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Durante o ano de 2014, o Grupo reafirmou-se como líder na atividade de gestão de resíduos em Portugal, fruto da visão estratégica de prossecução de uma política de crescimento sustentado, aliado a um sólido investimento na otimização dos serviços prestados e ao compromisso com a sustentabilidade.

De destacar, no ano de 2014, a proposta vencedora da Suma, subsidiária do Grupo no negócio de resíduos, relativamente ao concurso público de privatização de 95% do capital social da empresa portuguesa Empresa Geral do Fomento (EGF). Esta aquisição está em linha com a estratégia de diversificação do Grupo e de balanceamento da contribuição dos negócios entre regiões. A EGF é a empresa líder do mercado português do segmento de tratamento e reciclagem de resíduos, estando presente em 174 municípios e servindo 6,4 milhões de habitantes, o que representa 68% do negócio de tratamento de resíduos sólidos municipais. A aquisição, no montante de €147 milhões, estará concluída após a obtenção da declaração de não oposição da Autoridade da Concorrência, prevista para o primeiro semestre de 2015. De destacar que esta aquisição, com negócios complementares aos já existentes, permitirá à Suma deter uma base de ativos na gestão de resíduos durante todo o seu ciclo de vida e potenciar a experiência e conhecimento técnico em Portugal para reforçar o processo de internacionalização.

Em 2014 a carteira de contratos nacionais era composta por 41 municípios num total de prestação de serviços a dois milhões de habitantes. Durante o ano de 2014 foram adjudicados novos contratos num montante de cerca de €8 milhões, relativos nomeadamente à assinatura de contratos com 13 novos concelhos. De salientar que a taxa média de renovação de contratos nos últimos cinco anos foi de cerca de 80%.

Adicionalmente, durante o ano de 2014 deu-se continuidade à estratégia de internacionalização, tendo a Suma atualmente atividade em cinco países servindo um total de 2,5 milhões de habitantes, nomeadamente em Angola, Cabo Verde, Moçambique, Brasil e Omã.

De destacar que no Brasil foi adquirida a empresa Consita, com mais de 40 anos de atividade e pioneira na prestação de serviços privados de limpeza urbana em cinco municípios. Já em Omã, a Suma passou à segunda fase de avaliação das propostas para operações de gestão de resíduos em Al Sharqiya Sul, entre outras propostas a diversos concursos para recolha e tratamento de resíduos, com expectativa de anúncio de resultados em 2015.

Por último, o ano de 2014 foi também marcado pela inauguração da primeira unidade de regeneração de óleos usados em Portugal com capacidade de tratamento de 20 mil toneladas por ano, transformando-os em bases lubrificantes e contribuindo assim para o cumprimento da meta comunitária no âmbito da regeneração de óleos usados fixada em 50%.

No âmbito da Educação e Sensibilização Ambiental, durante o ano de 2014 deu-se continuidade a atividades que visam a mobilização comportamental e pedagógica no contexto de educação ambiental no sentido da sensibilização para o exercício da cidadania ativa e do ambiente, focada nas questões da limpeza urbana, consumo sustentável, valorização por reciclagem e reutilização.

Água

O negócio da Água inclui as concessões de abastecimento de água e saneamento dos concelhos de Fafe, Santo Tirso, Trofa, Santa Maria da Feira, Matosinhos, Vila do Conde e Oliveira de Azeméis, através da empresa conjuntamente controlada Indaqua, a qual é consolidada pelo Grupo através do método de equivalência patrimonial. O negócio inclui também uma parceria público-privada com o município de São João da Madeira para a gestão do serviço público municipal de abastecimento de água e recolha de águas residuais e pluviais neste concelho. Estas concessões têm prazos que variam entre os 25 e os 50 anos, envolvendo a gestão de cerca de 216 mil clientes, uma população servida de 650 mil habitantes, 5050 quilómetros de redes de abastecimento de água e saneamento e 20,5 milhões de metros cúbicos de água vendida. No ano de 2014 destaca-se o início da atividade da concessão de Oliveira de Azeméis e o início da operação e manutenção da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Matosinhos. Durante o ano deu-se também continuidade à política de otimização de recursos e redução de custos que permitiu manter a tendência de diminuição, iniciada em 2011, do volume de água adquirida aos sistemas em alta e capturar economias de escala e sinergias entre as concessões. Durante o ano de 2014 concluíram-se em todas as concessionárias, à exceção da concessão de Oliveira de Azeméis, os trabalhos constantes dos respetivos planos de investimento. Assim, a gestão das concessionárias passou a estar focada na sua atividade principal, ou seja, na prestação de serviços no âmbito do fornecimento e distribuição de água e da recolha e tratamento das águas residuais.

De salientar no ano de 2014 a reestruturação acionista da Indaqua, na sequência da venda das participações acionistas detidas pela Soares da Costa e Hidrante, a um novo acionista, a Talanx, grupo segurador alemão. A transação deverá estar concluída no primeiro semestre de 2015 devido à necessidade de notificação das autoridades da concorrência em Portugal e em Bruxelas. A transação permitirá à Indaqua ter uma estrutura acionista sólida e focada num projeto de crescimento da empresa a longo prazo, bem como na avaliação de oportunidades que permitam o desenvolvimento internacional de novos negócios, beneficiando da experiência de vinte anos da Indaqua no setor em Portugal. Após o fecho da transação, a estrutura acionista da Indaqua será composta pelo Grupo Mota-Engil e pelo Grupo Talanx, com participações de 50,06% e 49,94%, respetivamente, sendo a empresa conjuntamente controlada.

De destacar por último que, no futuro, a Indaqua poderá beneficiar da futura reorganização do setor das águas em Portugal e das oportunidades que irão decorrer a médio prazo da implementação do plano delineado pelo Governo português para o Grupo Águas de Portugal. Perspetiva-se igualmente, num horizonte de médio prazo, o lançamento de novos concursos de concessões de água e saneamento por parte de alguns municípios, decorrente das limitações impostas ao financiamento dos investimentos necessários para atingirem os objetivos do novo plano estratégico para o setor das águas e saneamento, o PENSAAR 2020 (Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais).

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