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GUIÃO DE ENTREVISTA-CATEGORIAS E PERGUNTAS Dimensões político-institucionais e organizacionais

As perguntas que se seguem referem-se à sua prática profissional com crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade e da participação que frequentam escolas públicas do concelho de Gondomar.

MUDANÇAS INSTITUCIONAIS E PROFISSIONALIDADE

Organização social do trabalho

1.As políticas públicas que visam crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade e da participação criaram, na última década, diferentes contextos e estruturas organizacionais de prática profissional dos Terapeutas da fala – Unidades de Multideficiência, Surdez e Autismo; Equipas Locais de Intervenção e Centros de Recursos para a Inclusão. Que avaliação faz de cada um desses contextos de prática profissional dos Terapeutas da Fala?

2.Para além destes, os Terapeutas da Fala intervêm com crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade e da participação em contextos privados. Que avaliação faz desses contextos de prática profissional?

3.Têm sido realizadas algumas parcerias locais entre instituições públicas e privadas que organizam em rede os diversos recursos, entre os quais os recursos humanos, para responder às necessidades no âmbito da intervenção terapêutica dessas crianças/jovens. Que avaliação faz dessa forma de organização social do trabalho dos Terapeutas da Fala (ex. Protocolo DGeEST/ISS, CRI)? Quais as suas implicações na prática profissional dos Terapeutas da Fala?

Incremento de lógicas de concorrência e de mercado

4. Identifica alterações na quantidade e tipo de procura de Terapeutas da Fala para a intervenção terapêutica em crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade. Quais?

5.Considera ter havido um incremento das lógicas de concorrência e de mercado na prestação de serviço de terapia da fala a crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade e da participação? Se sim, como o caracteriza?

6.Na sua opinião, as lógicas de concorrência e de mercado na prestação de serviços em Terapia da Fala no âmbito da intervenção terapêutica com essas crianças/jovens favorecem a otimização dos recursos? E no que se refere à eficácia e qualidade da prestação de serviços?

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Incremento do princípio organizacional

8.Denota um incremento do princípio organizacional em detrimento do princípio profissional na tomada de decisões relativas à prestação de apoios especializados em Terapia da Fala a essas crianças/jovens? Se sim, como o caracteriza?

9.Identifica um incremento de processos de controlo e racionalização com vista à diminuição de custos na prestação de serviços de Terapia da Fala a essas crianças/jovens? Quais?

10.Identifica mudanças no tipo de apoio prestado a essas crianças/jovens no que se refere à frequência, duração da intervenção ou outros? Na sua opinião, esses aspetos devem obedecer exclusivamente a critérios profissionais?

11.Considera que uma maior capacidade por parte dos Terapeutas da Fala de autorregulação da prestação do seu trabalho corresponderia a uma melhor prestação dos serviços? Em que medida?

Declínio profissional

12.Na sua opinião, e de uma forma geral, os enquadramentos organizacionais da prática profissional dos Terapeutas da Fala favorecem a discussão, reflexão e cooperação entre pares no sentido de discutir novas práticas e aumentar a competência profissional? 13.Na sua opinião, e no âmbito da intervenção com crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade e da participação, considera ter havido uma diminuição da capacidade de ação dos Terapeutas da Fala nos processos de prevenção, avaliação e intervenção nas patologias da comunicação humana?

14.Verificam-se práticas profissionais mais rotinizadas (ritmo, diversidade de atividades, capacidade de melhorar processos,..)? De que forma?

15.De uma forma geral, sente que os Terapeutas da fala são considerados, valorizados e reconhecidos na sua forma particular de perspetivar e intervir com crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade e da participação?

16.Considera que os Terapeutas da Fala enquanto grupo profissional deveriam ter uma maior participação nos processos de tomada de decisão sobre os métodos e orientação da prestação de serviços de Terapia da Fala a crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade e da participação? De que forma?

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Dimensões socioculturais

REFLEXIVIDADE SOCIAL - AUTONOMIA E PODER PROFISSIONAL NO QUOTIDIANO DE TRABALHO

17.Gostaria que começasse por descrever, o mais detalhadamente possível, a sua prática profissional no contexto da intervenção terapêutica em crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade no território de Gondomar.

Estrutura de legitimação

18.Gostaria que me descrevesse o conjunto de regras que organizam a sua prática profissional?

19.Na sua opinião, as regras que enquadram a sua prática profissional favorecem um bom desempenho profissional? Em que medida?

20.Considera que as instituições e organizações que regulam a prática profissional dos Terapeutas da Fala se orientam para que fins? Os meios e fins organizacionais diferem daqueles que o/a orientam na sua prática profissional? Em que sentido?

Estrutura de dominação

21.Quais os recursos materiais que tem ao seu dispor para implementar as suas atividades profissionais?

22.No que se refere aos recursos materiais disponíveis, considera que o tipo e quantidade de recursos disponíveis são suficientes para a sua prática profissional? 23.A sua prática profissional depende de outros profissionais? De quais? De que forma? 24.Que recursos de autoridade considera ter disponíveis para influenciar a conduta de outros (profissionais ou chefias) para introduzir mudanças na sua prática profissional? Consegue impor a sua perspetiva profissional?

25.Na sua opinião, de que forma considera que a sua autoridade no contexto de trabalho reflete a posição social dos Terapeutas da Fala no quadro da história e desenvolvimento da prestação de serviços públicos com crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade? E em particular no que se refere à relação com outros profissionais como sejam médicos ou professores?

Estrutura de significação

26.Como descreveria, de uma forma geral, as razões para a intervenção dos Terapeutas da Fala com crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade e da participação?

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27.Na sua opinião, qual/quais a/as áreas de conhecimento abstrato que mais influenciam a estruturação dos serviços públicos dirigidos a crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade e da participação? 28.Na sua opinião há especificidades na cultura profissional dos Terapeutas da Fala relativamente à de outros profissionais que intervêm com crianças/jovens?

29.A prática profissional dos Terapeutas da Fala envolve decisões como: a frequência da intervenção, tipo de intervenção (direto ou indireto), local de intervenção (contexto terapêutico ou natural), atividades de planeamento e preparação de sessões? Que tipo de argumentos utiliza, no seu quotidiano, para justificar estas decisões?

Dimensões éticas, ideológicas e projeto profissional IDENTIDADE PROFISSIONAL

30.O que entende ser uma boa prática profissional em Terapia da Fala?

31.Considera que, no âmbito da sua prática profissional, tem que se orientar por princípios organizacionais que são contrários aos seus valores e ética profissional? 32.Que interesses devem defender os Terapeutas da Fala?

33.Sente que consegue estabilizar uma forma regular e habitual de levar a cabo a sua atividade profissionais de acordo com a sua forma de ser e estar na profissão?

34.No desempenho da sua prática profissional sente que está a contribuir com o melhor de si para a sociedade?

35.Sente que o seu trabalho faz diferença na inclusão das crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade 36.Na sua opinião, tem condições para progredir profissionalmente no âmbito da intervenção com crianças/jovens com alterações nas funções e estruturas do corpo e com limitações ao nível da atividade?

37.Considera que o seu trabalho favorece uma boa qualidade de vida? Porquê?

38.Quais as suas perspetivas de futuro na organização e na profissão? Sente insegurança relativamente ao futuro?

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Anexo 2 – Instrumento de recolha de dados sociodemográficos e