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Tão importantes quanto as etapas de planejamento e programação orçamentária para o sistema de planejamento e orça-mento, são as etapas de monitoramento e avaliação, que também estão sob a coordenação da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF/SC), conforme determina a Lei Complementar nº 534, de 20 de abril de 2011.

Não podemos esquecer que o orçamento público surgiu com a finalidade principal de ser um instrumento de controle. Observa-se ainda que a função de controle, monitoramento e avaliação, tradicionalmente percebida como parte da gestão financeira, é vista cada vez mais como mecanismo para a melhoria do desempenho do setor público, assim resultando na melhoria dos bens e serviços ofertados à sociedade.

A obrigatoriedade de monitorar e avaliar o PPA assenta-se na observância das disposições legais e na necessidade de verifica-ção dos princípios norteadores de uma orçamentaverifica-ção baseada no desempenho. Em síntese, a premissa encerra-se na gestão por programas, orientada para resultados com foco no cidadão, transparência e responsabilização.

BASE LEGAL

A Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989, em consonância com a Constituição Federal de 1988, traz em seu

art. 62 a obrigatoriedade de monitorar e avaliar o Plano Plurianual – PPA, conforme segue abaixo:

Art. 62 - Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos do Estado;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e a eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração estadual, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

Além desses instrumentos, destaca-se que a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, art. 4º, determina que a avaliação de resul-tados dos programas governamentais contidos no Plano Plurianual - PPA, financiados com recursos orçamentários, deve levar em conta os dispositivos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O processo de monitoramento e avaliação sofreu, ao longo dos anos, aperfeiçoamentos para se adequar às necessidades ge-renciais do Estado, como também às necessidades da própria sociedade no que se refere a transparência da ação governa-mental. Sendo assim, o atual processo de monitoramento e avaliação do PPA foi instituído por meio da Lei nº 15.722, de 22 de dezembro de 2011, que aprovou o PPA 2012-2015. Posteriormente, o processo foi regulamentado por meio do Decreto nº 1.324, de 21 de dezembro de 2012, passando a vigorar também para o PPA 2016-2019 para todos os órgãos do Poder Executivo do Estado, conforme segue:

Art. 1º Fica instituído o processo de acompanhamento físico e financeiro e de avaliação do Plano Plurianual (PPA). (...)

Art. 3º Os órgãos do Poder Executivo, abrangendo seus fundos, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, pertencentes aos orçamentos fiscais da Seguridade Social e de investimento, responsáveis por programas e subações, devem manter atuali-zadas no módulo de acompanhamento físico e financeiro do Sistema Integrado de Planejamento e Gestão Fiscal (SIGEF), durante cada exer-cício financeiro, as informações referentes à execução física e financeira das subações sob sua responsabilidade, na forma estabelecida pelo órgão central do Sistema Administrativo de Planejamento e Orçamento.

AMPLITUDE DO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

A avaliação Anual do Plano Plurianual - PPA constitui-se em um importante instrumento gerencial para o aperfeiçoamento da elaboração e gestão dos programas integrantes do Plano e dos Orçamentos anuais.

Neste sentido, o processo de avaliação visa, conforme determina o Decreto nº 1.324, de 21 de dezembro de 2012.

Art. 2º O processo de acompanhamento físico e financeiro e de avaliação do PPA tem por finalidade gerar informações que permi-tam:

I – divulgar informações de interesse público referentes aos resultados alcançados pela ação governamental; II – acompanhar e avaliar os produtos e os resultados alcançados pela ação governamental;

III – qualificar os processos de elaboração e revisão do PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA);

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IV – corrigir desvios de execução e melhorar a alocação dos recursos públicos; e

V – subsidiar a elaboração do Relatório de Prestação de Contas do Estado, encaminhado anualmente à Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Parágrafo único. O processo de acompanhamento físico e financeiro e de avaliação do PPA tem como diretriz contribuir para o aprimoramento da gestão pública, da responsabilização, da eficiência, da eficácia e da efetividade dos programas governamentais e do exercício do controle social.

Sob esse enfoque, o processo de monitoramento e avaliação do plano resume-se no seguinte conceito:

O acompanhamento físico e financeiro do PPA é a etapa do processo que tem como objetivo geral monitorar a execução física e financeira do objeto de execução, identificando possíveis desvios na execução das subações, diagnosticando suas causas e propondo ajustes operacionais com vistas à adequação entre o que está em execução e o planejado.

Para tanto, o processo de acompanhamento físico e financeiro e de avaliação do PPA constitui-se em duas macroetapas:

I – acompanhamento: monitoramento sistemático da execução das metas física e financeira da subação constante do PPA

e da LOA; e

II – avaliação: mensuração dos resultados obtidos por meio da execução dos programas e subações constantes no PPA.

Essas etapas são operacionalizadas por meio de uma figura não orçamentária denominada de Objeto de Execução. Para melhor esclarecer, conceitua-se Objeto de Execução como um instrumento de programação do produto da subação do qual resulta um bem ou serviço destinado a um público-alvo, ofertado à sociedade ou ao próprio Estado. Tendo em vista a dimensão do processo de monitoramento e avaliação, foi desenvolvido o Módulo de Acompanhamento Físico e Financeiro que compõe o Sistema Integrado de Planejamento e Gestão Fiscal (SIGEF).

SISTEMÁTICA DO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

A sistemática de avaliação do PPA é atribuída à Diretoria de Planejamento Orçamentário da Secretaria de Estado da Fazenda. A sistemática de avaliação dos programas governamentais é seguida pelos seguintes passos:

Planejamento do processo de avaliação Execução da Avaliação

Análise de Resultados Divulgação dos Resultados

Essas fases são avaliadas em etapas sucessivas e, embora possuam características específicas e sejam desenvolvidas por ins-tâncias distintas (gerentes, órgãos setoriais e órgão central), são complementares e interdependentes. Neste sentido, segue a

proposta de avaliação do Plano Plurianual – PPA.

Sistemática de Avaliação do PPA

Especificação Avaliação do programa Avaliação setorial Avaliação do plano

Objetivo Avaliar o desempenho de cada programa do PPA

Avaliar se os programas do PPA têm contribu-ído para os objetivos setoriais estratégicos

Avaliar o desempenho do PPA, do ponto de vista dos eixos de desenvolvimento, da gestão e dos objetivos estratégicos

Principal responsável Gerente do Programa

Setorial (órgão setorial e órgãos vinculados, dentro de um sistema, sendo responsável pela coordenação das ações na sua esfera de atuação).

SEF/DIOR

Forma de coleta das in-formações

Questionário com perguntas de múltipla escolha e descritivas

Questionário com perguntas de múltipla es-colha e descritivas

Informações de fontes secundárias e da-dos do módulo de avaliação

Principais variáveis analisadas

Resultado, concepção e imple-mentação

Resultado, concepção e gestão

Indicadores de resultados sociais, econô-micos e ambientais, dados agregados das avaliações dos programas e da avaliação setorial

Utilização dos resulta-dos

Relatório de Avaliação do Pro-grama e insumo para as avalia-ções setoriais e do Plano

Relatório de Avaliação do Setor e insumo para a avaliação do Plano

Relatório Final de Avaliação do Plano Plu-rianual 2016-2019

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AVALIAÇÃO DO PROGRAMA

A responsabilidade pela fase de avaliação do programa recai, fundamentalmente, sobre os gerentes responsáveis pela gestão

e pela implementação de cada um dos programas do PPA. Trata-se de avaliação qualitativa e quantitativa, baseada em um

modelo padronizado, de caráter abrangente, desenvolvido para ser aplicado a todo tipo de programa.

Os Indicadores são o Termômetro dos Programas

Os programas dispõem de indicadoresque evidenciam os resultados.

Os resultados dos programas são aferidos a partir do uso de indicadores e servem para medir a evolução do problema enfren-tado em cada programa.

AVALIAÇÃO SETORIAL

A avaliação setorial tem como objetivo verificar se o conjunto de programas sob a responsabilidade de cada órgão do Estado tem avançado no sentido de obter resultados coerentes com os objetivos, as prioridades e as políticas setoriais. Procura-se, também, identificar se a concepção desses programas é adequada para enfrentar os problemas que os órgãos se propõem atacar, bem como se a sua forma de gestão encontra-se adequadamente adaptada ao modelo gerencial a que se propõe adotar no PPA.

AVALIAÇÃO DO PLANO

A última sistemática de avaliação, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Fazenda tem como foco o desempenho do Plano Plurianual como um todo, medido sob o ponto de vista dos eixos de desenvolvimento, dos objetivos estratégicos e do processo de gestão.

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8 CAPÍTULO VI - CARTA DE SERVIÇOS AO CIDADÃO

A Carta de Serviços é um documento elaborado por uma organiza-ção pública que visa informar aos cidadãos quais os serviços presta-dos por ela, como acessar e obter esses serviços e quais são os com-promissos de atendimento estabelecidos.