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Informações dos discentes das unidades Osasco e Santo André

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9 GESTÃO ESTRATÉGICA NAS ORGANIZAÇÕES E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS INSTITUIÇÕES QUE MINISTRAM CURSOS

REGISTRE SUAS POSSÍVEIS CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL

11.3 Informações dos discentes das unidades Osasco e Santo André

Gráfico 43 - Gênero dos discentes: Unidade Osasco

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Gráfico 44 - Gênero dos discentes: Unidade Santo André

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Tabela 23 – Gênero: unidades de Osasco e Santo André

GÊNERO Masculino Feminino TOTAL

Números absolutos 38 130 168

Números percentuais 22% 78% 100%

O resultado sinaliza que o sexo feminino é presença majoritária nos cursos de aperfeiçoamento profissional, não só nestes cursos, mas em diversas outras modalidades de formação e especialização as mulheres tem se destacado.

Mas no caso das mulheres, outra tendência - de especial importância para a sua inserção no mercado de trabalho - se esboçou e concretizou nos últimos 25 anos. Comparativamente aos homens, as mulheres brasileiras adquiriram maior nível de escolaridade. Em 1999, 23% dos brasileiros e 27% das brasileiras puderam contabilizar uma trajetória escolar com 9 anos de estudo e mais, correspondente aos graus médio e universitário de ensino. Três anos depois, em 2002, as proporções de homens e mulheres que conseguiram chegar até esses níveis de escolaridade aumentam, as mulheres brasileiras na frente: 31% delas e 28% deles. A prevalência das mulheres entre os mais escolarizados ocorre a partir do ensino médio e se estende ao 3º Grau: em 2002, 54% das matrículas no ensino médio eram de mulheres, bem como 56% dos ingressantes no ensino superior pelo vestibular. Outro traço relevante no processo de aquisição de maiores níveis de escolarização é que além da maioria das matrículas nesses níveis de ensino serem femininas, as mulheres também estão em maior número entre os concluintes: em 2002, as moças representavam 58% e 63% dos concluintes, respectivamente, do ensino médio e superior (BRUSCHINI; LOMBARDI, 2004).

Isto evidencia a necessidade imperativa do mercado de trabalho de atuar com profissionais altamente capacitados, entretanto, não se pode desconsiderar que, apesar de serem feitas tais exigências a remuneração para homens e mulheres, com a mesma formação, não é equivalente. Estudos e pesquisas indicam que elas recebem bem menos apesar de procurarem aperfeiçoar-se muito mais do que os homens em termos quantitativos.

Em 2007, o rendimento médio anual das mulheres ocupadas na Região Metropolitana de São Paulo equivalia a R$ 905 e o dos homens, a R$ 1.340. Como a jornada média de trabalho se diferencia entre homens (45 horas, em 2007) e mulheres (39 horas), o rendimento médio real por hora torna-se a melhor forma de comparação entre esses dois segmentos populacionais. Após crescimento em 2006, o rendimento médio por hora das mulheres permaneceu praticamente estável (-0,2%) e passou a valer R$ 5,42. Para os homens, também manteve-se relativamente estabilizado (- 0,5%), após três anos consecutivos em elevação, e tornou-se equivalente a R$ 6,96. Assim, o rendimento das mulheres passou a corresponder a 77,9% daquele recebido pelos homens, relação praticamente igual à registrada em 2006 (77,7%) (FUNDAÇÃO SEADE, 2007, p. 04 e 05).

Os dados da Fundação SEADE, evidenciam o discorrido anteriormente, ou seja, a necessidade imposta pelo mercado de trabalho de melhor formação das mulheres, e em contrapartida, ainda não serem reconhecidas e o seu salário não ser compatível ao dos homens, ainda que desempenhem a mesma função.

Gráfico 45 - Faixa etária discentes: Unidade Osasco

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Gráfico 46 - Faixa etária discentes: Unidade Santo André

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Tabela 24 – Faixa etária dos discentes das unidades de Osasco e Santo André

FAIXA ETÁRIA 14 a 20 21 a 30 31 a 40 Acima de 40 TOTAL

Números absolutos 33 93 37 5 168

Números percentuais 21% 55% 22% 2% 100%

A faixa etária dos discentes mais expressiva é dos 21 a 30 anos – 55% - este número corresponde a uma necessidade contemporânea dos jovens em atualizar-se para manterem no cargo já ocupado, e/ou se possível ascenderem profissionalmente. Sabe-se que o mercado de trabalho principalmente nas regiões

metropolitanas está mais competitivo, portanto, independente do jovem ser graduado ou pós-graduado, em algum momento de sua vida profissional haverá a necessidade da especialização.

Deve-se considerar também que os aprendizes atendidos pela instituição justificam a procura pelos cursos devido a falta de possibilidades financeiras de cursar uma graduação e a busca por maiores perspectivas de crescimento profissional.

Segundo a definição das políticas públicas adotadas no Brasil, juventude corresponde à faixa etária de 15 a 29 anos. Uma média deste vasto grupo etário esconde tanto quanto revela. Se dividirmos o grupo nas faixas de 15 a 21 anos – os abaixo da maioridade plena, mais voltados ao estudo – e aqueles entre 22 e 29 anos de idade, já mais voltados ao mundo do trabalho, nota-se diminuição da atividade no mercado de trabalho do primeiro grupo e um aumento no segundo. Essas mudanças podem ambas ser consideradas avanços. O lugar do jovem de 15 a 21 anos é a escola. Agora, impressiona o aumento da educação de ambos os grupos de jovens. Entre 1992 e 2006, a média de anos de estudo do grupo de 15 a 21 anos sobe 3,1 anos completos de estudo, e daquele entre 22 e 29 anos sobe 2,5 anos. Para efeito de comparação, o grupo etário de 30 a 39 anos avança, no mesmo período de 14 anos, 1,7 anos de estudo. Avanço um pouco superior ao da média histórica brasileira de cerca de 1 ano de estudo por década, o que faz este grupo pós jovem chegar a 8,1 anos completos de estudo em 2006, média inferior àquela atingida pelo grupo de 15 a 21 anos de idade, de 8,9 anos de estudo. Ou seja, o grupo de 15 a 21 anos – que a rigor ainda não terminou todo o seu processo educacional formal – já ultrapassou a escolaridade do grupo de 30 a 39 anos, o que demonstra uma marcada aceleração do processo educacional brasileiro, pelo menos do ponto de vista de quantidade de educação obtida (NERI, 2008, p. 26 e 27).

Este comentário apresentado por Neri, levanta um ponto importante, e que não pode deixar de ser mencionado, por coincidir com os dados coletados na pesquisa, os jovens de 14 a 21 anos estão buscando aperfeiçoamento, isto é, capacitando-se mesmo antes de ingressar no mercado de trabalho. Isto demonstra que os pais e/ou responsáveis e os próprios alunos têm buscado um investimento na formação antes da própria inserção no mercado de trabalho.

Fonte: Elaborado pela autora (2009

Gráfico 48 - Nível de escolaridade dos discentes: Unidade Santo André

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Tabela 25 – Nível de escolaridade dos discentes das unidades de Osasco e Santo André

NÍVEL DE

ESCOLARIDADE

Médio Superior Pós-Graduação TOTAL

Números absolutos 92 71 5 168

Números percentuais 55% 42% 3% 100%

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Os resultados sinalizam que os cursos de aperfeiçoamento são procurados pelos alunos que freqüentam o Ensino Médio e Superior com equiparidade. Conforme constatou-se na análise dos gráficos e na citação anterior, observa-se uma necessidade maior dos jovens estudarem antes e/ou durante o momento em que estão buscando estruturar sua carreira profissional.

A qualidade da produção, aquela produtividade competitiva que garante a dianteira de empresas criativas, depende desse comprometimento, a saber, da aprendizagem ao mesmo tempo criativa e comprometida, cujos critérios de medida não são usuais. No fundo, sua valoração depende do julgamento dos chefes ou dos clientes. Nesse sentido, o trabalho, como era comumente visto na condição de valor produzido em cada mercadoria, mensurado por horas de trabalho acumuladas, deixa de ser mensurável, tornando-se

cada vez mais imaterial. A criação do valor das mercadorias passa a depender muito mais deste componente comportamental e motivacional, exercitado permanentemente por processos sempre reavivados de aprendizagem reconstrutiva, em vez do tirocínio aí despendido. Em geral, tais fatores são compreendidos como “capital humano” das empresas. Segundo Gorz, uma vez desfeitas as relações salariais convencionais, o modo como o capital regula os seres humanos tomou outra configuração: os empregados são forçados a se conceberem como empresários de si mesmos, dando conta, por iniciativa própria de aprendizagem ilimitada, da concorrência. A pressão da concorrência é respondida pela habilidade potencializada ad infinitum de cada empregado, na condição de capital humano da empresa, o capital propriamente criativo e alternativo. Em vez do trabalhador que depende do salário, entra em cena o empresário de sua própria força de trabalho, garantindo ele mesmo sua formação permanente (DEMO, 2006, p. 11).

Na citação de Demo, comprova-se o evidenciado anteriormente: independente do nível de conhecimento dos aprendizes, sempre há uma procura pelo aperfeiçoamento, garantindo assim maior absorção pelo mercado de trabalho, e maior aceitação, frente às diversas e xigências atuais.

Gráfico 49 – Índice dos discentes que trabalham: Unidade Osasco

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Tabela 26 – Índice dos discentes que trabalham das unidades de Osasco e Santo André

ÍNDICE DOS DISCENTES QUE TRABALHAM Sim Não TOTAL

Números absolutos 129 39 168

Números percentuais 77% 23% 100%

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Os resultados apontam que a maior parte dos alunos estão trabalhando, pode-se inferir, que os cursos de aperfeiçoamento são utilizados como ferramenta de aperfeiçoamento continuo para o trabalho . Entende-se, desta forma, que a intenção do aluno é sempre procurar aliar a teoria à pratica laboral. Além desta iniciativa dos próprios trabalhadores, muitas empresas financiam os cursos para os seus funcionários, em tese, elas optam por treiná-los e incentivá-los.

Em relação ao investimento realizado pelas empresas, nos setores de treinamento e desenvolvimento dos funcionários, apontado no parágrafo anterior, comprova -se que:

Discrepâncias entre conhecimentos, habilidades e aptidões – muitas vezes referidos como CHA – do ocupante do cargo e os requisitos descritos e especificados par ao cargo fornecem pistas para o levantamento das necessidades de treinamento. Da mesma maneira, o desenvolvimento de carreira, como parte da função de treinamento, deve preparar funcionários para progredir, assumindo cargos em que suas capacidades tenham a máxima utilização possível. Os requisitos de qualificação formal em empregos de alto nível indicam o volume de treinamento e desenvolvimento que os funcionários precisam comprovar para assumir aqueles cargos (BOHLANDER et al, 2005, p. 31).

A importância do desenvolvimento e treinamento profissional implica em uma nova concepção das organizações, de que o investimento não está sendo feito somente para a especialização do funcionário, mas também, para a qualificação dos serviços ofertados pela empresa. A respeito desta temática discutiu-se de maneira detalhada no capítulo 5 (cinco).

Gráfico 51 – Papel dos cursos de aperfeiçoamento profissional (com o desemprego em alta): Unidade Osasco

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Gráfico 52 – Papel dos cursos de aperfeiçoamento profissional (com o desemprego em alta): Santo André

Fonte: Elaborado pela autora (2009)

Tabela 27 – Papel dos cursos de aperfeiçoamento profissional – desemprego em alta das unidades de Osasco e Santo André

PAPEL DOS

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