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Perfil: Docente de disciplina na linha de Expressão Gráfica (mão livre. Faixa etária entre 35 e 40 anos.

O entrevistado concorda com a implementação do BIM na matriz do curso de Arquitetura e Urbanismo, mas pensa ser necessária a formação do professor, acredita que com a implementação do BIM deveria ser pensado disciplinas básicas que deem subsídios ao aluno em relação aos materiais e elementos construtivos, pela lógica da modelagem em BIM.

Discorda com a inserção do BIM na disciplina de Desenho Arquitetônico, já no primeiro período, por achar fundamental antes o desenho técnico à mão. Acredita não ser suficiente o desenvolvimento à mão nas disciplinas de croquis e perspectivas, por compreender que o aluno precisa dessa base. Ainda, pensa que poderia ter uma matéria de BIM, que aborde os softwares e salienta que a matriz é enxuta, mas acha ideal ter o desenho à mão e em BIM.

Quanto ao aluno de desenho arquitetônico aprender a modelar para auxiliar na compreensão, pensa que é melhor o estudante ter essa concepção associada ao 3D, principalmente porque os desenhos bidimensionais são mais difíceis de compatibilizar, salienta novamente a importância de uma disciplina sobre os materiais construtivos.

Em relação ao aluno que aprende BIM ter menor resistência quanto ao uso de ferramentas BIM não tem opinião, as turmas em que trabalhou não observou isso.

Em relação à integração das disciplinas de projeto arquitetônico com as outras disciplinas, acredita ser possível, mas é necessário um ajuste de cronograma entre os professores, a maior preocupação é que os alunos de projeto arquitetônico demoram nas fases de concepção e definições técnicas.

Concorda ser importante o estímulo para as práticas colaborativas e integradas, pensa que o aluno vai acrescentando informações ao projeto à medida que ele aprende, mas ressalta novamente o ajuste do tempo para a interdisciplinaridade. Destaca a importância da materialização em conjunto com o BIM, por enxergar a maquete física como potencial para o aluno compreender a realidade.

Em relação ao professor de Projeto Arquitetônico ter o papel de articular, acredita ser importante para saber o que está acontecendo com as matérias e cobrar do aluno, como também organizar os cronogramas. Acha importante integrar alguns projetos arquitetônicos com urbano.

Quanto ao professor ensinar alguns recursos BIM em sala de aula acha que é possível se o professor dominar a ferramenta, mas aborda sobre a falta de espaço no cronograma, que dê tempo de o professor ensinar o conteúdo e explicar a ferramenta e por fim acha que em uma disciplina é difícil fazer isso em função do tempo. Aborda que talvez fosse interessante sempre trabalhar no mesmo projeto.

Ao abordar sobre o estímulo a projetação tridimensional aponta que o ideal é sempre projetar em 3D, pois as coisas do mundo real são em 3D e a visão bidimensional deve ser ensinada para que os alunos possam fazer as representações, para isso é necessária a abstração. Acredita que é mais difícil o desenvolvimento do projeto através da modelagem porque tem que pensar tudo ao mesmo tempo, mas concorda ser importante.

Quanto ao uso do BIM, por parte dos alunos, em projeto arquitetônico em diferentes fases, não aborda nenhuma restrição, por ter visto pessoas trabalhando e ouvido comentários que é possível, mas nunca trabalhou com software BIM.

Em relação ao uso do BIM para auxiliar nas soluções de projeto e não apenas como uma ferramenta de desenho, estimulando já nas fases de concepção, acredita ser importante, mas frisa que para isso o aluno precisa ter muito mais conhecimento e algumas vezes falta. Além de que o aluno precisa fazer a integração dos conhecimentos, como, por exemplo, a estrutura. Ressalta que o BIM não é problema, mas toda a compreensão do processo por parte do aluno para que consiga aplicar.

Quanto ao desenvolvimento de trabalho em grupo acredita que deve acontecer em projetos maiores, achou interessante a proposta de inserções de trabalho a distância, tem dúvida de como o professor pode administrar isso.

Quando abordado sobre integração das disciplinas de Conforto e Projeto Arquitetônico visando à análise e simulações, enfatiza, a exemplo da sustentabilidade tem que ser prevista, ainda nas fases de concepção,

bem como definir os conceitos que serão trabalhados e para isso o BIM pode ser utilizado em conjunto com outras aplicações.

Quanto a trabalhar de forma interdisciplinar, integrada e colaborativa a partir de um caso real, pensa que teria que ser em uma disciplina separada, para integrar vários períodos no intuito de juntar os conhecimentos. Sugere que seria interessante usar um projeto que não foi muito bem compatibilizado, para que os alunos aprendam com os erros.

Nas 7º fase em que as disciplinas de Projeto Arquitetônico, Estrutura, Instalações e coordenação BIM, acontecem no mesmo semestre, enfatiza ser complicado fazer a integração por causa do tempo que os alunos levam para projetar, pensa que é difícil acertar o cronograma com as outras disciplinas, enxerga isso como uma grande dificuldade.

Em relação a ofertar uma disciplina em diferentes cursos, para a experimentação do BIM envolvendo gestão, achou interessante principalmente quanto à estimular a criação de grupos interdisciplinares, visando a troca de informações e a compreensão das diferentes linhas de pensamento entre os cursos. Citou o exemplo de a arquitetura pensar mais formalmente e a engenharia de maneira mais racional, neste sentido pensa que os alunos aprendem a lidar com essas situações.

Em relação à liberdade de escolha do aluno quanto ao software BIM que deseja trabalhar, concorda porque acreditar que no mercado não vai ter apenas uma ferramenta. Acha interessante a diversidade e a promoção de cursos na universidade, embora não conheça ferramentas BIM pensa que os conceitos são iguais de um software para o outro.

Sobre a fornecer conhecimento ao aluno quanto à modelagem de objetos paramétricos que podem se integrar ao mercado e indústria, pensa que teria que ser em outra disciplina, não na linha de expressão gráfica, mas acha interessante.

Sobre os desafios de implementação do BIM no curso de Arquitetura e Urbanismo da UNOCHAPECÓ, acha que o mais difícil é o conhecimento em software por parte dos professores, pela questão do tempo para o aprendizado e também a questão da interdisciplinaridade pensa que vai ser difícil à integração em função do cronograma. Acrescenta que se vê inserida no processo e que tem vontade de aprender por acreditar que os alunos vão cobrar isso.