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Ocorrência das Síndromes

EMPREENDEDORISMO: ESTUDOS ACERCA DOS DESAFIOS AO SEU PROCESSO DE GERAÇÃO DE RENDA

2.1 História da Evolução do Empreendedorismo

Remontando às origens históricas, o termo empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer: aquele que assume riscos e começa algo novo. Foi utilizado, pela primeira vez, por volta de 1800 por Jean Baptiste Say, um economista francês, com o intuito de distinguir o indivíduo que consegue transferir recursos econômicos de um setor com baixa produtividade para um setor com produtividade elevada e com maiores rendimentos. (DRUCKER, 1986).

Dolabela (1999), corrobora que o termo “empreendedor” foi tomando diferentes formas. A princípio, no fim do século XVII, o empreendedor era alguém que tinha a capacidade de fazer qualquer coisa. Já no século XIX e no início do século XX, se referia a grandes lideranças da área industrial, como Henry Ford, nos Estados Unidos ou Armand Peugeot, na França e outros. Contemporaneamente, caracteriza as atividades de pessoas que estão à frente de uma organização, seja ela de pequeno ou grande porte.

McClelland (1961), afirma que o empreendedor é o indivíduo que organiza e mantém uma empresa, assumindo os riscos para se beneficiar dos lucros. Nesse sentido, os empreendedores surgem em cenários incertos, estes – preparados – propõem ações empresariais (ou sociais, no campo do empreendedorismo social) com intuito de se beneficiar com um de seus produtos ou possibilidades, dentre eles o status, a auto-realização, o bem-estar social e principalmente o retorno sobre o risco e o capital investido. Neste sentido, para Dornelas (2001, p. 37), “[...] o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”.

2.2 Atividades Empreendedoras

O empreendedor é responsável pela quebra de estereótipos, pois constantemente se propõe a olhar para novas searas e de necessidades a serem atendidas e então a criar novos produtos e serviços. Essa destruição criativa resume-se na construção do novo, tanto na forma de agir, pensar, se comportar e reproduzir ambientes.

a riqueza de um país é medida por sua capacidade de produzir, em quantidade suficiente, os bens e serviços necessários ao bem-estar da população. Por esse motivo, acreditamos que o melhor recurso de que dispomos para solucionar os graves problemas sócio-econômicos pelos quais o Brasil passa é a liberação da criatividade dos empreendedores, através da livre iniciativa, para produzir esses bens e serviços. (DEGEN, 1989, p.9)

O empreendedorismo surge de uma variedade de fatores, mas por outro lado, existem inúmeros fatores que inibem o potencial empreendedor, destaca-se os mais importantes, são eles: a imagem social, disposição para assumir riscos e o capital social. Em relação a imagem social, muitos não possuem coragem de deixar um emprego estável e confortável, para enfrentar horas duras de trabalho e a incerteza de que o empreendimento dará certo. A coragem em assumir riscos é a central e mais importante das características de um empreendedor, contudo nem todos possuem essa disposição e acabam ousando menos, o que reduz o grau de inovação no empreendimento. O capital social é outro fator que inviabiliza a entrada de empreendedores no mercado, pois aborda várias formas de agir e pensar sobre o ato de empreender, em que se pode pensar que e lucratividade é algo imoral ou simplesmente seguir a profissão dos pais (DEGEN, 1989).

Para Druker (1986), muitos empreendimentos se tornam um fracasso pelo fato dos empreendedores não delinear bem o projeto ou não executá-lo com precisão, agindo com ganância, estupidez, participação irrefletida ou incompetência, ao invés de assumir com mais rigor as quatro funções da administração (planejar, organizar, dirigir, controlar). Contudo, uma significativa parcela do fracasso do movimento empreendedor particular ocorre quando o gestor/empreendedor identifica os erros e os deixa de lado, ou não visualiza, por intermédio dos erros, novas oportunidades de negócio.

3 Metodologia

Para o alcance dos objetivos traçados, utilizou-se estudos descritivos e fontes secundárias. Segundo Sampieri (2006), os estudos descritivos têm como tarefa especificar as propriedades, as características e os perfis importantes de pessoas, grupos, comunidade ou qualquer outro recorte que necessite de análise. Para Cervo; Bervian (2002), os estudos descritivos procuram registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos, sem manipulá-los, tendo como precisão a frequência com que um determinado fenômeno ocorre, sua natureza e características.

Para Danhke (1989) apud Sampieri (2006), as fontes secundárias é o reprocessamento de dados de primeira mão. Por exemplo, a construção de artigos, tendo como base livros ou outros artigos, utilização de dados documentais entre outros.

Assim, o tipo de pesquisa foi o descritivo, dentre as técnicas de pesquisa destaca-se a exploração bibliográfica, especialmente em livros e periódicos com artigos sobre o assunto estudado. Por fim, à luz dos referenciais coletados, pode-se realizar a construção do texto descritivo a partir de fontes secundárias. (CERVO; BERVIEN, 2002)

4 Resultados e Discussões

A pesquisa revelou que o empreendedorismo surge impelido pelos fatores, como cultura, formação, origem, personalidade, conhecimento, capacidade de assumir risco, paixão pela área de atuação, necessidade, identificação de oportunidades de negócios, capacidade de tomar decisão, talento, dentre outros.

O empreendedorismo é impactado por ações desafiadoras ou mesmo inibidoras, da mesma forma que existem fatores que impelem o surgimento de empreendedores, temos fatores que inibem esse potencial, dentre as variáveis, destacamos: indisposição para assumir riscos, desencorajamento de deixar o trabalho estável para empreender, imagem social e a falta de delineamento do projeto empreendedor. As mudanças constantes no ambiente exigem que o empreendedor, esteja alinhado às tendências para conseguir sobressair ao alto nível de competitividade impelida pelo mercado.

5 Considerações Finais

Este estudo contribuiu para uma melhor compreensão sobre papel do empreendedor na constituição do cenário econômico e social contemporâneo. Os objetivos, geral e específicos, foram integralmente alcançados, uma vez que foi caracterizado socio-historicamente o perfil do empreendedor na sociedade contemporânea, perpassando pelas abordagens gerais que consolidam os permanentes desafios enfrentados nos empreendimentos do mercado atual, considerando o papel do empreendedor e sua importância no processo geração de renda.

A problemática “como o empreendedorismo surge e quais são os fatores presente nesse processo?”, norteou um levantamento peculiar de obras e materiais qualificados que demonstram a relevância do empreendedorismo para a pesquisa e desenvolvimento de uma nação, sociedade, comunidade e/ou grupo social.

Faz-se necessário ressaltar que o tema em estudo é de grande relevância, ao se tratar de uma temática que está intimamente ligada ao bem-estar da sociedade e do crescimento

econômico. No tocante aos resultados da pesquisa, podem vir a servir como subsídio mínimo contributivo para discussões e debates em arenas de políticas públicas de apoio ao empreendedorismo e à geração de renda, bem como aos debates sobre incentivos ao processo de criação e manutenção dos empreendimentos, estruturação de espaços acadêmicos voltados a uma formação adequada e que fomente o empreendedorismo, no sentido de formar pessoas capazes de gerarem seus próprios empregos.

Em virtude dos fatos mencionados, entende-se que as ações empreendedoras movimentam o mercado, mediante a oferta de serviços e produtos, geração de renda e distribuição de riquezas. Para manter este ciclo, os empreendedores despendem todo o esforço possível para atender, com efetividade, as demandas que lhes são direcionadas.

Referências

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.

DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

______. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2008.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): práticas e princípios. São Paulo: Pioneira, 1986.

MCCLELLAND, D. The achieving socity. New York: D. Van Nostrand, 1961.

MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de Estratégias: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

SAMPIERI, R.H; COLLADO; LUCIO, P. B. Metodologia de Pesquisa. 3.ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.

ESCUTA CLÍNICA DO TRABALHO COM JORNALISTAS VINCULADAS AO

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