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MANAGEMENT ACCOUNTING AS A PERENITY INPUT FOR MICRO AND SMALL BUSINESSES: A LOOK AT THE FOCUS OF SOCIAL RESPONSIBILITY

Leonardo Graciano de Oliveira1 Camila Araújo dos Santos2 Rafael Gutierres Castanha3 Danielle Cristine da Silva Levorato4

RESUMO: O artigo abordou as temáticas contabilidade gerencial, uso estratégico da informação contábil, micro e pequenas empresas e responsabilidade social. Buscou-se expor, de forma inter-relacionada, como as informações contábeis na perspectiva da contabilidade gerencial, podem prover e garantir os princípios da responsabilidade social como condicionantes à perenidade das micro e pequenas empresas. Frente essa consideração, a pesquisa apresentou o seguinte problema: de que maneira a contabilidade gerencial pode sustentar e colocar em prática os princípios da responsabilidade social a fim de se garantir a sobrevivência das micro e pequenas empresas? Delineou-se como objetivo explanar como a contabilidade gerencial e a atuação do contador pode garantir a perenidade das micro e pequenas empresas quando compreendidas sob o enfoque da responsabilidade social. o trabalho justifica-se à medida em que a denotou como a contabilidade gerencial pode ser um insumo competitivo e de sobrevivência para as micro e pequenas empresas quando compreendidas sob o âmago dos princípios da responsabilidade social. Para a consecução dos objetivos, utilizou-se a pesquisa bibliográfica. Os resultados demonstraram que a contabilidade gerencial e os contadores devem ser os responsáveis por gerar relatórios que demonstram, de fato, a situação atual da empresa; fazer com que os efeitos e fatores que levaram a empresa à estar na situação apresentada devem ser sinceros, corretos e transparentes, a fim de deixar claro o efeito de cada decisão que deve ser tomada considerando a realidade que a organização está inserida; devem garantir que as operações da organização sejam cumpridas de acordo com o planejamento operacional e estratégico e que cada ação seja realizada de acordo com as normas éticas de comportamento; devem promover decisões e ações que demonstrem uma postura responsável, a fim de deixar claro que a empresa também se compromete com o bem estar da sociedade; gerir informações com o intuito de não somente correr o risco de sansões pelo não cumprimento de tais leis, mas porque a cultura da empresa não permite litígios que possam comprometer a índole e integridade dela como um todo; respeitar os direitos e necessidades dos usuários internos e externos da instituição.

Palavras-chave: Contabilidade Gerencial. Uso estratégico da informação contábil. Responsabilidade social. Micro e pequenas empresas.

1 Graduando em Ciência Contábeis pela Faculdade Católica Paulista (UCA). E-mail: leleo.graciano@gmail.com

2 Docente da Faculdade Católica Paulista (UCA). Doutora em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-Graduação em

Ciência da Informação da UNESP-Marília-SP. E-mail: camilaar_santos@hotmail.com

3 Docente da Faculdade Católica Paulista (UCA). Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação

da UNESP-Marília-SP. E-mail: r.castanha@gmail.com

4 Docente da Faculdade Católica Paulista (UCA). Mestre em Controladoria e Finanças Empresariais pela Universidade

ABSTRACT;The article addressed the themes management accounting, strategic use of accounting information, micro and small companies and social responsibility. We required to expose, in a consistent way, how accounting information from the perspective of management accounting can offer and agreement the principles of social responsibility as conditions for the continuity of micro and small companies. Given this consideration, the research presented the following problem: How can management accounting sustain and put into practice the principles of social responsibility in order to ensure the subsistence of micro and small enterprises? The objective was to explain how management accounting and accountant presentation can guarantee the continuity of micro and small companies when understood under the social responsibility approach. The effort is justified as it has exposed how management accounting can be a competitive and survival input for micro and small enterprises when understood under the principles of social responsibility. To achieve the objectives, we used the literature examination. The results showed that management accounting and accountants should be responsible for generating reports that demonstrate, in fact, the present situation of the company; make the effects and factors that managed the company to be in the situation presented must be sincere, correct and transparent, in order to make clear the effect of each decision that must be taken considering the reality that the organization is inserted; ensure that the organization's operations are performed in accordance with operational and strategic planning and that each action is carried out in accordance with ethical standards of behavior; They need to promote decisions and actions that demonstrate a responsible attitude in order to make it clear that the company is also committed to the well-being of society, manage information in order not only to risk sanctions for failure to fulfill with such laws, but because the company's culture does not allow disputes that may compromise the nature and integrity of the company as a whole; respect the rights and needs of the institution's internal and external users.

Keywords: Management accounting. Accounting information. Social responsibility. Micro and small enterprises and corporate mortality.

1 INTRODUÇÃO

O estudo sobre Micro e Pequenas Empresas (MPE) possui grande significado devido ao fato dos indivíduos terem a possibilidade de abrir seu próprio negócio e tornarem-se empreendedores, garantindo sua independência financeira.

Quando tratamos sobre as MPE, temos que levar em consideração diversos fatores, tais como o segmento e a vida útil do negócio/empresa, mercado competitivo, inovações e, principalmente, os motivos que causam a mortalidade desses empreendimentos.

De acordo com dados divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2018), no Brasil existem 6,4 milhões de estabelecimentos, sendo 99% de MPE. São classificadas como MPE, as empresas que faturam anualmente o valor bruto de até R$ 360.000,00 e possui uma quantidade de empregados limitador por segmento (indústria até 19 empregados e comércio e serviços até 9 empregados).

As MPE representam 52% dos empregos com carteira assinada do setor privado no Brasil (SEBRAE, 2018), ou seja, pode-se observar que as MPE representam uma faixa significativa quando o assunto é o desenvolvimento e crescimento do país.

Além das MPE, há também o Microempreendedor Individual (MEI) que é o empresário autônomo que possui em sua empresa o máximo de 1 (um) empregado e faturamento anual bruto de

até R$ 81.000,00 ou R$ 6.750,00 mensal bruto (SEBRAE, 2019). Destacamos alguns motivos pelos quais os MEI abrem seus negócios: o desejo de ter o seu próprio negócio, melhorar a qualidade de vida para complementar sua renda e o incentivo de familiares e possíveis futuros clientes por identificarem uma oportunidade de negócio (produto ou serviço inovador) (SEBRAE, 2013).

Dados divulgados pelo SEBRAE (2016), entre 2010 e 2014, mostram que a taxa de sobrevivência das empresas com até 2 (dois) anos passou de 54% para 77%. Observa-se uma melhora significativa, o que se deve muito em consideração à ampliação do número de MPE criadas no Brasil nos últimos anos.

Em contrapartida ao crescimento do número de MPE criadas no Brasil nos últimos anos, é relevante analisar também a taxa de mortalidade delas, afinal, quanto tempo uma empresa consegue manter seu negócio ativo Brasil? De acordo com os dados citados anteriormente, podemos observar que há um grande número de empresas que estão ingressando sua jornada no mercado. Porém, há um questionamento que abrange esse cenário: será que as MPE possuem o que é necessário para manter o seu negócio próspero, rentável e competitivo no mercado? Quais fatores levam à mortalidade dessas empresas?

Vários fatores podem contribuir para com que uma empresa não se mantenha estável no mercado competitivo, desde fatores básicos (como o conhecimento sobre o produto ou serviço que será prestado) e relativamente simples, até fatores mais complexos como saber qual o capital de giro necessário e os recursos necessários para iniciar e manter o negócio ativo, além de como atrair e manter parcerias, demonstrar ser uma empresa comprometida e responsável com o bem estar de seus funcionários e parceiros, ser uma empresa que não admite arbitrariedade e atitudes que denigrem a índole da empresa. Alguns fatores contribuem para o encerramento de MPE com no máximo 2 (dois) anos de atividade: falta de planejamento prévio, falta de conhecimento abrangente sobre a área ou mercado onde deseja inserir o negócio, falta de preparação profissional prévia, falta de comportamento empreendedor (SEBRAE, 2013).

Mediante o cenário sobre os fatores que contribuem para a mortalidade das MPE, destacamos o papel que a Contabilidade Gerencial pode agregar para a sobrevivência dessas empresas. No contexto das MPE e MEI, há o papel fundamental das informações geradas pela Contabilidade, visto que elas propiciam aos seus usuários base segura para as suas decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a entidade, seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades que oferece (CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DA BAHIA, [201-?]).

A Contabilidade Gerencial pode se tornar uma grande aliada quando se trata de sobrevivência das empresas, pois ela emite relatórios contábeis precisos e objetivos decorrentes de informações que

atuam diretamente com o patrimônio da empresa (PAIVA, 2012), garantindo ao MEI como ele deve gerir melhor as informações do mercado, da concorrência e da economia.

Por estar relacionada à sobrevivência das empresas, a Contabilidade Gerencial é inerente à Responsabilidade Social que consiste em um conjunto de ações que garantem o desenvolvimento sustentável e a sobrevivência das organizações. A Responsabilidade Social para as organizações representa-se pela Norma ABNT ISO 26000/2010:

Para as organizações conseguirem se manter competitivas e atrativas mediante a concorrência tão acirrada e fadada a um contexto mutável, procuram constantemente gerar um ambiente amistoso para seus colaboradores, motivador, capacitador e de qualidade, um ambiente que permita suprir as necessidades diárias dos membros organizacionais para juntos alcançarem as metas e objetivos propostos (SANTOS; YAFUSHI; SANTOS, 2017, p. 101).

A Responsabilidade Social permeia 7 (sete) princípios, são eles: Accountability (responsabilização), Transparência, Comportamento Ético, Respeito pelos interesses das Partes Interessadas (Stakeholders), Respeito pelo Estado de Direito, Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento e Respeito pelos Direitos Humanos (ABNT ISO, 2010).

As recomendações e princípios da norma ABNT ISO 26000 contribuem “[...] para que as organizações possam observar e analisar como suas atividades e seus processos decisórios podem impactar na sociedade e no meio ambiente em que a empresa está inserida” (SANTOS; YAFUSHI; SANTOS, 2017, p. 105).

Mediante o exposto, o problema da pesquisa representa-se pela seguinte questão: de que maneira a Contabilidade Gerencial pode sustentar e colocar em prática os princípios da Responsabilidade Social a fim de se garantir a sobrevivência das MPE?

Frente o exposto, o objetivo geral da pesquisa consistiu em explanar como a Contabilidade Gerencial e a atuação do contador pode garantir a perenidade das MPE quando compreendidas sob o enfoque da responsabilidade social. Para a consecução do objetivo geral, propomos os seguintes objetivos específicos: a) realizar levantamento bibliográfico sobre as temáticas contabilidade gerencial, micro e pequenas empresas (MPE) e responsabilidade social; b) mostrar como a contabilidade gerencial serve de insumo de sobrevivência no contexto das MPE em tempos de competitividade; c) discursar sobre o papel da responsabilidade social nas MPE; d) expor de que maneira a contabilidade gerencial tem o potencial de desenvolver os 7 (sete) princípios da responsabilidade social para prover o uso estratégico da informação contábil e a perenidade das MPE. O trabalho justifica-se à medida em que a denotou como a contabilidade gerencial pode ser um insumo competitivo e de sobrevivência para as MPE quando compreendidas sob o âmago dos princípios da responsabilidade social.

Para o desenvolvimento do trabalho, selecionamos a pesquisa bibliográfica, que consiste em levantar informações e dados por meio de livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins e dentre outros (PRODANOV, 2013). Para o levantamento bibliográfico da literatura, foram utilizadas as seguintes fontes: artigos científicos selecionados principalmente da biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online (Scielo), consulta a livros na ‘Minha Biblioteca’1, dissertações e teses da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e anais de eventos. As palavras-chave que propiciaram a elaboração de estratégias de buscas bibliográficas foram: contabilidade gerencial, informação contábil, uso estratégico das informações, micro e pequenas empresas, mortalidade e perenidade das empresas e responsabilidade social.

2 CONTABILIDADE GERENCIAL: USO ESTRATÉGICO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL

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