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ANDERSON MALTA DA SILVA CAMILA LIMA GERALDO

2.1 Necessidade da Contratação

Grande parte dos processos internos e fluxos de trabalho do CNPq se encontram informatizados e apoiados em sua infra-estrutura de TI. O nível de informatização da Instituição lhe confere alta produtividade e eficiência na execução das ações que lhe são atribuídas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O ganho alcançado pela Instituição com a informatização de seus processos de negócio gerou, por outro lado, uma alta dependência da Organização sobre a sua infra-estrutura tecnológica, sistemas de informação e serviços de TI. Assim, a indisponibilidade dessa infra-estrutura, pode colocar em risco o funcionamento da Instituição e impedir que a mesma preste os serviços públicos de sua responsabilidade.

Atualmente, o CNPq conta com uma complexa infra-estrutura de TI composta por cerca de 100 servidores, uma Storage Área Network (SAN), com 3 storages no site principal e 1 no site backup, além de cerca de 90 switches de interconexão e 1.500 estações de trabalho.

A Coordenação Geral de Informática (CGINF) disponibiliza aos usuários internos e pesquisadores do CNPq, diversos serviços de TI, como os de conectividade a redes, suporte a desktops e periféricos, help

O processo de informatização da Organização ganhou forte impulso a partir do ano de 2004, forçando o aumento no nível de profissionalização dos gestores de TI e das empresas de suporte á infra-estrutura, na busca por uma disponibilidade próxima dos 99,9 % para os serviços de TI e sistemas de informação da Instituição.

O Conselho não possui um quadro de pessoal específico para a área de informática, composto por profissionais em número e capacitação necessários à operação dos componentes da sua infra-estrutura de TI, que vem se tornando cada vez mais complexa e especializada, acompanhando a evolução tecnológica do Mercado e atendendo às necessidades do Órgão.

Além da necessidade de contratação dos serviços operação da infra-estrutura e de suporte a usuários, a implantação de um novo modelo de gestão de TI, que utilize as melhores práticas do mercado para a gestão por serviços, também é fundamental para o que a CGINF possa atender às necessidades da Organização.

O modelo que atualmente é reconhecido como um padrão de fato no gerenciamento de serviços de TI é o ITIL (Information Technology Infrastructure Library), que busca promover a gestão com foco no cliente e na qualidade dos serviços prestados pela TI.

Para a adequada implantação e funcionamento do modelo ITIL, é necessária a existência de uma Central de Serviços que TI, apoiada em ferramentas de software, que seja responsável pelo monitoramento da disponibilidade dos serviços, atendimento aos usuários, abertura e acompanhamento de chamados e pela geração de informações que permitam a gestão dos acordos de nível de serviço contratados pelo CNPq, junto aos seus fornecedores de produtos e serviços de TI.

A implantação de um novo modelo de TI nas Organizações Públicas para a área de TI, baseado na gestão por serviços, vem sendo requerido pelos órgãos federais de controle e pelo próprio Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que tem por objetivo instituir modelos que possam trazer benefícios a esses Órgãos e aos cidadãos em geral.

Assim, considerando a importância da sustentação da infra-estrutura de TI para suporte aos sistemas de informação e serviços de TI do CNPq, aliado a inexistência de profissionais especializados nos quadros do CNPq, em quantitativo e qualificação necessários ao atendimento a essa demanda, torna-se essencial para o adequado funcionamento dessa infra-estrutura, a contratação dos serviços abaixo identificados:

• Central de Serviços

• Suporte a Desktops, Notebooks e Periféricos

• Operação, Gerenciamento de Redes, Servidores, Storage & Archive e Directory Services • Administração de Banco de Dados, Middleware, Internet/Web e Mensageria e Colaboração • Suporte a Instalações Físicas de TI

• Instalação e Movimentação de Equipamentos, Pontos Elétricos e Lógicos

2.2 Motivação

Uma preocupação constante da alta direção das organizações, é a busca pelo alinhamento estratégico entre a área de Tecnologia da Informação e a área de negócios da Instituição, principalmente com o objetivo de atender à demanda por alta qualidade em seus serviços, economia, confiabilidade, flexibilidade, agilidade e racionalização de fluxos de trabalho.

Devido ao elevado grau de automação dos processos operacionais e administrativos, as organizações passaram a confiar e a depender cada vez mais de sua infra-estrutura tecnológica para viabilizar aplicações de missão crítica e implementar rapidamente novas soluções que aumentem a agilidade, a capacidade de adaptação, a otimização de custos e a melhoria de serviços prestados, de forma continuada, aos seus clientes e usuários.

Esta realidade não é diferente no CNPq. O aumento ocorrido, notadamente a partir do ano de 2003, na demanda por recursos para financiamento de projetos de pesquisa, bolsas e eventos científicos, e no aporte de recursos destinados à Instituição para o atendimento a esses pleitos, tem exigido um grande

esforço da Organização no sentido implementar soluções em TI que permitam fazer frente a essas demandas. Como a força de trabalho do CNPq vem se mantendo praticamente estável desde o ano de 2003, o alinhamento da área de TI ao negócio da Instituição, tornou-se fundamental para agilizar e racionalizar os seus processos internos a para permitir que o Órgão continue a cumprir sua missão institucional de financiamento à pesquisa no País.

Na última década, diversas pesquisas apontam um aumento dos investimentos em TI por parte das organizações públicas e privadas. Nesse período a maioria das organizações aumentou substancialmente seus investimentos em tecnologia, notadamente na área de serviços. As pesquisas do instituto META Group (META Group Delta EDCS 1083: Administração de Ativos: Quebra da Calmaria) indicam que:

- Desde de 2007, as demandas futuras das organizações por investimentos em tecnologia vêm crescendo a uma taxa média de 8% ao ano;

- Em algumas organizações, 75% do orçamento gasto com tecnologia está sendo direcionado ao suporte de serviços dos Centros de Dados.

O CNPq também vem seguindo essa tendência, com fortes investimentos na atualização de sua infra- estrutura de TI.

A atual infra-estrutura de TI do CNPq se caracteriza por uma grande diversidade de plataformas, sistemas e aplicações, desenvolvidas para suportar as tarefas relacionadas à gestão estratégica e operacional dos serviços da Instituição.

No cenário atual, a complexidade e os riscos inerentes aos ambientes tecnológicos, tem gerado aumento nos custos, enquanto a satisfação dos usuários de tecnologia com o suporte e o tempo de resposta para a resolução dos problemas vem decrescendo. Tal constatação é presente tanto em organizações públicas quanto nas privadas.

Diante dessa constatação, é necessário que as organizações mudem seu enfoque de atendimento aos usuários, de reativo para pró-ativo, alcançando um gerenciamento integrado dos processos envolvidos na entrega e suporte a serviços de tecnologia da informação.

Essa mudança se dá por meio do aumento da aderência das áreas de TI às melhores práticas de mercado, incrementando os processos de gestão dos serviços, aprimorando o controle sobre a infra-estrutura tecnológica e implantando um Modelo de Governança Tecnológica que alcance o autogerenciamento e valorize as soluções sob a perspectiva de todas as áreas interessadas.

Esse Modelo de Governança Tecnológica e Gestão dos Serviços deve ser consolidado através da visão de futuro da organização como base de orientação para a definição dos objetivos e metas estratégicas que devem ser suportadas pelos serviços e pela infra-estrutura de Tecnologia da Informação.

Nas Organizações Públicas no âmbito Federal, a implantação de modelos de governança e políticas de segurança da informação, vem sendo requeridas em auditorias realizadas pelos Órgãos de Controle Federais sobre as áreas de TI dessas Organizações. A Secretaria de Logística do Ministério do Planejamento, vem normatizando a contratação de serviços de Tecnologia da Informação por parte dos Órgãos da Administração Pública, com vistas a adotar modelos de governança de TI mais efetivos nessas instituições.

A definição de um novo patamar qualitativo para a gestão dos serviços de TI constitui o grande desafio contemporâneo das áreas de TI das organizações públicas e privadas no Brasil.