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Legislação para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos

ALGARISMO SIGNIFICADO DO ALGARISMO SEGUNDO ALGARISMO SIGNIFICADO DO ALGARISMO

5. TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS

5.3. Legislação para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos

Este tema, em função do crescente número e gravidade dos acidentes envolvendo produtos perigosos, principalmente durante o transporte, passou a ser uma das prioridades de Governo em várias partes do mundo. O Brasil foi o primeiro país da América Latina a criar uma regulamentação para o transporte de produtos perigosos. O primeiro documento legal foi elaborado após o acidente com o transporte do produto chamado “pentaclorofenato de sódio – pó da china” que vitimou seis pessoas no Rio de Janeiro em 1983 (TECNODATA, 2002).

Conforme a Agência Nacional de Transporte Terrestres (2004) em 2001 o Setor Federal de Transporte vivenciou uma ampla reestruturação institucional em decorrência da

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promulgação da Lei n° 10.233, de 5 de junho de 2001, a qual redefiniu responsabilidades e atribuiu competências para cada órgão integrante da nova estrutura. Esta Lei, alterada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 04 de setembro de 2001, dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. A partir de então, de acordo com a atual organização institucional do setor, o transporte terrestre de produtos perigosos constitui esfera de atuação da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT.

Tendo em vista a necessidade permanente de atualização do aparato legal que disciplina este segmento de transporte no Brasil e de sua adequação às normas e padrões internacionais, a ANTT instituiu um processo contínuo de revisão da legislação vigente em sincronia com a edição de novas recomendações da ONU, que é revisada a cada dois anos, devido à dinâmica de novas formulações e fabricação de produtos que constantemente são comercializados para atender a demanda de uma população cada vez mais dependente de tecnologias novas e de produtos industrializados (ANTT, 2004).

5.3.1. Legislação Nacional

O primeiro documento legal no Brasil sobre o transporte de produtos perigosos, faz parte das normas institucionais com o decreto de 06 de outubro de 1983 que dispõe sobre as multas a serem aplicadas a execução dos serviços de transporte rodoviário de cargas ou de produtos perigosos.

O Decreto de 18 de maio de 1988, que aprovou o Regulamento para o Transporte de Produtos Perigosos no Brasil, é o que realmente determina o que deve e o que não pode ser feito em todas as etapas que envolvem o transporte de produtos considerados perigosos. É dividido em 7 capítulos, que formam a base de toda a regulamentação sobre o assunto.

No ano de 1989 foi aprovada uma portaria que promoveu os ajustamentos técnicos- operacionais no Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, que foi substituído pela Resolução da ANTT no. 420 de 12/02/2004.

Em 1990 foi aprovado um decreto e uma portaria, ambos para o transporte ferroviário de produtos perigosos. Durante os anos de 1997 e 1998, foram aprovada outras portarias, em relação ao transporte de produtos perigosos, tanto em modal rodoviário quanto ferroviário.

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Em outras portarias de 2000, 2001 e 2002, houve a alteração das normas, classificações dos produtos, instruções complementares ao regulamento e instruções para a fiscalização do transporte rodoviário de produtos perigosos.

A Resolução ANTT n° 420, 12 de fevereiro de 2004, estabelece Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos, e a Resolução n° 701, de 25 de agosto de 2004, introduziu alterações ao texto da Resolução n° 420/04. Ambas representam o primeiro resultado desse processo de atualização, agora conduzido pela ANTT.

A legislação mais atual inclui a Resolução ANTT nº 1644/2006, que altera o anexo à Resolução nº 420/04 que aprova as instruções do RTPP. Cabe ressaltar que em 29 de Dezembro 2006 a ANTT republicou a Resolução nº 1644, com alguns ajustes a publicada anteriormente, esta republicação consta no Diário Oficial da União, Seção 1, Paginas 679 à 698 datada de 29/12/2006.

Outros órgãos do Governo possuem legislação específica como é o caso do INMETRO, DENATRAN e CONTRAN.

Para o INMETRO a Portaria de 29 de julho de 1991 aprova o regulamento técnico para “Equipamentos para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos à Granel”. Pelo IMNETRO também foi aprovado o regulamento da Inspeção em Equipamentos; Veículos – construção, instalação e inspeção do para-choque traseiro; Qualidade do revestimento interno do tanque de transporte.

Ainda o INMETRO publicou a proposta sobre a Regulamentação Técnica de Cilindros de Liga Leve para Armazenamento de Gás Metano Veicular. Aprovado também os requisitos mínimos para produção em série de cilindros leves, recarregáveis para o armazenamento de gás metano veicular a alta pressão, como combustível automotivo, fixado a bordo de veículos.

Em portaria de 05/02/1998 o DENATRAN/MJ baixou instruções adotadas no auto da infração, conforme Resolução nº 1/98, de 23/1/98, do Conselho Nacional de Trânsito.

O CONTRAN/MJ dispõe segundo resoluções sobre cursos de treinamento específico para condutores de veículos rodoviários transportadores de produtos perigosos. Ainda o CONTRAN estabelece Normas e Procedimentos para a formação de condutores de veículos automotores e elétricos, a realização dos exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de formação, especializados, de reciclagem e dá outras providências.

Em outros Decretos, Leis e Portarias foram aprovados itens sobre a Fiscalização de Produtos Controlados; Política Nacional do Meio Ambiente; normas de controle e

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fiscalização sobre produtos químicos que possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica; o controle e a fiscalização de precursores e outros produtos químicos essenciais empregados na fabricação clandestina de drogas, como estratégia fundamental para prevenir e reprimir o tráfico ilícito e o uso indevido de entorpecentes e substâncias psicotrópicas.

O transporte de produtos perigosos é objeto de extensa e complexa legislação, que acompanha a evolução da preocupação da sociedade em relação à preservação do meio ambiente, resultando basicamente da ocorrência de diversos acidentes ecológicos.

As Leis, Decretos, Portarias e Resoluções são importantes fontes de pesquisa sobre o assunto e as principais legislações sobre o transporte rodoviário de produtos perigosos estão listadas na tabela a seguir.

TABELA 5 – Legislação do Transporte Rodoviário de PP Decreto 96.044/88

(DOU de 19Mai88)

Aprovou o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos - RTPP;