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Geração de Empregos Referência: tabela 4.03 – capítulo

No documento Anuário estatístico da ABRAF: ano base 2008 (páginas 124-129)

5 NOTAS mETODOLÓGICAS

Metodologia 2 Nesta metodologia de estimativa dos tributos arrecadados pelo setor de florestas plantadas levou-se em conta o total de tributos de cada segmento, informados diretamente pelas associações representativas

5.8 Geração de Empregos Referência: tabela 4.03 – capítulo

A metodologia utilizada para estimar o número de empregos gerados pelo setor de florestas plantadas le- vou em conta a metodologia apresentada no estudo “Novo Modelo de Geração de Empregos”, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), publicado inicialmente em 2004 e atualizado em 2007. Esta instituição atribui a geração de empregos como consequência dos investimentos realizados nos diferentes setores industriais da economia. A metodologia aplicada no estudo leva em conta o número de empregos diretos, indiretos e aqueles do efeito- renda gerados para investimentos que resultem em aumento de produção da ordem de R$ 10 milhões investido em cada segmento industrial e rural.

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Os empregos gerados podem ser classificados, de acordo com o que estabelece a metodologia do Modelo de Geração de Empregos do BNDES, em três categorias:

Empregos Diretos: Número de postos de trabalhos criados em determinado setor, em decorrência do aumento da demanda por produtos e/ou serviços produzidos por esse mesmo setor. Em resposta a um incremento de demanda, o emprego direto aumenta no setor em questão;

Empregos Indiretos: Número de empregos gerados nos setores que produzem matérias-primas, insumos e ou- tros componentes para atender a demanda do setor responsável pela criação dos empregos diretos. Assim, um aumento de demanda em um setor específico acarreta aumento de produção não apenas do setor, mas ao longo de toda a cadeia produtiva. Se as cadeias fornecedoras de insumos forem intensivas em trabalho, significa que, para cada aumento de produção em um setor, o volume de emprego indireto dele resultante será expressivo; e

Emprego Efeito-Renda: emprego criado em virtude do aumento da renda gerada pela expansão da produção e dos empregos direto e indireto, conforme anteriormente conceituados. Assim, são os empregos obtidos através da transformação da renda dos trabalhadores e empregadores em consumo (bens de consumo).

Para o cálculo do número de empregos gerados no setor de florestas plantadas para os segmentos industriais de side- rurgia, madeira e mobiliário, bem como o de celulose e papel, foram calculados indicadores de geração de empregos diretos, indiretos e efeito-renda para cada segmento florestal a partir da metodologia anteriormente indicada do BNDES (base 2007).

Tendo por base os dados de geração de emprego (direto, indireto e efeito-renda) do BNDES, a tabela 5.04 evidencia os fatores da geração de empregos para Silvicultura e para os segmentos de Siderurgia, Madeira e Mobiliário e Celulose e Papel. Para a Silvicultura, os percentuais apresentados foram estimados a partir da participação destes empregos no estado de Minas Gerais obtido do Anuário AMS/2007 (número médio de empregos gerados por empresas do segmento de florestas plantadas dividido pela área total com florestas plantadas no estado). Para os demais segmentos, os percentuais apresentados na tabela 5.04 foram obtidos pela razão entre o número absoluto de empregos gerados pelos principais setores industriais (vide capítulo 4, tabela 4.04 deste Anuário) dos empregos diretos, indiretos e efeito-renda sobre o total de empregos

Tabela 5.04 Fatores de geração de empregos calculados para a silvicultura e para os segmentos de siderurgia, madeira e mobiliário e celulose e papel

Fonte: AMS e BNDES (2007). Adaptado por STCP, 2009.

Tais fatores foram utilizados na estimativa de geração de empregos indiretos e efeito-renda de cada segmento in- dustrial do setor de florestas plantadas, partindo da estimativa de empregos diretos. Estes empregos diretos foram obtidos através de consulta a estudos e estatísticas de associações de classe, tais como a ABIMÓVEL, ABIPA, AMS e BRACELPA.

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A tabela 5.05 apresenta a estimativa de geração de empregos diretos, indiretos e do efeito-renda nos segmen- tos industriais do setor florestal, incluindo aqueles de florestas plantadas e nativas. Para as instituições que dispõem de estimativas de empregos gerados pelos respectivos setores, utilizaram-se tais informações para agregar à tabela 5.05. Adicionalmente, incluem-se estimativas de empregos gerados para aqueles setores em que a informação não é disponível (indústria madeireira). Neste caso, partiu-se de estimativa de número de empresas em atividade no Brasil subdivididas, por porte, e estimou-se o número de empregados necessários em função do tamanho da indústria (Banco de Dados STCP).

Para se obter o número de empregos do setor florestal (florestas plantadas e nativas) em 2008, aplicaram-se fatores, para cada segmento florestal-industrial, os quais identificam apenas o total relativo ao componente florestal, deduzindo- se assim componentes não florestais. Para a siderurgia aplicou-se o fator de 34,4% que corresponde, segundo dados do Anuário AMS, à parcela da produção da siderurgia relativa ao carvão vegetal (excluindo-se assim o percentual relativo ao consumo de coque siderúrgico). No caso de fabricação de madeira, e de celulose e papel, o fator considerado foi de 100%, assumindo-se que todo o segmento utiliza na sua produção o produto fibra de madeira. Tendo por base a razão entre o total das exportações brasileiras de móveis em geral (madeira e não madeira) e as exportações brasileiras de móveis apenas de madeira, obteve-se o fator de 84,8%. Este percentual foi adotado como fator para representar a parcela dentro do segmento relativa apenas ao produto madeira para o ano 2008, conforme evidencia a tabela 5.05.

Tabela 5.05 Estimativa de geração de empregos nos segmentos industriais associados ao setor florestal (florestas plantadas e nativas) em 2008

Fonte: Diferentes fontes, adaptado por STCP.

¹ Inclui painéis reconstituídos (MDP, MDF, Chapa Dura e OSB) e produtos de madeira sólida (compensado, madeira serrada e PMVA .

Para a determinação dos empregos gerados somente no setor de florestas plantadas (silvicultura), utilizaram-se fa- tores específicos que deduzem as parcelas relativas às florestas nativas. Para o segmento primário de silvicultura utilizaram- se três metodologias de cálculo que estão brevemente descritas a seguir:

Metodologia 1 – Através da estimativa de funcionários por área plantada (número de empregos diretos, próprios + terceiros, dividido pela área total com florestas plantadas até o ano de 2008) das empresas associadas da ABRAF obtém-se estimados 240.376 empregos diretos relacionados às florestas plantadas para o Brasil;

Metodologia 2 – De forma semelhante ao método 1, partiu-se do número médio de empregos gerados por empresas do segmento de florestas plantadas em Minas Gerais (Anuário da AMS) e dividiu-se pela área total com florestas plantadas neste estado. Assim, obteve-se o resultado de 231.328 empregos diretos relacionados às florestas plantadas para o Brasil; Metodologia 3 – Estimativa com base em média estimada de 2 ha/emprego (a partir de estimativa adotada por uma empresa representativa do setor em Minas Gerais) – indicada pela AMS totalizando 440.099 empregos.

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A tabela 5.06 evidencia os resultados finais para o setor de florestas plantadas, conforme as três metodologias estimadas para a silvicultura. Os fatores adotados foram de 100% para silvicultura e fabricação de celulose e papel. Para siderurgia utilizou-se fator de 49,9% de participação de florestas plantadas na produção de carvão estimado a partir de dados da AMS/SINDIFER. Para os segmentos de produtos de madeira e móveis o fator utilizado foi de 75,3%, a partir de estimativas de produção de extração vegetal e de silvicultura do IBGE/SIDRA - proporção da produção de madeira em tora da silvicultura em relação à produção total de madeira em tora (vide tabela 5.06).

Na tabela 5.06, observa-se o número de empregos diretos, indiretos, de efeito-renda e totais estimados respectiva- mente através das três metodologias de cálculo anteriormente descritas para 2008. As linhas com o Total 1, 2 e 3 da tabela apresentam o número total estimado de empregos diretos, indiretos e de efeito-renda somando-se os diferentes segmen- tos industriais (siderurgia, fabricação de produtos de madeira, móveis e fabricação de celulose e papel) aos respectivos totais da silvicultura (silvicultura - metodologias 1, 2 e 3).

Tabela 5.06 Estimativa do número de empregos na silvicultura e nos segmentos industriais associados às florestas plantadas conforme diferentes metodologias em 2008

Fonte: Diferentes fontes, adaptado por STCP.

Para o Anuário da ABRAF 2009 – Ano Base 2008 adotou-se o total estimado através da metodologia 2 (silvicultura - metodologia 2 e TOTAL 2), visto que a mesma reflete o cenário considerado mais provável para o segmento de florestas plantadas.

No documento Anuário estatístico da ABRAF: ano base 2008 (páginas 124-129)