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5. CAPÍTULO | ANÁLISE E SÍNTESE

5.4. Unidades de análise

5.4.4. Núcleo Antigo de Godim

5.4.4.1. Síntese e Recomendações

Figura 108 - Unidades de análise

Na figura 108 estão definidas as três principais unidades de análise (A- Centro Histórico do Peso; B- Núcleo Antigo da Régua; C- Núcleo Antigo de Godim). Estas foram limitadas segundo as caraterísticas já referidas anteriormente, o ortofotomapa não abrange a área total do Núcleo Antigo de Godim, mas é possível ver o limite na figura 103 (página 145).

O Peso da Régua resultou de três núcleos distintos. o Peso, Godim e a Régua foram os núcleos que fundaram a atual cidade, com origem em períodos diferentes, devido ao desenvolvimento da região. Também os núcleos evoluíram fazendo com que estes se aproximassem uns dos outros, originando um macronúcleo que atualmente é designado por Peso da Régua.

As intervenções nas áreas históricas continuam a ser uma preocupação, uma vez que devido ao crescimento das cidades estes núcleos foram sendo esquecidos. Deste modo com a análise realizada anteriormente, propõe-se um conjunto de medidas de intervenção para as unidades de análise:

C

A

Evolução da Paisagem do Peso da Régua

Caracterização e Análise Histórica da Cidade

Tabela 10 - Síntese de proposta de medidas de intervenção

Unidades

de análise Medidas Gerais Medidas Específicas

Peso

1. Renovação, recuperação e reabilitação de edifícios

Objetivos: Promover a utilização de

infraestruturas resistentes; Valorizar o património cultural e construído; Promover a qualidade visual da área;

 Manutenção do edificado

 Revitalizar a funcionalidade do edificado, caso não tenha

 Renovação de materiais – aplicação de materiais nobres em edifícios que os materiais existentes não detenham qualidade

 Demolição de edifícios em que a arquitetura e os materiais sejam de baixa qualidade, ou caso não estejam enquadrados na área envolvente

 Em caso de construção ou reconstrução de edifícios, optar por materiais nobres enquadrada no espaço onde está inserida

 Uniformização do edificado

 Valorização do património histórico

2. Reabilitação de espaços públicos

Objetivos: Promover a qualidade ambiental, urbana e paisagística dos núcleos; Dinamizar espaço urbano; Destacar espaços públicos; Preservação de espaços verdes;

 Recuperação de jardins de proximidade  Requalificação de elementos como ruas e praças existentes

 Recuperação urgente do Solar Vaz Osório, Património de Interesse Público

 Em caso de demolição do edificado, ao reocupar optar por áreas verdes ou reconstruir edifícios que se integrem na envolvente e com recurso a materiais nobres;

 As construções de grande escala já existentes devem ser sujeitas à requalificação

do espaço de

enquadramento para diminuir o impacto, criando por exemplo barreiras visuais com vegetação;

 Requalificação da marginal

 Reintegração histórica na Alameda dos Capitães Régua

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As medidas propostas na tabela, tem como objetivo preservar as áreas históricas e integrá-las na evolução da cidade. As medidas gerais de intervenção recaem sobre dois elementos distintos: os edifícios e os espaços públicos (ruas, praças, avenidas, parques e jardins), cada um tem objetivos e medidas de intervenção distintas. As unidades de análise detém de medidas específicas de intervenção para realizar na unidade. Neste contexto os núcleos mais antigos estão associados as áreas de maior degradação

Os núcleos antigos assumem um papel fundamental nas cidades, pelos seus elementos, funções e caraterísticas. A sua valorização e preservação deve ser inquestionável, pois para além da salvaguarda, a sua recuperação pode ser uma mais-valia para o processo de evolução da cidade.

É uma área de estudo reconhecida em Portugal, mas também internacionalmente, com objetivos específicos, dada a sua importância destaca-se em diversos documentos, como por exemplo na Recomendação de Nairobi que defende que “os conjuntos históricos e o seu enquadramento formam um património universal insubstituível e que a sua salvaguarda e integração na vida coletiva (…) devem constituir uma obrigação para os governos e para os cidadãos dos Estados em cujos territórios se encontram” (UNESCO, 1976, p.3). A preservação e recuperação destes centros históricos é fundamental “devido aos valores culturais que transportam. Estes testemunhos vivos de épocas passadas são uma expressão da cultura e um dos fundamentos da identidade do grupo social, vetor indispensável face os perigos da homogeneização e despersonalização que caracterizam a civilização urbana contemporânea” (Salgueiro,1999, p.392).

A requalificação urbana é a base da intervenção urbana, o objetivo é redesenhar o tecido urbano, ou apenas intervir em espaços ou elementos da cidade. Nas áreas mais antigas, a requalificação passa por revitalizar, dado que se trata de espaços de abandono, degradação e decadência.

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5.4.5. Áreas de expansão

As áreas de expansão recentes resultaram da densificação, da concentração da população e das atividades económicas, em consequência deu-se um aumento da extensão física na cidade, estas correspondem as áreas de maior dimensão. A intervenção nestas áreas deve ser realizada de forma distinta, uma vez que o objetivo não passa na maior parte dos casos pela preservação do património histórico ou cultural, mas sim em minimizar as áreas urbanas degradadas e consolidar as zonas urbanas. Também as áreas urbanizáveis, aprovadas pelos órgãos competentes e instrumentos de gestão territorial, estão delimitadas no PDM e são consideradas áreas de expansão urbana, uma vez que são áreas de futura urbanização destinadas à habitação, à indústria ou ao comércio. O PDM é um instrumento indispensável de estudo para intervenções que se realizem na cidade, através do regulamento, elemento base de normas do PDM que identifica as leis e normas que se aplicam à ocupação, uso e transformação do solo, ligando direta e/ou indiretamente, entidades publicas e/ou privadas, é possível perceber que caraterísticas, atribuições e obrigações estão sujeitas as diferentes categorias do solo.

A evolução da cidade do Peso da Régua não foi exceção, resultou de um crescimento populacional rápido e da ausência de planeamento, como consequência e tal como se pode ver em imagens ou no local é um território desordenado. Deste modo, a intervenção na cidade deve visar a requalificação urbana que consiste na “(…) operação de renovação, reestruturação ou reabilitação urbana, em que a valorização ambiental e a melhoria do desempenho funcional do tecido urbano constituem objectivos primordiais da intervenção. (…) A valorização ambiental e a melhoria da qualidade do espaço urbano são normalmente abordadas numa dupla perspectiva: de resolução de problemas ambientais e funcionais (…) e a criação de factores que favoreçam a identidade, a habitabilidade, a atractividade e a competitividade das cidades ou áreas urbanas específicas” (DGOTDU, 2008, p.67).

Para efetuar a análise das áreas de expansão neste estudo, optou-se por relacionar todas as áreas, selecionando duas fotografias panorâmicas que abrangem grande parte do Peso da Régua, e assim caraterizar e analisar a paisagem e os seus elementos a partir da observação dessas imagens. De seguida, é realizado um breve estudo a partir do PDM para compreender o que o instrumento tem determinado para o território, novamente com recurso as fotografias panorâmicas e a planta de ordenamento estuda-se como a paisagem é interpretada atualmente e quais as alterações à que pode estar sujeita, segundo o PDM.

Panorâmica 1

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Local: Lugar de Sergude, Godim – Peso da Régua (N 41.161286° W7.811120°)

Figura 109 - Localização Panorâmica 1 (Fonte: GoogleEarth (2018))

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Caracterização e Análise Histórica da Cidade A panorâmica 1 foi fotografada em Godim, abrange o Peso da Régua e parte de Godim. As principais caraterísticas que se observam na paisagem são: a diluição da paisagem rural, o aumento populacional originou uma expansão do núcleo urbano e consequentemente uma diminuição da área rural e da área agrícola; a dispersão dos núcleos, comparando os núcleos recentes da cidade com os antigos, a dispersão é menos percetível nas áreas primitivas uma vez que são mais agregadas, enquanto nas áreas de recente expansão verifica-se a existência de espaços interstícios. Também é notável a diferença entre os núcleos não planeados e os planeados, como por exemplo o caso dos bairros habitacionais que apresentam um desenho urbano estruturado (junto a Godim e a entrada da cidade, na ligação Peso da Régua. Vila Real); a existência de áreas vazias, que são espaços integrados no núcleo urbano sem uso, ou com função agrícola, que resistiram e ainda são utilizados para a cultura da vinha; heterogeneidade das construções, como por exemplo os de baixa volumetria que são associados a habitação familiar que podem estar isolados ou geminados, e outros, de média a grande volumetria que podem estar isolados ou em conjuntos podendo ser de cariz habitacional, comercial ou mistos. Para além da distinção entre construções na vertical existem também diferenças nas dimensões horizontais, por exemplo as infraestruturas ligadas à indústria que se destaca pela superfície que ocupam; a arquitetura distinta, com construções que se distinguem pela época de construção e a sua função assim como pelo volume, forma, materiais utilizados e cores; a monocultura da paisagem agrícola, a vinha predomina a área agrícola, ocupa a maior parte da paisagem envolvente da cidade; o rio, é o elemento central da paisagem.

A fotografia panorâmica apresenta notoriamente uma paisagem urbana, mas onde resistem caraterísticas de uma paisagem rural e agrícola. Mantém-se uma extensa área verde contínua na cota mais alta das montanhas, que são áreas agrícolas de vinha, à medida que a cota desce, existem construções de baixa volumetria caraterísticas dos aglomerados rurais, em determinadas zonas que correspondem aos núcleos mais antigos. De seguida, nas áreas mais próximas ao rio, a presença de elementos urbanos configura os núcleos mais recentes, que se distinguem pelas construções de arquitetura moderna e de maior volumetria, e ainda pela ausência de espaços verdes.

A dispersão do núcleo deve-se ao rápido crescimento que a cidade teve, pois a expansão ocorreu a partir dos três núcleos originais, inicialmente na envolvente desses núcleos. Com a criação de acessos, as construções foram acompanhando as vias e posteriormente a cidade foi-se expandindo em todo o território envolvente.

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Panorâmica 2

Local: Lugar dos Varais, Cambres - Lamego (N 41.92166° W7.473241°)

Figura 111 - Localização Panorâmica 2 (Fonte: GoogleEarth (2018))

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A panorâmica 2 foi fotografada na margem oposta da cidade do Peso da Régua, abrange Godim e o Peso da Régua

As principais caraterísticas que se observam na paisagem são: a paisagem dispersa, os aglomerados rurais dominam a paisagem das encostas, as áreas de edificação não são consolidadas e encontram-se ao longo da área agrícola onde predomina a vinha. Na área urbana a dispersão dos núcleos não é tão percetível como na fotografia panorâmica anterior; a ausência de perímetro urbano, junto a área de Godim verifica-se a recente expansão da cidade nessa direção, a existência de espaços vazios e a falta de colmatação da área é resultado do prolongamento da cidade, como referido na análise da panorâmica 1 verifica-se a diluição da paisagem rural; o espaço urbano aumenta no seguimento das anteriores expansões, e o espaço rural é substituído por áreas urbanas; a diversidade construtiva, nesta perspetiva a heterogeneidade de construções é ainda mais visível, as frentes urbanas ausentes de consolidação e colmatação retratam a existência de estilos e épocas de arquitetura diferente, que na paisagem se reflete num mosaico diversificado e heterogéneo, por vezes desorganizado; a monocultura da paisagem agrícola, nesta perspetiva a vinha continua a predominar, embora sejam visíveis pequenos maciços de vegetação dispersos na paisagem; o rio tem papel de destaque não somente nesta perspetiva como na paisagem; a faixa ribeirinha, é a zona que estabelece contato com a área urbana e o rio, é uma das áreas verdes da cidade e onde se localiza o cais, em parte é visualmente desinteressante pela ausência de vegetação e pelo facto das construções se encontrarem na linha da margem do rio, impermeabilizando grande parte desta

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5.4.5.1. Síntese e Recomendações

As intervenções nas áreas de expansão são indispensáveis em cidades como é o caso do Peso da Régua, onde o crescimento foi acelerado e sem planeamento. Deste modo, propõe-se um conjunto de medidas de intervenção para as áreas de expansão:

Tabela 11- Síntese de proposta de medidas de intervenção

Unidades

de análise Medidas Gerais Medidas Específicas

Áreas de expansão

1. Áreas construídas

Objetivos: Minimizar impactos que as áreas construídas detêm sobre a paisagem; Promover a qualidade visual da área; Organização das áreas construídas

 Colmatação do perímetro urbano e garantia de coerência urbana

 Minimização do impacto volumétrico

 Uniformização de núcleos e da cidade

2. Áreas não construídas

Objetivos: Promover a qualidade ambiental, urbana e paisagística; Dinamizar espaço urbano; Destacar e Preservar espaços verdes e espaços agrícolas; Minimizar impactos das áreas construídas

 Colmatação da malha urbana através do preenchimento do espaço com áreas destinadas ao uso público, como áreas verdes ou equipamentos com o objetivo de organizar o aglomerado  Criação de barreiras visuais, como

por exemplo a vegetação para minimizar impactos das construções

 Evitar criar espaços vazios externos sem capacidade de concretização;

 Mitigar a impermeabilização  Obstrução de linhas de água

 Privilegiar a possibilidade das linhas de drenagem terem a sua forma natural, o que não se verifica em grande parte das linhas de água na cidade, dado que se encontram subterrâneas devido às construções.

 Criação de jardins de proximidade  Reforçar os estratos de vegetação

na área ribeirinha para consolidar e naturalizar o máximo elementos naturais  Associar áreas de diferentes

funções na marginal

 Interligar as novas áreas verdes as existentes, e criar novas áreas junto ao

Evolução da Paisagem do Peso da Régua

Caracterização e Análise Histórica da Cidade  Valorização e

requalificação das linhas de água, principalmente do Rio Douro, Rio Corgo e Ribeira de Mera

 Aumento de espaços verdes na cidade

 Privilegiar a ocupação dos espaços não construídos com áreas verdes, ao invés de construções

 Criação de um contínuo verde na cidade

 Diversificação de culturas nas áreas agrícolas e associar práticas sustentáveis na produção de bens

 Valorização e proteção da cultura da vinha, salientando a componente produtiva, cultural e recreativa

parque ribeirinho

 Replantação de espécies adaptadas  Diversificar o mosaico contínuo que a monocultura da vinha reflete na paisagem, através da utilização de revestimento herbáceo, da interligação de diferentes manchas e tipologias de vinha, da integração de alinhamentos de espécies caraterísticas da região (ex. oliveiras, árvores de fruto,…).

 Diversificar culturas para variar caraterísticas como a cor e a forma, de modo a criar composições distintas e aumentar a componente ecológica e ambiental da paisagem;

 Inserir núcleos arbóreos-arbustivos para aumentar a componente ecológica e ambiental da paisagem e a sua diversidade, assim como criar continuidade a partir dos núcleos já existentes, mas que se encontram dispersos por toda a paisagem;

As medidas propostas anteriormente, tem como objetivo principal maximizar os impactos positivos e minimizar os impactos negativos que a paisagem tem. Nas medidas gerais de intervenção faz-se a distinção entre as áreas construídas das áreas não contruídas.

As áreas de expansão correspondem a antigas áreas agrícolas, dado que a união dos três núcleos do Peso, Régua e Godim deu origem à atual cidade, foi a partir da construção nas periferias de cada um destes núcleos que a cidade se expandiu. A concentração populacional e a respetiva expansão da cidade foi recentemente mais significativa em Godim, à margem esquerda da Ribeira da Mera, não só pelas condições do terreno, mas por ser a zona onde existiam e ainda existem, espaços não construídos.

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No geral, as cidades tem tendência para continuar a crescer, o que em muitos casos não justifica a expansão contínua, uma vez que o principal fator que requer o crescimento urbano é a população. Para minimizar esse desenvolvimento desorganizado no território foi necessária a elaboração dos Planos Diretores Municipais.

Sendo o PDM o instrumento de gestão do território municipal e o elemento de referência para a elaboração de outros planos, é intrinsecamente fundamental recorrer a este para intervir na paisagem e no território. O regulamento, a planta de ordenamento e a planta de condicionantes do PDM, estabelecem as regras para o uso, ocupação e transformação do solo em todo o território do concelho de Peso da Régua, e a partir do seu estudo compreende- se como o território está delimitado nas respetivas categorias de ordenamento e condicionantes. A planta de ordenamento “representa o modelo de organização espacial do território municipal, de acordo com os sistemas estruturantes e a classificação e qualificação dos solos e ainda as unidades operativas de planeamento e gestões definidas e, ainda, a delimitação das zonas de proteção e de salvaguarda dos recursos e valores naturais” (CCDRC, 2016, p.41). Desse modo, as intervenções urbanísticas na paisagem devem atender principalmente à planta de ordenamento juntamente com as normas do regulamento, não descartando as condicionantes do território, devem ser sempre consideradas em qualquer intervenção. De seguida, vai ser realizado um breve estudo a partir da planta de ordenamento, em que o objetivo é compreender de que modo o modelo pode influenciar a paisagem num futuro próximo, assim como determinadas medidas que valorizem ainda mais a estrutura da cidade e da sua paisagem.

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A planta de Ordenamento – carta B, abrange toda a área da freguesia do Peso da Régua e Godim, ou seja a área geral da cidade. Estão assinaladas as localizações das fotografias panorâmicas anteriores na planta, para posteriormente perceber sob a perspetiva vertical como as categorias dominantes se encontram na paisagem. Ao analisar a planta, as manchas de Solo Urbano e de Espaços Agrícolas são as que predominam

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Segundo o regulamento do PDM do Peso da Régua “ O solo urbano é constituído pelas áreas às quais é atribuída vocação para o processo de urbanização e de edificação, incluindo as afetas à estrutura ecológica necessárias ao equilíbrio do sistema urbano, qualificadas no seu conjunto de acordo com as seguintes categorias: a) Espaços de uso urbano geral; b) Espaços para atividades empresariais; c) Estrutura ecológica urbana.” e o “ perímetro urbano da Cidade de Peso da Régua é constituído pela totalidade das áreas de solo urbano afetas ao nível 1 (Área urbana de Peso da Régua — Godim), incluídas na categoria de espaços de uso urbano geral, acrescidas da área da Zona de Atividades Empresariais do Vale do Rodo, incluída na categoria de espaços para atividades empresariais” (Diário da República, 2.ª série — N.º 146 — 31 de julho de 2017). Enquanto a subcategoria de Espaços Agrícolas integrada na categoria de Solo Rural “são constituídos pelos espaços com elevada potencialidade agrícola e pelos outros espaços agrícolas, destinando -se exclusivamente à exploração e práticas agrícolas” (Diário da República, 2.ª série — N.º 146 — 31 de julho de 2017), na planta estão apenas delimitados os Outros Espaços Agrícolas, uma vez que os Espaços Agrícolas Defendidos são uma das componentes da Estrutura Ecológica Urbana.

A EEU é uma estrutura integrante do modelo organizacional de uma cidade e da sua paisagem, onde se reconhece os sistemas ecológicos fundamentais e orientadores para colocar em prática uma ação sustentável com o objetivo de promover a biodiversidade em ambiente urbano. Na planta de ordenamento é também uma das manchas significativas, está delimitada e designada por Estrutura Ecológica Municipal e integra a categoria do Solo Urbano e é “constituída pelas áreas que visam contribuir para o equilíbrio ecológico e para a proteção, conservação e valorização ambiental e paisagística dos espaços rústicos e urbanos” (CCDRC,2016, p.48), no PDM do Peso da Régua segundo o regulamento, esta estrutura corresponde a espaços como: “a) Os leitos dos cursos de água situados no interior dos perímetros urbanos (…); b) Outras áreas expressamente delimitadas como tal na planta de ordenamento, afetas ou a afetar a zonas verdes, de lazer e recreio ou de proteção; c) Áreas por natureza insuscetíveis de aproveitamento edificatório (…)” (Diário da República, 2.ª série

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