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Renda (PIB “per capita” ajustado ao custo de vida local, indicadores de concentração de renda, número de pessoas abaixo

No documento BALANÇO GERAL DO ESTADO (páginas 63-74)

Indicadores Exigidos pela Lei Estadual Nº 6.836, de 13/02/2006.

4. Renda (PIB “per capita” ajustado ao custo de vida local, indicadores de concentração de renda, número de pessoas abaixo

da linha da pobreza).

O Indicador Produto Interno Bruto per capita, que retrata a somatória dos bens e serviços finais produzidos num espaço geográfico para um ano de referência dividido pela população, possui como fonte oficial o IBGE e os órgãos estaduais de informação, não dispondo do mesmo “ajustado ao custo de vida local”, em função da metodologia do PIB, na qual o deflacionamento só pode ser efetuado para o Brasil e as Unidades da Federação. Por isso, esse indicador está apresentado neste mapa para o Estado do Pará e Brasil com valores deflacionados e para as Regiões de Integração em valores nominais, de acordo com a disponibilidade dos dados oficiais divulgados.

Quanto à periodicidade do indicador, esse será analisado para o período de 2004 a 2007, pois se trata de uma informação divulgada pelas fontes oficiais com no mínimo dois anos de defasagem.

A Figura 4.1 apresenta a evolução do crescimento real do PIB per capita para o Estado do Pará. O PIB paraense acompanha nitidamente a evolução das taxas de investimento dos grandes empreendimentos, principalmente minerais, o que acaba se denotando na grande oscilação do mesmo, por exemplo, entre 2004/2005, os investimentos da Mineração da Serra do Sossego (cobre) e em 2006/2007, os investimentos envolvendo a segunda e terceira fase da ALUNORTE, produção de alumina no município de Barcarena.

Balanço Geral do Estado do Exercício de 2009 - 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 2004 2005 2006 2007 4,7 2,4 5,0 2,9 Pe rc en tu al Pará Pará

Quanto ao PIB per capita deflacionado a preços do ano anterior que é mostrado na Figura 4.2 verifica-se que o indicador paraense vem apresentando crescimento ao longo do período em análise sendo que em 2004 seu valor era de R$ 4.658,00 passando para R$ 6.420,00 em 2007, o que representa um aumento de 37,8%. O Pará acompanhou a tendência de crescimento nacional que nesse período elevou-se de R$ 9.923,00 para R$ 13.397,00, crescimento de 35%.

Conforme já mencionado, em função da metodologia que impossibilita seu deflacionamento, utilizou-se o indicador PIB per

capita a preços de mercado correntes, para o Pará e Regiões de

Integração, dispostos na Tabela 4.1 onde nota-se que o PIB per

capita a preços de mercado corrente do Pará sofreu uma elevação no

período em análise, subindo de R$ 5.192,00 em 2004, para 7.007,00 em 2007, o que significa uma variação da ordem de 35%. Observando as Regiões de Integração (RI´s) que apresentaram os maiores PIB per capita em 2007, inclusive acima do indicador Estadual, foram Carajás e Lago de Tucuruí com PIB per capita de R$ 15.028,00 e R$ 10.553,00 respectivamente, sendo que no período em análise a Região do Carajás foi a que apresentou o maior PIB per

Figura 4.1 – Evolução do crescimento real do PIB per capita a preços (R$) de 2004, 2005 e 2006 no Estado do Pará

2004-2007

Figura 4.2 - PIB per capita deflacionado (R$) a preços do ano anterior no Estado do Pará - 2004-2007

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capita dentre todas as outras Regiões, entretanto quando se analisa

as elevações em termos proporcionais as RI’s que mais obtiveram altas foram Lago de Tucuruí, Rio Caeté e Xingu com aumento de 51,7%, 46,4% e 45,4%, respectivamente.

Tabela 4.1 – PIB per capita, a Preços de Mercado Correntes, segundo Regiões de Integração - 2004/2007

PIB per capita (R$) Pará / Regiões de Integração 2004 2005 2006 2007 Pará 5.192 5.612 6.240 7.007 Araguaia 5.204 5.867 6.866 7.049 Baixo Amazonas 4.908 4.998 5.047 5.593 Carajás 11.047 12.488 14.340 15.028 Guamá 2.721 2.972 3.273 3.913 Lago de Tucuruí 6.955 7.946 8.604 10.553 Marajó 2.003 2.130 2.281 2.539 Metropolitana 6.348 6.858 7.508 8.591 Rio Caeté 2.106 2.289 2.633 3.082 Rio Capim 3.196 3.435 3.725 4.386 Tapajós 2.987 3.050 3.410 3.923 Tocantins 6.488 6.552 7.817 8.245 Xingu 2.925 3.223 3.509 4.252

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Figura 4.3 - Mapa do Estado do Pará por Região de Integração PIB Per Capita 2006-2007

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A Figura 4.3 mostra a espacialização do PIB per capita para os anos de 2006 e 2007 de onde se observa que o incremento no PIB

per capita das Regiões do Baixo Amazonas, Tocantins e

Metropolitana foram suficientes para que estas subissem de classe, sendo que o Baixo Amazonas saiu da primeira para segunda classe e Tocantins e Metropolitana se elevaram da segunda para a terceira classe.

No que diz respeito ao indicador de concentração de renda, foi utilizado nesse mapa o Coeficiente de Gini, utilizado para medir o grau de desigualdade existente na distribuição de renda de um local ou de indivíduos, mas pode ser usada para qualquer distribuição. Seu valor, varia de zero quando não há desigualdade, ou seja, a renda de todos os locais/indivíduos tem o mesmo valor, a um, quando a desigualdade é máxima, ou seja, apenas um local/indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Pnud - http://www.pnud.org.br).

Esse indicador foi calculado a partir dos dados do PIB Municipal, divulgado pelo IBGE/Idesp/Sepof sendo calculado para a mesma periodicidade da variável utilizada no seu cálculo, ou seja, nesse mapa será trabalhado o período de 2004 a 2007. Quanto à desagregação regional será trabalhado para o Pará e as RI’s.

Analisando o coeficiente de Gini (Tabela 4.2), que mede a desigualdade de renda, percebe-se que o Estado do Pará vem mantendo o mesmo grau de concentração do seu PIB desde o início do período em análise com o indicador no valor de 0,76. Quando se olha as Regiões de Integração nota-se que a Região com menor grau de concentração da riqueza produzida em 2007 foi o Lago de Tucuruí com seu indicador ficando em 0,33 e a RI que apresentou

maior concentração de seu PIB foi o Carajás. As Regiões de Integração que mais sofreram queda em suas concentrações no período em análise foram Marajó (-0,03), Baixo Amazonas (-0,02), Metropolitana (-0,02) e Tocantins (-0,02), já a Região que mostrou alta em seu índice foi a do Lago de Tucuruí (0,02).

A análise das Tabelas 4.2 e Tabela 4.1 mostra que, apesar da Região do Carajás possuir o PIB per capita mais elevado no período de 2004 a 2007 ela também é a RI que apresenta a maior concentração de PIB neste mesmo período.

Tabela 4.2 – Coeficiente de Gini do PIB para o Estado do Pará e Regiões de Integração – 2004-2007 Coeficiente de Gini Pará / Regiões de Integração 2004 2005 2006 2007 Pará 0,76 0,76 0,76 0,76 Araguaia 0,40 0,40 0,41 0,41 Baixo Amazonas 0,63 0,63 0,62 0,61 Carajás 0,73 0,73 0,74 0,74 Guamá 0,57 0,57 0,57 0,56 Lago de Tucuruí 0,60 0,61 0,61 0,63 Marajó 0,36 0,34 0,32 0,33 Metropolitana 0,70 0,70 0,69 0,68 Rio Caeté 0,50 0,50 0,50 0,51 Rio Capim 0,44 0,43 0,43 0,44 Tapajós 0,51 0,49 0,50 0,51 Tocantins 0,71 0,68 0,70 0,68 Xingu 0,42 0,42 0,42 0,41

Balanço Geral do Estado do Exercício de 2009 Figura 4.4 - Mapa do Estado do Pará por Região de Integração

Coeficiente de Gini – 2006-2007 2004

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A análise da Figura 4.4 permite notar que o Índice de Gini, para todas as Regiões de Integração se manteve nas mesmas faixas no período de 2006 a 2007, com exceção do Rio Capim cujo aumento no Índice foi suficiente para subir para faixa seguinte.

Quanto ao Número de pessoas abaixo da linha de pobreza, neste mapa utilizou-se o corte conceitual de “Pessoas que convivem em domicílios com renda mensal inferior a ½ salário mínimo per

capita”, definição semelhante à que vem sendo usada no projeto de

“Acompanhamento dos Objetivos do Milênio” do IPEA com instituições filiadas à ANIPES.

A linha de pobreza utilizada neste mapa está voltada diretamente ao enfoque da pobreza absoluta, na qual a partir da fixação de padrões para o nível mínimo ou suficiente de necessidades, se definiu uma linha ou limite de pobreza e se determinou a percentagem da população que se encontra abaixo desse nível. Este “padrão de vida mínimo” considera vários aspectos como: nutricionais, de moradia ou acesso a serviços básicos, geralmente, são calculados segundo preços relevantes ao alcance da renda necessária para custeá-los (CRESPO; GUROVITZ, 2002). Para este caso, utilizou-se o enfoque de salários mínimos, que parte da idéia de que existe um salário mínimo oficial que deve ser uma boa aproximação do montante em dinheiro necessário para custear o nível de vida mínimo.

Esse conceito vem sendo utilizado desde o mapa de 2008, entretanto, em função de uma reponderação dos dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar), efetuada pelo IBGE para toda a série anterior a 2008, faz-se necessário recalcular o

indicador para o período em análise, 2004 a 2008, último ano disponível da pesquisa.

Metodologicamente adotou-se o enfoque de linhas de pobreza e indigência, utilizada no Grupo de Trabalho “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” coordenado pela Rede Ipea / Anipes com a participação de 10 Unidades Federadas, entre elas o Pará, representado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP. Nessa metodologia, a linha de pobreza adota o corte “pessoas que convivem em domicílios com renda mensal inferior a ½ salário mínimo per capita”, com base no salário mínimo de 2004, início da realização da PNAD urbana e rural no estado do Pará (Região Norte), atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC.

O ponto de corte que delimita a linha de pobreza na metodologia adotada pela Rede Ipea / Anipes de meio salário mínimo de 2004 atualizado pelo INPC para 2008, representa R$ 158, 00, ou seja, os indivíduos com renda média domiciliar per capita abaixo de R$ 158,00 fazem parte do grupo de pessoas que serão contadas como pobres.

Em função da PNAD ser amostral e seus resultados não cobrirem todos os municípios brasileiros, seus dados são divulgados com desagregação para o Brasil, Regiões, Unidade da Federação e Regiões Metropolitanas dos Estados. Para caracterizar a população abaixo da linha de pobreza, desagregou-se esse indicador por sexo, situação do domicílio e raça.

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Fonte: IBGE

Elaboração: Idesp/Sepof

(1) Pessoas que convivem em domicílios com renda mensal inferior a ½ salário mínimo per capita.

A Tabela 4.3 mostra o número de pessoas abaixo da linha da pobreza no Brasil (BR), Região Norte (RN), Pará (PA) e Região Metropolitana de Belém (RMB) de onde se pode perceber que vem ocorrendo uma queda no número de pessoas pobres nos quatro níveis geográficos observados. No Pará, no período de 2004 para 2008, o número de pessoas pobres caiu de aproximadamente 2,9 milhões de pessoas para pouco mais de 2,1 milhões de pessoas o que representa

uma redução da ordem de 26,41%, já no período de 2007 para 2008 a queda foi de 10,36%, isso equivale a dizer que em 4 anos quase 800 mil pessoas saíram da linha da pobreza sendo que, dessas, praticamente 251 mil pessoas o fizeram em apenas um ano (2007- 2008). Na RMB a redução, de 2004 para 2008, foi de 34,97%, o que equivale a aproximadamente 222 mil pessoas, e de 10,59% (49 mil pessoas) no último ano da série estudada.

- Indicador 2004 2005 2006 2007 2008 Pop 181.687 183.881 186.021 188.029 189.953 Pop Pobre 54.481 51.971 44.611 42.833 38.368 % Pobres 29,99 28,26 23,98 22,78 20,20 BRASIL Variação - -4,61 -14,16 -3,99 -10,42 Pop 6.867 7.001 7.129 7.249 7.367 Pop Pobre 2.959 2.911 2.587 2.423 2.178 % Pobres 43,09 41,58 36,29 33,42 29,56 PARÁ Variação - -1,62 -11,13 -6,35 -10,12 Pop 1.966 1.999 2.031 2.061 2.090 Pop Pobre 635 629 552 460 413 % Pobres 32,29 31,47 27,19 22,34 19,75 RMB Variação - -0,89 -12,21 -16,64 -10,34

Tabela 4.3 – Número de Pessoas Abaixo da Linha de Pobreza1 para o Brasil, Região Norte, Estado do Pará e Região Metropolitana de Belém (em 1.000 pessoas) – 2004-2008

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Os resultados apresentados acima quando comparados com a evolução da pobreza observada no Brasil, que apresentou um decréscimo de 29,6% no mesmo período, permitem fazer as seguintes considerações: a queda da pobreza no país ocorreu a uma velocidade maior que no Estado do Pará (26,4%), por outro lado, essa velocidade de redução foi menor que a observada na Região Metropolitana de Belém (35%). Este resultado permite afirmar que a pobreza vem decrescendo mais lentamente no interior do Estado, porém de forma sustentada.

Ainda de acordo com a Tabela 4.3 nota-se que a variação negativa do número de pobres ocorre em todos os anos analisados para o Brasil, Pará e Região Metropolitana de Belém. No período 2005/2004 esse incremento negativo aparece tímido no Pará e na RMB, ao contrário do Brasil, que alcança quase 5%. No período 2005/2006, a variação negativa do número de pobres é superior a 11% nas três unidades espaciais pesquisadas, mas com o Brasil decrescendo em rítimo um pouco mais forte. Em 2006/2007, pela primeira vez o decréscimo no Pará e RMB é mais acelerado que no Brasil, com destaque para esta última. Com relação ao último período disponível (2007/2008) a aceleração da diminuição da pobreza é quase a mesma para os três recortes espaciais.

A partir da Figura 4.5 verifica-se que em todos os níveis geográficos estudados houve redução na proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza, segundo os critérios adotados neste estudo, no período de 2007 para 2008. No Brasil, a proporção de pobres era de 22,87% em 2007 passando para 20,20% em 2008, na Região Norte essa proporção saiu de 33,38% para 28,28%, no Pará a redução foi de praticamente 4% na proporção de pobres uma vez que o percentual caiu de 33,51% em 2007 para 29,56% em 2008, já na

RMB a redução foi 2,6% pois o percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza desceu de 22,4% para 19,75% no período em análise. Essa forte redução no indicador de pobreza pode ser debitado no Pará e RMB a três fatores centrais: i) o crescimento da economia e, especificamente, em segmentos como a Construção Civil que são grandes empregadores de mão-de-obra; ii) o conjunto de políticas de transferência de renda, tanto federal quanto estadual, podendo-se mencionar dois programas importantes: o bolsa família e o bolsa trabalho; iii) a recomposição e os ganhos reais do salário mínimo ocorridos principalmente nos últimos três anos.

Fonte: IBGE Elaboração: Idesp/Sepof

Figura 4.5 – Proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza no Brasil, Região Norte, Estado do Pará e RMB 2007/2008

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Quando se observa a proporção de cada gênero no número de pessoas abaixo da linha da pobreza (Figura 4.6) nota-se que na Região Norte e no Pará a proporção de homens e mulheres no total da população pobre se manteve praticamente a mesma no período 2007-2008, apenas no Brasil e RMB as proporções sofreram ligeiras mudanças sendo que em nível nacional o percentual de mulheres saiu de 50,9% para 51,3% tendo como complemento uma queda na proporção de homens que reduziu de 49,1% para 48,7%, já na RMB o percentual masculino caiu de 46,5% para 45,7% e o feminino elevou de 53,5% para 54,3%.

Fonte: IBGE Elaboração: Idesp/Sepof

Analisando o número de pessoas abaixo da linha da pobreza em termos de cor/raça (Figura 4.7) percebe-se que no Brasil, no período de 2007 para 2008, as proporções de brancos, pretos/pardos e outras raças mantiveram-se inalteradas, já na Região Norte e na RMB houve uma leve redução no percentual de brancos enquanto que ocorreu um ligeiro acréscimo na proporção de pretos/pardos. No Estado do Pará, neste mesmo período, a proporção de pretos/pardos na população pobre aumentou de 81,6% para 84,3% enquanto que os brancos diminuíram pouco mais de dois pontos percentuais passando de 17,7% para 15,3%. Esses números apontam para a necessidade de políticas específicas com vistas a atender os segmentos afro descendentes, tanto em termo de políticas positivas de inclusão no mercado formal de trabalho, quanto políticas de transferência e de formação educacional e qualificação profissional específicos para estes segmentos populacionais.

Figura 4.6 – Proporção (%) de pessoas abaixo da linha da pobreza por gênero, no Brasil, Região Norte, Estado do Pará e RMB 2007/2008

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Fonte: IBGE Elaboração: Idesp/Sepof

5. Desemprego (percentual médio de população

economicamente ativa desempregada).

O conceito de “desemprego” refere-se à população que não possui e está procurando emprego no período de referência. Neste mapa, foi utilizado o conceito de “desocupação”, em função da inexistência de fontes disponíveis para o Estado da informação que atendesse ao conceito de desemprego.

Neste Mapa o indicador utilizado foi a Taxa de Desocupação, que representa o percentual da população economicamente ativa

desocupada, entendendo-se como pessoas desocupadas na semana de referência, as pessoas sem trabalho que tomaram alguma providência efetiva de procura de trabalho neste período.

Este indicador reflete a exclusão social mais premente, uma vez que o indivíduo sem emprego ou ocupação e sem rendimento, passa a não ter como custear suas necessidades básicas de sobrevivência, distanciando-se dos seus direitos humanos, tendo como fim vários efeitos sociais negativos.

Como complemento a este item incluiu-se no Mapa de Exclusão o perfil da ocupação quanto à posição (classificado em: empregado, trabalhador doméstico, conta própria, empregador e trabalhadores não remunerados); e a taxa de ocupação por situação do domicílio; gênero e raça.

Em função da pesquisa utilizada, PNAD ser amostral e seus resultados não cobrirem todos os municípios brasileiros, seus dados são divulgados com desagregação para o Brasil, Regiões, Unidade da Federação e Regiões Metropolitanas dos Estados, dessa forma, neste mapa estão sendo apresentados os resultados do Brasil, da Região Norte, do Estado do Pará e da Região Metropolitana de Belém. Esse indicador que já vinha sendo utilizado nos mapas anteriores será calculado novamente para o período de 2004 a 2007, em função de uma reponderação dos dados da PNAD, efetuada pelo IBGE para toda a série anterior a 2008, último ano disponível da pesquisa.

De acordo com a Tabela 5.1, pode-se observar que a população desocupada no Pará sofreu redução de 9,18% no período de 2004 a 2008, o que ocasionou uma diminuição na taxa de desocupação que no início do período era de 6,22% experimentando uma alta (7,11%) no ano seguinte e desde então se manteve em queda alcançando 5,36% em 2008, observando apenas o período Figura 4.7 – Proporção (%) de pessoas abaixo da linha da pobreza

por raça, no Brasil, Região Norte, Estado do Pará e RMB 2007/2008

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2005-2008 nota-se uma queda de 1,75% nessa taxa. Deve-se ressaltar que nos anos de 2007 e 2008 observa-se a menor taxa de desocupação do período, sendo que comparando 2008 a 2005 observa-se o significativo declínio de 1,75%, o que evidencia as excelentes condições de desempenho da economia paraense no período.

A tendência de alta, de 2004 para 2005, na taxa de desocupação e logo em seguida reduções sucessivas também foi seguida pelo Brasil, Norte e RMB sendo que no período 2005-2008 a subtração da taxa nacional foi de 2,16%, Região Norte teve uma diminuição de 1,45% e a RMB teve uma queda significativa de 4,12%.

Tabela 5.1 – Percentual da População Economicamente Ativa desocupada (Taxa de Desocupação) no Estado do Pará e Região Metropolitana de Belém 2004/2008 (1.000 pessoas)

2004 2005 2006 2007 2008

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