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Métodos Utilizados

No documento BRUNA ROBERTA RIBEIRO BRUM (páginas 40-43)

No estudo de campo empreendido, um único grupo, uma comunidade, um público

específico em local específico são investigados. Pretende-se avaliar as interações,

comportamentos, situações de vida em determinados contextos e estrutura social. Buscando

definições, ancora-se em Prodanov e Freitas (2013) ao dissertar que a pesquisa de campo é:

aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual procuramos uma resposta, ou de uma hipótese, que queiramos comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que presumimos relevantes, para analisa-los (PRODANOV E FREITAS, 2013, p.59).

Conforme já apontado anteriormente, no EPEx havia a demanda do levantamento do

impacto sócio econômico das ações estratégicas desenvolvidas pelo Exército Brasileiro a partir

de seus Programas. A partir de então, se estabeleceram técnicas de registro e análise de dados

– detalhados mais adiante.

Podendo-se dizer que “o estudo de campo tende a utilizar muito mais técnicas de

observação do que de interrogação.” (GIL, 2008, p. 57, apud PRODANOV e FREITAS, 2013,

p. 61), e, sabendo-se que a autora deste trabalho é membro do EPEx, parte-se para a

compreensão do próximo tópico.

3.2.2. Observação Participativa

A observação participante remonta da Antropologia Cultural. E, progressivamente,

ocupa-se de pesquisas nas Ciências Sociais e Humanas, em suas especificidades e grupos

psicossociais a ser estudados (MÓNICO, AFERES, CASTRO e PARREIRA, 2017).

A partir do levantamento feito por Mónico, Aferes, Castro e Parreira (2017) é possível

avaliar que este é o método no qual o pesquisador participa ativamente da situação de coleta de

dados, constitui-se num modelo etnográfico. Servem para compreender situações comuns, de

difícil captação através de instrumentos de avaliação como as entrevistas.

É um tipo de investigação no qual o pesquisador também é membro do grupo alvo da

pesquisa, passando a ser, portanto, pesquisador e pesquisado, por está imerso naquele grupo,

cultura e comunidade estudada. Pode ser visto como favorável, entre outros aspectos, porque

ao se partilhar papéis, condições, realidades, comportamentos, fatos e situações, estes não são

alterados pelo público investigado como seriam se estivem sendo avaliados por estranhos. Os

autores colocam, ainda, citando Correria (1999, p.31) que “requer a necessidade de eliminar

deformações subjetivas para que possa haver a compreensão de fatos e de interações entre

sujeitos em observação, no seu contexto”.

3.2.2 Análise Documental

Para o bojo deste trabalho foram carreados documentos relativos ao Ptf EE e a seus

dezesseis Prg EE. Portanto, trata-se, igualmente, de uma Pesquisa Documental. A análise

documental, como aponta Sá-Silva, Almeida e Guindani (2009), é um recurso metodológico

fundamental em ciências humanas e sociais, tendo em vista que as fontes utilizadas durante a

pesquisa documental são, majoritariamente, fontes escritas e base de um trabalho de

investigação. Entende-se que o uso de documentos em pesquisa deve ser valorizado por se tratar

de uma fonte rica de informações de consulta e investigação, ampliando o conhecimento e o

entendimento de contextos históricos e socioculturais.

Gil (2002) salienta que este tipo de pesquisa trabalha com materiais que não receberam

uma leitura analítica ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa,

organizando-se informações que se encontram difusas para se firmar enquanto fonte de

consulta. O autor define, ainda, os documentos investigados como sendo: a) de primeira mão:

documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, filmes, fotografias,

gravações, etc; b) de segunda mão: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas

estatísticas, entre outros.

Na presente pesquisa, foram utilizados documentos de primeira e segunda mão. Tanto

elementos que não haviam sido analisados como gravações de reuniões e documentos oficiais

do EPEx, quanto material que já haviam sido elaborados e analisados com outros fins, como

tabelas e relatórios.

3.2.4. Brainstorming

Para iniciar essa pesquisa e verificar a viabilidade da mesma, foi realizada uma reunião

com cinco integrantes do EPEx, dentre eles estavam presentes o Chefe do Escritório de Projetos

do Exército, o Chefe da Assessoria de Governança do Portfólio e especialistas da área de Gestão

de Projetos visando levantar a metodologia para o levantamento dos impactos do Ptf EE na

sociedade.

Durante a atividade, foi realizado um brainstorming, ferramenta criada em 1939 por

Alex Osborn voltada ao levantamento de ideias conjuntas e criativas na busca de solucionar

determinado problema. O autor define o termo brainstorming como a ação de “usar o cérebro

para tumultuar um problema” (OSBORN, 1987, p.73).

Essa técnica de brainstorming, também conhecida como “tempestade de ideais” é

somada aos diferentes pensamentos e ideias que cada participante contribui naquele momento,

com o objetivo de somar as experiências de cada indivíduo sobre determinado assunto, gerando

um processo de discussões e sugestões. Essas ideias geradas são analisadas e nenhuma é

inicialmente descartada. Para Osborn (1987) o brainstorming possibilita soluções ou ideias que

poderão servir de embasamento para busca de alinhamento futuro. Elas são geradas por meio

de possibilidades e alternativas no intuito de alcançar ideias eficientes que gerem probabilidades

capazes de estabelecer novos desenhos e protótipos.

Com essa linha de pensamento e para um fechamento sobre o conceito de

Brainstorming, segue a citação de Browm que bem defini a representatividade dessa

ferramenta: “outras abordagens são importantes para fazer escolhas, mas não há nada melhor

que uma boa sessão de brainstorming para criá-las” (BROWN 2010, P.75).

Ao final da realização desta atividade, foram obtidas muitas ideias acerca da

metodologia. Nesse viés, foi verificado que a melhor linha de ação a ser adotada seria a

realização de um estudo de caso que foi descrito anteriormente.

No documento BRUNA ROBERTA RIBEIRO BRUM (páginas 40-43)