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103Mobilidade do pessoal docente:

PARTE II – Resultados da intervenção

103Mobilidade do pessoal docente:

„Admitindo-se que o grau de mobilidade do pessoal docente nos é dado pelo número de professores

que anualmente se desloca inter-escolas, podemos admitir, pela análise das colocações e afectações decorrentes do concurso de professores externo e pela oferta de horários por parte das escolas, que o grau de mobilidade do pessoal docente foi aproximadamente de 28,0% (faltam dados referentes ao concurso interno e às requisições). Este grau de mobilidade era maior na DREALG (36,6%) e na DREALE (32,7%) e menor na DREL – 24,9% (gráfico 76 e anexo 10.30).

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„ Conformidade normativa – situações de incumprimento

No decurso da actividade foram detectadas situações de desconformidade com a legislação, no que diz respeito aos seguintes itens:

„JI que não definiram o início e termo das actividades;

„JI que encerravam antes das 17H30 e estavam abertos menos de oito horas diárias; „Escolas do 1.º ciclo que funcionavam injustificadamente em regime duplo;

„Escolas do 1.º ciclo com refeitório escolar com intervalo inferior a uma hora;

„Escolas do 1.º ciclo sem refeitório escolar com intervalo inferior a uma hora e trinta minutos; „Escolas do 1.º ciclo que encerravam antes das 17H30 e estavam abertos menos de oito horas diárias; „Turmas dos 2.º e 3.º ciclos com furos nos horários;

„Turmas dos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário que não respeitam o intervalo de uma hora

após o almoço para a prática de Educação Física;

„Turmas dos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário com intervalo para almoço inferior a uma hora; „Turmas dos 2.º e 3.º ciclos com excesso de blocos no mesmo dia;

„Horários dos docentes dos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário que não respeitavam os critérios; „Grupos na educação pré-escolar;

„Turmas no 1.º ciclo do ensino básico; „Turmas no 2.º ciclo do ensino básico; „Turmas no 3.º ciclo do ensino básico; „Grupos-disciplina no ensino secundário;

„Cursos de educação formação e profissionais de nível secundário; „Semanários-horários docentes com horas extraordinárias; „Docentes destacados por condições específicas;

„Destacamento de docentes dos quadros (artigos 40.º a 42.º do Decreto-Lei n.º 35/2003,

de 27 de Fevereiro);

„Contratação de professores (artigo 43.º do Decreto-Lei n.º 35/2003, de 27 de Fevereiro).

Início e termo das actividades na educação pré-escolar

Na educação pré-escolar, as datas de início e termo das actividades e dos períodos de interrupção são definidas em reunião a realizar para o efeito com o responsável pela direcção do estabelecimento, os pais e os representantes do município, nos termos do n.º 2 do art.º 6.º do Despacho Normativo n.º 24/2000, de 19 de Abril, publicado no Diário da República, n.º 109, I-B de 11 de Maio e do n.º 1 do Despacho n.º 16 350/2005, de 7 de Julho, publicado no Diário da República n.º 143, II Série, de 27 de Julho.

Assim, verificou-se que:

„Em 41 dos jardins-de-infância intervencionados (4,1%) não tinham sido correctamente definidos

o início e o fim das actividades educativas: na DREL 14 (6,8%); na DREALE 11 (15,7%); na DREN 10 (2,4%) e na DREALG 2 (10,0%) (gráfico 77 e anexo 2.1).

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Gráfico 77 – Jardins-de-infância que não definiram

a data de início e termo das actividades educativas

Funcionamento dos jardins-de-infância

Os jardins-de-infância manter-se-ão obrigatoriamente abertos pelo menos até às 17H30 e no mínimo oito horas diárias, nos termos do n.º 5 do Despacho n.º 16 795/2005, de 14 de Julho, publicado no Diário da

República n.º 1 48, II Série, de 3 de Agosto.

Assim, verificou-se que:

„441 dos jardins-de-infância intervencionados (45,0%) encerravam antes das 17H30: na DREL 113

(56,8%); na DREALE 32 (48,5%); na DREC 124 (44,1%); na DREN 168 (40,7%) e na DREALG 4 (20,0%) (gráfico 78 e anexo 2.2);

„363 dos jardins-de-infância intervencionados (38,5%) estavam abertos menos de oito horas diárias:

na DREL 99 (51,8%); na DREC 105 (38,7%); na DREN 136 (33,7%); na DREALE 19 (32,8%) e na DREALG 4 (20,0%) (gráfico 78 e anexo 2.3);

Gráfico 78 – Encerramento antes das 17H30

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Regime de funcionamento das escolas do 1.º ciclo do ensino básico

As actividades curriculares no 1.º ciclo do ensino básico são obrigatoriamente organizadas em regime normal. A título excepcional, dependendo da autorização da respectiva direcção regional de educação e unicamente desde que as instalações não o permitam, tendo em conta o número de turmas constituídas no estabelecimento de ensino relativamente às salas disponíveis, poderá a actividade curricular no 1.º ciclo do ensino básico ser organizada em regime duplo, com um turno de manhã e outro de tarde, n.º 4.2.1 do Despacho Conjunto n.º 373/2002, publicado no Diário da República, II Série, de 23 de Abril, alterado e republicado pelo Despacho n.º 13 765/2004, publicado no Diário da República, de 13 de Julho, II Série, e pelo Despacho n.º 16 068/2005, publicado no Diário da República, de 22 de Julho, II Série, e do ponto 3 e 4 do Despacho n.º 16 795/2005, de 14 de Julho, publicado no Diário da República n.º 148, II Série, de 3 de Agosto.

Assim, verificou-se que:

„92 das escolas intervencionadas (5,4%) funcionavam em regime duplo injustificadamente:

na DREN 79 (11,0%); na DREALE 4 (3,6%); na DREALG 1 (3,2%); na DREL 6 (1,7%) e na DREC 2 (0,4%) (gráfico 79).

Gráfico 79 – Escolas que funcionam em regime duplo injustificadamente

Horário de funcionamento das escolas do 1.º ciclo do ensino básico

Sempre que as actividades escolares decorram nos períodos da manhã e da tarde, o intervalo do almoço não poderá ser inferior a uma hora para estabelecimentos de ensino dotados de refeitório e de uma hora e trinta minutos para os restantes, nos termos do n.º 4.4 do Despacho Conjunto n.º 373/02, publicado no Diário da República, II Série, de 23 de Abril, alterado e republicado pelo Despacho n.º 13 765/2004, publicado no Diário da República, II Série, de 13 de Julho, e pelo Despacho n.º 16 068/2005, publicado no Diário da República, II Série, de 22 de Julho.

Sem prejuízo da normal duração semanal e diária das actividades curriculares no 1.º ciclo do ensino básico, os respectivos estabelecimentos manter-se-ão obrigatoriamente abertos pelo menos até às 17H30 e no mínimo oito horas diárias. Com excepção para os estabelecimentos que funcionem em regime duplo, por falta de instalações, bem como, cumulativamente, os estabelecimentos do mesmo tipo situados em zonas isoladas e que tenham comprovada carência de recursos humanos, nos termos dos n.º 5 e 6 do Despacho n.º 16 795/2005, de 14 de Julho, publicado no Diário da República n.º 148, II Série, de 3 de Agosto.

Assim, verificou-se que:

„12 escolas da DREL (3,4%) com refeitório escolar não respeitavam o intervalo de uma hora para

almoço (gráfico 80 e anexo 2.5);

„82 escolas (4,8%) sem refeitório escolar não respeitavam o intervalo de uma hora e trinta minutos,

sendo 22 (20,0%) da DREALE, 34 (5,0%) da DREN, 15 (4,3%) da DREL e 11 (2,1%) da DREC (gráfico 80 e anexo 2.5);

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Gráfico 80 - Escolas que não respeitaram o intervalo para almoço

„915 das escolas intervencionadas (57,8%) encerravam antes das 17H30, sendo 365 (71,9%)

da DREC, 60 (61,9%) da DREALE, 337 (52,3%) da DREN, 152 (49,0%) da DREL e 1 (4,2%) da DREALG (gráfico 81 e anexo 2.6);

„944 das escolas intervencionadas (59,1%) estavam abertas menos de oito horas diárias: 353 (71,5%)

na DREC; 59 (59,0%) na DREALE; 362 (55,4%) na DREN; 169 (53,1%) na DREL e 1 (3,2%) na DREALG (gráfico 81 e anexo 2.7).

Gráfico 81 – Encerramento antes das 17H30

e menos de 8 horas de funcionamento

Critérios de constituição das turmas do ensino básico e do ensino secundário

Na constituição das turmas devem prevalecer critérios de natureza pedagógica definidos no projecto educa- tivo da escola, competindo ao órgão de direcção executiva aplicá-los no quadro de uma eficaz gestão e renta- bilização de recursos humanos e materiais existentes e no respeito pelas regras constantes no n.º 5.1 do Despacho Conjunto n.º 373/2002, publicado no Diário da República, II Série, de 23 de Abril, alterado e republicado pelo Despacho n.º 13 765/2004, publicado no Diário da República, II Série, de 13 de Julho, e pelo Despacho n.º 16 068/2005, publicado no Diário da República, II Série, de 22 de Julho.

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Assim, verificou-se que:

Não tinham sido definidos critérios para a constituição das turmas:

„27,5% das escolas do 1.º ciclo, com particular incidência na área geográfica da DREALE; „23,7% das escolas do 2.º ciclo, com particular incidência na área geográfica da DREALE; „21,5% das escolas do 3.º ciclo, com particular incidência nas áreas geográficas da DREALG,

DREALE e DREN;

„24,5% das escolas do ensino secundário, com particular incidência na área geográfica da DREALG.

Nota: Cfr. gráfico 82 e anexos 2.9, 2.10, 2.16, e 2.22.

Gráfico 82 – Não definição de critérios

para a constituição das turmas

Horários das turmas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário

Sempre que as actividades escolares decorram nos períodos da manhã e da tarde, o intervalo do almoço não poderá ser inferior a uma hora para estabelecimentos de ensino dotados de refeitório e de uma hora e trinta minutos para os restantes, nos termos do n.º 4.4 do Despacho Conjunto n.º 373/02, publicado no Diário da

República, II Série, de 23 de Abril, alterado e republicado pelo Despacho n.º 13 765/2004, publicado no Diário da República, II Série, de 13 de Julho, e pelo Despacho n.º 16 068/2005, publicado no Diário da República, II Série,

de 22 de Julho.

As aulas de Educação Física só poderão iniciar-se uma hora depois de findo o período que a escola definiu para almoço, nos termos do n.º 4.5 do Despacho Conjunto n.º 373/2002, publicado no Diário da República, II Série, de 23 de Abril, alterado e republicado pelo Despacho n.º 13 765/2004, publicado no Diário da República, II Série, de 13 de Julho, e pelo Despacho n.º 16 068/2005, publicado no Diário da República, II Série, de 22 de Julho.

Na obra Reorganização curricular do ensino básico: princípios, medidas e implicações, publicada pelo DEB em 21 de Julho de 2001, recomenda-se que as turmas deverão ter, em média, no 2.º ciclo, entre os 3 e os 3,5 blocos de 90 minutos e no 3.º ciclo um valor próximo dos 3,5 blocos, sendo conveniente que não ultrapassem o equivalente a 4 blocos num mesmo dia e se atenda à natureza dominante dos tipos de actividades em que os alunos estarão envolvidos várias horas seguidas.

Assim, verificou-se que:

O intervalo de uma hora e trinta minutos para almoço era respeitado em todas as turmas do 2.º ciclo, excep- to em nove da área geográfica da DREN. Por sua vez, o intervalo de uma hora para almoço era respeitado

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pela totalidade das turmas da DREALE. Nas restantes DRE, o intervalo de uma hora para almoço não era respeitado em:

„152 turmas do 2.º ciclo; „276 turmas do 3.º ciclo;

„109 turmas do ensino secundário;

Nota: Cfr. gráfico 83 e anexos 2.13, 2.19, e 2.24.

Gráfico 83 – Turmas com intervalo para

almoço inferior a uma hora

Na prática de Educação Física não era respeitado o intervalo de uma hora depois de findo o período que a escola definiu para almoço em (gráfico 84 e anexos 2.13, 2.19 e 2.24):

„23 turmas do 2.º ciclo, sendo 18 da DREC, 4 da DREN e 1 da DREALE; „50 turmas do 3.º ciclo (todas as turmas da DREALG respeitavam este intervalo); „21 turmas do ensino secundário, sendo 13 da DREL e 8 da DREC;

Gráfico 84 – Turmas com Educação Física que não

respeitam o intervalo após o almoço

„99 das turmas do 2.º ciclo intervencionadas (4,6%) tinham furos, sendo 75 da DREN (8,7%),

21 (5,3%) da DREC e 3 (0,4%) da DREL (gráfico 85 e anexo 2.12);

„105 das turmas do 3.º ciclo intervencionadas (3,3%) tinham furos, sendo 68 (5,6%) da DREN,

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Gráfico 85 – Turmas dos 2.º e 3.º ciclos com furos

„1721 das turmas do 2.º ciclo intervencionadas (81,8%) tinham mais de 3,5 blocos no mesmo dia

(gráfico 86 e anexos 2.15);

„902 das turmas do 3.º ciclo intervencionadas (29,2%) tinham mais de quatro blocos no mesmo dia

(gráfico 86 e anexos 2.21).

Gráfico 86 – Excesso de blocos no mesmo dia

Horários dos docentes dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário

Na organização da componente lectiva será tido em conta o máximo de turmas disciplinares a atribuir a cada docente, de molde a, considerados os correspondentes programas, assegurar o necessário equilíbrio global, garantindo um elevado nível de qualidade ao ensino. É vedada ao docente a prestação diária de mais de cinco horas lectivas consecutivas, nos termos do n.º 1 e 2 do art.º 78.º do ECD, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de Abril, alterado pelos Decretos-Lei n.º 105/97, de 29 de Abril, n.º 1/98, de 2 de Janeiro, e n.º 121/2005, de 26 de Julho.

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Compete ao conselho pedagógico definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários, como se refere na alínea n) do art.º 26.º do Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 24/99, de 22 de Abril.

No horário de trabalho do pessoal docente é obrigatoriamente registada a totalidade das horas correspondentes à duração da respectiva prestação semanal de trabalho, com excepção da componente não lectiva destinada a trabalho individual e da participação em reuniões de natureza pedagógica convocadas nos termos legais, segundo os números 2 e 4 do art.º 2.º do Despacho 17 387/2005, de 28 de Julho, publicado no Diário da

República n.º 155, II Série, de 12 de Agosto.

Na organização da componente lectiva do horário semanal do docente dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário é aplicável a tabela constante do n.º 1 do Despacho n.º 13 781/2001, publicado no Diário da

República n.º 155, II Série, de 3 de Julho. Desta tabela resulta que cada docente tem de ter marcados no seu

horário, conforme as horas de componente lectiva a que está obrigado, um tempo (90 minutos) ou meio tempo (45 minutos).

Assim, na constituição dos semanários-horários dos docentes verificou-se que (gráfico 87 e anexo 2.28):

„1322 tinham mais de 5 tempos consecutivos (6,1%), com particular relevo nas áreas geográficas

da DREN e DREC;

„153 tinham horas extraordinárias não marcadas (0,7%); todos os horários da DREALG tinham

estas horas marcadas;

„654 não tinham as horas da componente não lectiva a nível do estabelecimento marcadas (3,0%);

na DREALG todas as horas definidas estavam marcadas e na DREALE apenas um horário não as tinha marcadas;

„588 não tinham as horas supervenientes (outras actividades) marcadas (2,7%); na DREALG

estas horas estavam todas marcadas;

Gráfico 87 – Serviço docente dos 2.º e 3.º CEB e secundário

„1806 dos semanários-horários não respeitavam os critérios definidos pelo CP (20,1%), na sua

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Grupos na educação pré-escolar

Na educação pré-escolar, os grupos integrando crianças com necessidades educativas especiais devem limitar a frequência a 20 alunos e não devem juntar, por sala, mais de 2 crianças sinalizadas como necessitando de apoio especial, nos termos dos números 1 e 2 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 319/91, de 23 de Agosto. Também, nos termos do ponto 8 da Portaria n.º 611/93, de 29 de Junho, em cada sala onde se encontrem crianças com necessidades educativas especiais deve existir um auxiliar de acção educativa.

Com base nestes parâmetros, foi efectuado o levantamento de todos os grupos e salas integrando crianças com necessidades educativas especiais que não cumpriam as disposições legais referidas, tendo sempre em atenção as características do jardim-de-infância, a sua situação geográfica e o número de grupos constituídos. Assim, verificou-se que:

„Dos 556 grupos, 37,5%, integrando crianças com NEE, 14, correspondendo a 2,5%, eram

frequentados por mais de 20 crianças, cinco, correspondendo a 0,9%, integravam mais de duas crianças sinalizadas e 22 salas, 4,0%, não tinham auxiliar de acção educativa (gráfico 88 e anexo 11.1; ver também anexo 3.3).

São ainda de realçar os seguintes aspectos:

„Não respeitavam o estabelecido quanto aos limites de frequência de até 20 crianças por sala: a DREL,

nove grupos, 6,6%, a DREC, dois grupos, 1,4%, a DREALG, dois grupos, 10,5% e a DREN, um grupo, 0,5%; na DREALE todos os grupos respeitavam a legislação aplicável (gráfico 88 e anexo 11.1);

„Na DREL, três grupos, 2,2%, e na DREN, dois grupos, 0,9%, encontravam-se constituídos com

mais de duas crianças com necessidades educativas especiais (gráfico 88 e anexo 11.1);

„Não tinham auxiliar de acção educativa atribuído, embora integrassem crianças com NEE,

11 salas, 7,6%, na DREC, 9 salas, 4,1%, na DREN e 2 salas, 1,5%, na DREL; nas restantes Direcções Regionais de Educação não se verificava esta desconformidade (gráfico 88 e anexo 11.1).

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