 como ANTIOXIDANTE - mostra marcantes efeitos na redução dos níveis de radicais livres circulantes;

 OUTROS - gripes, diabetes, catarata, alergias, ciatalgia, conjuntivite, espasmos musculares, asma, artrite reumatóide. aterosclerose, esclerose múltipla, imunodeficiências, gastrite, etc.:

 Várias pesquisas sugerem sua eficiência na prevenção do câncer de mama e do cólon.

8. Doses

RDA = crianças, adultos e grávidas - 400 UI 1 mcg vitamina D3 = 40 UI

1UI vitamina D3 = 0,025 mcg

 VIA ORAL: as doses vão de 50 a 500 UI por dia.

suplementação 200 UI

osteoporose 300 UI

osteomalácia e raquitismo 500 UI

 USO TÓPICO: cremes com 15 mcg/g (600 UI) na psoríase.

VITAMINA E

A vitamina E ou tocoferol refere-se a um grupo de oito substâncias oleosas, encontradas na natureza, com propriedades vitamínicas, de- nominadas TOCOFERÓIS e TOCOTRIENÓIS. Entre os tocoferóis (alfa, beta, gama e delta), a forma mais ativa é o d-alfa-tocoferol. Além disso, o alfa-tocoferol é o mais estável de todos quando submetido ao calor e ao congelamento. Os quatro tipos de tocotrienóis recebem a mesma denominação dos tocoferóis: alfa, beta, gama e delta.

Os tocoferóis oriundos de fontes naturais têm potência aproximadamente dobrada, se comparados com os de síntese. Os naturais podem ser identificados pela letra “d” no início do nome (e.g.: d- alfa- tocoferol), enquanto os sintéticos, provenientes de derivados do petróleo, iniciam seus nomes por “dl” (e.g.: dl-alfa-tocoferol)

Os tocoferóis são inativados em contato com os ácidos graxos poliinsaturados ou gorduras rançosas existentes na dieta, que consumiriam vitamina E para protegerem-se da destruição oxidativa a que estão sujeitos. O chumbo e o ferro são também agentes inativadores. Industrialmente, devem ser protegidos do ar e da luz.

Sua característica química mais importante é a propriedade antioxidante, sendo os tocotrienóis mais potentes que os tocoferóis.

2. Fontes alimentares

Tem origem vegetal e animal, sendo as primeiras as mais importantes. Infelizmente, quase toda a vitamina E presente nos grãos (principalmente nas cascas) é perdida durante o refino e outros processos industriais; dessa forma, a dieta normal é muito pobre em tocoferóis. As melhores fontes seriam os óleos extraídos a frio e o gérmen de trigo. O aquecimento dos óleos para fins culinários (frituras) destrói a vitamina E.

Os tocotrienóis são encontrados nos ácidos graxos mono insaturados, mais abundantemente presentes no azeite de oliva extra virgem (extraído a frio).

Geralmente, o conteúdo de vitamina E nos alimentos guarda relação direta com o dos ácidos linoléico e linolênico, os ácidos graxos mais essenciais da alimentação.

As principais fontes de tocoferóis são:

ÓLEO DE MILHO (1 colher) 14,0 mg

ÓLEO DE SOJA (1 colher) 8,8 mg

ÓLEO DE GIRASSOL (1 colher) 8,5 mg

LEITE (1 xícara) 7,6 mg

AMÊNDOAS (28 g) 6,7 mg

BATATA-DOCE (1 média) 5,9 mg

ABACATE (1 médio) 4,0 mg

DAMASCO (10 unidades) 2,2 mg

AZEITE DE OLIVA (1 colher) 1,8 mg

Outras fontes: manteiga, ovos, fígado, espinafre, aspargos, pepino, etc.

3. Metabolismo

É absorvida no intestino, juntamente com as outras gorduras e sais biliares, indo inicialmente para a corrente linfática e posteriormente para o sangue e para o fígado, onde é utilizada e eventualmente estocada. A capacidade corpórea de armazenamento da vitamina E é bastante reduzida, ao contrário do que ocorre com as vitaminas A. D e K. Parte é excretada nas fezes e uma pequena quantidade pode armazenar-se no fígado, no tecido gorduroso e no muscular. A melhor via de absorção é a sublingual.

A absorção intestinal fica prejudicada pelo cloro, pelo ferre inorgânico e pelos óleos minerais (laxantes). A ingestão excessiva de óleos insaturados aumenta a demanda de vitamina E.

4. Funções fisiológicas

Apesar de a vitamina E ter ações fisiológicas claras em animais, es- tando sua deficiência ligada à distrofia muscular, a anormalidades no sistema reprodutor, à anemia megaloblástica, etc., suas funções n: ser humano são ligadas à sua potente ação antioxidante:

 a vitamina E atua primariamente protegendo os ácidos graxos poli- insaturados, as outras vitaminas lipossolúveis, principalmente a vitamina A e a vitamina C, de serem oxidadas no tubo digestivo;

 ajuda a incorporar material lipídico à membrana celular, por inibir a cadeia de lipoperoxidação;

 importante no funcionamento de todos os sistemas por auxiliar na manutenção da membrana celular. Essa ação parece ser particularmente importante para a manutenção e a sobrevida dos glóbulos vermelhos, evitando a hemólise e a formação de trombos;

 ajuda o corpo a responder às situações de estresse, protegendo os tecidos da oxidação dos radicais livres;

 protege o LDL-colesterol contra a lipoperoxidação, o que tornaria essa lipoproteína aterogênica;

 evita a agregação e a adesividade plaquetária.

A vitamina E certamente tem sido nos últimos anos, a vitamina mais estudada nos grandes centros de pesquisas do primeiro mundo. Seu papel como antioxidante vem sendo evidenciado em quase todos os tecidos, e parece ser uma substância fundamental à homeostasia das principais funções fisiológicas do organismo.

Em sua tarefa de proteção do organismo contra os radicais livres, a vitamina E é consumida por oxidação, transformando-se de tocoferol em tocoferil. Este último é regenerado à forma reduzida, tocoferol, pela ação da vitamina C, que de ascorbato passa a ácido diedro ascórbico e que, por sua vez, também pode ser eventualmente regenerado pela ação do glutation.

Radical Livre Radical Livre Reduzido

Tocoferol Tocoferil

GS-SG < GSH

Ác. Deidro <

Ascórbico Ác. Ascórbico

5. Deficiência

Mesmo que a vitamina E não seja armazenada com a mesma eficiência das outras vitaminas lipossolúveis, e que sua presença na alimentação seja relativamente pequena, os casos de deficiência são raros, uma vez que suas necessidades à sobrevida são pequenas.

No entanto, a maioria dos especialistas considera sua presença na alimentação insuficiente para fazer frente ao crescente estresse oxidativo a que o homem moderno se vê submetido.

O quadro de deficiência, geralmente ligado à má absorção, é associado à neuropatia periférica.

Os prematuros comumente apresentam deficiência de vitamina E pela sua dificuldade em atravessar a placenta.

Baixos níveis sangüíneos de tocoferol estão relacionados com: acne, anemia ferropriva, anemia hemolítica, infeções, câncer, periodontite, doenças neuromusculares e doença de Alzheimer.

O uso de ferro depleta a vitamina E no intestino antes de ser absorvida. Isso se deve, provavelmente, ao excesso de radical hidroxila formado pela reação de Fenton na presença daquele mineral na luz do tubo digestivo.

6. Toxicidade

Acredita-se que a vitamina E seja a menos tóxica de todas as vitaminas. Na verdade, sua dose tóxica não está estabelecida, embora já tenham sido relatados raros casos de distúrbios gastrintestinais (náuseas, diarréia, meteorismo) e um possível aumento da pressão arterial em hipertensos. Alguns autores citam reações adversas em casos de cardiopatia por febre reumática.

Por sua ação anticoagulante, a vitamina E deve ser suspensa antes de cirurgias, e utilizada com cautela quando em combinação com outros anticoagulantes.

Pela sua potente ação antioxidante, utiliza-se a vitamina E no tratamento e na prevenção das mais diversas doenças, principalmente aquelas ligadas à patologia dos radicais livres.

Pode-se dizer que todas as patologias em que os radicais livres estejam aumentados se beneficiem com o uso da vitamina E, em especial as doenças degenerativas. Além disso, várias de suas indicações decorrem de sua atividade trombolítica.

Naturalmente, como a vitamina E é considerado o antioxidante padrão, suas possibilidades terapêuticas vêm aumentando dia a dia com a crescente inclusão da fisiopatologia de várias doenças no rol da oxidologia. Inúmeros testes clínicos mostram a eficiência da vitamina E nos seguintes estados mórbidos:

ANGINA PECTORIS TABAGISMO

INFARTO DO MIOCÁRDIO ARTRITE REUMATÓIDE

CLAUDIGAÇÃO INTERMITENTE GOTA

ATEROSCLEROSE DOENÇAS AUTO-IMUNE

PSORÍASE PREVENÇÃO DA CATARATA

TROMBOFLEBITE NEVRALGIA PÓS-HERPÉTICA

DISMENORRÉIA ESCLERODERMIA

TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL ALERGIAS

DISPLASIA MAMÁRIA DIABETES

SINTOMAS DA MENOPAUSA ESCLEROSE MÚLTIPLA

IMUNODEFICIÊNCIAS AIDS

Outros usos: auxiliar na quimioterapia do câncer, aplicações locais em tratamentos dermatológicos, tromboflebites, distrofia muscular, retocolite ulcerativa, doença de Crõhn, etc. Largamente utilizada na preparação de atletas.

8. Doses

1mg de ALFA-TOCOFEROL = 1 UI

Essa correspondência é aproximada, uma vez que as diversas apresentações de vitamina E (acetato e succinato de alfa-tocoferol: d,l-alfa- tocoferol) mostram pequenas variações de equivalência.

RDA = Crianças 7 UI Adultos 10 UI

As doses diárias em Medicina Ortomolecular são de 200 a 800 Ul/dia. Uma vez que a absorção de vitamina E por via oral é muito variável (de 20 a 80%), dependendo da quantidade de ácidos graxo poliinsaturados, ferro, estrogênios, etc., ingeridos, a melhor via d administração, quando possível, é a sublingual.

Deve-se dar preferência às apresentações de origem natural da vitamina E por serem cerca de duas vezes mais potentes que suas correspondentes sintéticas. As primeiras são identificadas pela letra “d” no início do nome, enquanto que as não naturais têm “dl” antes do nome.

As de origem natural mais recomendadas são:

d-alfa-tocoferol oleosa

d-alfa-acetato de tocoferol oleosa

d-alfa-succinato de tocoferol sólida

Quando se usar a vitamina E encapsulada com outras substâncias, deve-se dar preferência à forma em pó: o succinato.

Alguns autores recomendam evitarem-se as apresentações sob a forma de d-alfa-tocoferil, acetato ou succinato, por tratar-se de moléculas em estado oxidado e que, posteriormente, dentro do organismo, necessitariam ser reduzidas para regenerarem sua capacidade antioxidante. Esta recomendação, entretanto, não encontra amparo unânime na comunidade científica.

VITAMINA K

1. Química

A vitamina K corresponde a um grupo de três substâncias lipossolúveis, resistentes ao calor, instáveis na presença de álcalis e de luz, com atividade vitamínica, chamadas quinonas, que são:

b) MENAQUINONA ou VITAMINA K2 - formada pela ação das

bactérias do trato gastrintestinal;

c) MENADIONA ou VITAMINA K3 - composto sintético com o dobro

da atividade vitamínica das outras duas.

Apesar de a menadiona ter maior potência vitamínica que as outras vitaminas naturais, o organismo necessita incorporar-lhe uma longa cadeia carbonada lateral para que tal atividade possa ocorrer. Por isso, pode-se considerá-la como uma pró vitamina da vitamina Kg, que é o composto ativo.

2. Fontes alimentares

A vitamina K é encontrada em alimentos de origem vegetal e animal. As melhores fontes são as verduras de cor verde-escura, os legumes verdes, á alfafa e as algas. As fontes animais incluem: fígado, leite, iogurte, ovos e óleos de peixes.

Para os seres humanos, as melhores fontes são as bactérias intestinais que produzem vitamina K2 a partir de compostos simples. Dessa forma, a

melhor maneira de prover o corpo com boas quantidades de vitamina K é manter a flora intestinal saudável, isso quer dizer: ingerir pouco açúcar e comidas processadas, evitar antibióticos e combater qualquer sinal de disbiose.

O conteúdo de vitamina K nas suas principais fontes alimentar é:

(ATENÇÃO: as concentrações não estão expressas em unidades normalmente consumidas, tais como: colher de sopa, xícara, etc.)

Alimento em mcg/100g

COUVE-FLOR – 1.800 ASPARGOS – 57

CHÁ VERDE – 712 FEIJÃO – 40

ESPINAFRE – 415 QUEIJO – 35

BRÓCOLIS – 175 TRIGO INTEGRAL – 17

ALFACE – 129 OVOS – 11

COUVE – 125 MORANGOS – 10

AGRIÃO – 80 ARROZ - 3

3. Metabolismo

A absorção da vitamina K se faz na porção proximal do intestino delgado na presença de sais biliares e de suco pancreático. É levada ao fígado incorporada a quilomicrons e a lipoproteínas. Ingestão elevada de vitamina E ou de cálcio diminui a absorção de vitamina K.

É armazenada em pequenas quantidades no organismo, e rapidamente excretada pelo intestino.

4. Funções fisiológicas

A vitamina K é fundamental ao mecanismo de coagulação sangüínea. Atua diretamente na síntese de protrombina e de outras proteínas importantes à coagulação (fatores VII, IX e X).

Com a ajuda do potássio e do cálcio, auxilia na conversão de

protrombina em trombina que, por sua vez, é o fator necessário à

transformação de fibrinogênio em fibrina.

A cumarina e o dicumarol têm suas ações anticoagulantes por antagonizar a vitamina K, diminuindo a formação de protrombina e alterando o mecanismo de formação de fibrina.

Junto com a vitamina D, promove a síntese da osteocalcina, proteína responsável pela fixação de cálcio à matriz óssea.

Parece que as funções da vitamina K na coagulação e no metabolismo ósseo provêm de sua capacidade de ser co-fator na atividade enzimática da

carboxilase, específica na transformação de ácido glutâmico em ácido gama carboxiglutâmico. Este aminoácido participa da formação de várias

proteínas, inclusive da pro trombina, dos fatores VII, IX e X da coagulação, bem como da osteocalcina, conferindo-lhes propriedades de afinidade pelo cálcio.

A deficiência de vitamina K é relativamente rara e, quando ocorre, vem associada à má absorção de lipídios, à destruição da flora bacteriana por antibióticos ou à insuficiência hepática, que impede a utilização da vitamina K na síntese da protrombina.

Devido à sua dificuldade em atravessar a placenta, a deficiência de vitamina K toma-se relativamente comum em recém-nascidos que, nos primeiros dias de vida, ainda não contam com flora bacteriana intestinal (doença hemorrágica do recém-nascido).

O uso de anticoagulantes cumarínicos e de aspirina deprime os níveis de vitamina K.

6. Toxicidade

A toxicidade proveniente de fontes naturais não foi relatada, enquanto os excessos na administração de menadiona podem, eventualmente, ocasionar anemia hemolítica. Raramente pode provocar flush cutâneo, sudorese e sensação de opressão no peito.

7. Possíveis usos

como estimulante da coagulação sangüínea, especialmente com níveis baixos de pro trombina;

na doença hemorrágica do recém-nascido;

pré-cirúrgico;

na artrite reumatóide (estabiliza a membrana lisossomal das células da camada interna da cápsula sinovial);

osteoporose (pesquisas recentes mostram que a suplementação com

vitamina K aumenta a incorporação de cálcio à matriz óssea, diminuindo o prazo de melhora da descalcificação após a implementação do tratamento com minerais, vitaminas e aminoácidos);

nas deficiências de vitamina K, decorrentes de doenças intestinais com desequilíbrios da flora intestinal ou má absorção, e nas insuficiências hepáticas;

8. Doses

A RDA para a vitamina K é:

HOMENS 80 mcg/dia

MULHERES 65 mcg/dia

GRÁVIDAS 65 mcg/dia

As doses em Medicina Ortomolecular variam entre 30 mcg a 1 mg. A dose mais usada é de 200 mcg / dia.