• Nenhum resultado encontrado

P ROMOÇÃO DA S AÚDE EM MEIO ESCOLAR

ÁREAS DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE

ANO NASCIMENTO 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

2. P ROMOÇÃO DA S AÚDE EM MEIO ESCOLAR

O Plano Nacional de Saúde 2004/2010 define prioridades de saúde sendo que no seu Volume I, (p. 45), destaca o papel primordial da escola na promoção da saúde: “A

escola desempenha um papel primordial no processo de aquisição de estilos de vida e a intervenção da saúde escolar, dirigida ao grupo específico das crianças e dos jovens escolarizados pode favorecer, ao mesmo tempo que complementa a prestação de cuidados personalizados”.

54 A Organização Mundial da Saúde (OMS) no documento Health for All estabeleceu metas de saúde para os próximos anos, em que os estilos de vida saudáveis e a promoção da saúde têm uma abordagem privilegiada no ambiente escolar, e em que os serviços de saúde têm um importante papel na promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento, no que se refere à saúde das crianças e à escolarização.

Este mesmo documento da OMS refere, na sua Meta 13, que “em 2015, 50% das

crianças que frequentam o Jardim-de-infância e 95% das que frequentam a escola devem integrar estabelecimentos de educação e ensino promotores de saúde”,

definindo Escola Promotora de Saúde (EPS) como “aquela que inclui a educação para a

saúde no currículo e possui actividades de saúde escolar”.

A escola, em conjunto com os alunos, pais e professores, trabalhando com as suas comunidades e conselheiros de saúde, constitui-se como um meio ímpar para projectar programas de intervenção e avaliar resultados.

Portugal integra a Rede Europeia de Escolas Promotoras de Saúde desde 1994. Após a experiência piloto os Ministérios da Educação e da Saúde assumiram o compromisso no sentido de criarem condições para que os profissionais de saúde e educação pudessem assumir a promoção da saúde na escola como um investimento que resultará em ganhos em saúde significativos.

Transcendência e pertinência do problema de Saúde Pública

Os profissionais que integram as equipas de saúde escolar apoiam o desenvolvimento do processo de promoção da saúde em meio escolar, podendo a maior parte dos problemas de saúde e de comportamentos de risco serem significativamente reduzidos e prevenidos através da sua intervenção efectiva.

As equipas de saúde escolar apoiam/desenvolvem projectos específicos de promoção da saúde, abrangendo todos os graus de ensino em áreas diversas como: vida activa saudável, educação alimentar, educação sexual, relações interpessoais, absentismo escolar, consumos nocivos, trabalho infantil, cidadania, prevenção da violência e outros, tendo larga experiência no estabelecimento de parcerias com outras instituições, comissões, organizações não-governamentais e outros.

55

Finalidade

O Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE) visa promover e proteger a saúde, bem- estar e sucesso educativo das crianças e jovens escolarizados.

Estratégias/Actividades a desenvolver

• Apoiar a implementação do PNPSE em todos os ACES/ULS da área de jurisdição territorial da ARS do Centro, IP

• Promover uma articulação efectiva com a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) e outros parceiros relevantes

• Promover uma articulação efectiva com outros programas/projectos dirigidos à população escolar

• Apoiar no desenvolvimento, monitorização e avaliação de projectos regionais/locais no âmbito da saúde escolar

• Avaliar a execução do PNPSE

Objectivo

Aumentar as taxas de cobertura da comunidade educativa da Região Centro por actividades de saúde escolar.

Metas

• ACeS com implementação do PNPSE: 100%

• Jardins de infância (JI) abrangidos pelo programa de saúde escolar: 90% • Escolas do 1º ciclo do EB abrangidas pelo programa de saúde escolar: 90% • Escolas do 2º e 3º ciclos do ensino básico (EB) e ensino secundário

abrangidos pelo programa de saúde escolar (SE): 80% • Alunos do pré-escolar abrangidos por SE: 85%

56 • Alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico e ensino secundário abrangidos por

SE: 50%

• Alunos do pré-escolar em PBSO: 60% • Alunos do 1º ciclo em PBSO: 80%

• Alunos de 6 anos com exame global de saúde (EGS) realizado: 80% • Alunos de 13 anos com EGS realizado: 50%

• Alunos do pré-escolar com PNV actualizado: 95% • Alunos de 6 anos com PNV actualizado: 95% • Alunos de 13 anos com PNV actualizado: 90%

• Escolas em PNSE com avaliação das condições de segurança, higiene e saúde do meio ambiente e do edifício escolar: 40%

• Escolas que melhoraram relativamente à avaliação anterior: 25%.

2.1. SAÚDE ORAL

O Programa Nacional de Saúde Oral em Saúde Escolar, desenvolve-se desde 1986, tendo sido revisto em 1999 e mais recentemente em 2005. Foi divulgado através da circular normativa (CN) nº1/DSE de 18/01/2005 da DGS, tendo passado a designar-se por Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO).

O PNPSO desenha uma estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças orais, desenvolvendo-se ao longo do ciclo de vida e nos ambientes onde as crianças e jovens vivem e estudam.

Em 2008 foi aprovado o alargamento do programa a mulheres grávidas e idosos beneficiários do Complemento Solidário, utentes do SNS, divulgado através da CN nº 7/DSPPS/DCVAE de 15/04/2008.

Mais recentemente, através da CN nº 2/DSPPS/DCVAE de 9/01/2009 da DGS, efectuou-se nova revisão e reestruturação do PNPSO, com base em procedimentos simplificados e orientados para a satisfação das necessidades de saúde oral, aumentando a cobertura de cuidados preventivos e curativos prestados por profissionais especializados às crianças e jovens que frequentam escolas públicas e

57 instituições de solidariedade social, de forma a criar condições facilitadoras da manutenção da saúde oral ao longo da vida.

Assim, a partir de 2009, e após reformulação médico-dentária, o programa passa a abranger, de acordo com o mesmo modelo contratual de utilização (cheque-dentista), três segmentos populacionais prioritários, utentes do SNS:

1. Crianças e jovens que frequentam escolas públicas e instituições privadas de solidariedade social;

2. Mulheres grávidas;

3. Idosos beneficiários do Complemento Solidário.

Transcendência e pertinência do problema de Saúde Pública

As doenças orais constituem, pela sua elevada prevalência, um dos principais problemas de saúde da população infantil e juvenil. No entanto, se adequadamente prevenidas e precocemente tratadas, a cárie e as doenças periodontais são de uma elevada vulnerabilidade, com custos económicos reduzidos e ganhos em saúde relevantes, influenciando o estado de saúde, bem-estar e qualidade de vida.

A Organização Mundial da Saúde aponta para 2020 metas para a saúde oral que exigem um reforço das acções de promoção da saúde e prevenção das doenças orais e um maior envolvimento dos profissionais de saúde e de educação, dos serviços públicos e privados.

A intervenção de promoção da saúde oral, que se inicia durante a gravidez e se desenvolve ao longo da infância, em Saúde Infantil e Juvenil, consolida-se no jardim- de-infância e na escola, através da Saúde Escolar. Os cuidados dentários, não satisfeitos no Serviço Nacional de Saúde, às crianças e jovens em programa, serão satisfeitos através de contratualização.

Também o Programa Envelhecimento Activo da OMS recomenda a promoção da saúde oral neste grupo populacional, sendo que a ausência parcial ou total de dentes traz graves consequências a nível da saúde física e emocional, dificultando a comunicação interpessoal e promovendo o isolamento.

58

Finalidade

Assegurar a prestação equitativa de cuidados de saúde oral, ao longo do ciclo de vida, com base em procedimentos simplificados e orientados para a satisfação de necessidades de saúde oral nas idades de maior vulnerabilidade, garantido um melhor acesso aos serviços e um alargamento progressivo das populações abrangidas.

Estratégias/Actividades a desenvolver

• Apoiar a implementação do PNPSO em todos os ACES/ULS da Região Centro;

• Reunir com os responsáveis pelo programa a nível dos ACES/ULS; • Promover a articulação com outras entidades/instituições/profissionais; • Promover a articulação com outros programas/projectos com relevância

para o programa;

• Apoiar no desenvolvimento, monitorização e avaliação de projectos regionais/locais no âmbito da saúde oral;

• Avaliar no final de cada ano a execução do PNPSO.

Objectivos

• Reduzir a incidência e a prevalência de cárie dentária.

• Melhorar conhecimentos e comportamentos sobre saúde oral.

Metas

• ACeS/ULS que fazem a distribuição de suplementos de flúor: 100%

• ACeS/ULS a implementar boas práticas de higiene oral (escovagem): 100% • ACeS/ULS com actividades de educação em saúde oral: 100%

59 • ACeS/ULS em Programa de Contratualização para Grávidas (SOG): 100% • ACeS/ULS em Programa de Contratualização para Idosos (SOPI): 100%

3. SAÚDE OCUPACIONAL

A Saúde Ocupacional (SO) é uma área de intervenção multidisciplinar que tem como finalidades, segundo a OMS/OIT, a prevenção dos riscos profissionais e a vigilância e promoção da saúde dos trabalhadores.

A saúde dos trabalhadores da saúde tem sido objecto de diversos documentos legislativos, nomeadamente a partir da década de 90 do século passado e presentemente é contemplada pela Lei 59/2008, de 11 de Setembro, que aprovou o regime de contrato de trabalho em funções públicas.

Embora o actual regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho tenha legislação própria, Lei n.º 102/2009 de 10 de Setembro, que regulamenta o artigo 284º do Código do Trabalho, ao sector público e aos trabalhadores que exerçam funções nos serviços de administração directa, indirecta, regional e local aplica-se a anterior legislação que tem por base o Decreto-Lei n.º 441/91 de 14 de Novembro e os que o sucederam.

Na saúde existem outras modalidades de serviços ou de estabelecimentos, nomeadamente as entidades públicas empresariais a quem formalmente não é aplicável o regime de segurança, higiene e saúde no trabalho referidos no Capítulo IV do Anexo I e Capítulos III e XIII do Anexo II da Lei n.º 59/2008, estando abrangidos pelo regime geral de segurança e saúde no trabalho (Lei n.º 102/2009).

Os trabalhadores das administrações regionais de saúde (ARS) e dos agrupamentos de centros de saúde (ACES) exercem a actividade profissional em condições que configuram potenciais situações de risco profissional, nomeadamente acidentes de trabalho ou em serviço, doenças profissionais e outras doenças relacionadas com o trabalho.

60 De acordo com o artigo 221º do Anexo I da Lei n.º 59/2008, constitui um direito do trabalhador a prestação do trabalho em condições de segurança, higiene e saúde asseguradas pela entidade empregadora pública.

Objectivo geral

Protecção e promoção da saúde dos trabalhadores que desempenham funções nos estabelecimentos da área de influência da ARSC independentemente do vínculo e contrato laboral e sector de actividade

Objectivos específicos

• Prevenção da ocorrência de acidentes de trabalho e de doenças profissionais

• Identificação, monitorização e vigilância dos riscos profissionais e das condições ambientais dos locais de trabalho

• Vigilância da saúde dos trabalhadores, nos termos da legislação em vigor

• Implementação dos serviços de segurança e saúde no trabalho da sede da ARSC, serviços desconcentrados (ACES) e ULS da Guarda e de Castelo Branco.

Actividades a desenvolver

• Vigilância da saúde dos trabalhadores da sede da ARSC, serviços desconcentrados (ACES) e ULS da Guarda e de Castelo Branco

• Acções de sensibilização, informação e formação sobre riscos profissionais e medidas preventivas face à saúde destinadas a empregadores e sociedade em geral – em parceria interna (programas e serviços relevantes da ARSC) e externa (intersectorial)

• Investigação em segurança, higiene e saúde no trabalho – em parceria interna (ARSC) e externa (instituições de ensino superior e entidades relevantes, públicas e privadas).

61

Documentos relacionados