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4.4 – O Modelo Conceitual, as Proposições e a Unidade de Análise da Pesquisa

INDICADORES PARA TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA (TIB)

NÍVEL INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR REFERÊNCIAS

BÁSICO (PF5)

Certificação ISO 9001 A empresa atende a um Sistema de Gestão da Qualidade segundo norma de 1a geração (ISO 9001), certificado por um agente de terceira parte.

EXT RA-B Á SICO (PF4) Certificação TS 16949 e/ou por setor específico/empresa

A empresa atende a um Sistema de Gestão da Qualidade segundo normas de setores específicos e/ou de empresas (2a e/ou 3a gerações) de grande influência em setores técnicos complexos específicos, (Ex.: TS 16949, NBR 15100, Petrobrás, General Motors, Daimler-Chrysler, entre outras), certificado por um agente de segunda ou terceira parte.

Nadvi & Wältring (2002)

Certificação ISO 17025

A empresa possui laboratório próprio de metrologia e/ou de ensaios acreditado pelo Inmetro, atendendo à norma ISO 17025, pertencente à RBC e/ou RBLE. INTERM E DIÁRIO (PF3) Certificação de produto

A empresa apresenta produto(s) certificado(s), segundo normas técnicas internacionais, por um agente de terceira parte.

Inmetro

Certificação ISO 14001 e/ou social

A empresa atende a um Sistema de Gestão Ambiental e/ou social, segundo as normas ISO 14001, OHSAS 18001 e NBR 16001, certificado por um agente de terceira parte.

Nadvi & Wältring (2002); Marcovitch (2006); Lemos (2007); Vasconcelos (2007) INTERM E DIÁRIO SUPERIOR (PF2) Automação de medições

A empresa apresenta automação dos equipamentos de medição na linha de produção e/ou no laboratório de metrologia.

Vás (2005)

Participação em comitês normativos

internacionais

A empresa participa e influencia tecnologicamente junto aos Comitês normativos da ISO.

Messner (2002)

AVANÇADO

(PF1) Sistemas inovadores de medição A empresa desenvolve procedimentos de medição para novas tecnologias

utilizando equipamentos de medição de última geração.

Vás (2005)

Quadro 4.7 – Relação de indicadores de TIB considerados para esta tese Fonte: elaboração própria

4.4.2 – Proposições

Após as definições do problema, da questão, do modelo conceitual da pesquisa e das variáveis e indicadores envolvidos, o próximo passo é a construção das proposições. Proposições são sentenças declarativas que relacionam de alguma forma variáveis a variáveis, sendo colocadas à prova para determinar sua validade. Neste sentido, proposição é uma suposta resposta ao problema a ser investigado. É a afirmação que se forma e que será aceita ou rejeitada somente depois de devidamente testada. O papel fundamental da proposição na pesquisa é sugerir explicações para os fatos. Podem ser verdadeiras ou falsas, mas sempre que bem elaboradas conduzem à verificação empírica, que é o propósito da pesquisa científica.

Neste trabalho interessa verificar se uma variável interfere na outra, ou em outras palavras, se uma variável é causa da outra. Estudos como este exigem, pois, a construção de proposições que se caracterizam por envolver uma variável independente e outra dependente.

Com base na revisão da literatura e no modelo conceitual da pesquisa mostrado na Figura 4.2, três proposições foram formuladas. A formulação dessas proposições foi feita em consonância com o objetivo principal do trabalho, ou seja, o estabelecimento de relações entre a variável independente (TIB) e a variável dependente (Capacidade Tecnológica), por meio de seus indicadores mais representativos, nos três níveis de competência, visando responder à primeira questão da pesquisa. Na seqüência são relatadas as três proposições consideradas neste trabalho de pesquisa.

Proposição para a relação TIB versus Capacidade Tecnológica no nível básico Relação estudada (por indicadores) Proposição

- Certificação ISO 9001 (PF5) e/ou - Certificação TS 16949 (PF4) X

- Engenharia reversa (IND1);

- Adaptações prod. ao mercado (IND2); - Esforços em equipamentos (IND3); - Relações com fornecedores (IND4); - Controle de qualidade (IND5).

P1: As empresas de níveis básico e extra- básico, que são certificadas ISO 9001 e TS 16949 respectivamente, são empresas que executam as atividades de: aprimoramento de seus equipamentos voltados à eficiência da planta; engenharia reversa; pequenas adaptações de seus produtos às necessidades do mercado; seleção de fornecedores por critérios de qualificação, realiza controle de qualidade nos mesmos e apresenta sistema interno de controle de qualidade.

Quadro 4.8 – A formulação da Proposição P1 Fonte: elaboração própria

Proposição para a relação TIB versus Cap. Tecnológica no nível intermediário Relação estudada (por indicadores) Proposição

- Certificação ISO 17025 e/ou

- Certificação de produtos (PF3) e/ou - Certificação ISO 14001 e/ou

- Automação de seus processos de medição (PF2)

X

- Inovações incrementais nos produtos (IND6);

- Adaptações incrementais nos processos (IND7);

- Licenciamento de tecnologias (IND8); - Co-desenvolvimentos com fornecedores

(IND9);

- Competências organizacionais (IND10); - Cooperação em C&T (IND11);

P2: As empresas de nível intermediário, que são certificadas ISO 17025 e/ou têm produtos certificados; e/ou as empresas de nível intermediário superior, que são certificadas ISO 14001 e/ou têm seus processos de medição automatizados, são empresas que executam as atividades de: adaptações incrementais nos seus processos; licenciamento de novas tecnologias; inovações incrementais tanto nos seus produtos como naqueles adquiridos por licenciamento; co- desenvolvimentos de seus produtos e/ou processos com seus fornecedores; cooperação científica e tecnológica com Universidades e/ou Institutos de Pesquisas; utilizam sistema Just in time, técnicas de

Kaizen, TQC ou TQM, adaptam o arranjo

físico à linha de produção e utilizam sistemas integrados de informação.

Quadro 4.9 – A formulação da Proposição P2 Fonte: elaboração própria

Proposição para a relação TIB versus Capacidade Tecnológica no nível avançado Relação estudada (por indicadores) Proposição

- Participação em comitês normativos internacionais e/ou

- Sistemas inovadores de medição (PF1) X

- Inovações radicais nos processos (IND12); - Inovações radicais nos produtos (IND13); - Esforços em P&D (IND14).

P3: As empresas de nível avançado, que apresentam sistemas inovadores de medição e/ou participam de comitês normativos internacionais, são empresas que executam atividades de: inovações radicais em seus processos; inovações radicais em seus produtos; requerem patentes no Brasil e no exterior, têm departamento próprio de P&D e licenciam suas próprias tecnologias para terceiros.

Quadro 4.10 – A formulação da Proposição P3 Fonte: elaboração própria

E com o intuito de se responder à segunda questão de pesquisa, está sendo formulada a quarta proposição (P4), da seguinte forma:

P4: Os mecanismos de aprendizagem em TIB, utilizados pelas empresas, variam ao longo dos diversos estágios de formação e acumulação de suas capacidades.

Quadro 4.11 – A formulação da proposição P4 Fonte: elaboração própria

4.4.3 – Definição da unidade de análise

De acordo com Forza (2002), a unidade de análise refere-se ao nível em que ocorre a agregação de dados. A unidade de análise em estudos na área de Operations Management pode ser constituída por pessoas, grupos, fábricas, divisões, empresas, projetos, sistemas, etc. No caso desta tese, a unidade de análise será considerada a empresa do setor metal-mecânico.