Total de Produção [Eur/unidade] (Equação 2.6.)
FUNDAMENTOS OBJECTIVOS PRINCÍPIOS
• Pilotagem pela Qualidade REGRAS DE ACÇÃO Trabalhar em partenariado Rentabilizar os equipamentos Reduzir o custo global Aumentar a nossa reactividade às expectativas dos clientes Respeitar o programa de fabricação Minimizar os custos de material
• Especificar as quantidades exatas do material necessário • Respeitar e optimizar as afectações do material
• Minimizar o custo completo dos equipamentos • Utilizar correctamente os equipamentos
• Desenvolver um aparelho industrial flexivel • Reduzir o tempo de consumo dos stocks • Uniformizar a alternância de modelos e volume
Desenvolver as competências
Prerservar o meio ambiente Responsabilizar e
respeitar os homens
• Reduzir o volume dos lotes de fabricação • Minimizar os produtos em fase de fabricação os stocks entre processamento
• Fixar e implementar os objectivos e os planos de acção • Mobilizar e valorizar cada pessoa • Garantir a segurança e melhorar a ergonomia
• Mobilizar-se em torno de objectivos comuns de desempenho • Criar com os fornecedores relações produtivas para todos
• Formar e treinar as equipas • Organizar a polivalência • Assegurar evoluções profissionais coerentes
• Reduzir constatemente os impactos sobre o ambiente • Integrar-se na sua região
Minimizar os stocks
Envolver os homens • Lean Production
• Assegurar a solidez do produto e das suas evoluções • Respeitar rigorosamente a operação normalizada • Conceber e manter recursos que assegurem a qualidade • Realizar o plano de vigilância • Solucionar os problemas e efectuar os retoques • Não aceitar defeitos
• Assegurar a produção diária • Assegurar o aprovisionamento diário em termos de quantidade e qualidade • Respeitar rigorosamente a ordem de produção
Fabricar os produtos pedidos no momento solicitado Assegurar a 100% a qualidade exigida pelos clientes internos e externos
Conceber e fabricar produtos sem defeitos
Não tolerar nem aceitar defeitos
Maximizar o desempenho de mão-de-obra
• Conceber um produto-processo que minimize o tempo de
fabricação • Maximizar o desempenho da capacidade produtiva • Melhorar a preparação dos arranques em série
G. A. Manager les UET M. les UET/Destreza/G .RO TPM SPT/Destreza TPM/Destreza TPM/Destreza Produzir conforme Produzir conforme KAIZEN / SPT / Destreza
Figura 4.14. O sistema de produção Renault-cacia (SPR).
É bem visível no sistema de produção da Renault a existência do TPM na sua estrutura. O SPR é uma adaptação do famoso Sistema de Produção da Toyota (TPS, Toyota Production System) que muitas empresas industriais têm replicado. O modelo TPS assenta em pilares fundamentais como o sistema de produção just-in-time, o sistema pull (sistema de fabrico que é activado pelo cliente), o TQM (gestão total da qualidade) e o TPM.
Os meios utilizados na divulgação quando do arranque da implementação da TPM na Fábrica Renault em Cacia, foram os seguintes:
Campanhas de informação;
As campanhas foram realizadas utilizando todos os meios audiovisuais existentes, como, por exemplo, assistindo a vídeos realizados noutras empresas do grupo RENAULT, sobre o tema.
Acções de formação e sensibilização;
A formação foi do tipo teórico e prático. A formação teórica foi efectuada nos gabinetes, pelo responsável principal da TPM (Sénior).
Aplicação no terreno (Coaching).
A formação prática foi efectuada no próprio local de trabalho, linha de montagem, com a supervisão do responsável pela implementação da metodologia TPM.
REALIZAÇÃO DAS ACÇÕES TPM3
As principais acções de TPM, que se realizam, consistem em regras simples e que a seguir se descrevem resumidamente.
Medir, observar e documentar:
Pretendeu-se que fossem efectuadas medições a pontos críticos, medir consumos energéticos, temperaturas de funcionamento, pressões, tanto hidráulicas como pneumáticas, aumentos de vibrações e ruído, cheiros anormais etc. e efectuar os respectivos registos, tanto para preparação de uma intervenção de manutenção, como para historial da respectiva máquina.
Identificar a máquina “tampão”:
Deve ser identificada qual é a máquina crítica do processo de fabrico “tampão”. Por ser a máquina com maior tempo de ciclo, o tempo que for perdido por qualquer motivo não pode jamais ser recuperado. Assim, essa máquina deve ser seguida com mais atenção e, por conseguinte é feita uma análise mais cuidada, recorrendo à utilização do Diagrama de Pareto. Ao efectuarem melhorias nos equipamentos, de modo a torná-los mais rápidos e eficientes, tem como consequência a possível alteração do tempo de ciclo. Fazendo com que seja melhorado o tempo de ciclo da máquina crítica, pode, eventualmente dar origem a que outra máquina passe a ter o maior tempo de ciclo do, sistema.
Desde que a linha dos volantes foi criada, foi sempre sujeita a alterações de melhoria do seu funcionamento.
Inicialmente, na linha, a máquina tampão era o conjunto de duas máquinas (TOYODA) da operação 130 (maquinação do dentado no volante).
Entretanto foram efectuados melhoramentos na linha e instalada uma nova máquina em paralelo, o que veio resolver o problema de engarrafamento na operação do dentado, deixando assim a operação 130 de ser a máquina tampão.
A máquina tampão passou, depois, a ser o pórtico. Por sugestão e para auxiliar o robot do pórtico, foi instalado um braço posicionador para retirar o volante do tapete.
A operação inicial do robot do pórtico era retirar o volante do tapete de chegada e colocá-lo num orientador, e aguardar o final da operação de posicionamento, retirando-o para entrega na operação 130, maquinação do dentado. Ao eliminar esta operação da passagem do volante, do tapete ao orientador, o pórtico ficou liberto mais tempo para servir as “TOYODA`s”, deixando assim a operação 130, de ser a máquina tampão.
Com este novo melhoramento, ao reduzir o tempo de ciclo do pórtico, encontrou-se uma nova máquina tampão, a máquina de desbaste do volante “Bruto”, operação 110/120, mantendo-se na linha, até ao momento, com o maior tempo de ciclo. Continuando a serem efectuados melhoramentos, esta situação irá sempre acontecendo, até ao fim de vida da linha.
Identificar o problema penalizante:
Tendo por referência o seguinte lema: “A máquina encontra-se a funcionar incorrectamente e, por isso vamos procurar o problema e tentar solucioná-lo”.
Não é importante resolver só a avaria. É necessário saber, qual a causa dessa avaria, pois há o risco de se resolver um problema, uma avaria, não se tendo eliminado a causa que a originou.
Procurar, identificar e eliminar as causas iniciais:
Não chega só, resolver a avaria. É necessário saber com toda a certeza, qual o foco de partida dessa avaria, sem o qual corre-se o risco de se resolver um problema, uma avaria, mas não se eliminando a sua origem.
Por essa razão é muito importante conseguir resolver uma avaria de forma definitiva.
Reduzir tempos de intervenção:
Os tempos de intervenção deverão ser rápidos, de forma a libertar às máquinas para a produção.
Programar os tempos de paragem:
Com uma paragem de manutenção programada, os tempos de paragem para esses trabalhos deverão ser programados de acordo com o fabrico (linha de montagem), para que a linha não seja apanhada de surpresa.
Aplicar as soluções em futuras instalações:
Os problemas pelo qual os processos passam e o modo como são solucionados e resolvidos, geram informações muito importantes, que deverão ser guardadas para voltar a utilizar em casos idênticos.
Deste modo, ao surgir um novo problema, parte-se já de uma base de conhecimento para a sua resolução, não perdendo tempo a descobrir o conhecido, mas sim a descobrir o que se desconhece. Assim, ao ser construída de raiz ou a ser remodelada, uma fábrica não deverá voltar a passar pelos problemas iniciais do processo de descobrimento.
Numa das visitas técnicas efectuadas à Renault, mais concretamente à linha dos volantes, o aluno verificou o seguinte:
Quando a equipa de manutenção procedia a operações de Manutenção Planeada, que era a substituição das baterias dos computadores dos dois tornos de furar e roscar (op. 160 – 2244 e 2292), operação essa que poderia ser executada com a linha em funcionamento normal, foi provocada uma avaria.
Os procedimentos correram normalmente, conforme o programado, numa das máquinas.
Quando se procedia à substituição da bateria na outra máquina, o seu sistema informático parou. Toda a informação, programada para a maquinação do volante em fabricação foi perdida, tendo
originado a paragem da linha, por mais de cinco horas, até ser possível reinstalar novamente a programação de fabrico da operação 160.
Noutro momento, o torno dos volantes “Bruto” (op. 110/120 – 2239), quando se encontrava a efectuar desbaste, aproximadamente a meio da operação, a bucha do torno soltava as peças. A detecção do problema e a sua reparação demorou mais de três dias.
A METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DO RO4
A medição do rendimento operacional (RO, ou OEE tal como apresentado anteriormente na figura 4.9), foi iniciada numa 1ª fase, de uma maneira simples e económica, o que permitiu estender essa medida facilmente a todas as Unidades Elementares de Trabalho (UET’s), de forma a permitir obter uma imagem do desempenho global dos equipamentos, apesar de serem desconhecidos os principais factores que o influenciam.
Nº Peças Boas Fabricadas
Fórmula simples => R.O. = --- Nº Peças Fabricáveis Teoricamente
Numa 2ª fase, e para que se possa analisar e verificar os desvios, a fim de serem quantificados e hierarquizados os factores de rendimento, “Rendimento de Velocidade” e a Taxa de Qualidade”, ou seja, conhecer ao pormenor qual o motivo e o tipo das paragens, foi introduzida uma fórmula composta que necessita de uma recolha de dados mais cuidada e mais profunda, ver anexos.
A intenção da utilização desta fórmula foi tornar possível a análise individual e, em pormenor, de todos os tipos de paragens na linha.
Presentemente, é efectuado o lançamento diário dos dados, por meio de processo informático, no “Jornal de Bordo” respeitante a cada linha de fabrico (UET).
Este sistema permite que a recolha dos dados seja mais rápida e eficiente, permitindo que a análise do estado da linha, possa ser efectuado em qualquer momento.
Na figura 4.15 seguinte, é apresentado o diagrama de tempos, utilizado no sistema.
DISPONIBILIDADE (TF)
OPERACIONAL (TA)
DISPONIBILIDADE (TF)
DISPONIBILIDADE (TA) - (TPI)
INDUZIDA (TA) (TBF) (IS) SATURAÇÃO = --- TAXA DE (PBF) QUALIDADE (PTF) = ---