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JÚLIO MANFREDINI, DANIEL MANFREDINI, JOSÉ LEMES DOS SANTOS, WILSON MAKOTO YOSHIDA, CRISTINA INUMARU YOSHIDA, PEDRO

VICTOR BRESCIANI e CLAUDIANE MANDELLI, apenas para conferir aparente

legitimidade à assertiva anteriormente feita, no sentido de que os preços constantes nas atas de preços do Município de São Bernardo do Campo atendiam ao requisito da vantajosidade econômica buscada pela administração pública.

Assim, em 26 de outubro de 2010,26 o requerido

MARCO ANTONIO CITO, cumprindo o que havia sido avençado com os demais

requeridos, autorizou a contratação da empresa G8 COMÉRCIO E COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA por intermédio do Processo de Inexigibilidade de Licitação nº 0071/2010, no valor de R$ 3.586.888,56 (três milhões, quinhentos e oitenta e seis mil, oitocentos e oitenta e oito reais e cinquenta e seis centavos). No mesmo dia, o requerido HOMERO BARBOSA NETO, então prefeito municipal, dolosamente ratificou o Processo de Inexigibilidade de Licitação nº 0071/2010.

Ressalte-se que existem outros elementos que comprovam que a adesão à atas de registro de preço de São Bernardo do Campo/SP não representou vantajosidade econômica ao Município de Londrina, seja pelos quantitativos adquiridos, qualidade dos materiais e preços praticados.

Assim, conforme salientado pela Controladoria Geral do Município, o Município de Londrina teve prejuízo com a contratação realizada por meio da adesão Analisando os processos de Inexigibilidade de Licitação a Controladoria-Geral do Município constatou que, ao contrário do contido na justificativa apresentada por KARIN SABEC VIANA no processo de compra, a adesão às atas de registro de preço foi economicamente desvantajosa aos cofres municipais, ocasionando prejuízo ao Erário, já que nos preços discriminados nas atas estavam embutidos serviços que não foram contratados pelo Município de Londrina. De efeito, apurou-se que nas atas de São Bernardo do Campo/SP estavam embutidos os custos com a separação dos kits e toda a logística de

entrega dos materiais nas escolas especificadas no edital de pregão eletrônico, sendo certo que esses serviços não foram prestados ao Município de Londrina.

Outrossim, análises comparativos entre os bens adquiridos pelo Município de Londrina com similares de outros municípios revelaram que os preços pagos pelo Municaas contratações a Controladoria Geral do Município de Londrina (DOC. 11.5) verificou que o Município de Santos/SP instaurou licitação, na modalidade Pregão Eletrônico para a aquisição de tênis, cuja especificação é semelhante ao material adquirido pelo Município de Londrina. Porém, os preços obtidos por intermédio desse certame licitatório foram bem inferiores aos discriminados nas atas de registro de preço do Município de São Bernardo do Campo (utilizadas por Londrina).

Observa-se que nas contratações decorrentes da utilização da “carona”, apenas no ítem relativo aos tênis, a Controladoria Geral do Município de Londrina (DOC 11) fez um comparativo com os preços pagos pelo Município de Santos /SP em tênis, cuja especificação é semelhante ao material adquirido pelo Município de Londrina, tendo constatado que uma diferença equivalente a R$ 480.080,00 entre o valor pago pelo Município de Londrina e o preço obtido por meio do processo licitatório realizado no Município de Santos/SP.

Na sequência, a Auditoria do Ministério Público efetuou um exame mais completo, abrangendo os levantamentos feitos pela Controladoria do Município, apurando, consoante relatórios nº 101/12, 117/12,119/12 e 123/12 27

que nos itens tênis e meias foi possível sobrepreço/superfaturamento dessas mercadorias, de R$ 552.840,00 (quinhentos cinquenta e dois mil, oitocentos e quarenta reais), ou seja, de 72,11% % sobre o custo de produção dos aludidos itens, o que evidencia o prejuízo causado ao erário na aquisição desses itens (este fato será abordado em tópico específico).

Constatou-se, portanto, que a adesão às atas de registro de preço de São Bernardo do Campo/SP não representou vantajosidade economica ao Município de Londrina, seja pelos quantitativos adquiridos, qualidade dos materiais e preços praticados.

Concluído o processo de compra dos uniformes de verão (Inexigibilidade de Licitação nº IN/SMGP 071/2010), os requeridos deram prosseguimento ao desiderato ímprobo no sentido de promover outra contratação ilegal das empresas G8 COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS, SERVIÇOS E REPRESENTAÇÕES LTDA. e/ou da CAPRICÓRNIO S/A LTDA. pelo Município de Londrina, mediante a utilização de “carona”.

Assim, a Secretária Municipal de Educação, KARIN

SABEC VIANA, agindo em conluio com HOMERO BARBOSA NETO, JOSÉ JOAQUIM MARTINS RIBEIRO, LINDOMAR MOTA DOS SANTOS, MARCO ANTONIO CITO, FÁBIO PASSOS DE GÓES e FIDELIS CANGUÇU RODRIGUES JUNIOR, manifestou interesse em adquirir os demais itens dos kits

registrados na ata de registro de preço nº 001/2010 do Município de São Bernardo do Campo, referentes aos uniformes de inverno.

Para tanto, novamente, com o propósito de simular procedimento lícito de inexigibilidade de licitação, na data de 08 de novembro de 2010 KARIN SABEC VIANA encaminhou Correspondência Interna à Secretaria Municipal de Gestão, Licitação e Contratos, solicitando autorização para adquirir jaquetas masculinas e femininas, calças compridas masculinas e femininas, camisetas manga longa masculinas e femininas, por intermédio da adesão à ata de registro de preço nº 001/2010 do Município de São Bernardo do Campo, o que ensejou a instauração de novo Processo de Inexigibilidade de Licitação nº IN/SMGP 0378/2010 (Processo Administrativo nº 1373/2010).

Na solicitação de material, KARIN SABEC VIANA expôs que o Município de Londrina, em momento anterior, havia adquirido os uniformes escolares de verão, por meio de adesão à ata de registro de preço do Município de São Bernardo do Campo/SP, e que os materiais nela discriminados eram idênticos aos que a Secretaria Municipal de Educação pretendia adquirir. Para conferir aparência de licitude, os requeridos MARCOS DIVINO RAMOS,

PAULINA APARECIDA DUARTE DE SOUZA, ELIANE ALVES DA SILVA,