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As informações financeiras contidas neste Formulário de Referência são derivadas de nossas demonstrações financeiras consolidadas, relativas aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2013, 2014 e de 2015, as quais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN.

10.1.a - Condições financeiras e patrimoniais gerais

As atuais condições financeiras e patrimoniais gerais são consideradas adequadas para assegurar a continuidade da implementação da estratégia de negócios do Banco Daycoval (“Banco Daycoval”, “Daycoval” ou “Banco”) nos diversos segmentos em que atua. Seguem os comentários sobre os três últimos exercícios sociais:

2014

Diversos eventos contribuíram para que 2014 fosse um ano marcado por volatilidade e incertezas. Dentre eles, podemos destacar o baixo crescimento do PIB, inflação acima da meta, desvalorização do Real frente ao Dólar, o aumento da taxa de juros e o desequilíbrio fiscal.

Apesar do cenário econômico bastante desafiador, conseguimos visualizar diversas oportunidades para crescer a carteira de crédito para empresas, mantendo perfil conservador, operando com bastante cautela e rigidez na oferta de crédito, sempre com sólidas garantias e ampliando a diversificação desta carteira.

Assim, encerramos o ano de 2014 com lucro líquido de R$ 278,1 milhões, 18,9% acima do mesmo período do anterior, Margem Financeira Líquida (NIM) de 11,0% e Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROAE) de 11,2%.

A Carteira de Crédito encerrou o ano de 2014 com R$ 10.554,2 milhões, crescimento de 19,0% nos últimos 12 meses, com destaque para crédito para empresas que expandiu 13,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, com saldo de R$ 5.273,4 milhões. O Consignado atingiu saldo de R$4.437,0 milhões no ano. As operações de crédito para empresas responderam por 58% do total da Carteira. Os 42% restantes estão divididos em crédito consignado (35%), crédito para veículos (6%) e CDC lojista e outros produtos (1%).

O saldo da captação ficou em R$ 13.635,7 milhões no final de dezembro de 2014, 32,7% acima do final do ano de 2013. O casamento de prazos e moedas entre crédito e funding é essencial para que o Daycoval mantenha sua tradição de solidez e baixo nível de alavancagem.

A Constituição da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa no ano de 2014 foi de R$ 456,6 milhões, 4,6% inferior ao ano de 2013, refletindo uma melhora no cenário para o Banco, mesmo com o aumento da carteira de crédito em 19,0% em 2014.

Em dezembro de 2014 o Daycoval anunciou a assinatura de um acordo definitivo para aquisição de 100% das ações do Banco Commercial Investment Trust do Brasil S.A, (“Banco CIT Brasil”), Banco Múltiplo voltado ao mercado corporativo, especializado em pequenas e médias empresas, com foco em soluções financeiras e arrendamento mercantil (Leasing) de equipamentos, em particular os do segmento de Tecnologia da Informação.

O Banco ampliou o seu projeto ”Em Busca da Excelência” e concentrou suas ações em cinco pilares: busca pelo conhecimento, pela sustentabilidade, pela eficiência, qualidade de vida e solidariedade.

Embasado no tripé de resultado econômico-financeiro X responsabilidade social X respeito ambiental, a instituição é conduzida com solidez e conservadorismo para atuar com sustentabilidade e estar preparada para qualquer ciclo econômico que venhamos a ter nos próximos anos.

Diversos eventos contribuíram para que 2015 fosse um ano marcado por volatilidade e incertezas. Dentre eles, podemos destacar PIB negativo, inflação acima da meta, desvalorização do Real frente ao Dólar, aumento do desemprego, aumento da taxa de juros e desequilíbrio fiscal. Apesar do cenário econômico bastante desafiador, conseguimos visualizar oportunidades de crescimento da carteira de crédito para empresas, operando com bastante cautela e rigidez na oferta de crédito, sempre com sólidas garantias e ampliando a diversificação desta carteira. A estratégia adotada pelo Banco Daycoval permitiu ter a resiliência e solidez necessárias para manter a estabilidade de seus negócios, apesar do cenário econômico desafiador para 2016. Carteira de crédito bastante diversificada, liquidez elevada e passivo alongado são alguns dos fatores que tornam o Banco melhor adaptado às instabilidades do mercado.

Assim, encerramos o ano de 2015 com lucro líquido de R$ 432,0 milhões, 55,3% acima do mesmo período anterior, margem financeira líquida (NIM) de 11,7% a.a. e ROAE de 16,2% a.a.. Destacamos que o Lucro Líquido contábil foi composto por fatores não recorrentes, como efeito da marcação a mercado de hedge de captações externas, impacto da majoração da Contribuição Social sobre Crédito Tributário e hedge de operações com juros pré-fixados, cujo detalhamento pode ser encontrado no endereço eletrônico www.daycoval.com.br/ri.

O saldo da carteira de crédito alcançou R$ 13.678,2 milhões, 10,6% acima de dezembro de 2014. O segmento de Crédito Empresas encerrou 2015 com saldo de R$ 7.668,4 milhões, o de Consignado com saldo de R$ 5.136,2 milhões e o de Veículos encerrou o ano com saldo de R$ 767,3 milhões. O saldo da captação atingiu R$ 15.509,2 milhões em 31.12.2015, 13,7% maior se comparado a 31.12.2014. O casamento de prazos e moedas entre crédito e funding é essencial para que o Daycoval mantenha sua tradição de solidez e baixo nível de alavancagem.

O saldo da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa em 31.12.2015 foi de R$ 735,2 milhões, 62,8% maior que em 31.12.2014, refletindo piora no cenário econômico brasileiro e nos indicadores de qualidade do Banco. Esse aumento, bem superior ao crescimento do índice de inadimplência superior a 90 dias, que encerrou dezembro de 2015 em 0,9%, contra 0,8% em dezembro de 2014, demonstra que o Banco vem sendo conservador na provisão de seus créditos de liquidação duvidosa.

O Banco junto com seus controladores anunciou em junho de 2015 uma oferta pública de aquisição das ações preferenciais de emissão do Banco e de titularidade de seus acionistas minoritários “Oferta”, para fins do cancelamento do registro de companhia aberta, cumulada com a saída do Nível 2 da BM&FBOVESPA. A Oferta, anunciada pelos acionistas controladores, está sujeita a registro perante a Comissão de Valores Mobiliários – CVM e às condições descritas nos documentos disponíveis no website www.daycoval.com.br/ri.

Em dezembro de 2015 foi aprovada pelo Banco Central a compra de 100% das ações do Banco Commercial Investment Trust do Brasil S.A., cuja denominação atual é Daycoval Leasing – Banco Múltiplo S/A. Esta aquisição representa uma oportunidade para o Daycoval oferecer o produto Leasing, gerando sinergia e completando seu portfólio.

2016

Os dados recentes de atividade da economia brasileira não mostraram sinais de recuperação. A melhora dos índices de confiança de empresários e consumidores verificada após a mudança da equipe econômica sugeriam que a atividade econômica estabilizaria em algum momento do segundo semestre e poderia apresentar taxas positivas no final de 2016. Entretanto, os dados de atividade econômica do quarto trimestre do ano passado decepcionaram. Simultaneamente, segundo dados do Banco Central, houve redução do estoque total de crédito na economia brasileira. Desta forma, os dados de atividade econômica e de crédito em conjunto sugerem que está havendo um processo de desalavancagem do setor privado doméstico. Este cenário caracteriza uma recuperação da atividade econômica, especialmente da demanda, bastante gradual adiante.

Considerando a menor atividade econômica esperada e suas causas, a inflação corrente mais benigna e o avanço na equalização da questão fiscal em um cenário de expectativas inflacionárias bem ancoradas, o Banco Central decidiu por intensificar o ritmo de corte da taxa SELIC e sinalizar que a extensão total do ciclo depende dos mesmos fatores

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

que levaram à sua intensificação. Neste sentido, a amplitude total da queda da taxa SELIC deve ser bastante significativa.

Apesar do cenário econômico bastante desafiador, conseguimos visualizar oportunidades de crescimento da carteira de crédito para empresas. Porém, preferimos manter o leve crescimento no ano de 2016, mantendo perfil conservador, operando com bastante cautela e rigidez na oferta de crédito, sempre com sólidas garantias e ampliando a diversificação desta carteira.

Encerramos o ano de 2016 com Lucro Líquido de R$ 406,9 milhões, redução de 5,8% em relação a 2015. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROAE) foi de 14,8% a.a. e a Margem Financeira Líquida (NIM) de 11,5% a.a. O saldo da carteira de crédito encerrou o ano com R$ 13.837,3 milhões, crescimento de 1,2% em relação a 2015. O destaque foi o segmento de crédito para empresas com saldo de R$ 8.080,6 milhões, aumento de 5,4% em comparação com 2015. Esse crescimento deveu-se, em parte, à aquisição de operações de crédito e de arrendamento mercantil da carteira de crédito de pequenas e médias empresas do Citibank, conforme comunicado ao mercado divulgado em outubro/2016. Quanto à carteira de crédito consignado, observou-se a manutenção da carteira e, com relação à carteira de veículos, houve redução, resultado de políticas que já vinham sendo adotadas ao longo de 2016. A Captação esteve alinhada em valores, moedas e prazos de vencimento com a Carteira de Crédito. O montante ficou em R$ 14.162,0 milhões, queda de 8,7% se comparado com 2015. Em outubro realizamos a 5ª Emissão Pública de Letras Financeiras, sendo emitido o montante de R$ 400,0 milhões, com ampla pulverização de investidores e redução do custo de captação. Com isso, o Banco alonga ainda mais o prazo médio das operações de captação.

Ao longo do ano de 2016, notamos a melhora nos indicadores de inadimplência. A constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa em 2016 foi de R$ 622,4 milhões, 2,2% inferior ao ano de 2015.

O índice de vencidos há mais de 90 dias, mostrou melhora de 0,2 p.p. em comparação ao ano anterior e o índice de vencidos há mais 14 dias, apresentou melhora de 0,3 p.p.

O índice de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa sobre a Carteira E-H encerrou o ano com 93,6%. Entendemos que esse indicador retorne ao patamar acima de 100% no decorrer de 2017. O montante da carteira E-H encerrou o ano com saldo de R$ 817,7 milhões. Avaliamos que os indicadores ainda encontram-se em patamares elevados.

As instabilidades na nossa economia e no cenário político continuam gerando incerteza no país. Continuamos com a nossa estratégia conservadora no crédito, mantendo sempre a diversificação, visando margens elevadas e solidez nas garantias.

10.1.b - Estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas:

No estatuto social do Daycoval, não há previsão de cláusulas de resgate de ações.

• Estrutura de Capital: R$ milhões 31 de dezembro de 2016 2015 2014 Capital próprio Capital social 1.892,1 1.892,1 1.892,1 Reservas de capital - 0,8 0,7 Reservas de reavaliação - - 0,9 Reservas de lucros 778,6 932,0 649,0

Ajustes de avaliação patrimonial – títulos e valores mobiliários (13,3) (38,2) (20,0) Total do patrimônio líquido 2.657,4 2.786,7 2.522,7

Depósitos totais 5.228,1 4.741,6 3.858,5 Letras de crédito imobiliário - LCI 542,6 597,7 459,1 Letras de crédito do agronegócio – LCA 414,5 344,7 224,1 Letras financeiras - LF 4.558,0 3.968,0 3.865,6

Emissões externas 1.685,8 3.071,8 3.215,2

Obrigações por empréstimos e repasses 1.733,0 2.785,4 2.013,2 Total de capital de terceiros 14.162,0 15.509,2 13.635,7 Total da estrutura de capital (próprio + terceiros) 16.819,4 18.295,9 16.158,4

(1) Em 20 de dezembro de 2016 foram canceladas 37.340.711 ações preferenciais, correspondentes à totalidade de ações mantidas em tesouraria.

Capital Social

Em 31 de dezembro de 2016 o capital social do Banco é de R$1.892,1 milhões, totalmente subscrito, integralizado e composto por 160.869.792 ações ordinárias e 43.253.988 ações preferenciais, nominativas, escriturais e sem valor nominal.

Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA)

Em junho/2016 foi aprovado pela CVM o registro da Oferta Pública Unificada Para Aquisição de até a totalidade das ações preferenciais em circulação de emissão da Companhia de titularidade de seus acionistas não controladores e de titularidade de seus administradores para fim de:

(i) cancelamento do registro da Companhia para negociação de ações no mercado como emissora de valores mobiliários categoria “A” e conversão para categoria “B”, nos termos da Instrução CVM nº 480; e

(ii) saída da Companhia do segmento especial de listagem da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores Mercadorias e Futuros, denominado Nível 2 de Governança Corporativa – “Oferta”.

Em julho/2016 foram publicados o Edital de Oferta Pública Unificada Para Aquisição de Ações Preferenciais de Emissão do Banco Daycoval – “Edital” e o parecer favorável à realização da Oferta pelo Conselho de Administração, onde foram informados todos os passos para a aquisição.

Em 11 de agosto de 2016 foi realizado com sucesso o Leilão da Oferta, ocasião em que foram adquiridas pela Companhia e Acionistas Controladores, 58.394.941 ações preferenciais ao preço unitário de R$ 9,08, no montante de R$ 530.226.064,28, remanescendo menos de 5% do número total de ações em circulação.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

Em 05 de setembro de 2016, nos termos previstos no Edital, realizou-se Assembleia Geral Extraordinária que aprovou o resgate das 3.891.298 Ações Remanescentes.

Em 15 de setembro de 2016 foi pago o preço pelas ações resgatadas no valor de R$ 9,18 por ação, no montante de R$ 35.724.814,02, correspondente ao preço pago no dia da liquidação do Leilão, ajustado pela Taxa Selic acumulada pro rata temporis até a data do pagamento do resgate.

Em 20 de dezembro de 2016 foi aprovado o cancelamento da totalidade das ações mantidas em tesouraria, ou seja, 37.340.711 ações preferenciais. A família Dayan se torna, assim, controladora de 100% do capital social do Banco Daycoval.

Composição Acionária após a finalização da Oferta Pública de Ações (OPA):

• Plano de Recompra de Ações 2014

Programas de Recompra 2014 Data de

Abertura Data de Encerramento Quantidade 1º Programa 22/01/2014 10/07/2014 6.359.800 2º Programa 10/07/2014 06/03/2015 4.880.000 Total Recomprado 2014 11.239.800 2016

Em 2016, foi concluído o leilão de recompra da totalidade de ações preferenciais do banco Daycoval, e em 20 de dezembro do mesmo ano foram canceladas a totalidade de ações em tesouraria. Hoje, a família Dayan tem controle total do Banco Daycoval.

Ações em tesouraria:

O quadro a seguir apresenta informações referentes às ações de emissão própria em 31 de dezembro de 2014, 2015 e de 2016:

31 de dezembro de

2014 2015 2016(1)

Quantidade de Ações Preferenciais em Tesouraria 4.679.891 1.225.548 -

(1) Em 20 de dezembro de 2016 foram canceladas 37.340.711 ações preferenciais, correspondentes à totalidade de ações mantidas em tesouraria.

Abaixo, apresentamos a movimentação das ações em tesouraria durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2015 e de 2016:

Acionista AcionistaAcionista

Acionista Ações ONAções ONAções ONAções ON Ações PNAções PNAções PNAções PN Capital TotalCapital Total Capital TotalCapital Total

Controladores (Família Dayan) 160.869.792 43.253.988 204.123.780

Total 100,0% 100,0% 100,0%

Acionista AcionistaAcionista

Acionista Ações ONAções ONAções ONAções ON Ações PNAções PNAções PNAções PN Capital TotalCapital Total Capital TotalCapital Total

Controladores (Família Dayan) 160.869.792 43.253.988 204.123.780

Total 100,0% 100,0% 100,0%

2014 2015 2016 Saldo no início do período 930.000 4.679.891 1.225.548 Aquisição de ações de emissão

própria 11.239.800 - 40.035.666

Alienação ou cancelamento de

ações de emissão própria (7.489.909) (3.454.343) (41.261.214) Saldo ao final do período 4.679.891 1.225.548 -

• Índice de Basiléia

A partir de 1º de julho de 2013, o Banco Daycoval passou a adotar para efeito de apuração da parcela de capital destinada à cobertura de risco operacional (“Popr”), a “Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada – ASA II”, parcela esta que compõe o patrimônio de referência exigido (“PRE”). A adoção desta nova abordagem permitiu ao mesmo tempo a redução do valor de capital exigido para a parcela Popr e, também, a alocação de capital para risco operacional segregada por linhas de negócio. Até o semestre findo em 1º de junho de 2013, o Banco adotava a “Abordagem do Indicador Básico – BIA”.

Em 1º de outubro de 2013 passou a vigorar um conjunto de normativos emitidos pelo Bacen, que regulamentou as recomendações do Comitê da Basileia relativas à estrutura de capital das instituições financeiras. Conhecidas como Basileia III. As novas regras buscaram aprimorar a capacidade destas instituições em absorver os impactos de eventuais crises, fortalecendo a estabilidade financeira e aumentando a quantidade e a qualidade do capital regulamentar.

O Índice de Basileia III atingiu 15,9% em 31 de dezembro de 2016, 17,7% em 31 dezembro de 2015 e 17,8% em 31 de dezembro de 2014, calculado com base na abordagem padronizada. O Banco possui em sua estrutura de capital somente Nível I (“Tier I”).