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CAPÍTULO I – ELLEN G WHITE EM CONTEXTO

2.3 Ambiente Social

2.3.8 O estilo de vida desumano

Na sociedade norte-americana do século XIX, parecia contraditório que os flagelos sociais aumentassem na mesma proporção que surgiam as novas melhorias tecnológicas, o que ocorreu com mais intensidade na primeira metade do século. A explosão demográfica e a falta de planejamento a ela correspondente não puderam ser evitadas pelas melhorias científicas que estavam surgindo. Sem se dar conta dessa contradição, os norte-americanos

211 WHITE, Ellen G. Testemunhos para a Igreja – v. 9. Tradução de Hélio L. Grellmann. 1. ed. Tatuí-SP: Casa

Publicadora Brasileira, 2006, p. 89.

caminharam a passos largos para um estilo de vida altamente destrutivo tanto individualmente quanto para a sociedade como um todo. Os efeitos da guerra, do racismo e da exploração no trabalho agravaram os desafios climáticos, produzindo condições que impactaram na liberdade de pensar e agir do norte-americano em todos os aspectos. O relato histórico seguinte dá um vislumbre da situação:

Muitos fatores comuns aos habitantes da Nova Inglaterra na metade do século XIX determinavam seu estilo de vida: 1. Hábitos Alimentares. Havia bem poucas opções de comida, com exceção de carne, batata, sal e açúcar. Os invernos eram longos e frios. As pessoas compensavam a escassez de frutas frescas e vegetais com pães e pastelarias. Bolos, tortas e frituras eram comidas comuns nos lanches. Não havia óleos vegetais nem castanhas. A carne era cara e a de porco era a mais acessível. 2. Vestimentas. Havia bem poucas opções de roupas. Invernos frios necessitavam pesadas vestimentas e roupas de cama. 3. Não havia encanamento interior. Não havia eletricidade. Não havia máquinas de lavar. 4. Aquecimento. Os lares eram aquecidos por fogões a lenha e lareiras. As janelas permaneciam completamente fechadas à noite. O ar noturno era considerado prejudicial. 5. Uso de chá, café, álcool, tabaco e sidra. Esses artigos formavam o hábito de consumo como hoje. Numa vida com pouca recreação ou mudanças, eles ofereciam uma espécie de consolo! 6. Expectativa de vida. Em 1900, nos Estados Unidos, a expectativa média era de 47,3 anos. 7. Propensão para enfermidades. Era causada pela espantosa ignorância acerca da higiene, saneamento e as causas de doenças.213

Destacando-se em meio a esse ambiente de caos estava a situação crítica da saúde pública nas cidades. Até os dias da Guerra Civil, os médicos enfrentavam sérios desafios, como as contradições evidentes entre as muitas e confusas teorias diante das práticas nada higiênicas de sangria, purgações, vômitos e transpirações, costumeiramente utilizadas pelos médicos214. Além disso, a falta de infraestrutura para tratamento dos doentes exigia que eles fossem atendidos em casa215, já que até “o começo da década de 1870 os Estados Unidos tinham menos de 200 hospitais, um terço dos quais se dedicava às enfermidades mentais”216.

A medicina desse tempo era predominantemente intuitiva217 e apenas corretiva, não havendo ações de prevenção de doenças, as quais varriam as cidades ao se tornarem

213 WHITE, Artur L. Ellen White: Woman of Vision. Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing

Association, 1982, 2000, p, 101, com tradução própria.

214 SCHOEPFLIN, Rennie B. La Salud y Su Cuidado. In: LAND, Gary y Otros. El Mundo de Elena G. de

White. 1. ed. Flórida (Buenos Aires): Asociación Casa Editora Sudamericana, 1995, p. 162.

215 Ibid., p. 171-172.

216 Ibid., p. 171, com tradução própria.

217 SCHOEPFLIN, Rennie B. La Salud y Su Cuidado. In: LAND, Gary y Otros. El Mundo de Elena G. de

epidemias, o que ocorria com frequência na época. Existiam poucos médicos formados em escolas com padrão pedagógico iniciante. Poucos também eram os remédios, e os antibióticos ainda eram vistos com muito temor e resistência218 tanto por médicos quanto por doentes.

Usualmente os médicos se confundiam entre as teorias da homeopatia, do thomsonianismo219, da hidropatia220 e de tantas outras, cujas propostas eram estranhas ao modelo de tratamento da época221. Algumas das novas propostas de tratamento assumiam o viés da mística religiosa, o que aumentava constantemente a precaução e resistência de muitos cujas opiniões se dividiam entre os que aderiam a tais ofertas e os que consideravam seus proponentes como sectários, e por isso desacreditados cientificamente.

Os historiadores afirmam que “muitas seitas médicas, quase incontáveis para serem enumeradas, ofereciam esperança ao enfermo dos Estados Unidos do século XIX. Havia encantadores de animais, frenólogos, „massagistas‟ (que pretendiam curar tudo com massagens), médicos clarividentes, curandeiros, ecléticos e naturalistas, para nominar somente alguns”222. Tais seitas continuariam seu percurso social somando-se a outras surgidas no século XX, tais como o naturismo, osteopatia, quiropraxia e a Ciência Cristã, as quais em certa medida representam uma sucessão das anteriormente223 já mencionadas.

Diante da falta de consenso médico do século XIX, os norte-americanos se valiam de opiniões comuns, ou mesmo de suas próprias intuições, optando por esse ou aquele tratamento, o que os levou a equivocadamente intensificarem o uso de artigos como álcool, tabaco e ópio como alternativas de medicações224. Enquanto a população se autotratava, os médicos procuravam consolidar suas teorias em torno de uma ciência médica mais unificada,

o fim do século XIX os médicos dependiam de seu senso comum para emitir um diagnóstico.” (tradução própria)

218 Ibid., p. 162.

219 Ibid., p. 166, informa que os thomsonianismo era caracterizado pelo uso de remédios fortes exclusivamente

extraídos da medicina botânica. Diferençava-se da homeopatia pelo fato de esta última se valer de elementos místicos espiritualistas em adição ao remédios à base de ervas.

220 Ibid., p. 167, registra que o termo “hidropatia” deve ser entendido em sentido diverso da prática da

hidroterapia que hoje se conhece. A hidropatia propunha a abstinência total de qualquer remédio, ainda que à base de plantas, substituindo-os pelos remédios ditos naturais, como água, luz solar, ar fresco, exercício físico e boa alimentação. Sua ênfase com o passar do tempo recaiu sobre a cura à base de água.

221 Ibid., p. 164-165.

222Ibid., p. 165, com tradução própria. 223 Ibid., p. 170.

224 SCHOEPFLIN, Rennie B. La Salud y Su Cuidado. In: LAND, Gary y Otros. El Mundo de Elena G. de

White. 1. ed. Flórida (Buenos Aires): Asociación Casa Editora Sudamericana, 1995, p. 168, registra: “Na metade do século XIX, o álcool havia se convertido numa das medicações mais comumente usadas [...]”. (tradução própria)

cuja base fosse cientificamente experimental. Tal viés trouxe como desvantagem a especialização excessiva, que mais tarde resultaria na completa perda de vista da característica de integralidade da natureza humana225.

Enquanto a classe médica experimentava mais de perto o já detalhado caos da saúde pública, a sociedade amargava as estatísticas do novo estilo de vida pelo qual havia optado. A taxa de mortalidade infantil era alarmante, chegando à cifra média de 150 mortes por grupo de 1.000 crianças nascidas com vida no período de 1865 a 1895226. Na década de 1830, a expectativa de vida dos americanos era de no máximo 35 anos, segundo apontam relatos históricos da época227. Esse número subiria para 47,3 em 1900228, continuando ainda absurdo, se comparado aos dias de hoje. Muito trabalho e ansiedade, somados a uma dieta alimentar extremamente prejudicial à saúde e à prática de diversões degradantes, resultava num estilo de vida que estava vitimando a população.229 No âmbito alimentar, enquanto o rico se alimentava mal em razão de simples maus hábitos, os pobres o faziam ora pela mesma razão, ora pela própria privação de recursos financeiros. Afirma-se que “A dieta do habitante da cidade refletia diretamente seu poder aquisitivo [...]”230.

Quanto ao vestuário, não era diferente. Enquanto os moradores do campo se viravam com o que tinham para se vestir, os moradores das cidades se viam oprimidos, psicológica e financeiramente, pela obrigação constante de se vestirem e adornarem de acordo com os padrões ditados pelos grupos sociais urbanos nos quais buscavam sua nova identidade. Fosse culto ou iletrado, rico ou pobre, cada qual na medida do status buscado, deveria se deixar transformar pelo modelo de aparência e comportamento ditado pelo gosto coletivo. Esse era mais um preço que o novo estilo de vida cobrava pela identidade de pertença metropolitana com sua nova ditadura. O problema é que essas novas modas muitas vezes suprimiam os costumes culturais originais do indivíduo, reduzindo seus hábitos rurais a subcultura; além disso, submetia as pessoas a hábitos moralmente degradantes e prejudiciais à sua saúde. Os historiadores chegam a relatar que:

225 Ibid., p. 170. 226Ibid., p. 173. 227 Ibid., p. 174.

228 WHITE, Artur L. Ellen White: Woman of Vision. Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing

Association, 1982, 2000, p, 101.

229 SEPÚLVEDA, Ciro. Elena G. de White: Lo Que No Se Contó. 1. ed. Flórida (Buenos Aires): Asociación

Casa Editora Sudamericana, 1998, p. 45, informa que a população da época mantinha “terríveis hábitos referentes à alimentação. A maioria dos norte-americanos seguia um regime que quase garantia um corpo enfermo e débil.” (tradução própria)

As mulheres, mais que os homens, até padeciam enfermidades por seguirem os ditados da moda. Usavam trajes que dificultavam o movimento, já que pesavam aproximadamente sete quilos e se arrastavam no pó e na sujeira das ruas. O uso tão comum do espartilho, o qual acentuava as formas femininas e despertava a admiração dos homens, deformava o corpo e debilitava a saúde das mulheres de todo o século dezenove.231

Em uma ocasião, depois que morreu uma paciente, um médico descobriu que seu rim havia sido cortado pela metade por causa do cinto tão apertado que usava.232

Com as mudanças trazidas pelo espírito de reforma e temperança, o qual tomou conta da América na segunda metade do século XIX, algumas das realidades mencionadas anteriormente passaram por sensível melhoria233. Mas ainda assim o novo estilo de vida despreocupado com a saúde integral, conforme adotado pelos norte-americanos ao longo do século, deixaria um rastro de degradação física, psíquica e até espiritual que perduraria por anos. Tal realidade fez com que Ellen White classificasse tal modo de vida como artificial e potencialmente de ruína para alma humana. Uma mistura de doenças físicas e emocionais, além do medo e o afastamento de Deus, bem como outras misérias de todos os tipos, haviam transformado a vida da Nação, principalmente a grande massa pobre, que se viu num verdadeiro inferno urbano.

Sem perspectiva de saírem deste lamaçal, para o qual haviam sido atraídos pelas supostas benesses do novo estilo de vida proposto pela economia industrial, muitos se matavam, outros adoeciam, outros tantos se entregavam à prática dos mais diversos tipos de crimes e/ou aos vícios como fumo, álcool e ópio, na tentativa de fugir da realidade inescapável da qual haviam se tornado parte.

Para os que não se entregavam ao desespero, a saída para A sobrevivência era adaptarem-se ao estilo mecânico e automático de vida operária, que incluía uma extensa carga horária de trabalho com exposição a inúmeros agentes nocivos causadores de males físicos e psíquicos, bem como suportar a ameaça constante de ser substituído a qualquer momento por

231 SCHOEPFLIN, Rennie B. La Salud y Su Cuidado. In: LAND, Gary y Otros. El Mundo de Elena G. de

White. 1. ed. Flórida (Buenos Aires): Asociación Casa Editora Sudamericana, 1995, p. 176, com tradução própria.

232 SEPÚLVEDA, Ciro. Elena G. de White: Lo Que No Se Contó. 1. ed. Flórida (Buenos Aires): Asociación

Casa Editora Sudamericana, 1998, p. 46-47, com tradução própria.

233 SCHOEPFLIN, op. cit., p. 167, explica que “um espírito de reforma reavivou os norte-americanos durante as

décadas prévias à Guerra Civil e os levou a exigir mudanças em áreas tão diversas como o vestuário, o trabalho, a prisão, a educação e a saúde”. (tradução própria)

qualquer outro indivíduo pertencente à imensa massa de mão de obra sobrante234. Historiadores registram quanto a tal realidade que:

O passo acelerado da vida da cidade era artificial. Ali, as pessoas acomodavam suas atividades de acordo com o relógio, de acordo com os minutos e mesmo os segundos; um nível de precisão irrelevante para a vida no campo. As pessoas da cidade dividiam seus dias em distintos blocos de horários de trabalho e de descanso, e empregavam seu tempo livre de diversas maneiras [...].235

Em termos gerais, a Nação estava embebedada na degradação, e o principal sintoma era um estilo de vida altamente destrutivo para o corpo, a mente e o espírito de cada indivíduo. Em maior ou menor grau, todos em todas as classes estavam expostos aos males destrutivos da época, alguns por opção, e outros por falta dela. Enquanto os vícios de todos os tipos flagelavam o corpo, a ansiedade, o medo e a confusão das ideologias confundiam a mente, e a religiosidade artificial enfraquecia o espírito. E pouco se percebia que o mal causado a um dos aspectos da existência afetava direta e imediatamente o outro. Tal realidade fez com que Ellen White classificasse aquelemodo de vida como artificial e potencialmente de ruína para alma humana. Uma mistura de doenças físicas e psíquicas, bem como outras misérias de todos os tipos, haviam transformado a vida da Nação, principalmente a grande massa pobre, que se viu num verdadeiro inferno urbano.

Ellen White atenta à impropriedade de uma espécie de estilo de vida para a saúde humana em sua integralidade (física, mental e espiritual), pelo que protestou em vários trechos de suas obras, muitas vezes dedicando extensos escritos contra o que entendia ser uma bomba-relógio para a nação norte-americana. Muitos desses conselhos foram compilados e publicados em forma de livros após sua morte. Como exemplo, podem-se citar: A Ciência do

234 SCHOEPFLIN, Rennie B. La Salud y Su Cuidado. In: LAND, Gary y Otros. El Mundo de Elena G. de

White. 1. ed. Flórida (Buenos Aires): Asociación Casa Editora Sudamericana, 1995, p. 179, dá uma ideia dessa massa operária sobrante que compunha os alarmantes índices de desemprego nas décadas de 1870- 1880: “O desemprego era horrível. As fábricas fechavam com a mesma rapidez com que abriam. Em 1870, havia 3.151 fábricas de botas nos Estados Unidos, as quais empregavam 91.702 operários. Dez anos mais tarde, o número de fábricas de botas baixou a 1.954. Porém, a produção aumentou dramaticamente, graças à nova maquinaria que foi inventada. Os que sofreram as consequências dos inventos foram os operários. Em 1880, somente 20.000 operários seguiam trabalhando nessa indústria; mais de 70.000 ficaram sem emprego”. (tradução própria)

235 SCHWANTES, Carlos A. El Surgimiento de Una Norteamérica Urbana e Industrial. In: LAND, Gary y

Otros. El Mundo de Elena G. de White. 1. ed. Flórida (Buenos Aires): Asociación Casa Editora Sudamericana, 1995, p. 95, com tradução própria.

Bom Viver236, Conselhos sobre Saúde237, Conselhos sobre o Regime Alimentar238, Medicina e Salvação239 e Temperança240. As declarações a seguir ilustram a atenção e lucidez da autora no trato com o tema:

Por que há tanta miséria no mundo atualmente? É acaso porque Deus goste de ver sofrer Suas criaturas? – Oh, não! É porque os homens se têm enfraquecido por meio de práticas imorais.241

A intemperança continua ainda suas devastações. Iniquidade de toda espécie jaz qual poderosa barreira a impedir o progresso da verdade e da justiça. Injustiças sociais, nascidas da ignorância e do vício, causam ainda indizível miséria, e lançando sua malfazeja sombra tanto sobre a igreja como no mundo. A depravação entre a juventude está crescendo em vez de diminuir. Coisa alguma a não ser o esforço contínuo, diligente, servirá para remover essa praga desoladora. O conflito com o interesse e o apetite, com maus hábitos e paixões profanas, será renhido e implacável; unicamente os que agirem por princípios podem obter a vitória nesse conflito. Review and Herald, 6 de novembro de 1883.242

O estilo de vida miserável que Ellen White chamou de “praga desoladora” estava diretamente relacionado ao uso que as pessoas faziam de sua própria liberdade, em aberta desconsideração à sua integralidade enquanto seres humanos. Em seus protestos quanto a tal estilo de vida, a autora evidencia duas questões que para ela eram essenciais para a compreensão da liberdade cristã: primeira, a premissa de que a liberdade não é a prerrogativa de se fazer o quê se quer, como se quer e quando se quer; e segunda, a premissa de que a liberdade se dá no plano da integralidade humana, já que o ser humano é um ser indivisível por sua natureza. Para ela, o estilo de vida da Nação à época apenas denunciava o fato de não compreenderem o real sentido da liberdade cristã.

236 WHITE, Ellen G. A Ciência do Bom Viver. Tradução de Carlos A. Trezza. 10. ed. Tatuí-SP: Casa

Publicadora Brasileira, 2004. 532 p. ISBN 85-345-0166-1.

237 WHITE, Ellen G. Conselhos sobre Saúde. Tradução de Almir A. da Fonseca. 4. ed. Tatuí-SP: Casa

Publicadora Brasileira, 1998. 678 p.

238 WHITE, Ellen G. Conselhos sobre o Regime Alimentar. Tradução de Isolina A. Waldvogel e Luiz

Waldvogel. 12. ed. 2.ª Impressão. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005. 509 p.

239 WHITE, Ellen G. Medicina e Salvação. Tradução de Almir A. Fonseca e Carlos Trezza. 3. ed. Tatuí-SP: Casa

Publicadora Brasileira, 1995. 346 p.

240 WHITE, Ellen G. Temperança. Tradução de Isolina A. Waldvogel. 3. ed. 2.ª Impressão. Tatuí-SP: Casa

Publicadora Brasileira, 2005. 303 p. ISBN 85-345-0384-2.

241 Ibid., p. 91-92. 242 Ibid., p. 234.

Em suma, a violência da guerra e a violência urbana, o racismo e o escravismo, a urbanização desordenada, a industrialização selvagem, os vícios perniciosos, como fumo, álcool e ópio, as diversões degradantes, a imoralidade sexual e a falta de cuidado com a saúde integral haviam levado a nação para uma crise existencial sem precedentes, e o estilo de vida da época denunciava tal realidade. Ellen White percebia isso e reagia contra esses males de seu tempo. E toda essa situação seria agravada em maior escala pela deficiência da educação, o aumento das desigualdades sociais e a confusão das inúmeras ideias determinantes da época, ocorrências que serão objeto de estudos a seguir.