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Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador

10.01 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

12. Governança Corporativa

O Bradesco tem aprimorado constantemente suas práticas de Governança Corporativa, visando à qualidade de gestão, de modo a buscar a satisfação de seus acionistas, investidores, clientes, fornecedores, funcionários, comunidade e demais stakeholders, sempre sob a égide da sustentabilidade da Organização.

Aos acionistas é assegurado, a título de dividendo mínimo obrigatório, 30% do lucro líquido ajustado,

percentual superior ao mínimo de 25% estabelecido na Lei no 6.404/76. Às ações preferenciais são conferidos

dividendos 10% maiores que os atribuídos às ordinárias. Nos últimos anos, o Banco pagou percentual superior ao obrigatório de 30%.

O marco inicial de sua Governança foi a listagem das ações na Bovespa, em novembro de 1946, pouco mais de três anos de sua fundação.

São diversas as iniciativas que demonstram o respeito do Bradesco para com todos aqueles com quem se relaciona, dentre elas:

• primeiro Banco a distribuir dividendos mensalmente, a partir de janeiro de 1970;

• em abril de 1985, lançou o serviço Alô Bradesco, hoje Ouvidoria Bradesco;

• as ações preferenciais passaram a ser negociadas na Bolsa de Nova York em junho de 1997, por meio de

ADRs Nível I, e, em novembro de 2001, de ADRs Nível II;

• em fevereiro de 2001, suas ações preferenciais também passaram a ser listadas na Latibex - Bolsa de

Madrid - Espanha;

• aderiu voluntariamente, em junho de 2001, ao Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança

10.01 - RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

• instituiu, em junho de 2003, os Códigos de Ética Corporativo e Setorial para as Áreas de Administração

Contábil e Financeira e os Comitês de Conduta Ética e de Divulgação;

• a presença, desde junho de 2003, de 2 membros independentes no Conselho de Administração,

representantes dos acionistas minoritários Banco Bilbao Viscaya Argentaria (BBVA), da Espanha, e Banco Espírito Santo (BES), de Portugal;

instituiu, em dezembro de 2003, Tag Along de 100% para as ações ordinárias e 80% para as preferenciais,

bem como os Comitês de Auditoria, de Controles Internos e Compliance e de Remuneração; e

• recebeu, em junho de 2005, classificação AA - Ótimas Práticas de Governança Corporativa - da Austin

Rating.

Em maio de 2006, o Conselho de Administração formalizou a "Política de Governança Corporativa" e instituiu o "Comitê Executivo de Governança Corporativa" da Organização Bradesco.

Enquanto a Política traça as iniciativas para levar a efeito a Responsabilidade Corporativa, a Ética, a Transparência, a Eqüidade e a Prestação de Contas, para que o Bradesco mantenha-se entre as empresas líderes praticantes da boa Governança nos mercados nacional e internacional, buscando solidez e sustentabilidade dos negócios, o Comitê tem por objetivo assessorar a Diretoria Executiva quanto ao cumprimento da referida Política.

Destaque-se ainda que, em outubro de 2006, as ações do Bradesco passaram a integrar o FTSE LATIBEX BRASIL, novo índice lançado pelas Bolsas e Mercados Espanhóis (BME) e FTSE Group (FTSE).

Na Assembléia Geral Ordinária realizada em 27 de março, deliberou-se a manutenção do Conselho Fiscal, composto de 3 membros efetivos e suplentes, com mandato até 2007, sendo 1 membro efetivo e seu suplente escolhidos dentre os detentores de ações preferenciais.

A Organização tem primado pela qualidade dos seus controles e, dada a importância da auditoria interna nesse sentido, deliberou, no contexto das melhores práticas, formalizar a constituição da Área de Auditoria Internacional, dedicada às Dependências no Exterior e relacionamento com os Órgãos Reguladores locais.

No período, cabe também registrar que a Organização Bradesco, em consonância com o teor da

Instrução no 381, da Comissão de Valores Mobiliários, não contratou e nem teve serviços prestados pela

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes não relacionados à auditoria externa em patamares superiores a 5% do total dos custos desta. A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do Auditor, de acordo com critérios internacionalmente aceitos, quais sejam: o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste.

12.1. Controles Internos e Compliance

O Sistema de Controles Internos e Compliance adotado pela Organização Bradesco constitui importante instrumento de gerenciamento de riscos e Governança Corporativa.

No sentido amplo, é um processo estruturado que abrange o Conselho de Administração, os Comitês que o assessoram, as Diretorias, as Gerências e todos os colaboradores da Organização, com o propósito de permitir condução mais segura, adequada e eficiente dos negócios e em linha com a regulamentação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

A Organização tem avaliado os fluxos de seus processos e sistemas, e ao mesmo tempo tem aplicado regularmente os testes de aderência para aferir a efetividade dos controles existentes, com pleno envolvimento das Áreas, dos Comitês de Controles Internos e Compliance e de Auditoria e, com reportes pontuais, ao Conselho de Administração. O trabalho está alinhado aos principais frameworks de controles,

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como o COSO – Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission e o COBIT – Control

Objectives for Information and Related Technology, que abrangem aspectos de Negócio e de Tecnologia,

respectivamente, assim como contempla requerimentos estabelecidos pelo PCAOB – Public Company

Accouting Oversight Board e cumpre integralmente os requerimentos da Lei Sarbanes-Oxley.

Os desenhos dos processos de controles internos encontram-se adequados, não tendo sido identificadas deficiências que comprometam sua certificação, conforme prevê a Lei Sarbanes-Oxley, e estão sendo executados testes de aderência aos processos, para emissão de relatório com data-base de 31 de dezembro de 2006, a ser arquivado na Securities and Exchange Commission - SEC juntamente com as correspondentes demonstrações financeiras em US GAAP.

Prevenção à “Lavagem” de Dinheiro

O Bradesco adota uma série de medidas para combater casos de corrupção e uso do Sistema Financeiro para negócios ilícitos, inclusive o terrorismo. Para evitar que sua estrutura seja utilizada para esses fins, mantém uma política, processos e sistemas específicos de controle e prevenção à “lavagem” de dinheiro.

A política Conheça seu Cliente, os fortes investimentos em treinamento, processos e sistemas de controle e monitoramento de operações permitem a identificação tempestiva de situações atípicas que, depois de analisadas por equipe de especialistas, são enviadas para avaliação de uma Comissão quanto à pertinência de encaminhamento dos casos às autoridades competentes, tendo ou não a operação sido realizada, uma vez que as unidades de negócios têm toda a autonomia para recusar negócios e operações que considerem suspeitas ou atípicas, sendo de qualquer maneira a proposta de negócio atípico recusada reportada à Comissão. Um Comitê Executivo se reúne ao menos trimestralmente para avaliar o andamento dos trabalhos e a adoção de medidas necessárias à manutenção dos trabalhos, em linha com as melhores práticas internacionais no que se refere à prevenção e combate a “lavagem” de dinheiro e terrorismo.

Essas ações estão também em linha com a política definida pela Alta Administração e permitem proteger a Instituição, administradores, acionistas, clientes e funcionários.

Gestão do SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro

A gestão do SPB tem a finalidade de garantir a efetivação das mensagens transitadas entre as Instituições Bradesco e as entidades participantes desse Sistema. O controle é exercido em tempo real, por meio de aplicativos em Mainframe e Baixa Plataforma, que permitem a identificação da conclusividade de qualquer mensagem trafegada pelo Sistema. Dispõe de instrumentos de contingência, inclusive de um segundo ambiente operacional em local diferente do site principal.

Para atribuir maior segurança e confiabilidade nas transações e reduzir o risco operacional representado pela saída indevida de recursos, o Bradesco também dispõe do Sistema de Legitimação de Transações por meio de TED – Transferência Eletrônica Disponível. Possui, ainda, um PCN – Plano de Continuidade de Negócios, documentado em ferramenta específica e com acesso corporativo, contemplando cenários e ações predefinidas, as quais possibilitam a redução de risco de indisponibilidade sistêmica.

Segurança da Informação

A efetiva proteção dos ativos da informação, constituídos pelas bases de dados, pelos ambientes de informática, documentos, arquivos, cópias de segurança de sistemas, acessos controlados aos sistemas e informações e proteção na geração e tráfego de dados, dentre outras ferramentas de gestão em segurança, estão contemplados na Política e Normas Corporativas de Segurança da Informação do Bradesco.

As informações restritas e de interesse exclusivo de clientes, bem como as informações estratégicas da Organização, são tratadas internamente com absoluto sigilo e recebem total proteção por meio de controles internos e de sistemas informatizados. Com o objetivo de preservar a total aderência a esses procedimentos, são mantidos constantes programas de treinamento, conscientização e revisões das políticas.

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12.2. Políticas de Transparência e Divulgação de Informações

Visando ao relacionamento com o mercado em geral, baseado na divulgação de informações transparentes e de qualidade, a Organização Bradesco produz uma série de publicações periódicas.

O Banco edita, a cada trimestre, o Relatório de Análise Econômica e Financeira, uma compilação minuciosa das informações mais solicitadas pelos leitores especializados, e, anualmente, o Relatório da Administração e o de Sustentabilidade. Distribui também, com tiragem trimestral, o “Acionista Sempre em Dia”, com 35 mil exemplares; a “Revista Bradesco”, 26 mil; e a “Revista Bradesco Rural”, 5 mil, todos voltados ao público externo; bem como informativo “Cliente Sempre em Dia”, com 700 mil exemplares mensais. 12.3. Relações com Investidores – RI

A transparência é marca fundamental na relação do Bradesco com os acionistas, investidores e profissionais de mercado. Nesse contexto, oferece informações claras, oportunas e abundantes, disponíveis

em seu site de Relações com Investidores, www.bradesco.com.br/ri, nas versões Português, Inglês e

Espanhol. Além de beneficiarem o mercado na correta avaliação do Bradesco, mantém a Administração do Banco informada sobre opiniões da comunidade financeira acerca de seu desempenho.

O perfil ativo da área permite atendimento ágil, transparente e de qualidade aos investidores, clientes e todos aqueles que buscam informações sobre o Bradesco, proporcionando relacionamento de elevado nível com pessoas físicas e jurídicas, nacionais e estrangeiras.

Os acionistas, investidores e analistas de mercado também contam com a opção de conhecer melhor o desempenho do Banco nos Encontros Apimec, série de reuniões realizadas ao longo do exercício. Em 2006, foram promovidos 14 encontros.

Foram também promovidos, no período, 128 reuniões internas e externas com analistas, 5 conferências telefônicas e 7 eventos no Exterior, além de 900 atendimentos por meio do “Fale com o RI”, na página da

Internet.