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Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração do Grupo baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes, considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (e correspondentes fontes de incerteza) incluem:

Justo valor dos ativos tangíveis e das propriedades de investimento e valor de realização dos imóveis classificados em inventários

Alguns ativos tangíveis do Grupo (nomeadamente terrenos, edifícios e pedreiras) são mensurados através do modelo da revalorização (ou modelo do justo valor, no caso de propriedades de investimento), o qual implica a determinação do respetivo justo valor. Adicionalmente, os imóveis que apresentam indícios de imparidade são sujeitos a testes que assentam na determinação do valor de realização líquido dos mesmos. O justo valor e o valor de realização destes ativos imobiliários é frequentemente determinado com recurso a avaliações, as quais têm inevitavelmente subjacentes incertezas associadas a diversos fatores, tais como preços de mercado, yields, procura… Para atenuar o efeito destas incertezas o Conselho de Administração tem por política, sempre que tal for praticável, o recurso a peritos credenciados e independentes para a realização das avaliações. Quando as avaliações são efetuadas por técnicos internos, existe o requisito de as mesmas utilizarem a máxima quantidade possível de dados de mercado observáveis.

Vidas úteis dos ativos tangíveis

Conforme referido, o Grupo revê as vidas úteis estimadas dos seus ativos tangíveis e intangíveis em cada data de relato. As vidas úteis dos ativos dependem de diversos fatores relacionados quer com a utilização dos mesmos, quer com decisões estratégicas do Grupo, quer ainda com a envolvente económica das várias empresas incluídas no perímetro de consolidação. Desta forma, o Grupo implementou um processo rigoroso de revisão das vidas úteis estimadas que contempla os fatores atrás descritos e ainda outros que sejam considerados relevantes para o efeito.

Análises de imparidade de goodwill, de investimentos em associadas e entidades

conjuntamente controladas, de ativos tangíveis e de ativos intangíveis

As análises de imparidade referidas requerem a determinação do justo valor e do valor de uso dos ativos em questão (ou das UGC as que os mesmos foram imputados). Este processo requer um elevado número de julgamentos, nomeadamente a estimação de fluxos de caixa futuros associados aos ativos ou às respetivas UGC e a determinação de uma taxa de desconto apropriada para o apuramento do valor presente dos referidos fluxos de caixa. Neste particular, o Grupo, mais uma vez, estabeleceu o requisito de ser utilizada a máxima quantidade possível de dados de mercado observáveis. Estabeleceu ainda mecanismos de monitorização dos cálculos assentes no questionamento crítico da razoabilidade dos pressupostos utilizados, da sua coerência e consistência (em situações similares).

Determinação de perdas por imparidade em contas a receber

As perdas por imparidade em contas a receber são calculadas conforme indicado na Nota 1 ix a). Deste modo, a determinação da imparidade através da análise individual corresponde ao julgamento do Grupo quanto à situação económica e financeira dos seus clientes e à sua estimativa do valor a atribuir a eventuais garantias existentes, com o consequente impacte nos fluxos de caixa futuros esperados.

Reconhecimento de rendimentos em obras em curso

Os rendimentos de obras em curso são reconhecidos com base na fase de acabamento das obras. A fase de acabamento traduz-se numa estimativa muito relevante que assenta na previsão dos gastos ainda a incorrer até à conclusão das obras. Este processo baseia-se, em grande medida, no input dos técnicos envolvidos nas obras, em virtude do seu conhecimento detalhado das mesmas, da sua experiência e competência técnica.

Valorização de instrumentos financeiros não transacionados em mercados ativos

Na valorização de instrumentos financeiros não transacionados em mercados ativos (em particular de instrumentos financeiros derivados contratados pela entidade: forwards de taxa de câmbio e swaps de taxa de juro), são utilizadas técnicas de valorização assentes em métodos de fluxos de caixa descontados. A determinação do justo valor destes instrumentos é geralmente efetuada pelas entidades com as quais os mesmos foram contratados (contrapartes). O Conselho de Administração do Grupo reconhece competência e objetividade às contrapartes. O Grupo tem ainda acesso aos principais pressupostos e metodologias utilizados na determinação do justo valor destes instrumentos, os quais são considerados apropriados.

Determinação do desfecho dos processos judiciais em curso

O desfecho dos processos judiciais em curso, bem como a respetiva necessidade de constituição de provisões, é estimado tendo por base a opinião dos advogados/consultores legais do Grupo. Os consultores legais do Grupo possuem as competências técnicas e o conhecimento detalhado dos meios que lhes permitem fazer face à incerteza inerente ao desfecho de processos desta natureza.

Mensuração de impostos diferidos e avaliação da recuperabilidade dos ativos por impostos diferidos

O reconhecimento de ativos por impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e de matéria coletável futura. Adicionalmente, os ativos e os passivos por impostos diferidos são determinados com base na interpretação da legislação fiscal em vigor nas várias jurisdições onde o Grupo opera. Deste modo, alterações na legislação fiscal ou na sua interpretação por parte das autoridades competentes podem ter impacte no valor dos impostos diferidos. Por último, a recuperação dos ativos por impostos diferidos depende ainda do desempenho das operações das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação, circunstância que o Grupo não controla por inteiro. De modo a atenuar o grau de incerteza associado a estas estimativas, em particular no tocante à interpretação da legislação fiscal aplicável, o Grupo e as várias empresas incluídas no seu perímetro de consolidação recorrem aos serviços de consultores fiscais.

Benefícios pós-emprego dos colaboradores

As responsabilidades com pensões de reforma referidas atrás são estimadas tendo por base avaliações atuariais efetuadas por peritos externos certificados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Estas estimativas incorporam um conjunto de pressupostos financeiros e atuariais, nomeadamente a taxa de desconto, tábuas de mortalidade, invalidez, crescimento das pensões e dos salários, entre outros. Os pressupostos adotados na determinação das responsabilidades com pensões correspondem à melhor estimativa do Conselho de Administração do Grupo quanto ao comportamento futuro das variáveis acima referidas. As estimativas foram determinadas com base na melhor informação histórica disponível à data de preparação das demonstrações financeiras consolidadas. Os julgamentos subjacentes a estas estimativas têm em consideração a envolvente económica global do setor e da geografia em que operam as várias empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo, os seus desenvolvimentos futuros esperados. Atendendo à sua natureza, estes julgamentos encontram-se sujeitos a um razoável grau de incerteza. Consequentemente, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nas estimativas e que podem levar a que os desfechos observados difiram materialmente dos previstos. Alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8. Na data de preparação das presentes demonstrações financeiras não são antecipadas alterações relevantes às estimativas efetuadas e, consequentemente, não são esperadas variações materiais nos ativos e passivos registados com base nas estimativas.