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Mulheres, VIH, Toxicodependência e Corpo

3. VIH/Sida

3.10. Mulheres, VIH, Toxicodependência e Corpo

Este capítulo justifica-se pelo facto da nossa investigação procurar verificar se existem diferenças entre os sexos ao nível da imagem corporal nos três grupos estudados. De facto, na investigação anteriormente realizada pela autora da presente, verificou-se que as mulheres tanto no grupo de adictos como no de não adictos revelavam uma menor distorção da sua imagem corporal comparativamente com os homens. (Gomes, 2001)

As investigações desenvolvidas no passado em relação à Sida excluíam as mulheres, isto porque a maioria dos doentes infectados eram homens. Tal situação sofreu alterações, pois hoje em dia as mulheres são mais de metade dos 36,1 milhões de adultos seropositivos em todo o mundo. Até há pouco tempo a epidemia da Sida parecia ser uma doença eminentemente masculina, particularmente nos países desenvolvidos, porém esta posição está a mudar.

No inicio dos anos 90 as intervenções para a prevenção do VIH incidiam o seu campo de acção na comunidade gay e nos toxicodependentes de drogas intravenosas. No geral as mulheres eram consideradas um grupo de baixo risco para a aquisição de VIH. Em 1990 a O.M.S. revelou que as mulheres VIH positivas representavam um terço dos casos mundiais. Porém, por volta de 1993 é que os “Centers for Disease Control and Prevention” (CDCP) redefiniram a Sida e incluíram nos quadros da sua classificação certas condições ginecológicas como marcadores para a infecção por VIH. Tal foi uma das causas dos diagnósticos e intervenções tardias para o VIH entre as mulheres.(Jackson, et al., 1995) Em Portugal o primeiro caso de Sida numa mulher foi identificado em 1985, número que aumentou exponencialmente nos 10 anos seguintes. (Teixeira, 1995)

O grupo maior de mulheres em situação de risco são ou foram toxicodependentes, particularmente de drogas injectáveis, tendo mantido prática de partilha de seringas ou mantido relações sexuais não protegidas com múltiplos parceiros. Contudo um dos grandes riscos para as mulheres situa-se na manutenção de relacionamentos sexuais com toxicodependentes consumidores de drogas injectáveis, ou com indivíduos com práticas bissexuais ou heterossexuais com vários parceiros. Tal como manter sexo com indivíduos com estadias em África, onde estes tenham contactos sexuais. Hoje em dia considera-se que as vias de transmissão mais comuns são a heterossexual e infecção através de material usado para injectar droga.

O investigador Delmar, 2000 cit. por Antunes, (2001), assume que a Sida não se manifesta da mesma forma nos dois sexos, sendo uma doença diferente entre homens e mulheres. Apelando para o desenvolvimento de mais investigação nas mulheres. Parece que as diferenças entre os sexos surgem logo na fase inicial de diagnóstico, uma vez que nas mulheres a infecção pelo VIH é identificada numa fase mais tardia. Mesmo depois de tal, as diferenças continuam uma vez que estas apresentam grandes diferenças na carga viral e na resposta do sistema imunitário (Cohen, 2001)

Os efeitos secundários perante a terapêutica antiretroviral, também se diferenciam entre homens e mulheres. Parece que as mulheres apresentam mais efeito secundários do que os homens, estas mantém níveis mais elevados da droga antiretroviral no seu corpo do que os homens. Uma explicação para tal prende-se com o facto da mulher ter menos peso do que o homem. Outra razão para estas diferenças referem-se às diferenças hormonais entre homens e mulheres, pois algumas substâncias podem interferir com as hormonas, de tal forma que estas podem alterar a forma como a droga é absorvida pelo organismo. (Project inform Aids 2003)

Durante as relações sexuais o VIH é transmitido muito mais facilmente de homem para mulher, do que de mulher para homem. O risco de contrair VIH ainda aumenta mais se a mulher praticar sexo anal ou apresentar doenças vaginais. (AidsinfoNet 2003). Existem também algumas vulnerabilidades específicas da mulher perante a infecção pelo VIH: as relações com o companheiro mediatizam práticas seguras ou não relativamente à infecção, o companheiro pode não ser fiel e recusar-se a usar preservativo, a dependência afectiva e económica perante este, podem sujeitá-la a comportamentos sexuais inseguros. (Teixeira, et al., 1995)

Muitas mulheres só descobrem que estão infectadas com VIH quando fazem o teste durante a gravidez. Se a mulher não é sujeita ao teste nem acompanhada com a terapêutica antiretroviral, tem tendência a adoecer e até falecer mais depressa que o homem. Contudo se o teste e a terapêutica antiretroviral forem atempadamente realizados, vivem tanto tempo quanto o homem. (AidsinfoNet 2003).

Os problemas ginecológicos podem ser os primeiros sinais de infecção pelo VIH, como úlceras na vagina, corrimento persistente, infecções várias e graves doenças pélvicas de natureza inflamatória. As mulheres têm uma maior tendência para desenvolver erupções na pele, doenças de fígado e alterações da forma corporal, como a lipodistrofia. Por outro lado apenas uma mulher desenvolve sarcoma de Kaposi para oito homens, sendo este mais comum nos homens. Por outro lado as mulheres apresentam mais infecções fúngicas na garganta e herpes genital do que os homens. (Cohen, C., 2001) Algumas das primeiras manifestações femininas da infecção por VIH ocorrem em particular no aparelho genital. A candidíase vaginal é uma delas, podendo progredir para doença crónica, com franca resistência à terapêutica, esta pode significar uma progressão rápida para a situação de Sida. A neoplasia cervical intraepitelial (NCI) também surge com alguma frequência nestes casos. Sabe-se que tal se prende com a positividade para o Vírus do Papiloma Humano (VPH), o qual pode evoluir para a neoplasia cervical. É notória a grande prevalência do vírus (VPH) em mulheres seropositivas, numa proporção de 49%, para 25% nas seronegativas. Logo, todas as mulheres seropositivas devem realizar exames ginecológicos regulares. (Teixeira, 1995)

Existem autores que assumem a existência de diferenças entre os sexos relativamente às consequências biológicas e psicológicas e sociais da infecção. (Teixeira, et al., 1995). A doença evolui de forma diferente entre homens e mulheres, tal como a incidência da própria mortalidade. Na base de tal encontram-se factores de natureza psicológica e até psicossocial, os quais organizam várias possibilidades de evolução da infecção, pois a evolução desta não é de todo linear. Teixeira, et al. (1995) assumem a existência de factores de índole biológico, psicológico e social para a progressão e diferenciação da doença entre os sexos. Em que as doenças sexualmente transmissíveis podem funcionar como veículo de transmissão. Por outro lado, o papel do stress, percepção e controlo perante a doença podem surgir como factores precipitantes da mesma. No seguimento desta ideia, sabe-se que o stress pode funcionar como factor de fragilidade do sistema imunitário, particularmente no

indivíduo VIH positivo (Ganso, 2000). Ora, é provável que o stress seja vivido de forma diferente pelo sexo feminino, favorecendo uma maior fragilidade nas mulheres. Tal pode até estar relacionado com o facto de serem muitas vezes estas a prestar cuidados a indivíduos doentes de Sida em fase terminal.

Os estilos de adaptação à doença também funcionam como um factor importante perante a sua evolução, comportamentos com menor risco e a manutenção de hábitos mais saudáveis permitem uma melhor saúde. O suporte social também é importante, permitindo bem-estar psicológico e consequentemente saúde. Há dados que apontam para o facto das mulheres VIH positivas estarem mais isoladas. De acordo com Cohen, (2001) este isolamento deve-se ao facto de estarem geograficamente mais dispersas, sem que possam recorrer a grupos de auto ajuda.

O impacto psicológico da infecção por VIH na mulher depende da sua idade . Ser diagnosticada na adolescência, quando a sua expressão sexual e identidade estão a emergir tem um impacto diferente do que diagnosticar o VIH na década dos 50 anos, sendo casada e infectada pelo seu marido, ou ser infectada por transfusão de sangue. Também depende do relacionamento com o seu parceiro sexual, uma mulher que é infectada através de sexo casual é afectada de forma diferente do que uma mulher que desconhece ser casada com um bissexual. Além da doença, uma mulher nesta situação ainda tem de ultrapassar o sentimento de traição, perda de confiança. Se a mulher tiver filhos, experienciará forte culpa se o seu filho é VIH positivo, ou terá medos perante a infecção de um filho seronegativo. A via de transmissão tem um impacto muito importante na mulher, porque a vida sexual desta acarreta na nossa sociedade um estigma, o qual está associado à idade, beleza, desejo e castidade. O modo de transmissão pode apresentar uma extrema importância, pois o impacto psicológico à infecção pode variar, consoante a via de transmissão. O background sócio cultural da mulher também é importante, ser seropositivo tem um impacto específico em cada cultura, tendo assim diferentes significados. (Jackson, et al., 1995)

De acordo com Jackson, et al., (1995) a capacidade da mulher para se adaptar à seropositividade para VIH depende dos seguintes factores: o seu prévio estado emocional, recursos financeiros, suporte familiar, acesso a bons cuidados médicos, acesso a cuidados de saúde infantil, suporte profissional, possibilidade te ter acompanhamento psicológico, individual e familiar.

Uma mulher seropositiva vai encontrar muitas dificuldades pela frente, em particular em termos do seu papel e expressão sexual. Em cada fase do ciclo de vida

de uma mulher, desde a fase da adolescência em que a identidade sexual está a emergir, até à mulher grávida, à mulher mãe, à mulher e meia idade com um parceiro estável, ser seropositiva tem um significativo impacto no seu ajustamento psicológico à situação, tal como a sua situação social e financeira (Jackson, et al., 1995)

A partir de dados de vigilância epidemiológica, sabe-se que em África e no sudoeste asiático o número de mulheres afectadas por VIH continua a crescer assustadoramente. Isto porque as mulheres são de facto um grupo bastante vulnerável para a infecção pelo VIH. Numa relação sexual entre homem e mulher, a mulher apresenta entre 10 a 100 vezes mais probabilidades de contrair o vírus do que o homem. Tal proporção é bastante significativa e prende-se com questões anatómicas, estando a mucosa vaginal muito mais exposta à mucosa do sexo masculino, podendo igualmente apresentar lesões mínimas que facilitam a entrada do vírus. (Teixeira, 1995)

A gravidez numa mulher VIH positiva levanta questões importantes, até porque assume-se como uma fase da vida muito particular e cheia de transformações fisiológicas e psicológicas. Ao contrário do que se afirmava há uns tempos atrás, parece que não está provado que a gravidez possa precipitar a evolução da infecção por VIH. (Teixeira, 1995) Porém a opção de engravidar numa fase de doença, mesmo que assintomática levanta questões pertinentes. Sunderland (1989), cit. por Teixeira, (1995) revela que muitas das mulheres VIH positivas que engravidam não estão a dar a devida importância à sua doença, funcionando a gravidez como compensação perante o eventual desequilíbrio produzido pela consciencialização da positividade para o VIH. Deste modo, uma gravidez planeada nestas condições parece surgir a partir de necessidades afectivas e psicossociais. (Teixeira, 1995).

As mulheres infectadas pelo VIH e que acumulam o facto de serem toxicodependentes, assumem nitidamente um desvio face às condutas socialmente desejáveis, caindo facilmente numa imagem estigmatizante.

Existem diferentes padrões entre o masculino e o feminino nos comportamentos toxicómanos, pois estão inseridos num conjunto de normas e valores sociais que determinam o papel social do indivíduo em função do sexo. Parece que na nossa cultura a mulher corre mais facilmente o risco de ser estigmatizada e consequentemente discriminada, pois as regras de conduta femininas assumem uma exigência, diferente da masculina, tal implica comportamentos mais controlados. Isto coloca uma questão acerca das diferenças de proporções entre o número de

toxicodependentes e VIH positivos do sexo masculino e feminino. Assumindo-se os primeiros em maior escala numérica, o que pode estar relacionado com o facto das mulheres utilizarem mais facilmente a expressão emocional, a passagem da infância para a idade adulta parece ser mais fácil no sexo feminino, estando as mulheres menos dependentes de rituais de passagem, uma vez que estas têm um marco biológico que determina tal; as mulheres são sujeitas a uma maior insistência familiar de regras de comportamento, com um espaço de manobra menor em relação a eventuais comportamentos de risco. Este conjunto de regras que foi reforçado e transmitido à rapariga, juntamente com o uso de uma maior expressão emocional e afectiva, constitui-se como um ambiente contentor e securizante. O papel do feminino está ancorado numa exigência social muito bem definida, apresentando um conjunto de regras claras de conduta, sem que se discuta o valor etico-moral das mesmas. (Cohen, 2001)

Associado a tudo isto, parece que existe uma menor complacência para eventuais desvios do comportamento no feminino. Todas estas questões assumem inquestionáveis implicações para a eficácia da contenção de comportamentos, que devem ser normalizados e que se assumem como determinantes para o desenvolvimento individual e mudança social. (Cohen, 2001)

Apesar destas diferenças de cariz psico-social funcionarem como factores protectores para a toxicodependência nas mulheres, paradoxalmente constituem igualmente um obstáculo ao tratamento da toxicodependência. Tal pode explicar a razão pela qual a toxicodependência no feminino constitua um maior desvio à norma do que no masculino, o que confirma a opinião de alguns técnicos que assumem que as mulheres toxicodependentes são mais difíceis de tratar. Uma justificação para tal talvez seja o facto das pacientes integrarem a rejeição social e familiar da adicção e da infecção, como tal entram num estado de declínio. Um exemplo também típico é a prostituição, que surge como estratégia para manter os consumos, assim o peso da condenação torna-se ainda mais poderoso, ultrapassando a actividade em si. Pois se um toxicodependente trafica ou rouba, a situação de delinquência é vista como consequência da adicção e transitória. Contudo no caso da mulher toxicodependente que se prostitui, esta continua com estigma de prostituta, mesmo quando deixa de o ser, tal marca é socialmente inalterável. (Silva, et al., 1999)

A mulher toxicodependente VIH positiva, condensa em si um duplo pecado, o da perversão pelo uso do tóxico e de contactos sexuais infectados, tal paira sobre ela e

define-a num contexto social, que espera da mulher a mãe ou a filha saudáveis e ajustadas a uma perspectiva social e cultural que as define. A vergonha, a culpa são sentimentos que a acompanham e que a fazem sentir-se “suja”, aos seus próprios olhos e aos olhos do mundo. (Dupras, 1992)

Apesar de tudo, é de salientar que o número geral de mulheres toxicodependentes e infectadas pelo VIH ainda é substancialmente inferior ao dos homens. O que significa que os indicadores normativos vigentes pelo social e cultural funcionam como factores de prevenção. O que nos permite reflectir sobre o facto das mulheres terem uma longevidade superior ao homem, tal prende-se logo num primeiro tempo, com o facto das mulheres não cometem tantos comportamentos de risco (Silva, et al. 1999). De um modo geral parece que as mulheres apresentam uma melhor saúde, o que pode ser explicado por uma maior atenção que as mulheres atribuem à sua vivência corporal. Até porque estas assumem uma posição mais activa na gestão da saúde como medida preventiva de doença, o que consequentemente tem implicações na redução da mortalidade. (Silva, et al., 1999).

Os modelos socializadores das raparigas são diferentes dos rapazes. Nas raparigas o desenvolvimento físico é também social e culturalmente condicionado, por uma activa adesão a modelos de beleza e castidade que delimitam o desenvolvimento corporal e sexual. As representações colectivas da mulher, ainda muito presentes na cultura ocidental, constituem uma interiorização de uma auto-imagem marcada pela fragilidade, primazia do afectivo, centração da dádiva aos outros, por relativamente menor auto-estima e tendência a estados sub-depressivos. (Silva, et al., 1999).

Desde muito cedo a menina é socializada para dar muita importância ao corpo, aos sintomas e mal-estar e à submissão à medicina. A própria fisiologia feminina em torno do aparelho sexual e reprodutor, leva a mulher a habituar-se a estabelecer uma relação de maior intimidade com o seu próprio corpo. Ela está desde sempre atenta ao corpo e continua como mulher menstruada, mulher grávida e como mãe, que na relação com o seu filho, na atenção à criança , preocupação com a família, desenvolve uma maior susceptibilidade às reacções do corpo, sejam estas saudáveis ou patológicas. (Silva, et al., 1999). A mulher, devido à sua condição de mulher está mais perto do corpo.

A frequência de perturbações alimentares, anorexia e bulimia, surgem também associadas a uma morbilidade e mortalidade significativas, sem grande incidência no sexo masculino. Ora estas patologias assumem o código social relativo à imagem

colectiva de beleza feminina, a qual deve estar enquadrada num peso corporal particular. Apesar das taxas de suicídio feminino serem inferiores às dos homens, elas associam-se aos estados sub-depressivos relacionadas com baixa auto estima resultante da cultura socializadora das diferenças de género. (Silva, et al., 1999).

No quadro da infecção pelo VIH, as mulheres infectadas têm responsabilidades domésticas que diminuem a sua capacidade de se manterem saudáveis. As estatísticas mostram que comparativamente aos homens, estas faltam mais vezes às consultas e são mais frequentemente hospitalizadas por se esquecerem de tomar a medicação (Ramshaw, 2002). No contexto da terapêutica antiretroviral, esta foi inicialmente testada e criada para os homens. Os efeitos colaterais são debilitantes em ambos os sexos, contudo parece que as mulheres ainda são mais susceptíveis a esses. Um dos mais graves é a lipodistrofia, nas mulheres os seios tornam-se grandes, o abdómen proeminente, as pernas, braços e rosto ficam excessivamente magros. De acordo com McLaughlin (2001) cit por Ramshaw, (2002) parece que o impacto da lipodistrofia ainda é mais devastador nas mulheres do que nos homens. É a imagem corporal que está deformada, facto que arruína a auto-estima da mulher, o que faz como que muitas delas abandonem a terapêutica antiretroviral, pondo em risco a sua vida. É obvio que a lipodistrofia promove um grave problema de estética corporal, atingindo a qualidade de vida destas mulheres. Vida que se fez sempre acompanhar pelo significado do corpo feminino para si e para os outros.

Hoje em dia avançamos para consideráveis mudanças no papel e estatuto social da mulher, os quais podem de facto levar a riscos acrescidos em relação à adopção de comportamentos de risco, para a saúde. Entre estes temos o risco de infecção pelo VIH, pelo sexo desprotegido, o aumento de consumo de tabaco, que leva a um aumento devastador de cancro do pulmão na população feminina, a fecundidade feminina também tem decrescido significativamente, justificável pelo stress inerente à vida da mulher esposa, mãe, dona de casa, profissional e filha, a alimentação que contem produtos químicos e hormonais também pode influenciar. (Silva, et al., 1999).