De acordo com o artigo n.º 11 do Decreto-Lei n.º 232/2007, cabe à entidade que elabora o
Plano, avaliar e controlar os efeitos significativos sobre o ambiente e o território decorrentes da aplicação do mesmo e verificar em que medida as recomendações constantes da Declaração Ambiental estão a ser adoptadas, permitindo corrigir eventuais efeitos negativos imprevistos.
Pretende-se que o produto resultante da AAE tenha uma dupla vertente de instrumento de apoio à decisão técnico-política no âmbito do processo de elaboração do PERH, mas também de base documental para a prossecução de outros planos, estudos ou projectos decorrentes deste. No presente capítulo sistematizam-se as medidas preconizadas para fazer face aos principais efeitos elencados e que se constituirão como recomendações a incorporar no PERH.
Quadro 27 – Medidas e recomendações para o PERH EIXO DO PERH COM
QUE A MEDIDA SE ENCONTRA RELACIONADA OBJECTIVO DA AAE SOBRE O QUAL A MEDIDA EXERCE EFEITOS POSITIVOS MEDIDAS E RECOMENDAÇÕES EIXO I – PREVENÇÃO OAAE 3 – Reduzir a perigosidade dos resíduos hospitalares
- Além da inventariação dos produtos/materiais perigosos e equipamentos que os contenham prevista na Acção AI.2.1, o PERH deverá assegurar a promoção de estudos/acções de substituições de substâncias perigosas presentes nos materiais e produtos por outras menos perigosas, para amplificar o efeito positivo destas acções.
OAAE 6 – Assegurar um tratamento e destino final adequado para os resíduos hospitalares OAAE 10 – Proteger a degradação da qualidade ambiental (qualidade do ar, qualidade a água, solo e ruído)
- A proposta de desenvolvimento de uma metodologia para avaliação dos riscos e perigos para o ambiente e saúde humana (proposta na Acção AI.3.2) deverá incluir a monitorização da qualidade das águas residuais produzidas nas unidades de tratamento de resíduos hospitalares.
Página 91 EIXO IV – OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO OAAE 2- Aumentar as taxas de reutilização, reciclagem e outras formas de valorização dos resíduos hospitalares
- Incluir no quadro das metas e indicadores do PERH, as metas previstas relativamente ao aumento da quantidade da recolha selectiva de matéria orgânica e de multi-material, de respectivamente 1310 t e 38236 t em 2016.
- Assegurar medidas de promoção e incentivo à deposição selectiva dos resíduos hospitalares nas UPCS, de forma a facilitar e incentivar a reciclagem e valorização dos mesmos.
- Fornecer as orientações necessárias para que os Planos de Gestão a serem elaborados e implementados pelas UPCS prevejam metas de triagem das fracções de resíduos valorizáveis. Deverá, ainda, ser considerada nesses planos a melhoria contínua das metas estabelecidas
OAAE 5 – Promover a auto-suficiência
- Promover a adopção do princípio da proximidade, ou seja potenciar que futuras instalações de tratamento e/ou armazenagem de resíduos hospitalares tenham em devida consideração o princípio da proximidade relativamente aos locais de produção de resíduos hospitalares, de forma a minimizar as distâncias de transporte de resíduos.
OAAE 10 – Proteger a degradação da qualidade ambiental (qualidade do ar, qualidade a água, solo e ruído)
- Assegurar a promoção da redução da emissão de gases com efeito de estufa.
OAAE 11 – Minimizar as emissões com efeito de estufa
OAAE 12 – Minimizar os impactes associados ao transporte de resíduos hospitalares
- Promover a minimização dos impactes ambientais dos transporte, nomeadamente através de:
promoção da utilização de combustíveis alternativos.
promoção da optimização de rotas.
implementação de sistemas de contabilização das distâncias percorridas e contabilização de combustível gasto para cálculo das emissões de gases com efeito de estufa.
OAAE 6 – População e saúde
- Assegurar a promoção do bom desempenho ambiental das unidades de tratamento de resíduos hospitalares.
OAAE 13– Assegurar o
bom desempenho
ambiental das unidades
OAAE 17 – Actualizar e adequar o quadro legislativo em matéria de gestão dos resíduos hospitalares
- Assegurar que a revisão do quadro legal em matéria de resíduos hospitalares toma em consideração as orientações definidas a nível nacional e internacional sobre a matéria e que, entre outras:
clarifica as competências em matéria de gestão de resíduos hospitalares,
promove a actualização da classificação dos resíduos hospitalares,
faz referência aos resíduos radioactivos na classificação que vier a ser adoptada.
EIXO V – ACOMPANHAMENTO E CONTROLO
OAAE 6 – Assegurar um tratamento e destino final adequado para os resíduos hospitalares OAAE 10 – Proteger a degradação da qualidade ambiental (qualidade do ar, qualidade a água, solo e ruído)
- Na avaliação e monitorização da eficácia e qualidade do processo de tratamento dos resíduos hospitalares prevista na Acção AV1.5, assegurar a inclusão da avaliação e monitorização das emissões para o ambiente provenientes desses processos de tratamento.
- Promover a realização de auditorias em instalações de tratamento de resíduos hospitalares.
EIXO I E EIXO IV
OAAE 8 – Proteger a biodiversidade, paisagem e património
- De forma a garantir a protecção da biodiversidade, paisagem e património, o PERH deverá assegurar que a eventual instalação de novas unidades de tratamento de resíduos:
não ocorra em zonas de elevada importância ecológica nem afectem REDE Natura 2000,
não afecte zonas de interesse paisagístico,
não interfira com valores patrimoniais de interesse, classificados ou não,
Caso a eventual instalação de novas unidades de tratamento de resíduos venha a interferir com áreas protegidas, deverá ser cumprido o que a este respeito se encontrar definido em enquadramento legal específico.
OAAE 9 – Assegurar a compatibilização com as orientações de gestão territorial
- De forma a garantir a compatibilização com as orientações de ordenamento do território, o PERH deverá assegurar que a eventual instalação de novas unidades de tratamento de resíduos:
minimizem interferências com os instrumentos de gestão territorial em vigor nos diferentes níveis territoriais.
minimizem a afectação de zonas de elevada concentração populacional