A seguir serão discutidos os Prg EE componentes do Subportfólio DEFESA DA
SOCIEDADE.
4.4.1 Prg EE Sistema Integrado de Monitoramento de fronteiras (SISFRON)
É um Prg EE que destina-se ao sensoriamento, ao apoio à decisão e ao apoio à atuação,
a fim de permitir o monitoramento e o controle de forma efetiva das áreas de fronteira da
Amazônia, do Centro-Oeste e do Sul, bem como à atuação rápida e adequada do Poder Público,
cooperando, dessa maneira, para a segurança, a redução de ilícitos transfronteiriços, a
preservação ambiental, a proteção de comunidades indígenas e a obtenção do efeito dissuasório,
por meio da utilização da capacidade operacional do Exército brasileiro, na selva e em outros
ambientes do País, isoladamente ou em conjunto com outros órgãos governamentais. O quadro
a seguir apresenta a estrutura do Prg.
Projetos - Projeto de Sensoriamento e Apoio à Decisão (SAD) – Projeto Piloto -
Projetos de Sensoriamento e Apoio à Decisão nas demais Faixas de Fronteira.
Ações complementares - Apoio à Atuação - Obras de Engenharia.
Ações complementares indutoras - São todas as ações complementares criadas por
iniciativa da gerência do programa para solicitar aos órgãos responsáveis pelas entregas
induzidas previstas pelo programa.
4.4.2 Prg EE Guarani
O Programa GUARANI tem por objetivo transformar as Organizações Militares de
Infantaria Motorizada em Mecanizada e modernizar as Organizações Militares de Cavalaria
Mecanizada. Para isso, está sendo desenvolvida uma nova família de viaturas blindadas sobre
rodas, a fim de dotar a Força Terrestre de meios para incrementar a dissuasão e a defesa do
território nacional. A primeira viatura desenvolvida foi a Viatura Blindada para Transporte de
Pessoal Guarani (VBTP-MR, 6X6, Guarani), possibilitando a substituição das viaturas do tipo
URUTU, fabricadas pela ENGESA, em uso há mais de 40 anos.
Essa nova família de viaturas mecanizadas contempla uma subfamília média, com as
versões para reconhecimento, transporte de pessoal, morteiro, socorro, posto de comando,
central de tiro, oficina e ambulância; e uma subfamília leve, com as versões para
reconhecimento, anticarro, morteiro leve, radar, posto de comando e observação avançada.
Concebido pelo Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do Exército, o Prg EE GUARANI
foi desenvolvido em parceria com diversas empresas nacionais.
As plataformas são integradas por Sistemas de Armas e de Comando e Controle (C²).
Projetos -
Projeto Viatura 6x6 - Projeto Viatura 4x4 - Projeto Viatura Blindada de
Reconhecimento (VBR) - Projeto OAP – SR.
Ações complementares - Doutrina, efetivos, pessoal, material, ensino, infraestrutura e
apoio à atuação.
4.4.3 Prg EE Astros 2020
Com início no ano de 2012 e previsão de término em 2023, o Prg EE ASTROS 2020
contempla, em seu escopo, projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), de aquisição e de
modernização de viaturas do Sistema ASTROS e de construções de instalações de organizações
militares.
Na área de P&D encontram-se os projetos de desenvolvimento do Míssil Tático de
Cruzeiro (MTC) de 300 Km e do Foguete Guiado SS-40G, ambos contratados junto à empresa
AVIBRAS e executados em parceria com o Exército Brasileiro (EB), bem como o Sistema
Integrado de Simulação ASTROS (SIS-ASTROS), desenvolvido pela Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM).
O projeto de aquisições de novas viaturas do Sistema ASTROS objetiva a compra de
cerca de 50 viaturas, na versão MK-6, das quais 21 já foram adquiridas e entregues. O projeto
de modernização contempla as 38 viaturas ASTROS das versões MK-2 e MK-3 do 6º Grupo
de Mísseis e Foguetes (6º GMF) e visa colocá-las no mesmo patamar de funcionalidade e
operacionalidade das viaturas MK-6. Até o momento, 30 viaturas já foram modernizadas e
encontram-se em operação. Ambos projetos de aquisição e modernização são contratados junto
à empresa AVIBRAS.
Na área da construção civil, o programa contempla a construção do Forte SANTA
BÁRBARA, situado na cidade de FORMOSA/GO, o qual irá centralizar todas as Organizações
Militares relacionadas ao emprego de mísseis e foguetes do Exército Brasileiro.
Projetos -Projeto Míssil Tático de Cruzeiro – MTC 300 - Projeto Foguete Guiado SS
– 40 G - Projeto Viaturas do Sistema ASTROS - Projeto Forte SANTA BÁRBARA - Projeto
Simulação Integrada do Sistema ASTROS - Projeto Bateria de Busca de Alvos.
4.4.4 Prg EE Defesa Cibernética
O Comandante do Exército, por meio de Portaria Nº 03-Res, de 29 Jun 09, instituiu o
Setor Cibernético no âmbito do EB, determinando que o mesmo fosse implantado por
intermédio de Projeto, tendo o EME como órgão de coordenação e o Departamento de Ciência
e Tecnologia (DCT) como elaborador da proposta relativa ao setor.
Em 2010, ocorreu a aprovação a Diretriz de Implantação instituindo 8 (oito)
subprojetos e seus respectivos representantes. Estes subprojetos são apoiados, atualmente, por
Organizações Militares ligadas ao setor cibernético, como o Comando de Defesa Cibernética,
o Centro de Defesa Cibernética, o Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, o
Instituto Militar de Engenharia, o Centro de Desenvolvimento de Sistemas do Exército, o
Centro Tecnológico do Exército, o Centro Integrado de Telemática do Exército e o Centro de
Inteligência do Exército
O Prg EE DEFESA CIBERNÉTICA possui Ação Orçamentária própria para atender
suas atividades, com previsão de duração no Plano Plurianual de 4 anos (2012 - 2015) e custo
aproximado de R$ 399 milhões. Atualmente o Prg EE DEFESA CIBERNÉTICA conta com (2)
dois Planos Orçamentários (PO), o PO 001 destinado ao emprego de recursos no âmbito do
Exército Brasileiro e o PO 002, destinado ao emprego de recursos no âmbito do Ministério da
Defesa, denominado Projeto Defesa Cibernética na Defesa Nacional (PDCDN).
Projetos PDCDN - Projeto Criação do Comando de Defesa Cibernética - Projeto
Criação da Escola Nacional de Defesa Cibernética - Projeto Implementação e consolidação da
Estrutura de Desenvolvimento Conjunto de Defesa Cibernética - Projeto Implementação do
Sistema de Homologação e Certificação de Produtos de Defesa Cibernética - Projeto Criação
do Observatório de Defesa Cibernética - Projeto Implementação e consolidação de Sistemas de
Informações Seguras.
Projetos PDCiber - Projeto Centro de Defesa Cibernética - Projeto Gestão de Talentos
- Projeto Escudo Cibernético - Projeto Força Cibernética - Projeto Inteligência Cibernética -
Projeto Apoio Tecnológico - Projeto Pesquisa Cibernética.
4.4.5 Prg EE Defesa Antiaérea
O Prg EE DEFESA ANTIAÉREA é um programa sob a gestão e controle do
Estado-Maior do Exército organizado com a finalidade de entregar módulos de artilharia antiaérea ao
EB. Seu objetivo é recuperar e obter a capacidade de Defesa Antiaérea (DA Ae) de Baixa e
Média alturas, respectivamente, modernizando as OM que compõem a DA Aeda F Ter e
gerando benefícios para o Brasil, como: o domínio de tecnologias críticas de defesa antiaérea,
a contribuição para estruturação da F Ter ao combate no amplo espectro, o aumento da
capacidade de defesa de estruturas estratégicas, a contribuição para o monitoramento do espaço
aéreo, o aumento da interoperabilidade entre as Forças Singulares (FS), a contribuição para a
ampliação do intercâmbio e parcerias com o setor científico-tecnológico nacional e o
fortalecimento da BID. Dessa forma, o PrgEE DA Ae corrobora para o objetivo precípuo do
Exército Brasileiro de defesa do território nacional.
Projetos - Projeto Sistema Seção de Artilharia Antiaérea Míssil - Projeto Sistema
Bateria de Artilharia Antiaérea Míssil - Projeto Sistema Bateria de Artilharia Antiaérea Canhão
- Projeto Sistema Artilharia Antiaérea de Média Altura - Projeto Sistema Grupo Artilharia
Antiaérea de Baixa Altura - Projeto Sistema Brigada de Artilharia Antiaérea - Projeto Obtenção
e Integração do Subsistema de Controle e Alerta - Projeto Logística de Defesa Antiaérea -
Projeto Capacitação em Defesa Antiaérea.
4.4.6 Prg EE Obtenção da Capacidade Operacional Plena (OCOP)
O PrgEE OCOP foi concebido para atender às demandas operacionais do SIPLEx, não
contempladas em outros programas. Busca-se a manutenção e/ou obtenção de novas
capacidades da F Ter, por meio da substituição de Sistemas e Materiais de Emprego Militar
(SMEM) defasados tecnologicamente ou em final de seu ciclo de vida, do aumento da
interoperabilidade logística entre as FA, da melhoria dos equipamentos individual e coletivo do
combatente e da efetividade da sustentação logística dos meios militares terrestres.
O PrgEE OCOP teve sua origem no PEE Recuperação da Capacidade Operacional
(RECOP), iniciado em 2013, sendo o único Prg EE que contempla todo o EB. Esse Programa
tem como autoridade patrocinadora o Chefe do EME, cabendo a sua gerência ao 4º Subchefe
do EME.
Cumpre destacar que ocorreu, em 2017, a transformação do PEE OCOP em PrgEE
OCOP, no contexto do processo de racionalização do EB. Para tanto, foram elaboradas e
aprovadas a documentação de gerenciamento do programa dentre as quais destacam-se Gestão
Riscos, Cronograma Físico-financeiro e Plano de Gerenciamento.
Projetos -
Subprograma Sistema Artilharia de Campanha (SAC)
–Projeto Combatente
Brasileiro (COBRA)
-Projeto Material de Engenharia de Combate.
Ações complementares - Abrange a aquisição de viaturas operacionais especializadas
(blindadas e não blindadas), meios de comunicações, armamento e equipamentos optrônicos,
munição, geradores, material aeroterrestre, material DQBRN, sistema de aeronave
remotamente pilotada e saúde operacional.
4.4.7 Prg EE Proteger
O Prg EE PROTEGER é um programa sob a gestão e controle do Estado-Maior do
Exército, fruto da evolução do Projeto Estratégico do Exército Sistema de Proteção de
Estruturas Estratégicas Terrestres (PEE PROTEGER).
O Programa prioriza a atuação articulada do EB com a sociedade brasileira e suas
Instituições, em alinhamento com o planejamento estratégico e doutrinário da Força,
particularmente no emprego da F Ter em operações de GLO, de GVA, de proteção de Estruturas
Estratégicas Terrestres (EE Ter), de prevenção e combate ao Terrorismo; e no apoio à Defesa
Civil em calamidades decorrentes de desastres naturais ou provocados, inclusive com atuação
em áreas contaminadas por agentes Químicos, Biológicos, Radiológicos e Nucleares (QBRN),
dentre outras ações subsidiárias. Foi criado como projeto, por intermédio da Port nº 45-EME,
de 17 de abril de 2012, a partir da necessidade do Estado de Proteger as EETer do País, também
denominadas infraestruturas críticas, que compreendem instalações, serviços, bens e sistemas
cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, podem provocar sérios impacto social,
ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da Sociedade.
Projetos - Integrador – Sistema Tecnologia de Informações e Comunicações (SisTIC)
- Centro de Coordenação de Operações – CCOp - Prevenção e Combate a Ações Terroristas.
4.4.8 Prg EE Aviação do Exército
Desde seu início, em dezembro de 2009 para o Projeto de Modernização das
Aeronaves AS 365 K – PANTERA e dezembro de 2011 para o Projeto de Modernização das
Aeronaves HB 350 L1 – ESQUILO e AS 550A2 – FENNEC, até meados de 2017, a gestão dos
projetos foi conduzida pelo Comando Logístico (COLOG), por intermédio da Diretoria de
Material de Aviação do Exército (DMAvEx) para os aspectos técnicos e logísticos e da Divisão
Administrativa (atual Centro de Obtenções da Assessoria de Planejamento, Programação e
Controle Orçamentário – APPCO) para os aspectos administrativos/contratuais.
Projetos - Obtenção da Capacidade de Ataque – Manutenção de Capacidade Operativa
das Aeronaves de Manobra - Ampliação da Capacidade de Transporte Logístico -
Modernização do Sistema de Armamento Axial e Imageamento para Helicópteros (SiAAIH) -
Simulador de Voo.
Ações complementares - Ação Complementar de Infraestrutura - Ação Complementar
de Modernização das Aeronaves Esquilo/Fennec e Pantera.
No documento
BRUNA ROBERTA RIBEIRO BRUM
(páginas 61-67)