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5. CAPÍTULO | ANÁLISE E SÍNTESE

5.4. Unidades de análise

5.4.3. Núcleo Antigo da Régua

Figura 87 - Núcleo Antigo da Régua

Figura 88 - Pormenor do núcleo antigo da Régua

O limite do núcleo antigo da Régua não se encontra definido no PDM, nem em qualquer documento oficial, desse modo esse limite foi determinado através da marginal do Rio Douro e da linha de caminho-de-ferro. A Régua é o último núcleo a ser fundado, atualmente corresponde a zona central da cidade, onde se concentram a maior parte dos serviços e comércios da cidade. O núcleo carateriza-se pelas ruas estreitas limitadas por edifícios, atualmente os usos estão ligados ao comércio, são poucos os edifícios

destinados a fins habitacionais, uma vez que a maior parte das construções para habitação localizam-se nas periferias da cidade, em contrapartida é uma zona desprovida de espaços verdes, o inerte predomina na área da Régua.

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Figura 89 - Rua Marquês de Pombal

Figura 90 -- Largo dos Aviadores

A figura 89 apresenta uma das mais antigas ruas da Régua, a atual Rua Marquês de Pombal junto a entrada principal do atual Museu do Douro. Mantém-se inalterada desde o séc. XIX, tal como se verifica nos mapas demonstrados anteriormente, atualmente é uma rua secundária, com alguma afluência em consequência da entrada para o Museu do Douro. Os edifícios envolventes alguns encontram-se completamente degradados, resistindo por vezes a estrutura destes, outros desenquadram-se pela sua arquitetura distinta, assim como pelos

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materiais e volumetria que é completamente diferente dos demais edifícios envolventes, também a seleção de materiais destaca-se pela baixa qualidade. Na figura 90, o Largo dos Aviadores tal como em outros lugares na cidade destaca-se pelo elevado número de edifícios degradados neste caso com ligação a história e cultura da Régua, o edifício da Associação dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, este largo transformado num parque de estacionamento era um dos mais emblemáticos largos da cidade.

Figura 91 - Rua João de Lemos

Figura 92 - Avenida da Galiza (Fonte: Garcia (?)) Figura 93 - Cine teatro Avenida

Na figura 91 esta representada a Rua João de Lemos, uma das ruas para à qual a Rua Marquês de Pombal (fig.89) tem ligação. É também caraterizada pelos edifícios degradados que dominam as ruas mais interiores do núcleo da Régua.

Um dos edifícios da Casa do Douro é o representado na figura 92, o edifício do Cine Teatro Avenida, figura 93, são alguns dos edifícios ligados a história e a evolução da cidade, que atualmente se encontram num estado de degradação avançado, para além destes existem outros que apesar de não se conhecer a sua história, tanto a arquitetura como os

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materiais que detém percebe-se que devem ter sido antigos edifícios nobres.

Figura 94 - Rua Serpa Pinto Figura 95 – Rua Vasques Osório

Nas figuras 94 e 95 observa-se exemplos de antigos edifícios que se encontram degradados e que pela aparência devem ser alvo de vandalismo.

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Figura 98 - Largo do Cruzeiro

Figura 99 - Alameda dos Capitães

Figura 100 – Paços do Concelho

As figuras 98, 99 e 100 são espaços públicos históricos. O Largo do Cruzeiro, figura 98, é um espaço que através de registos fotográficos antigos foi possível confirmar que não sofreu alterações significativas até hoje, possui um pequeno jardim de enquadramento junto a capela. Encontra-se atualmente “abandonado” e dotado de uma envolvente de edifícios bastante degradada tal como se pode ver na fotografia. É um espaço que parou no tempo, devido a envolvente que detém e a ausência de conetividade a outros espaços, uma vez que

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passa indiferente a quem visita a Régua. A Alameda dos Capitães, figura 99, é o antigo passeio público da cidade. Recentemente sofreu uma intervenção, em as caraterísticas que identificavam o espaço foram completamente alteradas, o lago por exemplo foi destruído para dar lugar a um pavilhão, mas continua a ser um dos poucos espaços verdes que a cidade possui.

A figura 100 é junto ao edifício da Câmara Municipal, no local onde em tempos se localizava um dos jardins da cidade. Este foi completamente destruído para ser substituído por uma praça na área frontal do edifício e por uma rua que faz a ligação ao Largo dos Aviadores, figura 98, era comtemplado com um coreto, uma fonte, canteiros ajardinados e zonas de estadia, atualmente é uma praça ampla e pavimentada, com um pequeno jardim de enquadramento.

Figura 101 - Antiga Praça do Cais (Fonte: GoogleMaps (2014))

A antiga praça do Cais foi talvez o primeiro espaço público criado na zona da Régua, em conjunto com algumas ruas. Segundo o mapa (Planta do Cais da Régua, pág.82) percebe-se que terá sido um espaço planeado e desenhado, possivelmente para fins comerciais. A construção do cais e a sua proximidade ao rio tinha como objetivo a facilidade na comercialização e do transporte do vinho entre os armazéns e os barcos, assim

Figura 102 - Avenida João Franco como o local de chegada ou embarque

das pessoas que viajavam de barco. O lugar onde era antigamente a praça do Cais, é atualmente o mesmo espaço que mantém a forma original da planta, mas que perdeu a identidade e a valorização do local e da história

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que lhe esta associada.

A marginal da Régua, figura 102, localiza-se junto ao cais e é o cartão-de-visita da cidade. É a ligação principal para atravessar a cidade para o lado oeste e o espaço com maior afluência pois, é o primeiro local de passagem de quem chega à Régua através do rio Douro. Possui uma envolvente de edifícios que se vêm mantendo ao longo dos tempos, os que foram destruídos foi para dar lugar a construções de maior escala. A marginal tem um alinhamento de árvores, que se mantém ao longo dos tempos como observado anteriormente em registos fotográficos antigos, as construções desenquadradas, pela volumetria, arquitetura, escala e materiais, são tal como os veículos características negligentes deste elemento que se destaca na paisagem.

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