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PT não são proibidos nem sujeitos a decisão prévia para o efeito.

No documento PARLAMENTO EUROPEU Documento de sessão (páginas 161-165)

Em todos os processos nacionais e comunitários de aplicação dos artigos 101.º e 82.º do Tratado, o ónus da prova de uma violação do n.º 1 do artigo 101.º ou do artigo 82.º do Tratado incumbe à parte ou à autoridade que alega tal violação. Incumbe à parte que reclama o benefício das isenções previstas no n.º 1 o ónus de provar que estão preenchidas as condições referidas nesse número.

Artigo 145.º

Acordos e práticas concertadas de organizações interprofissionais reconhecidas 1. O artigo 101.º, n.º 1, do TFUE não é aplicável aos acordos, decisões e práticas concertadas

das organizações interprofissionais reconhecidas nos termos do artigo 108.º, n.º 1, do presente regulamento, que tenham por objeto a realização das atividades enumeradas no artigo 108.º, n.º 1, alínea c), e n.º 2, alínea c), do presente regulamento e, no caso dos setores do azeite e azeitonas de mesa e do tabaco, no artigo 109.º-D do presente regulamento.

2. O n.º 1 só é aplicável se:

a) os acordos, decisões e práticas concertadas tiverem sido notificados à Comissão; b) no prazo de dois meses a contar da receção de todos os elementos necessários, a

Comissão ▌ não tiver declarado esses acordos, decisões ou práticas concertadas incompatíveis com as regras comunitárias. Se a Comissão entender que são

incompatíveis com as regras da União, apresenta as suas conclusões sem recorrer ao procedimento a que se refere o artigo 162.º, n.ºs 2 ou 3.

3. Os acordos, decisões e práticas concertadas a que se refere o n.º 1 não podem produzir efeitos antes do termo do prazo de dois meses referido no n.º 2, alínea b).

4. São sempre declarados incompatíveis com as regras da União os acordos, decisões e práticas concertadas que:

a) possam dar origem a qualquer forma de compartimentação de mercados na União; b) possam prejudicar o bom funcionamento da organização do mercado;

c) possam criar distorções de concorrência que não sejam indispensáveis para alcançar os objetivos da PAC prosseguidos pela atividade da organização interprofissional;

d) impliquem a fixação de preços ou de quotas;

e) possam criar discriminações ou eliminar a concorrência relativamente a uma parte substancial dos produtos em causa.

5. Se, após o termo do prazo de dois meses referido no n.º 2, alínea b), verificar que as condições de aplicação do n.º 1 não estão preenchidas, a Comissão adota, sem recorrer ao procedimento a que se refere o artigo 162.º, n.ºs 2 ou 3, uma decisão que declare que o artigo 101.º, n.º 1, do Tratado é aplicável ao acordo, decisão ou prática concertada em causa. Essa decisão da Comissão não é aplicável antes da data da sua notificação à organização interprofissional em causa, exceto se esta tiver transmitido informações incorretas ou utilizado abusivamente a isenção prevista no n.º 1.

PE485.843v01-00 162/312 RR\1008875PT.doc

PT

6. No caso dos acordos plurianuais, a notificação referente ao primeiro ano é válida para os anos seguintes do acordo. Todavia, nessa eventualidade, a Comissão pode, por iniciativa própria ou a pedido de outro Estado-Membro, emitir a qualquer momento uma declaração de

incompatibilidade.

7. A Comissão pode adotar atos de execução que estabeleçam as medidas necessárias para a aplicação uniforme do presente artigo. Tais atos de execução são adotados pelo

procedimento de exame a que se refere o artigo 162.º, n.º 2. CAPÍTULO II

REGRAS RELATIVAS AOS AUXÍLIOS ESTATAIS Artigo 146.º

Aplicação dos artigos 107.º a 109.º do Tratado

1. ▌ Os artigos 107.º a 109.º do Tratado são aplicáveis à produção e ao comércio de produtos agrícolas.

2. Em derrogação do n.º 1, os artigos 107.º a 109.º do Tratado não se aplicam aos pagamentos efetuados pelos Estados-Membros nos termos e em conformidade com qualquer das seguintes disposições:

a) as medidas previstas no presente regulamento que sejam parcial ou totalmente financiadas pela União ▌;

b) as disposições dos artigos 148.º a 153.º do presente regulamento. Artigo 147.º

Pagamentos nacionais para programas de apoio à vitivinicultura

Em derrogação do artigo 41.º, n.º 3, os Estados-Membros podem conceder pagamentos nacionais, em conformidade com as regras da União sobre os auxílios estatais, para as medidas a que se referem os artigos 43.º, 47.º e 48.º.

A taxa de ajuda máxima fixada nas regras da União aplicáveis sobre os auxílios estatais aplica-se ao financiamento público global, incluindo tanto os fundos da União como os nacionais.

Artigo 148.º

Pagamentos nacionais para as renas na Finlândia e na Suécia

Sob reserva de autorização da Comissão, concedida sem recorrer ao procedimento a que se refere o artigo 162.º, n.ºs 2 ou 3, a Finlândia e a Suécia podem efetuar pagamentos nacionais a favor da produção e comercialização de renas e produtos derivados (códigos NC ex 0208 e ex 0210), na medida em que não impliquem um aumento dos níveis tradicionais de produção.

Artigo 149.º

Pagamentos nacionais para o setor do açúcar na Finlândia

A Finlândia pode efetuar pagamentos nacionais a favor dos produtores de beterraba sacarina, no montante máximo de 350 EUR por hectare e por campanha de comercialização.

RR\1008875PT.doc 163/312 PE485.843v01-00

PT

Artigo 150.º

Pagamentos nacionais para a apicultura

Os Estados-Membros podem efetuar pagamentos nacionais destinados à proteção das explorações apícolas desfavorecidas por condições estruturais ou naturais ou abrangidas por programas de desenvolvimento económico, com exceção de pagamentos à produção ou à comercialização.

Artigo 151.º

Pagamentos nacionais para a destilação de vinho em casos de crise

1. Os Estados-Membros podem efetuar pagamentos nacionais destinados aos produtores de vinho para a destilação voluntária ou obrigatória de vinho, em casos justificados de crise. ▌ Esses pagamentos ▌ devem ser proporcionados e permitir dar resposta à crise.

▌ O montante global disponível num Estado-Membro em determinado ano para estes pagamentos não pode exceder 15% dos fundos globalmente disponíveis para cada Estado- -Membro para esse ano, previstos no Anexo IV.

4. Os Estados-Membros que desejem recorrer aos pagamentos nacionais a que se refere o n.º 1 apresentam uma notificação devidamente fundamentada à Comissão. A Comissão ▌ decide, sem recorrer ao procedimento a que se refere o artigo 162.º, n.ºs 2 ou 3, se a medida é aprovada e se os pagamentos podem ser efetuados.

5. O álcool resultante da destilação a que se refere o n.º 1 é utilizado exclusivamente para fins industriais ou energéticos, de modo a evitar distorções de concorrência.

6. A Comissão pode adotar, por meio de atos de execução, as medidas necessárias para a aplicação do presente artigo. Tais atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 162.º, n.º 2.

Artigo 152.º

Pagamentos nacionais para a distribuição de produtos às crianças

Para além da ajuda da União prevista nos artigos 21.º e 24.º, os Estados-Membros podem efetuar pagamentos nacionais para o fornecimento de produtos às crianças nos estabelecimentos de ensino ou para os custos conexos referidos no artigo 21.º, n.º 1.

Os Estados-Membros podem financiar esses pagamentos através de uma imposição cobrada ao setor em causa ou de qualquer outra contribuição do setor privado.

Os Estados-Membros podem efetuar, em complemento da ajuda da União prevista no artigo 21.º, pagamentos nacionais para o financiamento das medidas de acompanhamento necessárias à eficácia do regime da União de fornecimento de produtos dos setores das frutas e produtos hortícolas, das frutas e produtos hortícolas transformados e das bananas, referidas no artigo 21.º, n.º 2.

Artigo 153.º

PE485.843v01-00 164/312 RR\1008875PT.doc

PT

1. Os Estados-Membros podem efetuar pagamentos nacionais, até ao montante máximo de 120,75 EUR por hectare e por ano, aos agricultores que produzam os seguintes produtos: a) amêndoas dos códigos NC 0802 11 e 0802 12;

b) avelãs dos códigos NC 0802 21 e 0802 22; c) nozes dos códigos NC 0802 31 e 0802 32;

d) pistácios dos códigos NC 0802 51 00 e 0802 52 00; e) alfarroba do código NC 1212 92 00.

2. Os pagamentos nacionais referidos no n.º 1 só podem ser efetuados relativamente a uma superfície máxima de:

Estado-Membro Superfície máxima (ha)

Bélgica 100; Bulgária 11 984 Alemanha 1 500 Grécia 41 100 Espanha 568 200 França 17 300 Itália 130 100 Chipre 5 100 Luxemburgo 100 Hungria 2 900 Países Baixos 100 Polónia 4 200 Portugal 41 300 Roménia 1 645 Eslovénia 300 Eslováquia 3 100 Reino Unido 100

3. Os Estados-Membros podem fazer depender a concessão dos pagamentos nacionais referidos no n.º 1 da adesão dos agricultores a uma organização de produtores reconhecida nos termos do artigo 106.º. PARTE V DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO I MEDIDAS EXCECIONAIS SECÇÃO 1 PERTURBAÇÕES DO MERCADO Artigo 154.º

RR\1008875PT.doc 165/312 PE485.843v01-00

PT

No documento PARLAMENTO EUROPEU Documento de sessão (páginas 161-165)

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