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A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ: PERSPECTIVA DE ATUALIZAÇÃO DE DIFERENTES AUTORES

3 A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ: UMA PROPOSTA DE ATUALIZAÇÃO

3.3 A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ: PERSPECTIVA DE ATUALIZAÇÃO DE DIFERENTES AUTORES

A pergunta pela atualização da Justificação pela Fé é de fato relevante. Apesar de sua relevância, ainda não há um caminho definido.152 É consenso, como já assinalamos no início

151 Altmann (1994, p. 90) afirma: “a vida sob a graça será sempre uma vida ameaçada, porque não estará

realizada totalmente. Encontrar-se-á em uma tensão permanente, entre a cruz e a ressurreição.”

152 A atualização da Justificação pela Fé é caminho ainda a ser trilhado dentro do próprio luteranismo. Esta

deste capítulo, de que se trata de uma teologia “não perene”, que precisa continuamente vencer a condição de “letra” e vir a ser “espírito”. Como Lutero, precisa cair no Brasil e “virar brasileira”, mantendo seu “espírito” teológico originário.

No intuito de apontar para a relevância da Justificação pela Fé hoje, Tillich (1992) a vê relevante na situação-limite da vida, ou seja, quando não há mais certezas e seguranças, a Justificação pela Fé é a certeza e a segurança.

Tillich (1992, 212-221) argumenta que a Justificação pela Fé, assim como compreendida por Lutero no século XVI, não fala mais às pessoas de nosso tempo153. Mas reconhece que a questão de fundo é a mesma dos nossos dias, ou seja, situações que dizem respeito aos limites da vida. Conclui afirmando que este limite o protestantismo precisa proclamar de forma radical assim como foi proclamado no século XVI.

A situação-limite da vida encontra-se ali onde as possibilidades humanas alcançaram o seu limite máximo e a vida se vê confrontada pela maior ameaça. A morte pode indicar esta situação limite, mas não necessariamente o faz, pois a angústia ultrapassa a morte. “Qualquer um sabe que a ameaça oculta nas raízes do próprio ser não é aliviada com a idéia da morte” (TILLICH, 1992, p. 213), que pressupõe a transcendência, independentemente do que pensamos dela. É justamente aqui que a liberdade, com a qual tomamos as decisões, é inoperante. Eis a razão da profunda inquietação da existência. Essa inquietação exige respostas. Pede seguranças. Por vezes estas seguranças são depositadas em verdades já admitidas ou por exigências já realizadas. Outros continuam a busca, pois sabem que essas “certezas” são frágeis, especialmente no protestantismo que confere maior liberdade diante da igreja, do culto, da liturgia, dos sacramentos, ... do que no catolicismo que, por sua vez, de forma autoritário-institucional, determina as verdades. Justamente aqui está, para Tillich, a questão chave: o protestantismo (existe e) tem a ver com a questão de que a “substância religiosa com toda a sua riqueza e sabedoria tradicionais não consegue oferecer verdadeira segurança perante a ameaça suprema.” (TILLICH, 1992, p. 215). Ora, ou se assume a situação-limite da vida ou se assume a tentativa de ver na igreja e nos sacramentos proteções seguras para a ameaça incondicional. Tillich aponta que a igreja que assume a situação-limite será muito diferente da igreja que proclama sacramentos e atos sacramentais de caráter

ano de 1963, como vimos. (BRAKEMEIER, 2002, p. 79-80). O que há são tentativas de atualização de diversos autores. Alguns deles serão aqui contemplados. Esta pesquisa se coloca igualmente neste caminho de busca sem a pretensão de apresentar conclusões definitivas.

153 Uma vez por questões de terminologia (1992, p. 217) e de ruptura da tradição (1992, p. 213). Mas a questão

central da crítica de Tillich está no vazio do discurso da Igreja que deixou de ser vertical (reserva religiosa) para assumir em demasia a horizontalidade (a historicidade). Tillich não anula uma ou outra, apenas afirma haver um exagero de ênfase na historicidade. Devemos sempre nos lembrar que “o ser humano não se situa apenas na história, mas também acima dela.” (1992, p 206).

mágico para afastar as ameaças. E conclui: a igreja protestante não pode aqui abrir mão do seu poder maior: a cruz154. Nela está o significado maior de sua existência.

Tillich vê aqui a relevância da temática da Justificação pela Fé hoje. Se os termos do século XVI não são mais reconhecidos no século XXI, devemos ficar com a ideia. Logo, afirma que Lutero experimentou a situação-limite da vida e rejeitou todas as seguranças e garantias oferecidas pela piedade e igreja da época. Lutero

Permaneceu nessa situação e aprendeu nela que é aí, e somente aí, que a existência humana pode escutar o ‘sim’ divino; essa resposta afirmativa de Deus não se funda em nenhuma conquista humana: é o julgamento soberano livre e incondicional de Deus acima de todas as possibilidades humanas. (TILLICH, 1992, p. 217)

A situação-limite existe e está aí; o ‘sim’ também. Logo, a mensagem protestante para o século XXI não pode ser a proclamação de um dogma, mas o reconhecimento da presença de Deus num momento em que todas as formulações tradicionais a respeito de Deus são esvaziadas e perdem poder. E será tríplice:

a) assumirá a experiência radical da situação-limite humana e rejeitará as falsas seguranças que as pessoas modernas têm e criam para evitar assumi-las. Estas falsas seguranças decorrem de visões de mundo fragmentadas, ideologias, sistemas filosóficos, psicológicos, sociais, políticos, trabalho, competição econômica, movimentos neo-religiosos, estéticos etc, que outra coisa não fazem do que esconder a situação-limite;

b) assumir e pronunciar o “sim” que vem da situação-limite e assumi-lo com seriedade. É preciso proclamar segurança quando estamos despojados de segurança; a integridade em meio à desintegração; que revela o sentido da vida ali onde ela não tem mais sentido; ... E não o transformará em novo dogma ou regra a ser aplicado. Ele é vivência;

c) dar testemunho do “novo ser” manifesto em Jesus, o Cristo. É isso que faz o protestantismo ser cristianismo. Da situação-limite emerge um “novo ser” a partir de Cristo.

O detalhe que o próprio Tillich elenca é: estas situações-limite estão mais fora da igreja do que dentro dela.155 Logo, o ser religioso experimenta e vivencia a Justificação pela Fé mais fora da igreja do que dentro dela. “Se nessas situações proclamam-se e vive-se melhor e com mais autoridade o princípio protestante do que nas igrejas oficiais, então é aí e não nas igrejas que o protestantismo se torna vivo no mundo atual.” (TILLICH, 1992, p. 221)

154 Tillich (1992) afirma que a igreja protestante se esquece de sua real missão de olhar para a cruz como

prerrogativa da situação-limite e insiste em possuir a “verdadeira doutrina”. É a crítica à dogmatização da fé em detrimento da vivência da fé.

155 Wegner (1990) apresenta estudo definindo a ecologia como meu próximo. Assim como Tillich, constata que

Ou seja, a Justificação pela Fé é um modo de vida, uma vivência que ultrapassa a expressão dogmática e ganha a realidade dramática da vida. É ali, no cotidiano, na situação- limite, que gera vida e impulsiona para o “Novo Ser”. Isto é vivência.

Altmann acredita que o termo “libertação” pode hoje ser acolhido, especialmente na América Latina, como equivalente ao que o termo Justificação pela Fé expressava no contexto do século XVI.156 Em contexto de dominação e dependência

Ele é perfeitamente adequado para expressar a integralidade da salvação e sua característica de processo. É ao mesmo tempo relevante em sua dimensão pessoal e histórica. Por fim, expressa adequadamente a dialética bíblica de ser liberto de (uma escravidão) e liberto para (um serviço), atando o compromisso ético à ação gratuita de Deus. (ALTMANN, 1994, p. 93).

Altmann (1994, p. 94) crê que esta pode ser uma forma de se redescobrir a doutrina da justificação na “materialidade da vida, especificamente nas relações de antagonismo de classes.” Além disso, Altmann (1994, p. 283-285) propõe também que a relevância da Justificação pela Fé hoje está: a) na relativização e rejeição dos valores imperantes na sociedade moderna (capitalista e socialista). Na sociedade moderna o ser da pessoa é determinado por valores de produção, posse, cultura, poder, fracionamento social, potencial de consumo, ... Na Justificação pela Fé a pessoa é aceita de forma incondicional. Altmann vê aqui uma importante raiz para a defesa da bandeira dos direitos humanos pelo luteranismo que não deveria ser desprezada; b) em que a Igreja assuma seu papel de Igreja, ou seja, de ouvir a palavra profética e anunciadora do amor de Deus. Quando assim age ela não se amolda às estruturas vigentes na sociedade, não toma decisões de acordo com a moralidade social, não assume para si como sistema interno de valores os valores do sistema de produção econômica e nem entra em pacto com o poder político dominante.

Brakemeier (2002, p. 9-14), por sua vez, avalia que o ser humano vive uma crise de sentido. A ciência o desalojou de suas referências cosmológica, biológica, psicanalítica e genética. Foi lançado à margem onde se torna refém das ideologias. É guiado especialmente pelo econômico, onde o princípio da produção define a identidade do ser. Este princípio o

156 Altmann percebe relativo consenso quando se olha retroativamente para Martim Lutero no tema da

Justificação pela Fé. Mas percebe dificuldades quando se busca por sua relevância para hoje. Algumas dificuldades são elencadas por Altmann e se referem à terminologia jurídica (justiça ativa e passiva) que hoje não seria mais adequada; as questões da subjetividade de Lutero não são necessariamente as questões da subjetividade das pessoas hoje. Ainda outros temas podem ser acrescentados: acerca do lugar da religião no século XVI e na sociedade de hoje; acerca do lugar de Deus; etc. A falta de consenso também se mostra no consenso: mesmo tendo assinado e publicado a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação pela Fé da Igreja Católica Romana e da Federação Luterana Mundial (1999) (disponível em SCHÄFER, Hans. 1999, p. 50ss), tanto católicos quanto luteranos têm ressalvas com o texto. (BRAKEMEIER, 2002, p. 94ss).

desumaniza, deteriora, tira o rosto, a identidade própria. O ser humano passa a ser pelo que produz157, não pelo que é em si. A fé cristã não pode se conformar com isto que está dado.

Brakemeier (2002, p. 79-82) avalia que este é o novo contexto e pano de fundo da reflexão do tema da Justificação pela Fé. No século XVI o pano de fundo do debate era o aspecto escatológico. Hoje, para ser teologia relevante, a Justificação pela Fé precisa ser confrontada com a práxis e o cotidiano158.

Onde estaria, então, a relevância da Justificação pela Fé hoje? O ser humano, para ser reconhecido na sociedade atual, precisa constantemente justificar sua existência e o direito de existir. A simples condição de criatura não é o suficiente para tanto. É preciso lutar para ter lugar na sociedade. Em sociedade regida pela economia de livre mercado, de caráter excludente, a pessoa é definida pelo poder aquisitivo, pelo grupo social ao qual pertence e por sua capacidade produtiva. Estes fatores geram reconhecimento e identidade. (BRAKEMEIER, 2002, p. 82-88).159 É tarefa da Justificação pela Fé relativizar este critério absolutizado de mercado.160 A perspectiva que se abre é a da Justificação pela Fé como um fenômeno humano onde sua tarefa é superar o critério da utilidade. Para dentro desta sociedade Deus continua sendo escândalo, pois “questiona toda pretensa onipotência humana e revela-se justamente assim como libertador das pessoas que sofrem discriminação e condenação.” (BRAKEMEIER, 2002, p. 88). Conclui que Deus acolhe a pessoa por misericórdia, não por critério de utilidade, o que se mostra em Jesus quando une doutrina e vida:

Jesus justifica, chamando pecadores para a sua comunhão, perdoando-lhes a culpa e tornando-os seus discípulos. Ele justifica, acolhendo os pobres, mitigando-lhes a fome e declarando-os bem aventurados. Ele justifica, curando doentes, tocando nos impuros, libertando os possessos. Justificar significa salvar vida, devolver a dignidade, apagar a culpa. Jesus não se interessa por méritos, ... (ênfases do autor). (BRAKEMEIER, 2002, p. 89)

157 Hoje já devemos incluir aqui o princípio do consumo, não somente da produção como afirma Brakemeier.

Com a discordância de Brakemeier, temos a impressão de que na atual sociedade é e existe quem consome.

158 Brakemeier (2002, p. 79-82) dá razão às vozes que afirmam ser necessário traduzir o tema da Justificação

pela Fé para a linguagem e temas do século XXI. Este ponto de partida pode facilitar o consenso ecumênico que ainda falta na temática, mesmo considerados os avanços significativos obtidos com a Declaração conjunta entre a Igreja Católica e a Federação Luterana Mundial. Brakemeier avalia que as ameaças de fogo infernal e a cosmovisão teísta do século XVI são premissas consideradas obsoletas no debate teológico do século XXI. O dogma, firmado em fórmulas abstratas, precisa se aproximar da práxis e do cotidiano.

159 Novamente acrescentamos à lista de definições o “potencial de consumo”. Brakemeier apoia sua reflexão em

NÜREMBERG, Klaus. Wider die Verengung der Rechtfertigungslehre. Jahrbuch Mission 1993. Hamburg, 1993, p. 144; FORDE, Gerhard, locus 11: vida cristã. In: BRAATEN, Carl E., JENSON, Robert W. (Eds). Dogmática Cristã. São Leopoldo : Sinodal, 1990, vol 1, p. 418; BAYER, Oswald. Viver pela Fé: justificação e santificação. São Leopoldo : Sinodal, 1997, p. 9-10 e SUNG, Jung Mo. Desejo, mercado e religião. Petrópolis : Vozes, 1998.

160 Para Lutero o mercado seria aqui chamado de “falsa segurança”, como a indulgência o foi. Faz uma promessa

que não pode cumprir. É um fetiche. Ao final ficam somente vítimas. O Reino de Deus/a Justificação pela Fé tem a tarefa de mostrar a limitação do mercado. Tem a tarefa de ser contraponto ao mercado. Descortinar o mercado falho e denunciar sua pretensão absolutista e totalitária.

Hinkelammert (2012) apresenta mais um aspecto que julgamos importante considerar: a necessidade da existência de um sistema que gerencia a organização social e humana.161

Este sistema é hoje dominado pela lei de mercado. Gera uma espiritualidade hegemônica que é consumista, excludente e sacrificial. Hayek (HAYEK, Friedrich Von. Entrevista Mercúrio 19.04.1981, apud HINKELAMMERT, 2012, p. 118) a define assim:

Uma sociedade livre requer de certas morais (sic) que, em última instância, se reduzam à manutenção de vidas: não à manutenção de todas as vidas, porque poderia ser necessário sacrificar vidas individuais para preservar um número maior de outras vidas. Portanto, as únicas regras morais são as que levam ao “cálculo de vidas”: a propriedade e o contrato.

Hinkelammert (2012, p. 118-120) conclui, ao comentar a declaração de Hayek, que na espiritualidade hegemônica o que realmente importa é o cumprimento da lei do mercado. Este não tem limites e mata. O mercado age respaldado pelo sistema legal: “... as vítimas não importam e são irrelevantes”. Contrapõe a esta forma de pensar e agir do sistema (chamado de o pecado) a fé como uma maneira de viver, “que liberta a verdade da prisão da injustiça.” É o que chama de “fé de Jesus” (grifo do autor). “Essa fé está em todas as partes sempre e quando o ser humano se humaniza.” É, portanto, uma fé secular, que age para dentro do cotidiano que aqui podemos chamar de contraespiritualidade. A Justificação pela Fé é o fundamento motivador desta contraespiritualidade.162

Míguez (2010, p. 89) afirma o papel profético da graça nesta realidade econômica que conta vidas:

La introducción de La gracia como forma de justicia en la esfera de lo económico desafía la Idea de la centralidad y exclusividad del mercado y obliga a pensar en cómo será la economía de los que se han quedado “sin parte”, para no ser reducidas a mera vida biológica, o directamente al descarte y la muerte.

Leonardo Boff, em artigo publicado na Revista Carta Maior, intitulado “O funesto império mundial das corporações”163, afirma que vigora no mundo corporativo e econômico a lei de Darwin, cujo teor é: o mais forte se apropria do mais fraco. Denuncia a grande

161 Hinkelammert (2012, p. 75, 61-89) afirma que estamos inseridos em micro e macrocosmos que se inter-

relacionam. Um revela o outro. Paulo leu o macrocosmo a partir do microcosmo que vivia e experimentava. Ou seja, sistemas que regem a vida sempre existiram e continuarão a existir. Este não é o problema. O problema é a absolutização de um sistema que faz aparecer o satânico, o luciférico. Sistema que, para o bem estar de alguns, exige o sacrifício de outros. E mais: quando este sistema é mantido e sustentado por leis criadas para tal fim. Então justiça não significa cumprir a lei que sustenta o sistema; antes, justiça é descumprir a lei que sustenta o sistema satânico, que gera morte. Brakemeier (2002, p. 85) também afirma ser necessário o princípio da produtividade. Problemático é absolutizá-lo e vincular o direito humano à produtividade.

162 Até aqui vimos que a Justificação pela Fé é a resistência a esta espiritualidade hegemônica por excelência por,

entre outros motivos, acolher o ser humano incondicionalmente; não valorizar sua capacidade de produção e consumo, mas seu ser; por ter como critério e referência incondicional a vida, não o consumo; etc.

163Disponível em http://www.cartamaior.com.br/?/Coluna/O-funesto-imperio-mundial-das-corporacoes/29872,

concentração de corporações através de fusões164 que têm por objetivo ganhar mais dinheiro, exercer influência política e determinar os rumos da economia. Richard Wilkinson (entrevista ao jornal Die Zeit, da Alemanha, apud BOFF, 2013) pergunta: “a questão fundamental é esta: queremos ou não verdadeiramente (sic) viver segundo o princípio que o mais forte se apropria de quase tudo e o mais fraco é deixado para trás?”. E conclui: “creio que todos temos necessidade de uma maior cooperação e reciprocidade, pois as pessoas desejam uma maior igualdade social”. Ou seja, Wilkinson também não elimina o sistema econômico que rege a sociedade. Dá a entender que ele é necessário e dentro dele precisamos nos organizar e estruturar. Mas questiona as referências do atual modelo dominante ao apontar para uma nova forma de viver, se organizar e relacionar dentro deste sistema necessário para a sobrevida da humanidade. Relativiza a referência hegemônica centralizadora e consumista e aponta para uma nova, mais humana, mais solidária, mais igual socialmente.

3.4 A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ COMO FUNDAMENTO DE UM MODO