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xxiii) Gestão dos riscos financeiros

13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O imposto sobre o rendimento dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisado como se segue:

As perdas em empresas associadas e conjuntamente controladas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 podem ser analisadas como se segue:

2014 Resultado líquido Capital próprio

Impactos estimados pela apreciação em 1%:

do Dólar Norte-Americano (USD) face ao Euro (EUR) 927 1.907 do Novo Zloty Polaco (PLN) face ao Euro (EUR) (139) 809

2013 Resultado líquido Capital próprio

Impactes estimados pela apreciação em 1%:

do Dólar Norte-Americano (USD) face ao Euro (EUR) 1.085 1.236 do Novo Zloty Polaco (PLN) face ao Euro (EUR) (45) 516

Ganhos em empresas e conjuntamente

controladas 2014 2013

Grupo Ascendi 18.500 19.835

Grupo SLPP 367 71

Grupo Suma associadas 307 342 HL - Sociedade Gestora do Edifício 965 953 TPE Paita 4.571 2.074

Outras 1.311 1.538

26.021 24.813

Perdas em empresas associadas

e conjuntamente controladas 2014 2013

Grupo Indaqua 215 98 Grupo Martifer(1) 42.165 25.075

Outras 2.334 1092

44.714 26.264

Ganhos / (perdas) em empresas associadas

e conjuntamente controladas (18.693) (1.451)

(1)Os valores de 2013 foram apurados com base em informação financeira provisória e estimativas da Administração.

2014 2013

Imposto corrente 38.451 51.956 Imposto diferido 1.192 (5.243)

O detalhe e o movimento dos ativos e passivos por impostos diferidos, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, de acordo com as diferenças temporárias que os originaram, é o seguinte:

Os ativos por impostos diferidos a 31 de dezembro de 2014, incluem na rubrica “Outros”, com efeito em resultados, os montantes de 6.806 milhares de euros e 1.216 milhares de euros relativos a adiantamentos de clientes não tributados da Mota-Engil México e a diferenças temporárias decorrentes de diferenças cambiais no Malawi tributados apenas aquando da sua efetivação, respetivamente.

Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Provisões e perdas de imparidade não aceites fiscalmente”, em ativos por impostos diferidos, reflete na coluna “Efeito em reservas” a reversão de imposto diferido, o qual foi compensado por um movimento simétrico em provisões, gerando um impacto nulo em resultados transitados (Nota 28).

Ativos por Impostos diferidos 2014 2013 Alteração de perímetro resultadosEfeito em Efeito em reservas 2014

Provisões e perdas de imparidade não aceites fiscalmente 25.455 - (18) (5.541) 19.896 Acréscimos de gastos não aceites fiscalmente 3.768 - 4.430 (66) 8.131 Prejuízos fiscais 13.171 1.985 (5.505) (750) 8.902 Reduções de amortizações não consideradas fiscalmente 2.932 - (7) - 2.925 Justo valor de instrumentos derivados (Nota 26) 175 - - (100) 75 Outros 6.657 (612) 8.160 1.918 16.123

52.158 1.374 7.060 (4.539) 56.052

Ativos por Impostos diferidos 2013 2012 Alteração de perímetro resultadosEfeito em Efeito em reservas 2013

Provisões e perdas de imparidade não aceites fiscalmente 22.657 - 2.789 9 25.455 Acréscimos de gastos não aceites fiscalmente 3.527 - 241 - 3.768 Prejuízos fiscais 14.200 (98) (1.550) 619 13.171 Reduções de amortizações não consideradas fiscalmente 2.250 - 681 - 2.932 Justo valor de instrumentos derivados (Nota 26) 397 - (222) - 175 Outros 7.313 248 (83) (821) 6.657

50.345 150 1.856 (193) 52.158

Passivos por Impostos diferidos 2014 2013 Alteração de perímetro resultadosEfeito em Efeito em reservas 2014

Reavaliação de ativos fixos 9.163 - (860) 632 8.935 Diferimento de tributação de mais-valias 653 - (7) - 646 Amortizações não aceites fiscalmente 6.057 - (3.659) - 2.398 Imputação de justo valor em concentrações empresariais 8.051 - (423) (763) 6.865 Acréscimos de rendimentos não tributados 2.975 - 10.975 - 13.949 Outros 4.580 - 2.226 856 7.662

31.478 - 8.252 725 40.456

Passivos por Impostos diferidos 2013 2012 Alteração de perímetro resultadosEfeito em Efeito em reservas 2013

Reavaliação de ativos fixos 9.867 - (704) - 9.163 Diferimento de tributação de mais-valias 669 - (16) - 653 Amortizações não aceites fiscalmente 4.656 - 1.401 - 6.057 Imputação de justo valor em concentrações empresariais 7.711 - (423) 763 8.051 Acréscimos de rendimentos não tributados 1.842 - 1.132 - 2.975 Outros 6.868 (52) (4.776) 2.540 4.580

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o efeito na demonstração dos resultados pelo registo de ativos e passivos por impostos diferidos foi negativo em 1.192 milhares de euros e positivo em 5.243 milhares de euros, respetivamente, sendo o efeito em capital próprio negativo de 5.264 milhares de euros e 3.496 milhares de euros, respetivamente.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, de acordo com as declarações fiscais das empresas que registaram ativos por impostos diferidos por prejuízos fiscais, utilizando para o efeito as taxas de câmbio naquela data, os mesmos eram reportáveis como se segue:

2014 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos

Ano do registo: até 2010 (inclusive) 11.949 3.576 2011 1.294 284 2012 11.821 2.954 2013 1.396 319 2014 5.714 1.769 32.174 8.902

2013 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos

Ano do registo: até 2009 (inclusive) 45.204 9.199 2010 4.853 1.414 2011 711 279 2012 9.892 1.998 2013 1.791 282 62.451 13.171

2014 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos

Data de caducidade: 2015 3.019 609 2016 280 53 2017 4.048 780 2018 7.724 2.110 após 2018 17.103 5.350 32.174 8.902

2013 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos

Data de caducidade: 2014 6.009 1.455 2015 2.064 577 2016 285 63 2017 9.264 1.830 após 2017 44.829 9.246 62.451 13.171

Em 31 de dezembro de 2014, foram avaliados os ativos por impostos diferidos a reconhecer resultantes de prejuízos fiscais. Nos casos que deram origem a ativos por impostos diferidos, os mesmos só foram registados na medida em que fosse provável que ocorressem lucros tributáveis no futuro e que os mesmos pudessem ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributáveis dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas do Grupo, periodicamente revistos e atualizados, e nas oportunidades de planeamento fiscal disponíveis e identificadas.

2014 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos

Ano do registo: até 2010 (inclusive) 17.639 2.557 2011 7.543 1.361 2012 13.268 2.259 2013 5.235 1.104 2014 12.821 2.627 56.506 9.907

2014 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos

Data de caducidade: 2015 12.322 2.590 2016 3.337 774 2017 11.493 2.470 2018 3.230 610 após 2018 26.125 3.463 56.506 9.907

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, existem os seguintes prejuízos fiscais reportáveis no montante de 56.506 milhares de euros e 47.038 milhares de euros, respetivamente, cujos ativos por impostos diferidos, numa ótica de prudência, não se encontram registados.

2013 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos

Ano do registo: até 2009 (inclusive) 24.304 4.950 2010 7.091 1.176 2011 8.099 1.605 2012 4.091 716 2013 3.454 733 47.038 9.179

2013 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos

Data de caducidade: 2014 13.348 3.149 2015 15.419 3.681 2016 2.452 570 2017 2.722 588 após 2017 13.098 1.190 47.038 9.179

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:

A Mota-Engil SGPS é abrangida, desde janeiro de 2010, pelo Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS), pelo que o imposto corrente é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e no referido regime, de acordo com as regras do mesmo.

O RETGS engloba todas as empresas participadas direta ou indiretamente em, pelo menos, 90% do capital social e que sejam residentes em Portugal e tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.

Para as empresas não abrangidas pelo regime, o imposto corrente é calculado com base nos respetivos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa.

A partir de 1 de janeiro de 2007, os municípios passaram a poder deliberar uma derrama anual até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Mota-Engil e as suas empresas participadas foram tributadas em sede de IRC - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas à taxa de 23%, acrescida de Derrama à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável, atingindo desta forma uma taxa agregada de cerca de 24,5%.

Com a lei do OE para 2014 foram introduzidas as seguintes alterações: o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas foi alterado para 23% e adicionado um escalão à Derrama estadual em que a taxa é elevada em 7% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 35.000 milhares de euros.

Com a lei do OE para 2015 foram introduzidas as seguintes alterações: o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas foi alterado para 21%.

2014 2013

Imposto corrente 38.451 51.956

Imposto diferido

Reversão líquida do reporte de prejuízos 5.505 1.550 Impostos diferidos relativos à amortização da reserva de reavaliação

de ativos tangíveis (503) (523) Reversão dos impostos diferidos com origem em diferenças temporárias (4.352) (1.048) Impostos diferidos relativos à alteração das taxas de tributação,

ou lançamento ou abolição de impostos 453 1.019 Outras diferenças não reconhecidas anteriormente como impostos

diferidos 89 (6.240)

1.192 (5.243)

Imposto do exercício 39.643 46.714

O valor registado na rubrica “Taxas de imposto diferenciadas” justifica-se, essencialmente, pelo facto de as seguintes empresas beneficiarem de isenção de imposto: Mota-Engil Angola (isenção pelo período de 8 anos com início no ano fiscal de 2011 e término no ano fiscal de 2018), sucursal MEEC África Angola (isenção pelo período de 8 anos, com início no ano fiscal de 2007 e término no ano fiscal de 2014) e na Vista Waste (isenção pelo período de 4 anos, com início no ano fiscal de 2011 e término no ano fiscal de 2014).

Adicionalmente, por alteração de legislação, a partir de 2014 a Mota & Companhia Maurícias deixou de ser tributada em Portugal. Também, as sucursais do Malawi, de Moçambique, da Zâmbia e de Cabo Verde deixaram de ser tributados em Portugal, passando a ser tributadas autonomamente nos países.

De acordo com a legislação nacional em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Desta forma, as declarações fiscais relativas aos anos de 2011 a 2014 poderão ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração do Grupo entende que eventuais correções, resultantes de diferentes interpretações da legislação vigente, por parte das autoridades fiscais, não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a reconciliação entre as taxas nominal e efetiva de imposto sobre o rendimento pode ser apresentada como se segue:

2014 Taxa Base fiscal Imposto

Taxa e imposto nominal sobre o rendimento 31,5% 122.732 38.661 Resultados em associadas em equivalência patrimonial 4,8% 18.693 5.888 Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas -0,8% (3.268) (1.030) Prejuízos fiscais gerados no ano para os quais não foi reconhecido imposto diferido ativo 9,4% 36.805 11.594 Reversão de reporte de prejuízos 8,6% 33.679 10.609 Taxas de imposto diferenciadas -19,4% (62.692) (23.759) Tributação autónoma 1,7% 6.661 2.098 Outros ajustamentos -3,6% (14.023) (4.417)

Taxa e imposto efetivo sobre o rendimento 32,3% 39.643

2013 Taxa Base fiscal Imposto

Taxa e imposto nominal sobre o rendimento 31,50% 135.182 42.582 Resultados em associadas em equivalência patrimonial 0,3% 1.451 457 Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas 1,2% 5.111 1.610 Prejuízos fiscais gerados no ano para os quais não foi reconhecido imposto diferido ativo 4,4% 18.804 5.923 Reversão de reporte de prejuízos 1,1% 4.921 1.550 Taxas de imposto diferenciadas -6,5% (28.028) (8.829) Ganhos em instrumentos derivados 0,0% - - Tributação autónoma 2,1% 9.135 2.877 Outros ajustamentos 0,4% 1.721 542

Não foi criada qualquer provisão para fazer face a eventuais riscos relacionados com os eventos/ diferendos para os quais existem processos em curso e/ou foram prestadas garantias por ser entendimento do Conselho de Administração que da resolução dos referidos eventos/diferendos não resultarão quaisquer passivos para o Grupo.

Conforme corroborado pelos nossos advogados e consultores fiscais, não existem ativos ou passivos materiais associados a contingências fiscais prováveis ou possíveis que devessem ser alvo de divulgação no Anexo às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2014.

14. DIVIDENDOS

Do Relatório de Gestão Individual consta a seguinte proposta:

O Conselho de Administração propõe à assembleia geral anual a cobertura dos resultados transitados negativos no montante de 223 834 682 euros e 78 cêntimos, por transferência da rubrica de Reservas Livres, e a seguinte distribuição dos resultados líquidos do exercício, no valor de 54.534.480 euros e 58 cêntimos, o qual já inclui os montantes de 700.000 euros e 300.000 euros afetos à distribuição de lucros, respetivamente, pelo Conselho de Administração, nos termos do artigo 27º, nº 3 dos Estatutos, e pelos trabalhadores:

a) Para distribuição aos acionistas, 0,12 euros por ação, cativos de impostos, no valor global de 24.556.283 euros e 40 cêntimos;

b) Para reservas livres, o remanescente, no valor de 29.978.197 euros e 18 cêntimos.

No dia 30 de maio de 2014, foi colocado a pagamento o dividendo de 0,1235 euros por ação relativo ao exercício de 2013, tendo sido pago um total de 25.272.508 euros e 33 cêntimos. Em consonância com as deliberações da assembleia geral extraordinária de acionistas de 27 de dezembro de 2013, procedeu-se, no dia 24 de novembro de 2014, à distribuição gratuita de um dividendo extraordinário, correspondente a 18,08% (20% inicialmente previstos deduzidos de 1,92% relativos ao valor de imposto retido) do capital social da Mota-Engil Africa NV aos acionistas da Mota-Engil SGPS, SA.