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Grupo controle da metodologia aplicada ao cálculo dos efeitos no P OPR

O conceito de grupo de controle utilizado em pesquisas experimentais requer, segundo Sampieri et al. (2006, p. 159), que um grupo seja exposto à presença da variável independente e outro não. Assim, segundo os autores, é feita a comparação dos dois grupos, com o intuito de saber se o grupo exposto à variável independente difere do grupo que não foi exposto.

Analisando o modo de investigação adotado por esta pesquisa, a simulação, não há necessidade de criação de um grupo controle, haja vista que a variação entre o antes e o depois da simulação, a qual é feita sob dados estáticos, decorre, exclusivamente, dos efeitos da variável sobre a qual esta pesquisa se dispõe a analisar: a reclassificação dos títulos classificados como disponíveis para venda para a classificação de títulos para negociação.

Todavia, a pesquisa optou pela constituição de um também denominado grupo controle, porém com outro objetivo: analisar a razoabilidade da metodologia aplicada ao cálculo dos efeitos no POPR.

De acordo com a Circular Bacen n° 3.383/2008, para o cálculo do resultado bruto anual, deve- se considerar o fator limitador de máximo zero. Assim, caso a receita bruta anual seja negativa, ela é excluída do cálculo, independente de qual das três abordagens tenha sido adotada.

A amostra selecionada para compor o grupo controle é não probabilística e parte das 38 instituições analisadas na pesquisa. A escolha das instituições, portanto, foi efetuada de maneira julgamental, intencional, com a preocupação de identificar quais seriam as instituições relevantes e dispostas a fornecer dados sigilosos.

A amostra é composta por 4 instituições, que se enquadram nas seguintes categorias: Quadro 11 – Características da amostra do Grupo Controle

Fonte: Adaptado da FEBRABAN.66

Para cada uma das instituições foi enviada uma carta convite (Apêndice 5) contendo uma apresentação do assunto da dissertação e a solicitação dos dados para a pesquisa. Anexo à carta foi enviada uma planilha (Apêndice 6) com os dados necessários detalhados para a pesquisa.

Ademais, para o fornecimento dos dados, algumas das instituições da amostra exigiram compromisso de sigilo, o qual foi firmado mediante Acordo de Confidencialidade.

Após coleta dos dados, foi efetuado o cálculo da parcela do POPR analisando o fator limitador

de máximo zero, para cada período anual, confrontando-o com o cálculo sem considerar tal fator limitador (conforme metodologia apresentada na seção 5.5.1.2.1), a fim de verificar se existiam divergências entre as metodologias.

As equações para o cálculo do POPR,antes da simulação, são as mesmas apresentadas na seção

5.5.1.2.1. A diferença concentra-se na metodologia utilizada para o cálculo depois da simulação, cujos detalhes, de acordo com cada abordagem, são apresentados a seguir.

66 Disponível em: <http://www.febraban.org.br/p5a_52gt34++5cv8_4466+ff145afbb52ffrtg33fe36455li5411pp

+e/sitefebraban/pesquisa_sobre_praticas_risco.pdf>. Acesso em: 02/06/2010.

Categoria Critério Segmento

Bancos Médios e Pequenos

Instituição Financeira de Capital Nacional ou Estrangeiro com Ativos Totais abaixo de R$ 20 bilhões e Patrimônio Líquido abaixo de R$ 2 bilhões

Banco Múltiplo Grandes bancos Privados Nacionais

Grandes bancos Privados Estrangeiros

Instituição Financeira de Capital Nacional com Ativos Totais acima de R$ 20 bilhões e Patrimônio Líquido acima de R$ 2 bilhões

Banco Múltiplo

Instituição Financeira de Capital Estrangeiro, com Ativos Totais acima de R$ 20 bilhões e Patrimônio Líquido acima de R$ 2 bilhões

a) Abordagem do indicador básico: a equação utilizada pelo estudo para apuração do

POPR, após os efeitos da adoção da IFRS 9, é a que segue:

O fator Z corresponde a 0,2; n(depois) é o número de vezes, nos três últimos períodos anuais, em

que o valor de IEt (depois) é maior que zero e IEt (depois) consiste no indicador de exposição

apurado conforme a seguinte equação:

em que:

IEt (antes) = Indicador de Exposição divulgado em 31/12 do ano “t”;

AjIEt (bruto) = ajuste no Indicador de Exposição ao Risco Operacional, no período “t”, cujo

cálculo foi demonstrado previamente, na equação (47).

Uma vez apurado o POPR após ajustes, calculou-se o efeito no POPR, por meio da seguinte

equação:

O POPR (antes) refere-se àquele calculado antes da simulação, com base nos dados informados

pelos Bancos, de acordo com a equação (46).

b) Abordagem Padronizada Alternativa: a equação utilizada pelo estudo para apuração do POPR, após os efeitos da adoção da IFRS 9, é a que segue:

em que:

Z = 0,20;

IEi,t = Indicador de Exposição ao Risco Operacional da linha de negócio “i”, divulgado em

31/12 do ano “t”;

(65)

(66)

(67)

IAEi,t = Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional da linha de negócio “i”,

divulgado em 31/12 do ano “t”;

AjIEt (bruto) = ajuste no Indicador de Exposição ao Risco Operacional, no período “t”, cujo

cálculo foi demonstrado previamente, na equação (47) e

AjIAEt = ajuste no Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional, no período “t”,

cujo cálculo foi demonstrado na equação (50).

βi = fator de ponderação aplicado à linha de negócio “i”, conforme apresentado na Tabela 7.

Uma vez apurado o POPR após ajustes, calculou-se o efeito no POPR, por meio da seguinte

equação:

O POPR (antes) refere-se àquele calculado antes da simulação, com base nos dados informados

pelos Bancos, de acordo com a equação (49).

c) Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada: a equação utilizada pelo estudo

para apuração do POPR, após os efeitos da adoção da IFRS 9, é a que segue:

em que:

Z = 0,20;

IEi,t = Indicador de Exposição ao Risco Operacional divulgado em 31/12 do ano “t”;

IAEi,t = Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional divulgado em 31/12 do ano

“t”;

AjIEt (bruto) = ajuste no Indicador de Exposição ao Risco Operacional, no período “t”, cujo

cálculo foi demonstrado previamente, na equação (47) e

AjIAEt = ajuste no Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional, no período “t”,

cujo cálculo foi demonstrado na equação (50).

Uma vez apurado o POPR após ajustes, calculou-se o efeito no POPR, por meio da seguinte

equação:

(69)

O POPR (antes) refere-se àquele calculado antes da simulação, com base nos dados informados

pelos Bancos, de acordo com a equação (52).

Tendo finalmente apurado o efeito da simulação no POPR, de acordo com a abordagem

utilizada em 31/12/2008, pelos Bancos da amostra, foram confrontados os efeitos, dos cálculos que consideram o limitador de máximo zero versus os efeitos apurados sem o limitador, a fim de verificar se existiam divergências entre os saldos resultantes de cada uma das metodologias.

Ressalte-se que, assim como nos indicadores apresentados anteriormente, como uma forma de contribuição adicional ao entendimento dos cálculos efetuados para a simulação, o Apêndice 4 apresenta planilha contendo modelo de cálculo da simulação dos efeitos no POPR do Grupo

Controle.