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Le Nouvel Observateur – 5 11 septembre 2002 Título:: 11 septembre – La réaction

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 196-200)

Capítulo 3. Discurso de imprensa

08) Le Nouvel Observateur – 5 11 septembre 2002 Título:: 11 septembre – La réaction

Les croisés font la loi Por: Jean-Gabriel Fredet

Este artigo é de extrema importância, pelo fato de revelar a questão da aliança da direita religiosa, principal colaboradora para a eleição de George W. Bush. Finalmente, temos um artigo que corrobora o fato de que o conservadorismo (sem falar no peso dos fundamentalistas cristãos) religioso também existe na América, que corre o risco de se transformar em um império teocrático.

Ainda se toca no assunto da cruzada contra o Eixo do Mal, e os Estados Unidos como o anjo exterminador de todo o mal, ou seja, encarnando todo o Bem

Trecho:

Elu grâce à l’alliance de la droite religieuse et des néoconservateurs, George W. Bush paie ses dettes rubis sur l’ongle. Au risque de transformer l’Amérique en empire théocratique.

Eloge de la théocratie, obsession sécuritaire, croisade contre un “axe du Mal” dont elle se veut l’ange exterminateur...l’Amérique est-elle en train de virer à l’extrême droite?

(...)

Elu grâce aux voix fondamentalistes, “reconverti” consacrant une heure chaque jour à la lecture de la Bible (après une jeunesse plutôt portée sur la bouteille), le président paie ses dettes. A la Maison- Blanche, son directeur de cabinet, Andy Card, est à la fois l’émanation et l’agent de liaison de la droite religieuse.

(...)

Combinée au poids des fondamentalistes chrétiens, cette nouvelle posture explique le soutien inconditionnel de l’administration républicaine, suspectée longtemps d’antisémitisme, au gouvernement Sharon. Devant l’appui sans réserve de la droite religieuse à Israël, au prétexte que “tous deux sont porteurs des mêmes valeurs judéo-chrétiennes menacées par un terrorisme antioccidental”, le “Jerisalem Report”, plutôt libéral, avance une thèse: cette nouvelle alliance a des bases théologiques. Beaucoup de chrétiens évangélistes, en ligne avec les prophéties de la Bible, considèrent le retour des juifs en Israël comme la précondition du retour du Christ...

(...) Pris dans la spirale dépressive qui coûta à son père sa réélection malgré son triomphe dans la guerre du Golfe, “W” sera-t-il tenté par un quitte ou double en Irak? Tout est possible. L’Amérique sur laquelle nous avions l’habitude d’appliquer le schéma d’une division entre démocrates proches de notre vieille gauche et républicains comparables à notre droite bonapartiste n’existe plus! Avec des républicains sous influence religieuse, voici venu le temps de la République impériale, de la politique de puissance et d’Armageddon, l’ange exterminateur.

11 de setembro – A reação Os cruzados fazem a lei

Eleito graças à aliança da direita religiosa e dos neoconservadores, George W. Bush paga suas dívidas à unha. Com o risco de transformar a América em império teocrático.

Elogio da teocracia, obsessão securitária, cruzada contra um “eixo do mal” contra o qual ela se quer o anjo exterminador... a América está se voltando para a extrema direita?

(...)

Eleito graças às vozes fundamentalistas, reconvertido consagrando uma hora todo dia à leitura da Bíblia (após uma juventude com uma garrafa na mão), o presidente paga suas dívidas. Na Casa Branca, seu chefe de gabinete, Andy Card, é ao mesmo tempo a emanação e o agente de ligação da direita religiosa.

(...)

Combinada com o peso dos fundamentalistas cristãos, essa nova postura explica o apoio incondicional da administração republicana, suspeita por muito tempo de antisemitismo, ao governo de Sharon. Diante do apoio sem reservas da direita religiosa a Israel, sob pretexto de que “os dois possuem os mesmos valores judaico-cristãos ameaçados por um terrorismo antiocidental”, o “Jerisalem Report”, liberal, tem uma tese: essa nova aliança possui bases teológicas. Muitos evangélicos, em linha com as profecias da Bíblia, consideram o retorno dos judeus a Israel como a pré-condição do retorno do Cristo...

(...) Preso na espiral depressiva que custou a seu pai sua reeleição, apesar do triunfo na guerra do Golfo, “W” será tentado a desistir ou repetir no Iraque? Tudo é possível. A América sobre a qual tínhamos o hábito de aplicar o esquema de uma divisão entre democratas próximos de nossa velha esquerda e republicanos comparáveis a nossa direita bonapartista não existe mais! Com os republicanos sob influência religiosa, eis o tempo da República imperial, da política da potência e do Armagedon, o anjo exterminador.

M1 – Fundamentalismo cristão

P1: Elu grâce à l’alliance de la droite religieuse et des néoconservateurs, George W. Bush paie ses dettes rubis sur l’ongle

P2: Combinée au poids des fondamentalistes chrétiens, cette nouvelle posture explique le soutien inconditionnel de l’administration républicaine, suspectée longtemps d’antisémitisme, au gouvernement Sharon.

P3: Devant l’appui sans réserve de la droite religieuse à Israël, au prétexte que “tous deux sont porteurs des mêmes valeurs judéo-chrétiennes menacées par un terrorisme antioccidental”, le “Jerusalem Report”, plutôt libéral, avance une thèse: cette nouvelle alliance a des bases théologiques. Beaucoup de chrétiens évangélistes, en ligne avec les prophéties de la Bible, considèrent le retour des juifs en Israël comme la précondition du retour du Christ...

M2 – A cruzada contra o eixo do Mal

P1: Eloge de la théocratie, obsession sécuritaire, croisade contre un “axe du Mal” dont elle se veut l’ange exterminateur...l’Amérique est-elle en train de virer à l’extrême droite?

P2: Avec des républicains sous influence religieuse, voici venu le temps de la République impériale, de la politique de puissance et d’Armageddon, l’ange exterminateur.

09) L’Express nº 2671 – 12 septembre 2002 Título: Islam – Ce que l’on n’ose pas dire. Por: Eric Conan

Neste artigo, o autor comenta diversas publicações que apareceram após os atentados do 11 de setembro, como um “efeito do choque do 11 de setembro”, debatendo a questão muçulmana tanto mundial quanto francesa, questionando a ingenuidade e muitas vezes o desconhecimento no tratamento da questão, os livros analisados, segundo o autor, convergem na convicção de que o problema do lugar do Islã está diante de todos, muçulmanos ou não, assim como a questão católica, cuja violência nós esquecemos, está atrás de nós. Os diversos livros analisados no artigo abordam temas diversos dentro da questão religiosa, como por exemplo o lugar das mulheres, a inovação tecnológica e bélica, o lugar das ciências no mundo árabo-muçulmano, a situação econômica, as minorias terroristas, o discurso neofundamentalista na França, a noção de cidadania, a laicidade, as gangues organizadas da periferia das grandes cidades francesas ou a questão dos muçulmanos que lutam para modernizar o Islã.

Trecho:

Non, le monde musulman n’est pas victime de l’Occident, mais de son propre archaïsme et de l’incurie de ses dirigeants. Non, les musulmans de France ne doivent pas “adapter” la laïcité mais s’y plier. Un an après le choc du 11 septembre, plusieurs ouvrages l’affirment et ouvrent le débat sur ce sujet explosif.

C’est un effet paradoxal du choc du 11 septembre 2001: loin de provoquer un débat sur l’islam réel, il a engendré une langue de bois qui aura régné durant l’année écoulée. Au nom du refus de l’ “amalgame” – entre un bon islam, majoritaire, paisible et fidèle au Coran, et les dérives minoritaires de radicaux trahissent le texte sacré – fut ainsi affirmé que l’islam ne posait guère plus de problème que le judaïsme et le christianisme. Motivée par les meilleurs sentiments, cette “ligne” a renforcé plus qu’affaibli les tabous qui pesaient déjà sur deux interrogations. L’islam a-t-il une part de responsabilité dans la situation (absence de démocratie et de liberté d’expression, statut minoré de la femme, analphabétisme) de quasiment tous les pays à Etat musulman, dont beaucoup sont loin d’être pauvres? Et quelle attitude faut-il adopter face aux revendications de l’islam dans nos sociétés occidentales postreligieuses?

Islã – aquilo que não se ousa dizer.

Não, o mundo muçulmano não é vítima do Ocidente, mas de seu próprio arcaísmo e da grande negligência de seus dirigentes. Não, os muçulmanos da França não devem “adaptar” a laicidade mas se curvar diante dela. Um ano após o choque do 11 de setembro, várias obras o afirmam e abrem o debate sobre esse assunto explosivo. É um efeito paradoxal do 11 de setembro de 2001: longe de provocar um debate sobre o islã real, engendrou uma maneira estereotipada de se exprimir que teria dominado durante o ano que passou. Em nome da recusa do “amálgama” – entre um bom islã, majoritário, pacífico e fiel ao Corão, e as derivas minoritárias de radicais que traem o texto sagrado – foi assim afirmado que o islã não causava mais problema que o judaísmo e o cristianismo. Motivada pelos melhores sentimentos, essa “linha” reforçou mais que enfraqueceu os tabus que pesavam sobre duas interrogações. O islã tem uma parte de responsabilidade na situação ( ausência de democracia e de liberdade de expressão, status minoritário da mulher, analfabetismo) de quase todos os países com Estado muçulmano, em que muitos estão longe de sserem pobres? E qual atitude é preciso adotar diante das revendicações do islã em nossas sociedades ocidentais pós-religiosas?

M1) O islã

P1: Non, le monde musulman n’est pas victime de l’Occident, mais de son propre archaïsme et de l’incurie de ses dirigeants.

P2: C’est un effet paradoxal du choc du 11 septembre 2001: loin de provoquer un débat sur l’islam réel, il a engendré une langue de bois qui aura régné durant l’année écoulée.

P3: L’islam a-t-il une part de responsabilité dans la situation (absence de démocratie et de liberté d’expression, statut minoré de la femme, analphabétisme) de quasiment tous les pays à Etat musulman, dont beaucoup sont loin d’être pauvres?

M2) Os muçulmanos da França – laicidade

10) L’Express nº 2671 – 12 septembre 2002

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 196-200)