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4. CAPÍTULO IV – RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. INFORMAÇÕES BÁSICAS

De acordo com os dados avaliados referentes aos 145 entrevistados, 84,83% residem no Distrito Federal e os demais 15,17% nas demais unidades da federação. A distribuição dos locais de residência dos entrevistados pode ser observada na Figura 4.1.

Figura 4.1. Local de residência dos entrevistados

A maior concentração de faixa etária está entre 20 e 40 anos, totalizando 59,31%, conforme Figura 4.2.

Figura 4.2. Faixa etária dos participantes

Quanto ao gênero, apresentado na Figura 4.3, 55,86% são do sexo masculino e 44,14% do sexo feminino, mostrando um equilíbrio na amostragem.

Figura 4.3. Gênero dos participantes

Quanto à escolaridade completa, 46,90% têm curso superior e 31,04% possuem ou uma especialização, ou um mestrado ou um doutorado, de forma que 77,94%, ou seja, mais de 2/3 dos entrevistados possuem curso superior ou pós- graduação, caracterizando os entrevistados com elevada capacidade de análise e interpretação das perguntas. A Figura 4.4 apresenta essa distribuição.

Figura 4.4. Escolaridade completa dos participantes

Quanto ao tipo de residência, 55,17% moram em casa e 44,83% moram em apartamento (Figura 4.5). Apesar das dificuldades inerentes à implantação de um sistema de captação e uso residências do tipo apartamento, os entrevistados puderam expressar seus conhecimentos sobre o assunto bem como sua disposição em eventualmente vir a utilizá-lo.

Figura 4.5. Tipo de residência dos participantes

Quanto à pergunta se costuma ler artigos sobre a temática ambiental, a Figura 4.5 mostra como foram distribuídas as respostas. Para essa pergunta, foi permitida a resposta de mais de um item para poder desvendar parcialmente o conhecimento e o interesse sobre a temática abordada. As respostas foram assim distribuídas:

• 84,83% responderam que costumam ler artigos sobre a temática ambiental;

• 86,21% responderam que têm conhecimento sobre saneamento;

• 96,55% responderam que acreditam que utilizar água de chuva contribui para a preservação dos recursos hídricos e do meio ambiente

• 84,14% responderam que já pensaram em utilizar água de chuva • 98,62% responderam que estariam dispostos a utilizar

Figura 4.6. Conhecimento dos participantes da temática abordada

Parece contraditório, então, que somente 8,97% responderam que utilizam água de chuva em suas residências. Mas isso é evidenciado na pergunta que visa apontar as dificuldades que potenciais usuários não o façam. Para os não usuários de água de chuva, os maiores problemas são:

• 27,59% não sabem o que é preciso; • 17,24% acham que precisa muito espaço; • 44,83% acham que é caro instalar;

• 11,03% acham que é difícil operar;

• 30,34% acham que precisa de um especialista; • 14,48% afirmam que nunca pensaram nisso; e

Condições seguras para o uso desse recurso, como instalações separadas e identificadas, educação sobre o correto uso, desinfecção, manutenção, etc.

Falta de conhecimento sobre o assunto. Não da minha parte, mas de quem possa se interessar pelo uso.

Falta vontade "política" e um pouco de finanças Manutenção

O custo e transtorno para implementar o sistema e/ ou adaptá-lo Refazer toda a planta hidráulica da casa para o uso da água de chuva.

Relação Custo x Benefício

Esses dados são exibidos na Figura 4.7 abaixo.

Figura 4.7. O que pensam os participantes sobre as possíveis dificuldades Se você morasse em casa, quais os motivos que você acredita que dificultariam a utilização de água de chuva?

Dessas respostas, foi solicitado ao entrevistado que indicasse qual delas era considerada como a mais relevante, ou seja, aquela que mais impediria a aplicação dessa tecnologia. Conforme se observa na Figura 4.8, o que é identificado por

28,8% como sendo o mais difícil é a avaliação de que esse sistema é caro de se implantar.

Figura 4.8. O que os participantes consideram como o mais difícil

Entretanto, também revestido de elevada significância está o fato de 14,48% julgarem que necessariamente é preciso um especialista no assunto e que 11,03% não sabem o que é preciso para tal.

Quanto à preocupação dos entrevistados, caso viessem a fazer uso de água de chuva, 75,86% se dizem preocupados com a qualidade dessa água e 10,34% não. A Figura 4.9 abaixo apresenta essa distribuição.

Figura 4.9. Preocupação dos entrevistados com a qualidade da água captada

Quando questionado ao participante não usuário que, caso fosse possível fazer uso de água de chuva, como ele estaria disposto a utilizá-la. Para isso poderia ser selecionada mais de uma opção. Os resultados são apresentados na Figura 4.10.

Figura 4.10. Disposição dos participantes em utilizar água de chuva em diversos fins não-potáveis

Para o item outros, que foi respondido por 11,03%, as opções de uso são: • Banho: 2,76%;

• Banho em animais: 1,38%;

• Completar água de piscina antes do tratamento da mesma: 0,69%; • Lavar louça: 1,38%;

• Beber: 0,69%.

Passando para os itens que deveriam ser respondidos pelos entrevistados já usuários de água de chuva em suas residências, foi solicitado que esses indicassem como avaliam e como usam o sistema instalado.

A primeira pergunta referia-se à simplicidade do sistema. A totalidade desses usuários (100%) afirma que o sistema que eles têm instalado é simples.

A pergunta seguinte visa explicitar as dificuldades que eles vislumbram nesse sistema, podendo responder a mais de um item, que são apresentados na Figura 4.11. A manutenção do sistema aparece com 53,33%, indicando ser o maior problema desse sistema. Não distante, com 33,33% encontra-se a instalação do sistema.

Figura 4.11. Dificuldades Identificadas pelos participantes

Quanto à questão de como é feita a distribuição dos diversos usos possíveis em uma residência, a Figura 4.12 explicita essa relação.

Figura 4.12. Distribuição da água de chuva nas residências dos participantes

Para essa questão também era permitido responder a mais de uma opção, e o item outro apresentou as seguintes respostas:

• Lavar roupa: 2,94% • Piscina: 2,94% • Lavar roupa: 2,94%

Como pergunta aberta, o questionário busca respostas sobre o que pode ser melhorado no sistema instalado. As respostas, que estão apresentadas a seguir e estão em ordem alfabética, foram:

• As calhas de captação e instalação de motor de sucção; • Automação;

• Canalização da água; • Conservação da água;

• Equipamento com tecnologia mais barata; • Instalação adequada para captação; • Maior área para maior captação de água; • Manutenção; e

• Sistema de filtragem.

Ao verificar como estava a questão da qualidade dessa água utilizada, 92,86% dizem não controlar a qualidade da água de chuva captada, conforme Figura 4.13.

Figura 4.13. Controle da qualidade da água de chuva captada entre os participantes usuários

Dos 7,14% que responderam que exercem o controle da qualidade dessa água, foi perguntado como se dá esse controle. As respostas são:

• Cloração;

• Somente a filtragem da água da chuva; e • Visualmente.

Para o item 5, de informações adicionais, 46,21% comentaram algo que julgaram relevante e que não havia sido abordado no questionário. Todos esses comentários estão listados em ordem alfabética no ANEXO III – RESPOSTAS LIVRES DO QUESTIONÁRIO.

Esses comentários apontam para pessoas que se mostram preocupadas com o meio ambiente e que acreditam que a captação e uso de água de chuva como uma alternativa viável não é nem divulgada nem incentivada, mas que, apesar de declararem que nunca pensaram nessa possibilidade, gostaram da ideia e estão dispostos a aprofundar seus conhecimentos no assunto.

Demonstram conhecer a problemática do setor de saneamento, como quando da aplicação maciça dessa tecnologia, pelo qual exprimem preocupação com a questão da tarifária; das questões envolvidas no reúso da água, da sazonalidade e regionalidade das precipitações.

já pensou em utilizar água de chuva e estaria disposta a utilizar. Por outro lado, destoa o fato de essa mesma ampla maioria não faz uso de água de chuva.

A dificuldade mais expressiva aponta para o fato de que os entrevistados consideram que é um sistema caro de instalar, mesmo achando que precisa de um especialista e não sabendo o que é preciso.

O desenvolvimento da planilha, pautada em análise multicritério, visa fornecer ao usuário diversos aspectos de avaliação que permitirão saber qual será o investimento necessário para a implantação do sistema sob os parâmetros por ele estabelecidos.

4.2. AVALIAÇÃO MULTICRITÉRIO – PLANILHA DE DIMENSIONAMENTO E