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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.2 O clima e os indicadores de risco para a saúde

A literat ura de nosso conhecim ent o indica que no plano físico os elem entos biogeográficos, hidrogeográficos, clim áticos, t opográficos podem condicionar as atividades e o m odo de vida do ser hum ano, porém em suas obras Sorre dá um dest aque especial ao clim a com o um condicionador das atividades do com plexo vivo ( plano social e biológico) .

Segundo Sorre ( 1984, p.32) :

Cada tempo se define por uma combinação de propriedades a que chamamos de elementos do clima: pressão, temperatura, higrometria, precipitação, estado elétrico, velocidade de deslocamento, composição química e carga sólida, radiações de todo tipo. Esses elementos são desigualmente conhecidos e nem sempre podemos precisar-lhes o significado para a fisiologia ou para psicologia, individuais ou coletivas.

A int eração dos elem ent os vent o, chuva, t em peratura, um idade e radi ação cont ribuem para a form ação das regiões bioclim at ológicas da t erra nas quais, hist oricam ent e, nasceram e int eragem t odas as form as de vida. Port ant o, pode- se dizer que o clim a, m ais que quaisquer out ros sist em as nat urais, t ranscendem t odas as front eiras das atividades naturais e hum anas, influindo na água, nas plant as, na fauna e na agricult ura. É a at uação desses fat ores e elem ent os que det erm ina as condições clim áticas dos lugares e é responsável pelas diferenças ent re as paisagens. O confort o hum ano e, em alguns casos, a sobrevivência, têm dependido da habilidade com que os edifícios e lugares se t êm adapt ado ao m eio am bient e clim ático ( HOUNG,1998) .

Muit as são as definições de clim a e dent re elas dest aca- se, basicam ent e, o fat o do clim a ser um sist em a alt am ente não linear e int erativo, que funciona em regim e de

t rocas energéticas recíprocas e int erdependent es. O clim a é o result ado de com plexas int erações ent re elem ent os clim áticos ( t em perat ura, um idade, precipit ação, evaporação, ent re out ros) e processos físicos que envolvem a at m osfera, oceano e superfícies sólidas ( veget adas ou não) (GOLDREI CH, 1995; SANT’ANNA NETO, 2000; CONTI , 2000). Os fenôm enos relacionados com o com port am ent o da atm osfera são orient ados no sentido da com preensão de sua ext ensão ( espaço) e de sua duração (t em po) ( TARI FA e AZEVEDO, 2001) . As int erações e fenôm enos ainda são pouco conhecidos individualm ente ( CONTI , 2000) , o que faz com que a descrição quantit ativa do clim a represent e um verdadeiro desafio para a ciência.

A principal dificuldade dos est udos clim áticos é j ust am ent e a não linearidade do sistem a, que faz com que os m ecanism os que at uam sobre os elem ent os e os fat ores clim áticos exerçam influência de m esm a ordem de grandeza, m as em sentido cont rário ( CONTI , 2000) . Diante da int eração de alguns fat ores, a nat ureza pode apresentar reações diversas, de form a que é difícil prever qual com port am ent o será apresent ado.

Esses elem ent os clim áticos podem desencadear um a série de reações no ser hum ano, bem com o um a influência significant e nos agent es pat ogênicos. Dent re os elem ent os higrot érm icos e pluviom ét ricos const it ui em elem ent os de essencial im port ância para “as atividades fisiológicas e para o surgimento de enfermidades, bem com o a pressão at m osférica, que com a dim inuição da pressão do oxigênio faz sentir seus efeit os sobre o funcionam ent o do organism o” (SORRE, 1984, p.38).

Os im pact os na saúde das populações hum anas, decorrent es de processos relacionados às m udanças clim áticas globais (Figura 1) , têm sido obj et o de atenção não apenas por instit uições acadêm icas e governos nacionais, m as t am bém por órgãos e program as int ergovernam ent ais, específicos do set or saúde. Ent re esses, devem ser dest acados, inicialm ent e, a com issão de saúde do I PCC ( Painel I nt ergovernam ent al de Mudanças Clim áticas) .

As doenças que result am de valores ext rem os de t em perat ura e radiação ult raviolet a solar apenas dem ost ram que as condições m et eorológicas t êm um efeit o pot encializador em det erm inados agravos na saúde. Efeit os esses que podem influenciar no nosso hum or, no com port am ent o e no bem - est ar geral.

Figura 1. Vias pelas quais as Mudanças Clim át icas afet am a Saúde

Fonte: ORGANI ZAÇÃO MUNDI AL DE SÁUDE (2003)

Segundo Pitt on ( 1997) , que se dedica ao estudo das influências do am bient e at m osférico ao hom em os est udos da relação clim a e saúde e/ ou clim a e bem est ar est ão incluídos no âm bit o da Bioclim at ologia Hum ana. Est as influências podem ser t erm ais, barom ét ricas, hídricas, reações quím icas ou elét ricas, m as t am bém as causadas pela com posição do ar am bient e. É im port ant e dest acar que essas influências acarret am em surgim ent o de enferm idades e m udanças com port am ent ais no ser hum ano.

Alguns est udiosos com o “Gerard Beltrando e Chem ery não consideram a bioclim at ologia hum ana com o um dos ram os part icular da Clim at ologia, m as sim , da Biologia voltada ao estudo da influência do clima sobre o organismo humano” (MENDONÇA, 1999, p.24) . É int eressant e m encionar que a bioclim at ologia hum ana é um cam po de est udo int erdisciplinar, desse m odo, é um r am o de est udo t ant o das ciências biológicas quant o da clim at ológica, j á que analisa a ação do clim a ou do est ado at m osférico nos fat ores fisiopat ológicos e com port am entais do hom em .

Segundo Pinna ( 1993, p.487) Clim at ologia Médica e Bioclim at ologia Hum ana possuem as m esm as definições, apesar de que est a últim a t em ocupado um posto de m aior destaque nos estudos relacionados a esta temática. “[...] conseguindo uma grande expansão em seus est udos, nas últim as décadas, principalm ent e nas ciências m édicas, devido à explosão dos problem as am bient ais no m undo ocident al que afet am diret am ent e a saúde humana”.

Para Silva ( 2010) , a bioclim at ologia hum ana aplicada às cidades relaciona- se com aspect os do clim a urbano e sua influência no confort o e desconfort o e na saúde hum anos. Os efeit os do espaço urbano nos com ponent es do clim a, t ais com o t em perat ura, um idade, radiação e vent o — elementos im portantes para a m anutenção do balanço de calor do

corpo hum ano — têm sido bem documentados em todo o m undo. Desse m odo, considera- se que, at ualm ent e, há um a base de conhecim ent o para a aplicação da avaliação biom et eorológica e/ ou bioclim at ológica nas áreas urbanas.

Conform e Bensancenot apud Mendonça ( 1999, p.23) , a Bioclim at ologia Hum ana pode se dividir em t rês cam pos de estudos

:

Climatofisiologia: que analisa as repercussões do estado da atmosfera sobre o conforto de um sujeito são.

Climatopatologia: que tenta explicar pelo contexto climático a desigual distribuição espaço-temporal de múltiplos sintomas ou síndromes mórbidas; e

Climatoterapia: que procura utilizar as propriedades curativas de certos tipos de clima para restaurar uma saúde alterada.

É im port ante ressalt ar que as duas prim eiras subdivisões com port am a m aior part e dos est udos em Bioclim at ologia Hum ana, pelo fat o da pri m eira t rat ar da influência do clim a no confort o do indivíduo, e a segunda t rat ar da relação do clim a com o surgim ent o de enferm idades. ( CASTI LHO, 2006)

Trabalhando com o parâm et ro clim ático t em peratura, Henrique Andrade ( 1998), em seu t rabalho, O desconforto térmico estival em Lisboa: uma abordagem bioclimática, faz relações com o aum ent o da t em perat ura e o desconfort o t érm ico na cidade de Lisboa. Alcoforado ( 1991) estudou a variação t em poral do núm ero de crises de dispneia e a variabilidade do t em po atm osférico, no período ent re 1988 e 1989, em Lisboa. Foi encont rada fort e correlação ent re o núm ero de urgências e a t em peratura dos t rês dias ant eriores àquele em que o pacient e recorreu aos Serviços Hospit alares. Tam bém em Port ugal Alcoforado ( 2007) produziu est udos de relevância no cam po da Bioclim at ologia Hum ana.

De acordo com Silva ( 2010, p.62)

O autor ressalta que melhor atenção tem sido dada, principalmente, à avaliação dos impactos das temperaturas extremas na saúde humana, impulsionados pela necessidade de melhor compreender os efeitos da possível mudança climática global, condição cada vez mais aceita em vários meios, desde o acadêmico–científico até o governamental. Aqueles que focam as ondas de calor e as ondas de frio mostram que estas se constituem em grave problema para saúde da população, principalmente para aquelas pertencentes aos grupos de risco, ou seja, tanto os extremos de calor, quanto os extremos de frio relacionam-se com aumento da mortalidade e da morbidade, entre crianças e idosos, por exemplo.

De um a m aneira geral, o que m ais se observa nas revisões bibliográficas sobre os est udos de clim a e saúde a fim de avaliar as inform ações epidem iológicas disponíveis sobre os est udos do im pact o do calor sobre a saúde hum ana, é que as pesquisas indicam que a t em perat ura am bient e é o parâm et ro de exposição m ais utilizado nesses estudos, bem com o índices de exposição baseados na t em peratura e um idade. Os result ados dest as pesquisas apont am que a m ort alidade aum ent a durant e as ondas de calor, sugerindo que

as pessoas com doenças cardiovasculares e respirat órias têm um risco m aior de m ort e associado à exposição ao calor.

Lacaz ( 1972) e Peixot o ( 1975) foram os pioneiros no Brasil a est abelecer correlações ent re algum as doenças e as condições clim áticas do país. Peixot o (1975) relat a a m anifest ação de inúm eras doenças e os denom inados com plexos pat ogênicos no Brasil. Refere- se, t am bém , à meteoropatologia ( clim a e salubridade) , e sua relação com várias epidem ias brasileiras ( especialm ent e na Am azônia e Nordest e) , a exem plo da febre am arela, m alária, cólera, febre tifoide, varíola, gripe, ent re out ras.

É im port ant e dest acar que em Port ugal assim com o na I t ália e na França os est udos em bioclim at ologia hum ana est ão bast ante avançados. Ao cont rário, no Brasil, apesar de est udos pont uais de relevância ao longo do t em po, som ent e m ais recent em ent e, passou a cham ar m aior at enção dos pesquisadores que t rabalham com est udos do clim a. Sem a pret ensão aqui de se realizar um levant am ent o m inucioso são list ados alguns desses t rabalhos.

Cast ro ( 2000) utilizou a abordagem rítm ica para a associação das pat ologias do aparelho respirat ório e os tipos de t em po no inverno em Rio Claro, SP, Brasil. Foram usadas as variáveis m et eorológicas e de poluição do ar e dados de m orbidade, dos invernos de 1995 a 1997. A análise dos dados foi feit a a partir de est atística descritiva, elaboração de gráficos e cart as. O estudo m ost ra que houve correlação ent re t em perat uras m édias m ensais e óbit os por infecções respirat órias agudas ( I RA) , em Rio Claro.

Sart ori ( 2000) , t am bém realizou alguns t rabalhos no âm bit o da Bioclim at ologia hum ana brasileira, com o sua t ese de dout oram ent o, intit ulada Clima e Percepção, onde t rabalhou com a sensitividade e percepção clim ática dos m oradores do m unicípio de Sant a Maria/ RS.

Gouveia et al. ( 2003) realizaram um est udo relacionando as diferenças socioeconôm icas, m ort alidade e t em perat ura na cidade de São Paulo. A pesquisa considerou dados diários de m ort es por diferentes causas (excet o m ort es violentas) , dados diários de t em peratura no período 1991- 1994. Foi observado aum ent o na m ort alidade quando houve elevação de t em peratura acim a e queda abaixo do lim it e de 20º C.

Bot elho et al. ( 2003) estudaram a influência das variáveis m et eorológicas nos períodos clim áticos ( seco ou chuvoso) e as hospit alizações de crianças m enores de 5 anos com problem as respirat órios a partir da análise dos pront uários do Pront o Socorro de Cuiabá, no est ado do Mat o Grosso, Brasil, no período de j aneiro a dezem bro de 1999. Os result ados analisados perm itiram concluir que a prevalência das infecções respirat órias agudas em crianças m enores de cinco anos at endidas no PSMC é alt a e est á associada ao período seco do ano, à baixa um idade relativa do ar.

Pitt on e Sperandio ( 2003) , no artigo Poluição e doenças respiratórias em Piracicaba/SP, est udaram as variações clim áticas derivadas da poluição at m osférica local e a incidência de problem as respirat órios de Piracicaba/ SP.

Ribeiro Sobral ( 2005) est udou o im pact o da ilha de calor e apont ou que as am plit udes t érm icas diárias, dent re fat ores am bient ais, apresent am influência nas doenças respirat órias.

Em Brasília (DF) , foi estudado por Barros ( 2006) a ocorrência de doenças respirat órias e os tipos de t em po, utilizando a análise rít m ica. Os result ados indicaram que o aum ent o nos at endim ent os em pront os- socorros por doenças respirat órias ocorre quando há dim inuição da um idade e da t em perat ura, bem com o pelo aum ent o na am plit ude t érm ica, condições típicas durant e o outono e o inverno, quando há ocorrência de tipos de t em po seco

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Anj os ( 2011) pesquisou a correlação entre o núm ero absolut o das int ernações por doenças do aparelho respirat ório, em pacient es resident es em Maringá, com os cont roles clim áticos da região indicando que a faixa et ária ent re 0 -4, 60- 69 e m ais de 70 anos, apresent aram grande vulnerabilidade a influenza ( gripe) e pneum onia.

Aleixo (2012) analisou a dinâm ica clim ática e os diferent es tipos de tem po na cidade de Ribeirão Pret o ( SP) com o condicionant es da incidência das doenças relacionadas à água ( dengue) e ao ar ( pneum onia, DPOC) , represent ando espacialm ent e os casos das doenças com as variáveis socioam bient ais que evidenciavam os context os de vulnerabilidade socioam bient al

.

Em diversos est udos j á produzidos se podem perceber alguns aspect os que relacionam elem ent os m eteorológicos e a saúde hum ana. Um a at m osfera com baixa um idade relativa do ar é um am bient e propício ao desenvolvim ent o do vírus influenza ( vírus da gripe) . Por out ro lado, a elevação da um idade e da precipit ação faz crescer o núm ero de casos de resfriados e alguns tipos de viroses.

Desse m odo, se reconhece que existe um a influência natural do clim a sobre o hom em , que age sob a sua form a de vestir, na m aneira de alim ent ar, de dorm ir, de se adapt ar em algum as regiões, bem com o em sua saúde. Porém , Mendonça (1999, p. 26) afirm a t am bém que:

[...]os efeitos do clima na saúde se fazem sentir de maneira mais acentuada naquela parcela da população que está mais diretamente a mercê de sua ação; conforme Sorre (1984) quanto menos recursos dispor o indivíduo ou a sociedade, menor será sua capacidade de resistência as agressões do meio (diretas e indiretas).

Quant o m ais agressivas forem as condições at m osféricas, t ant o m ais at enção deve- se dedicar. Algum as das que m ais nos im pressionam são as quedas de granizo e as t em pest ades, as secas prolongadas e as ondas de calor excessivo ou frio intenso.

O est udo dos clim as ( fat o natural) , do clim a urbano e da saúde (fat o social) necessit a de fundam ent os de um a visão am pla e com plexa. O saber am bient al ex cede as “ciências ambientais” para abrir-se ao terreno dos valores éticos, dos conhecim entos prát icos e dos saberes t radicionais. O saber am bient al, fundam ent ado no pensam ent o com plexo, integra fenôm enos nat urais e sociais e articula processos m ateriais qu e conservam sua especificidade ont ológica e epist em ológica, irredutível a um m etaprocesso e a um logos unificador ( LEFF, 2001) .

O t em po por si só não provoca doenças. Quando m uit o, pode agrav ar um a indisposição ou um a doença j á lat ent e no organism o, sobret udo em pessoas m ais debilit adas. Em bora t odos reaj am ao est ado do t em po, um organism o não consegue neut ralizar cert as influências desagradáveis dos fenôm enos atm osféricos. Se est a influência não for com pensada, não tardam a fazer - se sentir sinais de sensibilidade clim ática. Fala- se de hipersensibilidade clim áticas quando a reação é t ão fort e que se agravam os sint om as de doenças agudas ou latent es.

A sensibilidade às condições m et eorológicas pode m anifest ar - se sob a form a das m ais variadas indisposições. A m ais vulgar é a dor de cabeça, m uit as vezes associada a um est ado de fadiga. Mas, há out ras m anifest ações típicas, t ais com o irritabilidade, dificuldade de concent ração e at é pert urbações do sono. É t am bém pont o concordant e que as est ações do ano influenciam o desencadear de cert as doenças.

Os m édicos alergologist as sabem que a asm a brônquica, a rinit e alérgica e out ras doenças do sist em a respirat ório t êm os seus pont os alt os na Prim avera e no Out ono, provavelm ent e devido à m aior abundância de alérgenos – pólen, detritos de folhagem , poeiras – naquelas épocas do ano.

No ent ant o, sem causas alérgicas conhecidas, com o as gast rit es e úlceras pépt icas, e doenças do sist em a nervoso, com crises de depressão profunda ou de euforia, t am bém t êm irrit ações em períodos prim averis ou out onais. Quant o às doenças que podem declarar- se em indivíduos com hipersensibilidades m et eorológicas, se cont am , para além das pert urbações cardiovasculares, as t rom boses, enfart es e cólicas. I st o t am bém é válido para várias doenças das vias respirat órias, infecções gripais e doenças asm áticas. ( UNEMET, 2010)

Out ro aspect o relevante da nossa civilização m oderna. Quer em casa, quer no local de t rabalho, ficam os privados const ant em ent e, ao longo do ano, às influências m et eorológicas nat urais. A t em peratura ext erior é considerada desagradável logo que nos afast em os dos valores dos locais onde t rabalham os ou residim os. Em m uit os de nós, a t erm orregulação nat ural do corpo fica afet ada pelo m enos em cert os períodos.

Dent re os parâm et ros clim áticos que m ais influencia a saúde e bem est ar do ser, se encont ra a t em perat ura, que conform e Mendonça ( 1999, p.33):

Há uma considerável quantidade de estudos que evidenciam o papel da temperatura do ar, muito mais que qualquer elemento climático, na incidência de determinadas doenças, tal é o caso das doenças ligadas diretamente aos sistemas de circulação e de respiração do corpo humano, como o evidenciaram Woodwell (1992), Haines (1992 e Alcoforado (1991). Este último, em estudo relativo ao desencadeamento de crises de dispneia em doentes com problemas respiratório em Portugal, evidenciou a influência de situações sinóticas e da variabilidade térmica diária e sazonal na incidência dos mesmos [...].

Um organism o que não se exponha regularm ent e aos estím ulos nat urais do calor e do frio j á não se adapt a t ão bem às influencias m et eorológicas. Em cont rapart ida, quem t rabalha diariam ente ao ar livre, expondo o organism o às condições at m osféricas, preserva