PARTE II – Resultados da intervenção
81Peso relativo dos alunos por curso:
Cursos de tipo 1 – destinados a alunos com habilitação inferior ao 6.º ano de escolaridade,
conferindo este grau de escolaridade (duração dois anos) e um nível 1 de qualificação profissional. Nas unidades de gestão intervencionadas, apenas na DREL existiam estes cursos e eram frequentados por 16 alunos, representando 7,2% dos alunos inscritos em cursos de educação e formação (gráfico 52 e anexo 8.1.1).
Cursos de tipo 2 – destinados a alunos com o 6.º ano de escolaridade, 7.º ano ou frequência do 8.º
ano, conferindo o 9.º ano de escolaridade (duração dois anos) e um nível 2 de qualificação profissional. Eram os mais frequentados, representando 73,8% dos alunos inscritos em cursos de educação e formação, com excepção da DREL, onde estes cursos não foram encontrados nas unidades de gestão intervencionadas (gráfico 52 e anexo 8.1.1).
Cursos de tipo 3 – destinados a alunos com aproveitamento no 8.º ano, ou com frequência, sem
aproveitamento, do 9.º ano, conferindo o 9.º ano de escolaridade (duração um ano) e um nível 2 de qualificação profissional. Correspondem à segunda tipologia de cursos mais frequentados, 19,0%. Não foram encontrados nas unidades de gestão intervencionadas nas áreas geográficas da DREALG e da DREN (gráfico 52 e anexo 8.1.1).
Gráfico 52 – Peso relativo dos alunos por curso
Número de alunos por turma:
Nestes cursos formaram-se 15 turmas e todas tinham de 10 a 20 alunos (anexo 8.1.2);
À data da intervenção, foram identificadas sete turmas para as quais não tinham sido estabelecidos
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Cursos profissionais de nível secundário de educação
O Despacho n.º 14 758/2004, de 23 de Julho, conjugado com a rectificação n.º 1 645/04, de 2 de Setembro, define, de acordo com o previsto no artigo 38.º da Portaria n.º 550-C/2004, de 21 de Maio, as condições para o funcionamento, nas escolas ou agrupamentos de escolas integrados na rede pública de estabelecimentos de educação e ensino, dos cursos profissionais do nível secundário de educação criados de acordo com o Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março. No ciclo de formação de 2004-2005 a 2006-2007, os cursos funcionarão em regime de experiência pedagógica.
Nos termos do capítulo VI, do mesmo despacho, as turmas são constituídas por um número mínimo de 18 e máximo de 23 alunos. Em circunstâncias especiais, devidamente fundamentadas, poderá ser autorizada pela respectiva DRE, sob proposta do órgão de direcção executiva do estabelecimento de ensino, ouvido o concelho pedagógico, a abertura ou o funcionamento de turmas com um número de alunos até ao limite mínimo de 15, ou superior a 23, até ao máximo de 28.
Nos termos do n.º 27 do mesmo despacho, é autorizado o desdobramento de turmas nas disciplinas de língua estrangeira e de carácter laboratorial.
Tendo em conta o enquadramento referido, foram recolhidos dados relativos a:
Dimensão das turmas.
Dimensão das turmas
Frequentavam as escolas intervencionadas 203 alunos, distribuídos por 13 turmas. Mais de metade
destes alunos e turmas situavam-se na DREN, 115 e 7, respectivamente. Na DREALG, estes cursos não eram ministrados nas unidades de gestão intervencionadas. Na DREALE a única turma encontrada tinha entre 18 e 23 alunos. Na DREC uma tinha menos de 15 alunos e a outra tinha entre 18 e 23 alunos. Das três turmas da DREL, duas tinham menos de 15 alunos e uma entre 15 e 17 alunos. Na DREN, quatro turmas tinham entre 18 e 23 alunos e três tinham até 17 alunos (gráfico 53 e anexos 8.2.1 e 8.2.2).
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Cursos de especialização tecnológica
Os Cursos de Especialização Tecnológica (CET) constituem, nos termos da Portaria n.º 989/99, de 3 de Novembro, com as alterações constantes das Portarias n.º 698/2001, de 11 de Julho, e n.º 392/2002, de 12 de Abril, formações pós-secundárias não superiores e conferem diplomas de especialização tecnológica e uma qualificação profissional do nível 4.
Destinam-se aos titulares de um curso do ensino secundário ou equivalente, com qualificação profissional do nível 3; a alunos a quem não faltem mais de duas disciplinas para concluir um curso do ensino secundário, conferindo-lhes o nível 3 de qualificação profissional; a titulares de um curso do ensino secundário ou equivalente que não sejam possuidores do nível 3 de qualificação profissional ou, ainda, a indivíduos com idade superior a 25 anos e com três anos de experiência profissional na área de formação de um dado CET ou afim, que obtenham o reconhecimento, com base na experiência profissional, das qualificações necessárias para a admissão ao CET em causa.
Os CET podem organizar-se segundo diferentes modalidades de formação em alternância. Isto significa que a formação em contexto de trabalho se pode desenvolver em articulação com as outras disciplinas do currículo ou, inclusive, no formato de estágio.
Os CET são promovidos, entre outros, por: estabelecimentos do ensino secundário; escolas profissionais; centros de formação profissional; escolas tecnológicas e estabelecimentos do ensino superior.
A proposta para o funcionamento de um CET é apresentada pela escola à DRE, através do preenchimento de um formulário de candidatura. Desta proposta faz parte o protocolo estabelecido com estabelecimentos do ensino superior que prevê, designadamente, o prosseguimento de estudos.
É obrigatória a existência de um despacho de autorização de funcionamento emanado pelo Ministro de Educação. A titularidade de um diploma de especialização tecnológica, após obtenção de experiência profissional na área do curso, faculta a possibilidade de apresentação de candidatura no ensino superior, através de concurso especial. Tendo em conta o enquadramento referido, foram recolhidos dados relativos a:
Peso relativo dos alunos por região; Número de alunos por turma.
Nas unidades de gestão intervencionadas, apenas duas tinham em funcionamento Cursos de Especialização Tecnológica – uma turma na área geográfica da DREALG, com 17 alunos, e outra na da DREN, com 22 alunos (anexos 8.3.1 e 8.3.2).
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Crianças e alunos com necessidades educativas especiais
Os alunos com NEE são «todos aqueles que exigem recursos ou adaptações especiais no processo de ensino/
/aprendizagem que não são comuns à maioria dos alunos da sua idade, por apresentarem dificuldades ou incapacidades que se reflectem numa ou mais áreas de aprendizagem» (Observatório dos Apoios Educativos, 2001-2002, DEB).
Estes alunos são identificados (sinalizados) pelos educadores/professores dos ensinos básico e secundário, constando, aqueles que exigem recursos ou adaptações no processo de ensino/aprendizagem, de uma proposta fundamentada remetida à Equipa de Coordenação dos Apoios Educativos (ECAE) pelo órgão de administração e gestão do estabelecimento de educação ou ensino que frequentam, nos termos dos pontos 5 e 6 do Despacho Conjunto n.º 105/97, de 30 de Maio, publicado no Diário da República n.º 149, II Série, de 1 de Julho de 1997, alterado pelo Despacho n.º 10 856/2005 de 26 de Abril, publicado no Diário da República n.º 93, II Série, de 13 de Maio de 2005, e pela Rectificação n.º 1 068/2005, de 2 de Junho, publicada no Diário da República n.º 118, II Série, de 22 de Junho.
Para efeito da presente análise, os alunos identificados constantes da proposta enviada à ECAE respectiva, consideram-se apoiados quando é colocado um educador/professor de apoio, nos termos dos pontos 4 e 7 do referido Despacho Conjunto n.º 105/97, alterado pelo Despacho n.º 10 856/2005, de 26 de Abril, e pela Rectificação n.º 1 068/2005, de 2 de Junho.
Tendo em conta o enquadramento referido, foram recolhidos dados relativos a:
Crianças/alunos com necessidades educativas especiais sinalizados por nível de ensino e Direcção
Regional de Educação;
Crianças/alunos com necessidades educativas especiais apoiados por nível de ensino e Direcção
Regional de Educação;
Educadores/professores de apoio colocados, nos termos do ponto 7 do Despacho Conjunto
n.º 105/97, alterado pelo Despacho n.º 10 856/2005 de 26 de Abril e pela Rectificação n.º 1 068/2005, de 2 de Junho, por nível de ensino e Direcção Regional de Educação.
Os dados recolhidos permitem extrair as seguintes conclusões:
Crianças/alunos sinalizados:
3,8% das crianças/alunos que frequentavam os estabelecimentos de educação e ensino
intervencionados estavam sinalizados como necessitando de recursos ou adaptações no processo de ensino/aprendizagem (quadro XXII e anexo 9.1);
Os 1.º e 2.º ciclos do ensino básico eram os níveis de ensino com maior peso relativo de
crianças/alunos com necessidades educativas especiais sinalizados, respectivamente, 5,4% e 4,9% (quadro XXII e anexo 9.1);
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