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Mídias na educação física escolar: compartilhando, comentando e curtindo ideias Nesta unidade se abordará a relação do uso das mídias com a Educação Física, em

2 TECENDO CONHECIMENTOS SOBRE A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E O USO DAS MÍDIAS

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2.4 Mídias na educação física escolar: compartilhando, comentando e curtindo ideias Nesta unidade se abordará a relação do uso das mídias com a Educação Física, em

especial, os esportes. O termo mídia é usado para referenciar um amplo e complexo sistema de expressões e comunicações. A etimologia da palavra mídia vem do plural de “meio”, cuja denominação no latim significa “media” no singular e “médium” no plural. Na atualidade, o termo tem sido empregado para suportar a difusão e veiculação de informação (rádio, televisão, vídeo, internet, jornal, fotografia, filmes e etc) com o intuito de gerar informação para a sociedade (BRASIL, 2012).

Na década de 60 e 70 do século passado, a educação com e para da mídia começa a ganhar aceitação por parte dos alunos fora da escola e gradativamente vai sendo inserida no cotidiano escolar. Se observa um avanço na reflexão em relação à mídia, que pode ser vista como uma marcante caracterização dos sistemas de ensino, mas encarada de forma defensiva em diferentes contextos como, cultural, político e moral, ou seja, ainda consideram a mídia como a principal responsável por incutir falsas crenças ou comportamentos dos alunos (BUCKINGHAM, 2016).

Com o passar das décadas, especialmente em 1990, há um desenvolvimento das abordagens defensivas em direção às perspectivas mais críticas, autônomas e politizadas na Europa. De certa forma, as novas abordagens refletem uma mudança em relações aos jovens com os meios de comunicação, tanto na pesquisa acadêmica, quanto no debate público em geral (BUCKINGHAM, 2016).

No início do século vigente ocorreram algumas mudanças não só no conteúdo do currículo, mas também na pedagogia e nos métodos de ensino. Os alunos estão neste período da história em uma crescente busca pelo conjunto de comunicações participativas coletivas, tais como: jogos online; compartilhamento de fotos e vídeos; e o uso de redes sociais. Os mesmos começaram a aumentar o uso das TDIC’s.

Vale ressaltar que esse avanço não substitui os antigos, mas amplia as possibilidades de tratar o conhecimento nas instituições escolares. Ao ensinar aos jovens os conteúdos do currículo, não se pode apenas analisar as páginas da internet ou anúncios de televisão, mas avançar na amplitude sobre o que ensinar e como ensinar através dos meios de comunicação.

Na era da informação, determinados comportamentos, saberes, práticas e informações vão se alterando em uma velocidade jamais vista. Saberes ampliados em constantes mudanças, caracterizam a volatilidade do conhecimento na atualidade. Essas

alterações refletem sobre a forma de pensar e fazer o tradicional da educação (KENSKI, 2007).

Nos dias atuais se sofre uma avalanche de informações difundidas pelos meios de comunicação que, na maioria das vezes, se transformam em conhecimentos/aprendizados, modificando o homem contemporâneo. Pensar a educação nesta conjuntura social atual é se comprometer com o processo de formação humana revestida na discussão e reflexão dos novos modos de conduzir a apreensão de conhecimentos e que se materializa na sociedade contemporânea.

Os novos meios de comunicação que dialogam com o ato de ensinar, em termos gerais, partiram do mesmo nível entre o aluno e o professor. Já com o avanço das mídias os alunos tiveram uma maior familiaridade comparada com a dos professores. Fato esse verificado que a juventude tem se apropriado com mais rapidez dos conhecimentos advindos das tecnologias (suas possibilidades técnicas; como usá-las e para que fins estão sendo usadas).

Para Merrin (2008) os professores não compartilham mais uma cultura em comum com os alunos, a menos que possamos nos manter atualizados sobre essas tecnologias que estão em constante mudança e sobre seus usos, a não ser que elas se tornem parte importante de nossas vidas como o são para nossos alunos.

Várias correntes de pensadores sobre as mídias vêm elaborando seus conceitos, dentre eles, se destacam: educomunicação, mídia-educação, media literacy e etc. Nesta pesquisa escolhemos a mídia-educação, não por considerar a melhor, mas aquela que mais se aproxima com os princípios de escola que pregamos. De acordo com Jacquinot (2002), problematizar a Mídia-Educação é relacionar os modelos e técnicas pedagógicas de ensino/aprendizagem, pontuando a relação instrumental e orientada à aprendizagem dos conteúdos escolares.

A mídia-educação pode ser dividida em três contextos: metodológico, crítico e produtivo. O contexto metodológico direcionaria para uma educação com os meios e com as mídias, em uma reinvenção didática do ensino. O contexto crítico seria uma educação sobre os meios ou para as mídias que envolvem diferentes instituições educativas na busca de transmissão das mensagens a um público influenciado pela criticidade. Já no contexto produtivo traz a ideia de fazer educação através dos meios ou dentro das mídias, no qual a mídia é utilizada como linguagem produtiva (FANTIN, 2006).

Para discutir e abordar sobre a mídia-educação devemos ter em mente alguns conceitos que permeiam esse campo do conhecimento, a saber: cultura digital e educação midiática.

Para Fantin e Rivoltella (2012, p. 96), o termo cultura digital “é uma cultura multimídia, ou seja, é uma cultura que usa códigos, linguagens, estratégias pragmáticas de comunicação diferente”.

A cultura digital utiliza estratégias diferenciadas que envolvem a intermedialidade; a portabilidade; e a personal média. A intermedialidade é a convergência da linguagem e da tecnologia que se cruzam, misturam e transformam em certas funções dos aparelhos, dispositivos, ferramentas com o intuito de modificar cada vez mais as práticas tradicionais. Já a portabilidade é a prática de comunicação, conexão e imersão nos diferentes ambientes em que os aparelhos a cada dia diminuem de tamanho. A personal média é o aprimoramento das tecnologias (celulares e redes sociais) que possibilitam aos sujeitos o desenvolvimento da capacidade de simples leitor para tornar-se um produtor/autor de conteúdos compartilhados em rede (FANTIN; RIVOLTELLA, 2012).

Neste estudo não se tem a intenção de aprofundar as correntes epistemológicas (media literacy e digital literacy), mas apontar outras possibilidades das mídias.

Para Araújo et al. (2016, p. 14):

[…] ao refletir o contexto educacional, reconhecemos que cabe à escola, e principalmente aos professores, buscar reflexões a respeito da integração e/ou inclusão da mídia no âmbito escolar, no intuito de difundir de maneira crítica reflexiva o discurso midiático nesse contexto. Dessa forma, pensar na educação para mídia e pela mídia na escola, requer considerá-la para além de uma estratégia metodológica, levando em consideração que ela pode ser tratada como um meio inovador de ensinar o que o próprio meio tem a oferecer cabendo à instituição escolar desenvolver esta integração de modo criativo, competente e crítico- reflexivo.

A escola deve integrar as tecnologias digitais de informação e comunicação, porque elas já estão presentes e influentes em todas as esferas da vida social, cultural, pedagógica e política. Nesse sentido, busca amenizar as desigualdades sociais e regionais, ocasionadas pela máquina do sistema capitalista acumuladas no decorrer da história.

A complexidade que envolve a presença e o uso das tecnologias nas práticas educativas, precisa estar articulada não só na reconfiguração da escola e seus espaços, mas, sobretudo, a programas de formação inicial e continuada, que discutam o novo perfil

profissional do educador nos cenários atuais, principalmente no que diz respeito em sua relação com a cultura, mais especificamente com as mídias e tecnologias (FANTIN, 2010). Ao tratar as mídias na escola, os professores de Educação Física poderão visualizar uma nova possibilidade de intervenção na prática pedagógica, podendo assim romper com alguns acordos do regimento escolar (proibição do uso dos celulares durante as aulas, por exemplo), como também transformar as direções dos procedimentos de organização do tempo e espaço na instituição de ensino.

Segundo Belloni (2001, p. 13), é preciso:

Ir além das práticas meramente instrumentais, típicas de um certo tecnicismo redutor ou de um deslumbramento acrítico; ir além da visão apocalíptica, que recusa comodamente toda a tecnologia em nome do humanismo, remetendo a questão para as calendas gregas e favorecendo práticas conformistas e não reflexivas derivadas de pressões do mercado, e dar um salto qualitativo na formação de professores, uma mudança efetiva no sentido de superar o caráter redutor da tecnologia educacional, sem perder suas contribuições, para chegar à comunicação.

A escola ainda se utiliza da proibição do uso de celulares em sala de aula, através da legislação vigente nos estados e municípios que impede veementemente tal prática.

Martín-Barbero (2014, p.125) aponta que “as transformações nos modos como circula o saber constituem uma das mais profundas mutações que uma sociedade possa sofrer”, razão essa para que na atualidade ainda se tenha uma resistência nas escolas sobre o uso da tecnologia e dos discursos midiáticos.

Se percebe que os sistemas de ensino são incapazes de conectar os conhecimentos prévios dos alunos com os conteúdos tematizados na escola, ou seja, o que vem de “fora” comunicando com o que está “dentro” da instituição escolar, quando que o movimento deveria ser exatamente o inverso, trazer para a escola o cotidiano vivenciado na sociedade. Diante disso, acredita-se que as tecnologias e as mídias podem transformar-se em agentes facilitadores do processo ensino/aprendizagem, estabelecendo-se, portanto, uma relação de convergências e completudes e não de afastamento, no meio escolar (ARAÚJO et al., 2016). Na escola, infelizmente, ainda há um pequeno espaço para a visão deturpada sobre a presença da tecnologia e das mídias. Neste sentido, Velasco (2014, p. 212) nos leva a refletir:

Nem a tecnologia pode transformar automaticamente o sistema de ensino tradicional, nem os meios audiovisuais são os inimigos da educação. Reiteramos que os problemas da escola não vêm da incorporação, maior ou menor, de tecnologia, mas sim de seu modelo comunicativo, vertical sequencial e autista, que não se abre para o exterior.

Boa parte dos professores são resistentes à implementação das tecnologias, mas argumentam que todas as outras tentativas de reforma da educação não obtiveram o êxito esperado. O problema é que os professores não são inflexíveis, mas as políticas educacionais implementadas no Brasil não envolvem ativamente os responsáveis diretos pelo processo, os professores. Uma reforma educacional de estado (duradoura) e não de governo (passageira), deve atrair os professores como agentes de liderança, não só como consumidores ou distribuidores de programas elaborados em gabinetes dos ministérios ou secretarias de educação (Tyack; Cuban, 1995).

Em contrapartida, o que se percebe é a ascensão do movimento das TDIC’s na educação. Para Selwyn (1999; 2003), esse desenvolvimento acontece, em partes, pela aceitação acrítica da retórica nebulosa da sociedade da informação. Partindo do discurso de que os planos de ação são caracterizados pelo determinismo tecnológico, ou seja, a tecnologia digital automaticamente produzirá certos efeitos, independente do contexto social utilizado e também os atores sociais que venham a usar.

Além disso, um dos principais problemas do debate sobre as mídias e a educação é que está havendo uma polarização no diálogo entre os entusiastas e os seus oponentes. Aqueles que contestam o uso das TDIC’s na educação são taxados de tecnofóbicos ou pré- históricos. Já os que professam sobre os benefícios das tecnologias, são chamados de ingênuos e irrealistas em suas aspirações (BUCKINGHAM, 2016). Se compreende que a discussão deve ser ampliada, para tratar questões fundamentais sobre como os professores e alunos poderiam apropriar-se e saber mais sobre ela.

Segundo Camilo e Betti (2010, p. 3), a mídia “torna-se relevante à escola, instituição social de formação cultural dos indivíduos, debruçar-se avidamente na análise e compreensão deste fenômeno para melhor conduzir seu trabalho”. A Educação Física por ser um componente curricular da escola, não está isenta desta responsabilidade de trabalhar criticamente com a Cultura de Movimento.

A Educação Física pouco tem avançado no tratamento das unidades temáticas da área dialogando com as mídias na formação inicial. Para Silveira e Pires (2017), basta olhar as matrizes curriculares dos cursos de licenciaturas em Educação Física para perceber que pouquíssimos abrem espaços para o debate com as mídias.

Isso ocorre devido ao fato de a área prevalecer a “perspectiva tradicional de formação” que não reconhece a importância da combinação das TDIC’s com os conteúdos tratados nas aulas de Educação Física. É valido ressaltar, que um dos fatores que impedem

o avanço do uso das mídias no ensino escolar, é justamente, os professores em sua formação inicial não terem acesso e familiaridade com as TDIC’s.

Vale salientar que os conteúdos desenvolvidos no componente curricular são, em grande parte, produzidos e compartilhados no espaço-tempo social em que se configuram a cultura digital (PIRES; LAZAROTTI FILHO; LISBÔA, 2012). O fato é que os saberes e fazeres da Educação Física, a cada dia, estão sendo ampliadas no que tange as novas experiências e os múltiplos letramentos.

Diante disso, não se pode negar a responsabilidade da Educação Física em abordar práticas corporais que possibilitem aos alunos a interação com as diversas linguagens e os modos de produção das TDIC’s, potencializando assim, as aprendizagens significativas sobre e/ou com práticas corporais no âmbito das mídias.

Ademais, a Educação Física tem como uma das especificidades o movimento humano que se constitui com determinado significado/sentido e que, por sua vez, lhe é conferido pelo contexto histórico-cultural. As práticas corporais são tratadas pedagogicamente e possuem um certo código que denuncia seu condicionamento histórico, expressam/comunicam um sentido, incorporando um contexto que lhe confere um sentido social (BRACHT, 1992).

Diante disso, não se pode descaracterizar a influência das mídias na Cultura de Movimento que ainda é muito fortemente marcada pelo viés da emissão de informação dos meios de comunicação de massa, especialmente a televisiva (BETTI, 2003; PIRES, 2002). Sendo assim, com o advento das TDIC’s novas experiências midiáticas vão sendo (re)significadas. A Educação Física vem aumentando a cada dia sua aproximação com as mídias, não da forma como deveria estar, mas uma evolução gradativa vem ocorrendo.

Fato este observado na criação de Grupo de Trabalho Temático 2- Comunicação e Mídia (GTT) e uma ampliação desta temática nos projetos pedagógicos e estruturas curriculares dos cursos de licenciatura em Educação Física e grupos de pesquisas veiculados a universidades nacionais e internacionais, dentre eles: o LEFEM/UFRN e o LaboMídia/UFSC. Em 1997, foi criado um GTT “Educação Física, Comunicação e Mídia”, do Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte (CONBRACE), organizado pelo Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE), que tem como ementa da sua última edição.4

4 Estudos relacionados à comunicação, mídia e documentação, notadamente os meios (jornal,

Se observa que estudos e pesquisas vêm sendo intensificados nos grandes eventos da área pedagógica da Educação Física. No estudo elaborado por Sousa et al. (2016) nos cursos de licenciatura em Educação Física nas Universidades Federais mineiras, notou-se que (55,5%) sinalizam de forma positiva para as propostas mídia-educativas. Entretanto, aparecem fortemente marcadas pela dimensão instrumental (100%), mas 60% dos cursos pesquisados apresentam preocupação com a educação para as mídias, ofertando disciplinas com ênfase crítica. Identifica-se também que as disciplinas que dialogam com a mídia- educação se encontram isoladas do restante do currículo da formação inicial.

Diante do exposto, esse fato não acontece apenas com a Educação Física, mas também com outros cursos de licenciaturas. Fantin e Rivoltella (2012, p.82), destacam:

[...] apesar da diversidade de experiências em mídia-educação, elas ainda não foram devidamente sistematizadas, pois na maioria das vezes ainda são consideras ‘práticas isoladas’, que dependem mais do interesse e do trabalho de profissionais [...]”.

Se ressalta que o avanço das tecnologias vem alterando profundamente a comunicação (audiovisual, corporal, verbal), seja nas escolas que negam ou naquelas que fomentam o uso das tecnologias.

Se elucida ser possível o diálogo da Educação Física com esse fenômeno contemporâneo mundial, por meio da perspectiva teórico-metodológica da mídia- educação.

Para Bracht (2010) e Rezer (2010), existem “educações físicas”, referindo-se às diversas possibilidades do tratado da área, nas dimensões epistemológicas e/ou práticas sociais e pedagógicas. Essa pluralidade favorece a superação de paradigmas da prática pedagógica nas escolas pelos professores.

Sendo assim, é possível pensar as redes sociais como espaço colaborativo de comunicação e de compartilhamento de informações que podem impulsionar a criação e desenvolvimento das práticas pedagógicas na Educação Física que melhorem o processo ensino-aprendizagem, desde que exista uma intencionalidade educativa explícita.

Estas comunidades virtuais têm-se tornado uma importante ferramenta para a aprendizagem e aos contextos organizacionais tradicionais e, ao serem suportadas pelas tecnologias, tornaram-se mais visíveis na atualidade. Representam ambientes intelectuais,

crítica e interpretação dos processos de produção, difusão e recepção das informações, das mídias e tecnologias comunicacionais e suas implicações políticas, econômicas, culturais e pedagógicas.

culturais, sociais e psicológico, que facilitam e sustentam a aprendizagem, enquanto promovem a interação, a colaboração e o desenvolvimento de um sentimento de pertença dos seus membros (MOREIRA; JANUÁRIO, 2014).

Atualmente, se vive em uma sociedade repleta de redes sociais que, ao mesmo tempo aproximam as pessoas, mas podem também distanciá-las. Para Silva (2010), as mídias sociais se caracterizam pela produção de conteúdos de forma descentralizada e sem o controle editorial de grandes grupos. São dependentes da interação entre pessoas para construir conteúdo compartilhado, usando a tecnologia como condutor.

Cada vez mais a sociedade mundial tem buscado utilizar as tecnologias em diferentes contextos como entretenimento, comunicação, pesquisas escolares, contatos com amigos ou parentes, busca de relacionamentos amorosos e obtenção das mais diversas informações.

As redes sociais são definidas como um serviço cibernético que permite aos indivíduos construir um perfil público ou semipúblico acerca de si, a partir do qual estão articulados e partilham informações, o que permite que a sua informação seja vista por outros incluídos no mesmo sistema (BOYD, & ELLISON, 2007).

Na contemporaneidade e tempos atrás, diversos tipos de redes sociais surgiram, como: MySpace; Friendster; Orkut; Youtube; Ning; Facebook; Instagram; Twitter; WhastsApp; Messenger, dentre outros.

Neste trabalho se tratará a respeito do Facebook, pois foi uma escolha conjunta do pesquisador com os pesquisados, adquirida através da votação democrática no planejamento participativo no início do bimestre da intervenção pedagógica. Como forma de esclarecimento, será explicitado mais à frente os motivos pela opção do Facebook. Outra escolha foi criar um grupo fechado no Facebook, para tratar assuntos relacionados às aulas de Educação Física: dúvidas sobre os conteúdos; postagem de vídeos; atividades encaminhadas pelos professores; textos sobre a temática; fotos das aulas; fóruns sobre o tema e dentre outros.

Mas afinal, o que é o Facebook? É uma rede social que tem por objetivo a interação de pessoas e compartilhamento de informações, vídeos, fotos, mensagens e outros arquivos.

Uma pesquisa recente da equipe GOOBEC (2018) verificou que o Facebook já atingiu a marca de 2,23 bilhões de usuários no mundo. Deste total, calcula-se que 127 milhões de brasileiros já são cadastrados nesta rede social, considerando o quantitativo da

população brasileira seja estimada em 201,1 milhões, onde 139,1 milhões já estão conectados a internet.

Na mídia social “Facebook” há um ícone onde é permitido criar grupos fechados, que funcionam como uma sala virtual privada, na qual apenas os integrantes do grupo podem interagir através de mensagens, textos, fotos, vídeos, áudio e etc. Esses grupos facilitam o diálogo entre pessoas com o mesmo objetivo, no caso deste, assuntos relacionados aos esportes nas aulas de Educação Física. Segundo Moreira & Ramos (2014), tanto a rede social quanto os grupos dentro dela podem ser usados de forma inadequada, porém, por outro lado, também podem servir para aprender, conhecer, pesquisar, desenvolver a linguagem escrita ou virtual e dentre outras.

O Facebook pode ser explorado como ferramenta pedagógica importante, principalmente na promoção da colaboração no processo educativo e ainda permite a construção crítica e reflexiva das TDIC’s. O Facebook é um espaço virtual que poderá ser considerado ambiente de aprendizagem, colaborando em atividades de educação à distância. Apesar da sua estruturação não ter essa única finalidade. Há diversas outras possibilidades a serem exploradas para o seu uso sistematizado e colaborativo.

Os internautas brasileiros passam a maior parte do tempo, quando estão online, utilizando mídias sociais. Os alunos adolescentes são os principais atores que utilizam tais redes. Nesse sentido, uma das estratégias possíveis para ampliar o tempo de estudo e, consequentemente, aumentar a relação do processo ensino-aprendizagem, uma vez que os alunos já estão familiarizados com as redes sociais.

Corroborando com esse ponto de vista, Prensky (2001) já pontuava que não se trata apenas de uma utilização de novas ferramentas. Esses novos atores sociais nascem numa perspectiva tecnológica da comunicação semanticamente pouco explorada por gerações anteriores.

[...] Os alunos de hoje – do maternal à faculdade – representam as