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GESTÃO PATRIMO NIAL

No documento BALANÇO GERAL DO ESTADO (páginas 38-42)

Vari açõe s Ati vas Vari açõe s Passivas Re sultado Patri monial

FONTE: SEFA / DICONF / SIAFEM

A Gestão Patrimonial, conhecida também como resultado patrimonial ou econômico, é obtida pela diferença entre as variações ativas – crescimento do saldo das contas que representam os bens e direitos; e das variações passivas – crescimento das obrigações com terceiros. O resultado patrimonial em 2009 foi positivo no valor de R$ 1,105 bilhão indicando um superávit patrimonial, gerando, por conseguinte, uma variação positiva no patrimônio do Estado. O

melhor desempenho na gestão patrimonial do Estado, nos últimos cinco anos, em valores a preços correntes e constantes, ocorreu neste ano de 2009. Confrontando os exercícios de 2008 e 2009, verifica-se que o resultado patrimonial de 2009 cresceu 40,01% (a preços correntes) e 31,17% (a preços constantes) em relação ao apresentado em 2008.

No que se refere às Receitas e Despesas com Ações Típicas de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – MDE, do total das receitas arrecadadas de impostos e transferências, atendendo ao disposto no artigo 212 da Constituição Federal que preceitua uma aplicação igual ou superior a 25%, o Governo do Estado do Pará cumpriu com suas obrigações constitucionais, ao aplicar o total de R$ 1,757 bilhão que corresponde a 26,09%, conforme demonstrado no Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente ao bimestre novembro / dezembro de 2009. Ressalta-se, que dos recursos mínimos destinados ao ensino fundamental e médio, 60%, como determina o artigo 60 do ADCT – CF, foi aplicado o montante de R$ 1,407 bilhão equivalente a 83,60%. As despesas com pessoal na remuneração do magistério do ensino fundamental e médio representam a maior parte desses gastos, foi destinada a quantia de R$ 933,188 milhões que corresponde a 95,59%.

Considerando a promulgação da Emenda Constitucional nº 29, de 13 de setembro de 2000, que assegura recursos mínimos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para o financiamento das Ações e Serviços Públicos de Saúde. Do total das receitas arrecadadas de impostos e transferências, atendendo ao disposto estabelecido pelos incisos do art. 77 do Ato das Disposições Constitucionais Provisórias – ADCT da Constituição da República, que preceitua uma aplicação igual ou superior a 12,00%, o Governo

do Estado do Pará cumpriu com suas obrigações constitucionais, ao aplicar o valor de R$ 812,381 milhões que corresponde a 12,06%, conforme demonstrado no Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente ao bimestre novembro / dezembro de 2009.

Quanto à aplicação da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, o Governo do Estado do Pará cumpriu todos os prazos de elaboração e publicação dos Relatórios Resumido da Execução Orçamentária – RREO e os de Gestão Fiscal – RGF, inclusive foram encaminhados para o órgão de controle externo dentro do prazo estabelecido na Resolução nº 17.659, de 10 de março de 2009, do Tribunal de Contas do Estado do Pará - TCE, demonstrando, portanto, o compromisso e a transparência na Gestão Pública Estadual.

O Resultado Primário, principal indicador de sustentabilidade fiscal do setor público, fechou, o exercício de 2009, com o resultado positivo de R$ 86,178 milhões, valor 73,77% superior à meta positiva de R$ 49,594 milhões, conforme foi estabelecida na Lei Estadual nº 7.193 (LDO), de 05 de agosto de 2008. Esse resultado demonstra que foram plenamente honradas as obrigações com o pagamento do serviço da dívida estadual.

O Resultado Nominal é um indicador concebido para medir a evolução da Dívida Fiscal Líquida. O resultado nominal representa a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida acumulada até o final do ano de 2009 em relação ao de 2008. No exercício de 2009 a dívida fiscal liquida do Estado apresentou o montante de R$ 1,557 bilhão, demonstrando uma redução no estoque de dívida em relação a 2008 de R$ 20,931 milhões, evidenciando uma variação de (- 1,33%), portanto, foi inferior a meta estabelecida na LDO para 2009,

que previa um crescimento na dívida fiscal líquida do Estado de R$ 176,578 milhões.

A Despesa Total com Pessoal (DTP) Consolidada do Governo do Estado do Pará, no exercício de 2009, apresentou um montante de R$ 4,397 bilhões, que corresponde a 54,98% do montante da Receita Corrente Líquida - RCL de R$ 7,997 bilhões, não excedendo o limite prudencial de 57,00% e o limite máximo de 60,00% fixado para os Estados. Quanto ao Poder Executivo, as suas Despesas Totais com Pessoal corresponderam a R$ 3,643 bilhões, equivalentes a 45,56% da RCL, não excedendo aos limites: prudencial de 46,17% e máximo de 48,60%.

A Dívida Consolidada Líquida (DLC) apresentou, no 3º quadrimestre de 2009, o saldo de R$ 1,907 bilhões que corresponde a 23,85%, portanto, inferior ao limite de 200% definido por resolução do Senado Federal, que fixa a capacidade de endividamento dos Estados em até duas vezes o valor apurado anualmente de sua Receita Corrente Líquida.

Quanto às Operações de Crédito em 2009, o Governo do Estado do Pará, contraiu empréstimos e financiamentos no montante de R$ 511,640 milhões que corresponde a 6,40% da RCL, não excedendo ao limite de 16,00% definido por resolução do Senado Federal. Ainda, registre-se, em 2009, o crescimento em valores correntes de 5,40% na Receita Corrente Líquida em comparação com o ano de 2008, e, considerando a mesma comparação em valores constantes identifica-se uma redução de -1,26%.

Em relação ao Programa de Ajuste Fiscal, que envolve o estabelecimento anual de metas ou compromissos assumidos entre o Governo do Estado do Pará e a Secretaria do Tesouro Nacional, como parte integrante do contrato de renegociação da dívida do

Estado com o Governo Federal, assinado em 30 de março de 1998. O Governo do Estado do Pará, neste ano de 2009, cumpriu todas as principais metas, esse resultado é produto do esforço de uma gestão responsável no que se refere ao controle fiscal e orçamentário. O Estado obteve um superávit primário de R$ 176 milhões superando a meta de R$ 151 milhões, e a relação dívida financeira em relação à receita liquida real ficou no patamar de 0,37 abaixo da meta de 1,00 estabelecida pelo Governo Federal.

8. Considerações Finais

Ao apresentar as Contas de Gestão da Excelentíssima Senhora Governadora do Estado do Pará Ana Júlia Carepa relativo ao exercício de 2009 a Secretaria de Estado da Fazenda – SEFA, órgão responsável pela consolidação da execução orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades que integram a estrutura de Governo, concluiu todos os trabalhos desenvolvidos no decorrer do ano.

A SEFA, na realização de sua missão, levantou e organizou o Balanço Geral do Estado - BGE, referente ao ano de 2009, inserindo a análise e avaliação da gestão orçamentária, financeira, patrimonial e contábil das finanças públicas do Governo do Estado do Pará, além de incluir uma breve exposição sobre as peculiaridades e aspectos históricos, geográficos, sociais e econômicos do Estado do Pará, no corrente exercício.

A SEFA inseriu neste BGE, em decorrência dos dez anos de aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), os principais demonstrativos contidos nos Relatórios Resumido de Execução Orçamentária (RREO) e de Gestão Fiscal (RGF). Foi evidenciado o período de referencia que vai de 2000 a 2009 e os valores são

apresentados a preços correntes e constantes. Esta iniciativa tem como objetivo principal funcionar como uma ferramenta gerencial a serviço da administração pública e a sociedade em geral.

Apresentamos na prestação de contas, a atuação da Auditoria Geral do Estado no exercício de 2009, e as providencias adotadas em relação às recomendações do TCE nas contas de 2008. Desta forma, o Governo do Estado cumpre a Constituição Estadual, em seu artigo 121, quanto à manutenção e funcionamento dos órgãos de auditoria do sistema de controle interno do Poder Executivo.

Apresentamos, também, o Relatório do Mapa de Exclusão Social do Estado do Pará que consiste num diagnóstico anual e regionalizado da exclusão social no Estado baseado em indicadores sociais, conforme os dispositivos previstos na Lei nº 6.836, de 13 de fevereiro de 2006.

É importante ressaltar a mobilização de toda a equipe técnica em reunir as informações inerentes à situação econômica e financeira do Estado, de forma clara e objetiva, em conformidade com as normas e princípios que regem a Contabilidade Pública, com a finalidade de que Governo e Sociedade sejam parceiros na busca de melhores resultados.

Os dados da gestão orçamentária, financeira e patrimonial do Governo do Estado do Pará do exercício de 2009 estão registrados com transparência e de forma integral no Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e municípios - SIAFEM, que tem como vantagem fornecer tempestivamente os demonstrativos contábeis dos órgãos que o integram, possibilitando, ainda, aos órgãos de controle interno e externo o amplo acesso e exame dos recursos movimentados pelas Entidades da Administração Pública Estadual.

Certo do cumprimento de mais uma etapa da nossa caminhada agradecemos a todos os colegas dos órgãos e entidades da administração pública estadual, e em especial aos gerentes e servidores da Diretoria de Gestão Contábil e Fiscal e das demais Diretorias integrantes da estrutura da Secretaria de Estado da Fazenda que colaboraram direta e indiretamente para elaboração deste Balanço Geral, que com determinação, vontade e espírito público concluíram este trabalho com muito sucesso, com a finalidade precípua de prestar às informações e dar a publicidade necessária que este merece.

Aos demais colegas contadores, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pois, adotamos os seus respectivos Balanços Gerais como fonte de inspiração para elaboração deste Balanço Geral.

Por fim, agradecemos aos nossos superiores, a Excelentíssima Senhora Governadora do Estado, Doutora Ana Júlia Carepa e ao Secretário de Estado da Fazenda Doutor Vando Vidal de Oliveira Rego, pela confiança e apoio depositados para que a Diretoria de Gestão Contábil e Fiscal continue a melhorar a qualidade dos serviços sob nossa responsabilidade.

Belém (PA), 31 de Dezembro de 2009.

Hélio Santos de Oliveira Goes

Diretor de Gestão Contábil e Fiscal - SEFA Contador CRC – DF nº 006853/T-2

José Carlos dos Santos Damasceno

No documento BALANÇO GERAL DO ESTADO (páginas 38-42)