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MEDIANA DO TEMPO DE ESPERA (MESES) LIC ARSC, IP

ÁREAS DE SUPORTE

MEDIANA DO TEMPO DE ESPERA (MESES) LIC ARSC, IP

4,9 4,4 4,6 3,6 3,5 3,5 4,0 3,8 3,0 4,0 5,0 Ma r 2008 Jun2008 S et 2008 D ez 2008 Ma r 2009 Jun 2009 S et 2009 D ez 2009

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TELEMEDICINA

A Telemedicina, e em sentido mais lato, a tele-saúde, têm vindo a assumir progressiva importância na organização, gestão e implementação dos cuidados de saúde face às actividades potenciadas por uma tecnologia em constante desenvolvimento.

Assim, áreas como a tele-enfermagem, os cuidados continuados e o apoio domiciliário emergem como novos campos em que a telemedicina pode ter um papel crucial em termos facilitação de acessibilidade, diminuição dos custos, aumento de eficácia e rapidez no apoio e intervenção.

A área dos cuidados continuados é uma área emergente em telemedicina/telesaúde uma vez esta tecnologia poderá aumentar os ganhos em saúde (qualidade de vida e bem-estar) dos utentes, reduzindo custos associados ao diagnóstico e tratamento e contribuindo decisivamente para a valorização profissional e segurança dos agentes prestadores de cuidados e para o aumento da credibilidade e confiança no sistema de saúde.

Transcendência e pertinência do problema do Problema de Saúde Pública

Numa altura em que os custos da saúde continuam em crescendo, a exigência dos utentes é, felizmente, cada vez maior, e a diferença entre uma boa ou menos conseguida qualidade de prestação de cuidados passa cada vez mais pela rapidez do acesso ao diagnóstico e decisão terapêutica, articulação eficaz e célere dos diversos cuidados, eliminação de redundâncias e gestão da informação clínica de modo seguro, organizado e acessível em todos os pontos do sistema de saúde, um sistema como a telemedicina, deverá constar na agenda de qualquer plano de acção no âmbito da Saúde e, por maioria de razão, faz todo o sentido a sua inclusão como programa transversal da Administração Regional de Saúde do Centro.

Por outro lado, a sua adaptação e enormes vantagens que pode oferecer em campos emergentes, como o dos cuidados domiciliários e apoio à Rede de Cuidados Continuados, reforçam a pertinência da sua implementação de forma alargada e cada vez mais sistematizada.

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Finalidade e objectivos gerais

• O Programa de Telemedicina/Tele-Saúde da ARSC tem como finalidade assegurar o acesso a cuidados de saúde de qualidade mediante a utilização eficiente de tecnologia médica emergente.

• A estratégia assenta na melhoria de funcionamento e rentabilização dos programas já em curso e das plataformas já instaladas, aumentado as taxas de utilização de utilizadores profissionais e de utentes integrados nas teleconsultas (estratégia de optimização dos recursos).

• Complementarmente tem como objectivo aumentar o âmbito de actuação e de instituições abrangidas, não só através de novos programas em áreas clínicas e assistenciais específicas, como ainda pela instalação de mais plataformas em centros e saúde e hospitais.

Actividades a desenvolver

− Apoio à urgência

Na sequência dos programas já implementados, nomeadamente entre hospitais e entre hospitais e centros de saúde, irá proceder-se ao aperfeiçoamento e rentabilização dos programas e sistemas organizacionais em curso, privilegiando as ligações entre serviços de urgência dos diversos níveis, de modo a possibilitar a todo o momento o acesso e comunicação entre profissionais das diversas instituições. Haverá especial ênfase na implementação e apoio às Vias Verdes, e articulação com o INEM.

PRECOCE:

Trata-se de um programa destinado a referenciar e apoiar a decisão terapêutica de forma precoce as situações suspeitas de enfarte agudo do miocárdio, embora tenha vindo a incluir outras patologias cardiológicas agudas, em articulação entre as UCIC e os centros de saúde (nomeadamente SUB).

Este programa está implementado no terreno há bastante tempo, embora ainda não suficientemente alargado, pelo que se irá promover uma melhor articulação entre as entidades já em actividade, e procurar alargar a outras, nomeadamente às SUB.

118 − Inter-urgências

Estando já instalada uma plataforma na urgência dos HUC, bem como uma máquina adicional para transferência de ficheiros de imagem (nomeadamente TAC e RX) foi dado início à comunicação com o Hospital da Cova da Beira e SUB de Arganil. Considera-se pertinente ligar igualmente as plataformas dos restantes hospitais onde já estão instaladas para outras actividades, apenas sendo necessário elaborar os respectivos protocolos e fazer algumas adaptações na rede informática.

Será objecto de proposta a um nível decisório a instalação de uma plataforma nos CHC e no Hospital de Pombal.

− Consulta programadas

Pretende-se alargar o âmbito das especialidades em 25%, o número de utilizadores profissionais em 25% e o número de teleconsultas em 30%.

De igual modo se prevê alargar o número de plataformas a pelo menos mais 3 centros de saúde e dois hospitais (CHC e Pombal).

A nível do Departamento de Pediatria do CHC (“Hospital Pediátrico”), pretende-se ultrapassar as 1000 teleconsultas/ano.

− Coimbra Pneumo-XXI

Em 2009 foram iniciadas as consultas com o Centro de Saúde de Arganil e em 2010 prevê-se iniciar as teleconsultas entre os HUC e os centros de saúde de Cantanhede, Vila Nova de Poiares (em desabituação tabágica) e Sertã, cumprindo-se assim integralmente o 3º ano do programa inicialmente proposto para 5 anos.

− Cuidados Continuados

• Prevê-se iniciar pelo menos um projecto-piloto nesta área, envolvendo médicos, enfermeiros e assistentes sociais, já havendo delineado um protocolo com o ACES do Baixo Mondego 3/Centro de Saúde de Cantanhede, Hospital de Cantanhede e HUC.

• Prevê-se ainda o alargamento do apoio de outras instituições, nomeadamente IPO, CHC e Segurança Social.

119 − Contactos internacionais

• Continuar as experiências já em curso, nomeadamente através das ligações do Hospital Pediátrico com Angola e Cabo Verde, e ainda com Madrid, aumentando em 25% o número de teleconsultas.

• Estudar e delinear um programa de articulação entre algumas especialidades hospitalares e serviços similares em países de expressão portuguesa, eventualmente com patrocínio a nível dos Governos e CPLP.

− Tele-enfermagem

• Propor ao Conselho Directivo da ARSC a indigitação de um assessor enfermeiro para tele-enfermagem junto da ARSC;

• Promover acções de formação para enfermeiros – em articulação com o Gabinete de Formação da ARSC;

• Alargar as experiências já iniciadas (Guarda e Aveiro) a pelo menos mais 4 centros de saúde em articulação com a plataforma de teleconsulta dos HUC.

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FORMAÇÃO

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