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CAPÍTULO 2 – SISTEMA DE ENSINO BRASILEIRO E POLÍTICAS

2.1 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE ENSINO BRASILEIRO

De acordo com Garcia (2009, p. 61) “na estrutura administrativa brasileira, pela Lei nº 8.490, de 19 de novembro de 1992, o Ministério da Educação (MEC) assume o status de órgão pertencente à administração direta, responsável pala execução das diretrizes educacionais”.

Para cumprir sua tarefa administrativa o MEC comporta instâncias que são diretamente responsáveis pela educação (ver Figura 2). São elas: Conselho Nacional de Educação – CNE, Secretaria Executiva; Subsecretaria de Assuntos Administrativos – SAA, Subsecretaria de Planejamento e Orçamento – SPO, Diretoria de Tecnologia da Informação – DTI, Secretaria de Educação Superior – SESU, Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC, Secretaria de Educação Básica – SEB, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI, Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino – SASE e Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – SERES.

FIGURA 2: Estrutura Organizacional do MEC (adaptado de MEC, 2013)

2.1.1 Conselho Nacional de Educação – CNE

O Conselho Nacional de Educação tem por finalidade a “busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade” (MEC, 2013).

Cabe ao CNE “formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino, velar pelo cumprimento da legislação educacional e assegurar a participação da sociedade no aprimoramento da educação brasileira” (MEC, 2013).

2.1.2 Secretaria Executiva

A Secretaria Executiva tem a missão de

assistir ao ministro na supervisão e coordenação das atividades das secretarias integrantes da estrutura do ministério e das entidades a ele vinculadas; auxiliar o ministro na definição de diretrizes e na implementação das ações em educação; supervisionar e coordenar as atividades relacionadas aos sistemas federais de planejamento e orçamento, organização e modernização administrativa, recursos da informação e informática, recursos humanos e de serviços gerais, no âmbito do ministério (MEC, 2013).

2.1.3 Subsecretaria de Assuntos Administrativos – SAA

A Subsecretaria de Assuntos Administrativos – SAA – é subordinada à Secretaria Executiva. De acordo com o Artigo 5° do Decreto nº 7.690, de 2 de março de 2012, a SAA tem a incumbência de planejar, coordenar e supervisionar a execução das atividades relacionadas com os sistemas federais de Organização e Inovação Institucional, de Serviços Gerais e de Administração de Pessoal Civil, no âmbito do Ministério, promover a articulação com o órgão central dos sistemas federais referidos, informando e orientando os órgãos do Ministério quanto ao cumprimento das normas administrativas (BRASIL, 2012). Além disso, deve (BRASIL, 2012):

promover a elaboração e a consolidação dos planos e programas das atividades de sua área de competência e submetê-los à decisão superior; assessorar os dirigentes e gestores em matéria de planejamento, gerenciamento e organização de suas respectivas atividades e processos de trabalho; e assessorar as áreas e unidades do Ministério, especialmente no

planejamento, sistematização, padronização e implantação de técnicas e instrumentos de gestão

2.1.4 Subsecretaria de Planejamento e Orçamento – SPO

A Subsecretaria de Planejamento e Orçamento – SPO – é responsável pela aprovação da Estrutura Regimental do Ministério da Educação. São funções dessa subsecretaria (BRASIL, 2007):

I - planejar, coordenar e supervisionar a execução das atividades relacionadas aos Sistemas Federais de Planejamento e de Orçamento, de Administração Financeira e de Contabilidade, no âmbito do Ministério da Educação;

II - promover a articulação com o órgão central dos sistemas referidos no inciso I, informando e orientando as unidades e as entidades vinculadas do Ministério da Educação quanto ao cumprimento das normas vigentes; III - coordenar a elaboração e a consolidação dos planos e programas anuais e plurianuais do Ministério da Educação e submetê-los à decisão superior; IV - desenvolver, coordenar e avaliar as atividades de execução orçamentária, financeira e contábil, no âmbito do Ministério da Educação; V - monitorar e avaliar as metas e os resultados da execução dos planos e programas anuais e plurianuais, em articulação com as demais Secretarias, autarquias, empresas públicas e fundações vinculadas ao Ministério da Educação; e

VI - realizar tomada de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa à perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em dano ao erário.

2.1.5 Diretoria de Tecnologia da Informação – DTI

A Diretoria de Tecnologia da Informação – DTI – tem as seguintes atribuições (BRASIL, 2007):

I - instrumentalizar o Secretário-Executivo com informações gerenciais, relacionadas à Tecnologia da Informação e da Comunicação, no âmbito do Ministério da Educação;

II - exercer as funções de Órgão Setorial, colaborando com o órgão central do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática - SISP, na análise e proposições de mecanismos, processos, e atos normativos, com vistas ao contínuo aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas no âmbito do Ministério da Educação;

III - promover a articulação com o Órgão Central do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática – SISP, informando e orientando os órgãos e as unidades do Ministério da Educação quanto ao cumprimento das normas vigentes;

IV - exercer as funções de Unidade de Monitoramento e de Avaliação, de modo a oferecer subsídios técnicos na definição de conceitos e dos procedimentos específicos nas ações relativas ao Plano Diretor de Tecnologia da Informação, no âmbito do Ministério;

V - planejar, coordenar, gerir e supervisionar os projetos de desenvolvimento e manutenção de sistemas, comunicação de voz e dados, rede elétrica estabilizada, rede local com e sem fio, infraestrutura computacional, serviços de atendimento de informática e demais atividades de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério;

VI - estabelecer e coordenar a execução da política de segurança de Tecnologia da Informação, no âmbito do Ministério;

VII - definir e adotar metodologia de desenvolvimento de sistemas e coordenar a prospecção de novas Tecnologias de Informação e da Comunicação no âmbito do Ministério;

VIII - promover ações visando garantir a disponibilidade, a qualidade e a confiabilidade dos processos, produtos e serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação, no âmbito do Ministério;

IX - coordenar, supervisionar, orientar, acompanhar e avaliar a elaboração e execução dos planos, programas, projetos e as contratações estratégicas de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério;

X - planejar e implementar estratégias de soluções de Tecnologia da Informação e da Comunicação, de acordo com as diretrizes definidas pelo Ministério;

XI - garantir que os produtos e serviços relativos à Tecnologia da Informação e da Comunicação sejam conduzidos de acordo com a legislação pertinente; e

XII - representar institucionalmente o Ministério em assuntos de Tecnologia da Informação e da Comunicação.

2.1.6 Secretaria de Educação Superior – SESU

A Secretaria de Educação Superior – SESU é responsável pelo planejamento, orientação, coordenação e supervisão do processo de elaboração e implementação da Política Nacional de Educação Superior. É responsável também pela “manutenção, supervisão e desenvolvimento das instituições públicas federais de ensino superior (IFES) e a supervisão

das instituições privadas de educação superior, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)” (MEC, 2013).

2.1.7 Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC

De acordo com o Artigo 13° do Decreto nº 7.690 de 02 de março de 2012, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC – tem as seguintes competências (BRASIL, 2012):

I – Planejar, orientar, coordenar e avaliar o processo de formulação e implementação da Política de Educação Profissional e Tecnológica;

II – Promover o desenvolvimento da Educação Profissional e Tecnológica em consonância com as políticas públicas e em articulação com os diversos agentes sociais envolvidos;

III – Definir e implantar política de financiamento permanente para a Educação Profissional e Tecnológica;

IV – Promover ações de fomento ao fortalecimento, à expansão e à melhoria da qualidade da Educação Profissional e Tecnológica;

V – Instituir mecanismos e espaços de controle social que garantam gestão democrática, transparente e eficaz no âmbito da política pública e dos recursos destinados à Educação Profissional e Tecnológica;

VI – Fortalecer a Rede Pública Federal de Educação Profissional e Tecnológica, buscando a adequada disponibilidade orçamentária e financeira para a sua efetiva manutenção e expansão;

VII – Promover e realizar pesquisas e estudos de políticas estratégicas, objetivando o desenvolvimento da Educação Profissional e Tecnológica; VIII – Desenvolver novos modelos de gestão e de parceria público-privada, na perspectiva da unificação, otimização e expansão da Educação Profissional e Tecnológica;

IX – Estabelecer estratégias que possibilitem maior visibilidade e reconhecimento social da Educação Profissional e Tecnológica;

X – Apoiar técnica e financeiramente o desenvolvimento da Educação Profissional e Tecnológica dos sistemas de ensino, nos diferentes níveis de governo;

XI – Estabelecer mecanismos de articulação e integração com os sistemas de ensino, os setores produtivos e demais agentes sociais no que diz respeito à demanda quantitativa e qualitativa de profissionais, no âmbito da Educação Profissional e Tecnológica;

XII – Acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas pela Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica;

XIII – Elaborar, manter e atualizar o catálogo nacional de cursos técnicos e o catálogo nacional de cursos de formação inicial e continuada, no âmbito da Educação Profissional e Tecnológica; e

XIV – Estabelecer diretrizes para as ações de expansão e avaliação da Educação Profissional e Tecnológica em consonância com o Plano Nacional de Educação – PNE.

2.1.8 Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI

A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI – tem como objetivo (MEC, 2013)

“contribuir para o desenvolvimento inclusivo dos sistemas de ensino, voltado à valorização das diferenças e da diversidade, à promoção da educação inclusiva, dos direitos humanos e da sustentabilidade sócio- ambiental visando a efetivação de políticas públicas transversais e interssetoriais”

Essa secretaria realiza suas ações de modo articulado com os sistemas de ensino.

2.1.9 Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino – SASE

A Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino – SASE – foi criada com o objetivo de (MEC, 2013)

apoiar o desenvolvimento de ações para a criação de um sistema nacional de educação, aprofundando o regime de cooperação entre os entes federados; assistir e apoiar o Distrito Federal, os Estados e Municípios na elaboração, adequação, acompanhamento e avaliação democrática de seus Planos de Educação em consonância com o estabelecido no PNE, bem como no aperfeiçoamento dos processos de gestão na área educacional; promover a valorização dos profissionais da Educação, apoiando e estimulando a formação inicial e continuada, a estruturação da carreira e da remuneração e as relações democráticas de trabalho

2.1.10 Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – SERES

A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – SERES – é responsável pela regulação e supervisão das Instituições de Educação Superior pertencentes ao Sistema Federal de Educação Superior, tanto públicas como privadas, e pelos cursos superiores de graduação (do tipo bacharelado, licenciatura e tecnológico) e de pós-graduação lato sensu, sejam eles presenciais ou a distância (MEC, 2013). Essa secretaria também é responsável pela “Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área de Educação” (MEC, 2013) e por “zelar para que a legislação educacional seja cumprida” (MEC, 2013).

2.1.11 Secretaria de Educação Básica – SEB

A Secretaria de Educação Básica – SEB – é responsável pela educação Básica, que contempla a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A educação básica brasileira é um meio para “assegurar a todos os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (MEC, 2013).